Dr. Michael Laitman Para mudar o Mundo – Mude o Homem

A HABILIDADE DE ATUAR NA EDUCAÇÃO

Do livro “A Psicologia da Sociedade Integral”

Autoanálise é a coisa mais importante. É muito importante, portanto, ensinar às crianças a habilidade de atuar. Elas têm de estar aptas a saírem de si mesmas, colocarem seus “eus” de lado e jogarem com uma regra diferente. Digamos que eu queria me tornar outra pessoa. Como eu imagino essa pessoa? Como atuar como ela? E como pegar o meu “eu” e colocá-lo de lado? Essa é a arte de atuar, e isso é muito importante para a criança. Isso lhe permite ser impessoal e assim entender os outros. Toda criança tem de aprender isso, bem como psicologia e outras técnicas.

Tem de haver uma preparação dialética muito séria, especialmente durante os primeiros anos de vida, desde a fundação da futura pessoa, aos 6 anos, até que ela esteja completa, entre 9 e 10 anos. Depois disso é apenas desenvolvimento.

– A atuação pode ser usada em forma de jogos já aos 6 anos?

– Certamente! As crianças adoram jogar, porque assim elas conhecem a si mesmas. Uma criança começa a entender: quando eu olho o mundo e as outras pessoas de forma diferente, eu mudo? Fazendo isso, as crianças preparam a si mesmas para a percepção qualitativa do novo mundo.

– Baseado em seu conselho, nós temos um jogo chamado “processo judicial contra o egoísmo”, em que as crianças trocam as regras. As crianças realmente se divertem fazendo parte disso, mas, interessantemente, quando nós oferecemos aos adultos o mesmo jogo, eles ficam amedrontados e o recusam.

– Veja só! É por isso que nós temos de trabalhar com as crianças. Elas têm de passar por várias situações nesse tribunal, experimentar diferentes regras e, desse modo, experimentar a si mesmas por diferentes ângulos: agora eu estou jogando como o acusado, agora eu sou o acusador, agora eu sou o advogado e agora eu só quero descobrir o que está acontecendo com ele, e assim por diante. Dessa forma, elas não ficam com medo. Mas nós, adultos, não entendemos isso. Nós estamos fechados dentro de nós mesmos. E ainda, nós temos de ensinar nossas crianças a se libertarem delas mesmas.

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