Como o Povo Judeu e o Mundo Podem Vencer (ou Perder) Juntos
Párias
Há alguns dias atrás, dois meninos Judeus foram espancados em Queens, Nova Iorque e a palavra Hamás estava toda escrita sobre eles. Os media não repararam. Mas se os Judeus fizessem o mesmo a meninos Árabes, o tratariam os media de forma semelhante? Não é uma hipótese de que o mundo esteja contra nós, nem é um resíduo de passados medos que há muito deviam ter desaparecido.
O Antissemitismo está tão vivo e vil como nunca não só nos nossos bairros, nos olhos de alguns dos nossos vizinhos, ou no graffiti perto da shul. Está em todo o lado: no ónibus, no liceu, no trabalho (embora de uma maneira mais implícita) e é claro, nos media.
As redes sociais estão inundadas com Antissemitismo sem reservas. Em França, nomes, moradas residenciais e fotos de Judeus foram publicadas num mural do Facebook com um convite para os prejudicar. Até à data, alguns já foram atacados. O resto está escondido. Na Bélgica, foram recusados cuidados médicos e aconselhada a ir para Gaza para obter tratamento a uma senhora idosa Judia. Manifestações Anti-Israel e Antissemitas são feitas em dezenas de cidades pelo mundo cada dia desde o começo de Julho. De acordo com a Liga Anti-Difamação (ADL), em apenas três semanas desde 8 de Julho e 29 de Julho, “houveram mais de 135 manifestações Anti-Israel em cidades por todos os EUA, muitas das quais apresentando slogans e afirmações Antissemitas.”
… e Para Sempre Culpados
Após a Segunda Guerra Mundial, o Antissemitismo tornou-se politicamente incorrecto e foi basicamente “banido” do discurso político. Mas desde a viragem do século, a maré mudou de novo, desta vez na forma de Anti-Sionismo aberto. De acordo com a UN Watch, em 2013, A Assembleia Geral da ONU (UNGA) adoptou um total de 25 decisões de condenação, 21 das quais se dirigiam a Israel e 4 decisões se dirigiam ao resto do mundo. As quatro que não se dirigiam a Israel foram (uma por país) Síria, um regime que assassinou 120,000 do seu próprio povo, Irão, Coreia do Norte e Myanmar. A UNGA não encontrou causa para condenar países tais como a China, Cuba, Paquistão, Rússia, Arábia Saudita, Sri Lanka, Sudão ou Zimbabue pelo tratamento menos que ideal de seus cidadãos.
A Razão Já Não Mora Aqui
A questão com o Antissemitismo é que ele desafia qualquer lógica: Os Judeus estão sempre errados. Israel é culpada por atrocidades contra o Hamás, que é definido pela ONU como uma organização terrorista. E o facto de que está a fazer tudo o que pode para aterrorizar os civis em Israel e os bombardeia com mísseis não faz diferença. Mas quando o estado Judeu combate o Hamás, ele é percepcionado como o agressor.
Pelo mundo fora, os Judeus são culpados por toda a atrocidade e infortúnio que toma lugar. As palavras repugnantes de Mel Gibson, “Os Judeus são responsáveis por todas as guerras no mundo,” parecem praticamente populares passados só oito anos do mundo ter sido atingido por elas.
Mas não somos só culpados por guerras. Nós somos culpados por gerirmos o mundo política e financeiramente e por usar nosso poder para promover nossos próprios interesses às custas do resto do mundo. Estas acusações, por falar nisso, têm sido o modelo de qualquer “aspirante” Antissemita desde os “alegres” dias dos ridículos todavia nefastos Protocolos dos Sábios de Sião.
No mundo Árabe, nãos ó esta publicação delirante se tornou um bestseller, juntamente com Mein Kampf de Hitler, mas as fábulas de Judeus sedentos de sangue matando crianças não-Judias e usando seu sangue para o Matzá de Pessach também foram reanimadas e são amplamente acreditadas. Certamente, demoníacos nós somos.
A Razão do Irracional
Para entender por que temos suscitado tamanho ódio durante tantos séculos, em tantos países, por tantas nações, nenhuma das quais pretendemos prejudicar, precisamos de tirar um momento para reflectir quem somos como Judeus. Podemos querer ser como todas as nações, podemos querer nos “encaixar” e ser como todos os outros, mas não somos. Nós não somos como todos os outros pela simples razão que muitas pessoas de outras nações sentem que não somos. Então o que quer que digamos em nossa própria defesa é muito pouco útil para mudar o que elas sentem.
Tenha isto em mente: As pessoas geralmente agem de acordo com o que elas acham ser certo, não de acordo o que é objectivamente certo (e quem consegue determinar o que é objectivamente certo de qualquer modo?).
E se olharmos para nossa própria história, veremos que de algumas maneiras somos certamente muito diferentes. Primeiro, nós somos sobreviventes. Todas as nações que existiram no tempo do nosso povo há muito desapareceram no meio do tempo. Ou nas palavras de um dos maiores romancistas do mundo, Liev Tolstói, “O que é o Judeu?…Que tipo de criatura única é esta a quem todos os governantes de todas as nações do mundo desgraçaram e esmagaram e expulsaram e destruíram, perseguiram, queimaram e afogaram e que, apesar de sua ira e sua fúria, continua a viver e florescer? …O Judeu é o símbolo da eternidade. … Ele é aquele que durante tanto tempo guardou a mensagem profética e a transmitiu a toda a humanidade. Um povo como este nunca pode desaparecer. O Judeu é eterno. Ele é a encarnação da eternidade” (“O que é o Judeu?” citado em The Final Resolution, p 189, publicado no Jewish World periodical, 1908).
Continuando, não só sobrevivemos, mas o fizemos em prol de transmitir uma certa mensagem. Seu conteúdo nos pode ser pouco claro e até aos nossos acusadores, mas ele está lá independentemente. Alguns poucos Antissemitas e Filosemitas exprimiram seu anseio de nos ver ter sucesso na nossa tarefa, ou exprimiram cólera no nosso fracasso de não ter.
Henry Ford, por exemplo, escreveu no seu nocivo, O Judeu Internacional: o principal problema do mundo: “Não está esquecido que certas Promessas feitas por eles [Judeus] a respeito de sua posição no mundo e é tido que estas profecias serão realizadas. O futuro do Judeu, como salientado profeticamente, está intimamente atado ao futuro deste planeta.” Alguns parágrafos abaixo ele acrescentou, “Se a massa dos Judeus soubesse como são estudadas com simpatia e entendimento todas as profecias na Igreja e a fé que existe que elas profecias se venham a concretizar e resultem no grande serviço Judeu à sociedade como um todo, eles provavelmente considerariam a Igreja com outra mente” [ênfase adicionada pelo editor].
Famosos Filosemitas também salientaram esta mensagem profética. O anteriormente mencionado Liev Tolstói escreveu que o Judeu “é aquele que durante tanto tempo guardou a mensagem profética e a transmitiu a toda a humanidade. Um povo como este nunca pode desaparecer.” Para outros, tais como membros do clero Cristão, o papel profético dos Judeus era um dado adquirido. Em 1754, o Bispo Thomas Newton escreveu em Dissertações sobre os Judeus: “Os Judeus são por um constante milagre preservados como povo distinto para a conclusão das outras profecias que se relacionam a eles.”
Profetas Involuntários
Profecia é uma grande palavra. Na maioria, aqueles que se declaram a si mesmos profetas se descobrem a si mesmos a predizer empaticamente perante os ouvidos desatentos de seus pacientes semelhantes e os corações apáticos dos cuidadores sobrecarregados. Mas gostemos ou não, nós somos tratados como diferentes, como se fossemos responsáveis pelos problemas do mundo. Mas se somos culpados pelos problemas do mundo, isso serve para afirmar que também seguramos a chave para a solução dos problemas do mundo. O que há de mais interessante é a profecia específica à qual tanto os Filosemitas como Antissemitas se relacionam – a profecia de que nos tornaríamos “uma luz para as nações.” Na maioria, não fazemos ideia do que a frase “uma luz para as nações” significa, nem temos o desejo de saber sobre isso. Simplesmente queremos ter uma vida simples, sossegada, impregnada nas nossas sociedades locais. Então por que estão as nações cada vez mais nos dizendo que somos culpados por todos os seus problemas, até em países onde praticamente não há Judeus? Por que nos estão elas a dizer que não nos estamos a comportar como devíamos, quando se você verificar por qualquer medida razoavelmente objectiva, nós somos tão moralistas como todos os outros e na maioria dos casos até mais?
Segundo os números, os Judeus doam para a caridade mais que qualquer outro grupo étnico ou denominação. Nós voluntariamos nas nossas comunidades, em hospitais e em países em desenvolvimento. Até o IDF (Forças de Defesa de Israel), o tópico de discussão mais disputado nos nossos dias dentro das comunidades Judias, por todo o criticismo que alguns de nós tenham a respeito de seu comportamento, está no fim do dia a levar a cabo as ordens do seu governo com mínimo de dano para os cidadãos. Nessa nota, o Coronel Richard Kemp no Conselho de Direitos Humanos da ONU, que comandou tropas na Irlanda do Norte, Bósnia e Macedónia e participou na Guerra do Golfo, passando tempo considerável no Iraque e trabalhando em terrorismo internacional para o Comité de Inteligência Conjunta do Governo Britânico, teve uma afirmação muito interessante a fazer a respeito do Relatório Goldstone que denunciava as actividades de Israel durante a operação Lançar Chumbo. Num debate do Conselho de Direitos Humanos da ONU sobre o Relatório, o Coronel Kemp disse como se segue: “Baseado no meu conhecimento e experiência, posso dizer isto: Durante a Operação Lançar Chumbo, as Forças de Defesa Israelitas fizeram mais para salvaguardar os direitos dos civis numa zona de combate que qualquer outro exército na história da guerra. Israel fez isso enquanto enfrentando um inimigo que deliberadamente colocava sua capacidade militar por trás de escudos humanos da população civil.”
E todavia, estas palavras só enfatizam o ponto de que com todos nossos esforços e todas nossas contribuições para a humanidade na ciência, medicina, economia e valores humanos, nós somos culpados por todas as aflições do mundo.
O Único Produto que Todos Querem
Ao contrário do passado, não é difícil descobrir o que há de errado com o mundo. E similarmente, não é assim tão difícil ver como nós, Judeus, podemos ajudar a remendá-lo. Se olharmos para as crises globais de hoje – a lenta recuperação económica, o aumento da depressão e abuso de drogas pelo mundo desenvolvido, a alienação das pessoas e a fragmentação da sociedade ao ponto que casais casados são agora uma minoria – somos conduzidos a uma conclusão simples: a natureza humana é defeituosa.
E a solução para isso é a única coisa que a humanidade precisa. Até mais milhares de Prémios Nobel não vão concertar a natureza humana, nem mais mil Prémios Pulitzer, ou mais mil “planos de recuperação” económica. O mundo precisa de correcção da natureza humana e pode parecer improvável, mas nós temos o caminho para ela na nossa própria história.
Há milhares de anos atrás nos tornámos uma nação quando nos juntámos “como um homem com um coração.” Nessa altura nos tornámos uma nação com uma missão: de transmitir o método pelo qual unir o resto do mundo, também. De todos os “produtos” com os quais nossa nação forneceu à humanidade, este é aquele que todos eles estimam.
Todos concordam que “ama teu próximo como a ti mesmo” é uma óptima ideia e o mundo seria um mundo maravilhoso se ao menos vivêssemos segundo ela. Mas ninguém consegue. Ninguém senão nós fomos capazes de o fazer e até se não conseguirmos fazer agora. Mas o facto de que vivemos implica que temos um grão de conhecimento oculto por baixo de nossa consciência. E as nações, todas as nações, querem que reacendamos esse grão, o reguemos, o nutramos até que ele cresça numa planta que produza um fruto que eles possam desfrutar, também.
União, como um homem com um coração, de modo a eventualmente amar seu próximo como a si mesmo é o produto que nós “exportámos para o mundo” e que o mundo inteiro acolheu.
O Farol
Para resumir tudo o supracitado numa frase, Antissemitismo é uma expressão de ira para os Judeus por não se unirem e compartilharem essa união com o resto do mundo. Durante as eras, nossos sábios têm salientado a importância de nossa união. “Quando eles [Israel] são como um homem com um coração, eles são como uma muralha fortificada contra as forças do mal” escreveu Rabbi Shmuel Bornstein. E Rav Avraham Kook escreveu, “Em Israel está o segredo da união do mundo.”
Até os Antissemitas repararam o traço de união em nós. Henry Ford, por exemplo, reparou que temos “uma lealdade racial e solidariedade semelhante à qual não existe noutro grupo humano.” E Winston Churchill, famoso por ser agudo sobre os Judeus, notou que a união tem um significado especial para os Judeus. No seu livro, Churchill e os Judeus: Uma Amizade Vitalícia, o aclamado historiador Britânico, Martin Gilbert, citou Churchill como se segue: “Os Judeus foram uma comunidade sortuda pois eles tinham esse espírito empreendedor, o espírito de sua raça e fé. [Churchill] não … lhes pediria para usar esse espírito em qualquer sentido estreito ou de grupo, de se isolarem a si mesmos dos outros … longe de seu humor e intenção, longe dos conselhos que lhes foram dados por aqueles mais intitulados para aconselhar. Esse poder pessoal e especial que eles possuíram permitiu-os trazer vitalidade para suas instituições, que nada mais poderia dar. [Churchill acreditava sem desrespeito que] Um Judeu não pode ser um bom Inglês a menos que seja um bom Judeu.”
A Solução Final – a Guerra pelos Nossos Corações
Parece que, então, não são são as miriades de mentes brilhantes Judias de que o mundo precisa. Nem é a teoria inovadora para salvar a economia global. Nem sequer a necessidade de contemplar novos modos de governo em prol de salvar o mundo. Tudo o que precisamos é nos unirmos. Precisamos disso em prol de nos protegermos contra nossos inimigos, ou em prol de nos ajudarmos uns aos outros a melhorar nossas vidas em certo outro sentido. Precisamos disso pois é disso que o mundo precisa e o mundo não o consegue alcançar a menos que primeiro o alcancemos e pavimentemos o caminho para eles segundo o exemplo. Se nos unirmos não para nós, mas pelo mundo, então tanto nós como o mundo vencerão a guerra contra o ódio que consome cada decente fragmento do nosso planeta e das nossas almas.
Se não nos unirmos e mostrarmos o caminho, nós e o mundo perderemos e todos sofrerão as consequências. E como já é evidente, nós seremos acusados e sofreremos as piores consequências.
Ser, ou Não Ser (Feliz), essa É a Questão
De uma maneira ou da outra, a humanidade vai descobrir que a solução para todos os nossos problemas é nos unirmos no sentido completo das palavras, “como um homem com um coração.” A escolha é se termos de o descobrir por tentativa e erro, ou deslizar suave e agradavelmente para um mundo de cuidado e amizade. Nós, Judeus, temos a escolha; o resto do mundo vai desfrutar da nossa boa escolha e nos recompensará adequadamente, ou sofrerá as consequências de nossa pobre escolha e nos punirá em correspondência.
Não devemos desperdiçar tempo e começar a nos unir. Na página seguinte, descobrirá toda a informação que precisa em prol de começar a fazer isso. Então aqui está, é gratuito e continuará gratuito. Nosso bom futuro depende disso. Há livros que ensinam como conectar os corações; há cursos que o ensinam e há professores que gentilmente nos guiam até lá. Mas isso não pode ser alcançado a menos que você, o leitor, lá esteja e a menos que você queira essa união. Lembre-se, nosso futuro depende de nossa escolha colectiva – de nos unirmos.
Como Um Feixe de Juncos é um livro profundo de mais de 200 páginas por Dr. Michael Laitman oferecendo oportunas visões e ferramentas pelas quais mudar a tendência ameaçadora de Antissemitismo e trazer uma inteiramente diferente perspectiva e solução para este antigo demónio.
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Publicado originalmente no BundleOfReeds