Quando consideramos as execuções brutais conduzidas pelo ISIS, ficamos justamente intimidados, ou pelo menos devíamos ficar. Mas um olhar mais próximo no frenesim do fundamentalismo Islâmico de hoje revela um nível mais profundo de agonia humana.
A Busca de Sentido do Homem de Viktor Frankl imortalizou Nietzsche ao dizer, “Aquele que só tem um por quê viver consegue suportar praticamente qualquer como.” Frankl estava certo ao identificar que ter uma causa é uma fonte de força, mas há muito mais acerca disso que aquilo.
No nosso mundo pós-moderno, a busca de sentido é crucial para nossa sobrevivência, especialmente no mundo Ocidental. Aqui a luta de mantimentos para o sustento foi vencida há eras atrás e o que resta é descobrir como pretendemos passar nossas vidas. Nenhum smartphone no mundo nos fará felizes. Eles só mascaram nosso isolamento e fornecem falsa conectividade, quando por dentro só nos tornamos mais solitários e vazios. Se você olhar para as taxas crescentes de depressão pelo Ocidente, dificilmente é uma surpresa que o ISIS encontre novos recrutas tão prontamente. Entre suas fileiras, ninguém está deprimido.
Eles não podem estar; eles têm um propósito!
E isso não é tudo. ISIS está a declarar que sua meta é conquistar o mundo e nos transformar a todos em devotos Muçulmanos, ou enfrentarmos a decapitação. Certamente, a excitação de uma justa luta sangrenta consegue ser tão atractiva que ela consegue tornar muitas pessoas cegas.
Qual é a alternativa?
A alternativa é oferecer um propósito alternativo!
O Islão Fundamentalista luta pela essência e sentido da vida, nada menos. Mas no fim, matar não os fará chegar lá. A essência e sentido da vida vêm da nossa conexão com as outras pessoas, não de destruir as outras pessoas.
A vida existe onde mutualismo e reciprocidade abundam. Onde consumo egocêntrico dos outros existe há somente câncer e morte. Como já escrevi em Interesse-Próprio versus Altruísmo, cada nível mais elevado na hierarquia da vida consiste de maior complexidade, edificado sobre maior dependência mútua, produzindo maior saúde e longevidade.
Somente nós humanos pensamos que ao matar os outros de algum modo ficaremos melhor. Ao matar os outros nós destruímos conexões; é uma situação sem vencedores. Mas não há modo de sabermos até que comecemos a implementá-lo e veremos que onde há conexão, há poder, vitalidade e alegria. E onde há isolamento, há vazio e tristeza que conduzem ao extremismo.
Como cientista e Cabalista, vejo que a mesma regra se aplica a todo o aspecto das nossas vidas: conexão significa vida!
É por isso que minha organização oferece toda a sua informação a custo zero. Tornar isto acessível a todos neste ponto da história humana é mandatário não só para nosso bem-estar, mas para nossa própria existência.
Publicado originalmente no The Times of Israel