Do livro “A Psicologia da Sociedade Integral”
– Quando as pessoas vão ao campo, eles entram em contato mais próximo com a Natureza. Nesse caso, elas deveriam acordar ao amanhecer e ir dormir ao pôr-do-sol? Como podemos usar essas oportunidades para melhorar a interação do homem com a Natureza?
– O mais importante é ensinar-lhes uma atitude amorosa e misericordiosa com a Natureza. É muito importante para elas sentirem os níveis da Natureza inanimado, vegetativo, animado e a elas próprias como um todo único.
A pessoa pode usar todas as coisas dos níveis inferiores da Natureza (vegetal e animal) precisamente na medida que ela necessita disso para viver, mas não mais que isso. É assim que entramos em equilíbrio e harmonia e começamos a sentir a Natureza como transparente, passando através de nós.
Nós a sentimos profundamente e através dela sentimos toda sua força única, o plano que nos desenvolveu durante milhões de anos e ainda nos desenvolve, que nos conduz para a frente. Começamos a entender o que nos acontece se nos fundirmos com a Natureza. Todavia, esta união não ocorre no nível primitivo, mas precisamente através da nossa unificação e da nossa atitude misericordiosa para com a Natureza, nosso amor por ela.
– Então quando nos sentamos num campo ou numa floresta, ainda assim falamos de unificação no nível humano? A prioridade é sempre dada à comunicação entre as pessoas, enquanto a Natureza é somente um cenário?
– Sim. Mas discutimos como e a que medida uma pessoa pode usar e explorar a Natureza e que limites a Natureza define ante nós. Os animais comem-se uns aos outros e também nós consumimos animais e plantas como alimento. Em que ponto é este consumo equilibrado e em que ponto é considerado excessivo? Nós devemos definir estes limites com rigidez e eles devem ser instalados nas nossas sensações.
É assim que treinamos uma criança para ser membro da nova sociedade, a sociedade do consumo inteligente, a qual devemos ficar agora a conhecer porque estamos a esgotar os recursos do planeta.