Como O Desemprego Hoje Afecta Todos
Uma características da contínua e aprofundada crise global é o crescente desemprego ao redor do mundo.
Contudo, mais alarmante e mais socialmente volátil é a taxa de desemprego juvenil na Eurozona, particularmente na Espanha e Grécia, mas também nos EUA. Em muitos países o desemprego juvenil subiu até ou acima de 50%.
Jovens, educados sentem que passaram seus melhores anos e o melhor dos seus recursos (ou os recursos de seus pais) para tornarem-se qualificados para um mundo que não existe mais. Esta apreciação não é apenas um sentimento. Em seu livro, O Admirável Mundo Novo do Trabalho, o professor Ulrich Beck, um dos principais sociólogos da Europa, explica que “O trabalho está chegando ao fim, como mais e mais pessoas estão sendo trocadas por tecnologias inteligentes. Para os nossos colegas, ao final do século 21, as lutas de hoje por mais de postos de trabalho vão parecer uma briga por cadeiras no convés no Titanic. O “emprego para toda vida” desapareceu… e todo o trabalho pago é sujeito à ameaça de substituição.”
Querendo ou não, a crise vai levar a uma redução de indústrias redundantes e ao reconhecimento de que a maioria da população do mundo não é simplesmente necessária no mercado de trabalho. No entanto, se as pessoas não estão trabalhando agora e não irão trabalhar no futuro, o que devem fazer? Como elas vão viver? E se forem sustentadas pelo governo ou qualquer outra entidade,ao ficarem ociosas durante todo o dia não se destruirão mentalmente e emocionalmente? Esta poderia ser uma situação explosiva para qualquer sociedade, um motivo constante de agitação, desordem e criminalidade.
O Segredo Para Resolver O Crescente Desemprego
A solução para a ociosidade humana será enviar as pessoas de volta para a escola. No entanto, esta não será a escola novamente, nem colégio, nem mesmo a educação de adultos de qualquer tipo que conhecemos. Será uma “Escola de globalização para os cidadãos do mundo interconectado.” Estudos em que a escola não vai custar dinheiro. Ao contrário, a escola vai conceder bolsas de estudo aos seus participantes, assim como estudantes universitários recebem bolsas e auxílios. O Estado vai financiar as bolsas com o dinheiro que vai economizar ao cortar a força de trabalho do serviço público, uma vez que os subsídios de desemprego custam ao estado menos do que manter as pessoas empregadas no desemprego oculto.
Além disso, a crescente consciência de nossa interconexão irá criar uma atmosfera em que será mais fácil para os “ricos” compartilharem um pouco do que eles têm com os “que não têm.” Algum ajuste na tributação também é provável, mesmo que seja apenas na forma de cobrança de impostos reais, em vez de os ricos os camuflarem através de uma contabilidade sofisticada. Mais uma vez, todas essas mudanças devem acontecer de bom grado, uma vez que a grande maioria na sociedade reconhece a nossa inter-relação e interdependência e deseja viver em conformidade.
A partilha não tem que vir na forma de dinheiro: pode muito bem apresentar-se nas formas de oferta de casas baratas para alugar, estreitando as margens de lucro sobre os produtos básicos para ajudar o meio menos abastado, e outros numerosos meios pelos quais se pode mostrar apoio à sociedade.
A razão pela qual o pagamento para a participação na Escola de Globalização será considerada uma subvenção e não subsídio de desemprego ja que os benefícios de desemprego podem levar uma marca social negativa, enquanto que as subvenções não. É muito importante que os alunos da nova escola se sintam confiantes e até mesmo orgulhos de estar lá. Isto irá torná-los mais receptivos ao material que está sendo ensinado.
Na Escola de globalização, as pessoas vão aprender a lidar com elas mesmas em um mundo que se tornou interconectado, onde são dependentes de outros para o seu sustento. Elas vão aprender sobre o curso da evolução, como discutido anteriormente neste livro, a necessidade de ajustar a sociedade humana para que o curso, os benefícios do ajuste, e os danos em adiar o ajuste. As pessoas vão aprender o valor da comunicação, novas formas de comunicar, e irão adquirir estas habilidades tais como economia doméstica e de comunicação interpessoal e outros conhecimentos necessários para tempos de rápidas mudanças.
Porque as pessoas terão muito mais tempo de lazer, e serão capazes de usá-lo para aprender novas habilidades. Essas habilidades serão ensinadas na escola, mas também serão úteis fora dela, dando às pessoas mais opções na busca de um emprego, como oportunidades de socializar com pessoas novas, ou abrindo novos caminhos para contribuir para a sociedade. Qualquer habilidade com mérito real seja ela agrícola ou programação de dados, será útil no futuro, como é hoje. Porque a vida das pessoas não vai depender de sua capacidade de vender os seus produtos, Elas irão se concentrar apenas no desenvolvimento do que é realmente necessário e útil. Irão fabricar produtos que são construídos para durar, em vez de produtos com obsolescência programada, destinada a forçar as pessoas a gastarem mais do que deveriam ou gostariam.
As pessoas agora terão tempo para socializar. As pessoas ainda frequentarão a escola ou trabalho, mas haverá muito mais tempo livre do que existe hoje, e as pessoas usarão este tempo para se socializar, como discutimos anteriormente neste capítulo. Socializar não vai ser um objetivo em si mesmo, mas um meio de enriquecimento, um auxiliar de aprendizagem, a chance de obter insights para novos domínios de conhecimento e novas profundidades de pensamento, ou simplesmente para melhorar a confiança pessoal por ter mais amigos.
Por Quê Nova Educação É Necessária Para Assegurar Felicidade Para Todos
Olhando para o futuro, alguns anos a partir de agora a vida vai ser muito diferente. Hoje as pessoas estão tão estressadas que mal tem tempo para respirar. Estamos vivendo em uma constante corrida de ratos em uma roda sempre girando, cada vez mais acelerada. Mas quando pelos contratos de trabalho não precisarmos trabalhar tantas horas, teremos mais tempo para cultivar os nossos interesses e os nossos laços sociais. É então que vamos ter um crescimento real e o crescimento da felicidade.
Primeiro as pessoas, como resultado da Escola da Globalização começam a perceber a necessidade e mérito das interconexões positivas humanas. Então quando começam a construir activamente essas interconexões baseadas em motivação positiva que elas receberam através de seus estudos elas experimentarão uma espécie de felicidade humana mútua que nunca experimentaram anteriormente. Dessa geração em diante o futuro da humanidade está assegurado pois ninguém quereria abdicar de tais prazeres sem precedentes que se podem prolongar infinitamente.
Escrito por Michael Laitman
Michael Laitman é um pensador global dedicado a uma mudança transformadora na sociedade através de uma nova educação global, a qual ele vê ser a chave para solucionar os problemas mais prementes do nosso tempo. Ele é o Fundador do Instituto ARI, Professor de Ontologia e Teoria do Conhecimento, PhD em Filosofia, MS em Cibernética da Medicina. Pode encontrá-lo no Google+, YouTube e Twitter