Dr. Michael Laitman Para mudar o Mundo – Mude o Homem

ESTAMOS VIVENDO O RESULTADO DE NOSSOS ERROS PASSADOS?

Do livro “Conectados Pela Lei da Natureza”

Estamos nós vivendo o resultado de nossos erros passados, ou a vida segue uma lei abrangente, uma tendência geral? Ou é tudo um processo inevitável que devemos experimentar e apenas depois obter benefícios?

Na verdade, o termo “crise” não é necessariamente negativo. Apesar de definirmos desta maneira a atual situação – crise econômica, crise na educação ou crise na ciência – todos são aspectos de uma crise integral, global e única, uma crise em todos os reinos dos compromissos humanos. Nós usamos o termo “crise” para denotar um problema, quando de fato a palavra é na verdade “o nascimento dentro de um novo estado”, neste caso, o estado de ser.

Nós sabemos, por experiência, que tendemos a nos acostumar e permanecer em posições onde nos sentimos confortáveis. É difícil para nós deixar um trabalho ou decidir qualquer algo novo na vida. Hábitos configuram nosso caráter e – como bem sabemos – são difíceis de morrer, especialmente os ruins. Uma vez que um sistema está estável e não precisamos gastar muita energia para mantê-lo, nos tornamos preguiçosos, tendendo apenas em direção ao que é familiar e seguro.

Se enxergamos um futuro feliz para nós, somos capazes de nos direcionar a ele com confiança e a transição se torna fácil. No entanto, se a transição é difícil e proibitiva, e não enxergarmos um futuro, nossa situação verdadeiramente nos parece trágica.

Então, precisamos primeiramente examinar se nossa situação é ou não de fato trágica. Pense em um feto crescendo no útero de sua mãe. Ele está deitado e protegido em seu abrigo quando um processo desconfortável começa a se desenrolar – o nascimento! Ambos a mãe e o feto sofrem a experiência de um grande stress e pressão acumulada até o ponto em que não suportam um ao outro e o feto deve nascer. Traduzindo para nossas emoções, é como se o feto detestasse o fato estar dentro de sua mãe, enquanto a mesma parece também detestar e já não é capaz de mantê-lo dentro por mais tempo.

Assim, por rejeição mútua, o nascimento ocorre e um bebe nasce em um brilhante e bonito mundo, recebido com honras em uma nova vida em um novo nível. Onde anteriormente existia apenas algumas gramas de carne crescendo dentro de um outro organismo, um ser humano agora se levanta. É pequeno ainda, incapaz de entender o mundo à sua volta, mas é o começo de uma nova vida.

Isto é muito semelhante ao processo que nós, como sociedade, estamos passando. Isto é a razão pela qual nossa situação é a de um trabalho doloroso antes de adentrarmos em um novo mundo.

Anteriormente, as crises não eram tão radicais ao ponto de serem consideradas “nascimento”. Nós as definíamos como “passos na nossa evolução”. Existiram muitos passos na história do ser humano, mas a crise atual é fundamentalmente diferente daquelas do passado.

Nós temos sempre desejado descobrir o novo estado; o que está por vir (assim que percebíamos que alguma forma de revolução nas nossas vidas era mandatória).

Pode ser uma revolução social, tecnológica, política ou uma revolução que acontece por causa de uma nova descoberta, como os novos continentes, novas armas ou novas tecnologias como a internet, que nos ajudou a desenvolver novas conexões. Ainda assim, até os dias de hoje, não houve revolução que mudasse tão radicalmente cada aspecto de nossas vidas e o todo da humanidade, afetando continente, país, família e pessoa.

Enquanto nós ainda estamos no estágio pré-natal do processo, nós podemos dizer com confiança que é isto que está acontecendo. No entanto, nós já podemos ver que caminhamos em direção ao nascimento. A situação, que iremos definir como “crise pré-natal”, aumenta a pressão sobre nós, coletivamente e individualmente.
Isto é o porquê nós somos cada vez mais incapazes de manter laços familiares, relutamos ao casamento, e mesmo se o realizamos, cada vez nos separamos mais rápido. Não sabemos como educar nossas crianças, nos parece que não nos encaixamos nos nossos trabalhos ou em nossos laços sociais e geralmente, estamos sendo levados à desorientação e desordem.

A razão pela qual estamos definindo o novo estado como “completa revolução” ou o “nascimento” de toda humanidade – e não o nascimento de um certo país ou sociedade – é porque estamos está se manifestando em todo o mundo. Está nos mostrando o quanto estamos conectados e afetamos um ao outro. Este é um estado global, ocorrendo simultaneamente em todo pais e em cada pessoa. De fato, é uma situação sem precedentes. Mais importante ainda, nós não conseguimos ver para onde está situação está nos levando.

Ao longo da história nós sempre avançamos em direção às sociedades mais desenvolvidas, trocando uma por outra. De fato, essas mudanças aconteceram através de revoluções e guerras em cima de religiões, recursos e territórios. Mesmo assim, nós sempre sentimos que estávamos indo em direção a um melhor estado de existência.

Mas quando, no passado, uma parte da sociedade concordava e recebia a nova situação, outra parte não, ou um país sentia a mudança e outros não. Hoje ninguém tem nenhumadica em relação à Naturezado estado que estáse formando. Isto nunca ocorreu com a humanidade até o presente momento.

Por todo mundo, um eco mudança está tomando forma. Mudanças climáticas anteriores induziram grandes mudanças na humanidade, mudanças que encorajaram revoluções. A era do gelo, por exemplo, forçou as pessoas do Norte a migrar em direção ao Sul, ou se moverem da Sibéria e Ásia para mais perto da Europa.

Outras mudanças resultaram de avanços tecnológicos ou de resistências a certos governos. Mas agora, todas as mudanças estão acontecendo ao mesmo tempo, pela ecologia e pela Natureza do homem. Nós não somos capazes de lidar nem com necessidades básicas como a continuação da próxima geração, ou sistemas necessários para garantir oferta de alimento, aquecimento, família e educação. Nós temos nos tornado disfuncionais. E mais importante, não conseguimos ver o futuro para onde nos direcionamos.

Podemos ver nosso futuro? É possível aborda-lo com razão e entendimento, como humanos? Uma pessoa sábia olha em frente, examina e tenta realizar cálculos. Fazendo isso, uma pessoa faz seu caminho mais simples e rápido, ao invés de tropeçar no escuro como se fosse cego. Especialmente agora que as proporções são globais, o pensamento de falha é alarmante.

Informação sobre o novo e conectado mundo abrirá nossos olhos para ver a realidade sob umanova perspectiva. Primeiramente, nos apresentará o futuroestado da humanidade e revelará como melhor chegar até ele.

Para tornar a transição prazerosa e suave, nós devemos saber a Natureza das mudanças que temos que nos submeter, por que tais mudanças específicas devem acontecer, as razões para as nossas atuais falhas em nosso tratamento da realidade, e por quais meios nos moveremos para o novo estado.

Podemos nós verdadeiramente narrar nosso estado atual como uma crise pré-natal, com a Natureza sendo nossa parteira, com pressão tanto da nossa Natureza humana e daquela própria da Natureza nos forçando para mudar e chegar ao novo estado? Se nós soubéssemos as respostas para essas perguntas, poderíamos predizer qual estado surgiria no futuro?

As pessoas que viveram na era da escravidão não sabiam que seu próximo estado seria de relativa liberdade. Eles pensavam que a escravidão era o estado mais conveniente. Eles não tinham desejo de pensar independentemente e estavam dispostos a trabalhar em troca de comida e moradia.

Istoé tudo que eles precisavam. O dono da terra assim se relacionava com os escravos para obter lucro com seu trabalho, e os dava teto, comida e tratamento de saúde porque ele obteve com os escravos mais do que investiu. Desta maneira, ambas partes se beneficiavam.

Mas os escravocratas descobriram que eles lucrariam mais se deixassem os escravos serem livres porque, para o escravo, seu trabalho não mais justificava os benefícios. Se a liberdade lhes fosse garantida, os escravos poderiam ainda assim trabalhar; os donos iram continuar recebendo suas partes, sendo mais lucrativo do que continuar com a escravidão. Foi assim que a sociedade evoluiu para sua próxima fase.

Então hoje, estamos nos desenvolvendo em um novo estado. Ainda assim, por que não o vemos? Por que não podemos planeja-lo? Existem muitas pessoas inteligentes e há uma vasta experiência da história e da ciência, por que então tropeçamos como se fossemos cegos e incompetentes? Nós podemos ver a confusão em todas as conferências internacionais, cada instituto de pesquisa e cada universidade. Sociólogos, psicólogos e economistas; todos parecer não ter ahabilidade de descobrir a solução para a crise.

Nós sabemos que alguma coisa deve mudar, talvez tudo deva ser mudado, ainda assim não sabemos por onde começar. Estamos, de fato, sem ajuda.
O desenvolvimento social dirige o desenvolvimento político, bem como o desenvolvimento em todo outro reino da vida – família, economia, educação, cultura, ciência e tecnologia. A vida social de hoje começou a se desenvolver incontáveis anos atrás, quando nós percebemos pela primeira vez que não somos capazes de prover todas as nossas necessidades por nós mesmos.

Apesar de termos saído do reino animal, os humanos não vivem em bandos ou em grupos como outros animais vivem. É latente em nós o crescimento, evolução, desenvolvimento do nosso ambiente, aprender sobre a razão da vida e descobrir como podemos melhorar nosso estado de ser. É uma busca egoísta. Todos querem uma vida melhor, mais segura e pacífica.

Nós também queremos ser superiores aos outros. Somos invejosos e procuramos poder, respeito e luxúria. De fato, estas qualidades motivam nossos desenvolvimento e progresso, e são o motivo de o homem levar uma vida social.
Enquanto poderíamos viver na floresta, se tentássemos, evoluiríamos como animais. Há casos onde pessoas se perderam em florestas e por lá viveram, crescendo como animais. Sob tais condições, adquiriram a forma de animais, perdendo o serhumano interno a tal ponto que é impossível a restauração de suas habilidades sociais e reintegração à sociedade humana. Assim, por gerações, a direção imperativa tem sido o desenvolvimento da sociedade e nosso ambiente social.

À medida que evoluímos, vemos que o homem não evolui sozinho. Ao invés disso, tudo depende da sociedade. Nós desenvolvemos a sociedade e por ela, nossas próprias vidas desenvolvem. Ambas são interdependentes.

Você pode dizer que hoje cada um de nós depende de milhares de outras pessoas ao redor do mundo. Não há nenhum país no mundo que não disponibiliza coisas para nossas necessidades, de comida, roupas, matérias de construção, aquecimento e resfriamento, até tudo que temos em nossas propriedades. Se não diretamente, recursos são disponibilizados por outros países – um país disponibiliza a matéria prima e outros as maquinas que manufaturam o produto final.

Quanto mais as diferentes especializações tornam o mundo diferenciado, mais cada um de nós tem o seu próprio trabalho. Ainda assim, esse trabalho é conectado e sincronizado com o resto das pessoas do mundo. Desta maneira, podemos disponibilizar produtos diferenciados além da alimentação e roupas básicas, que eram o suficiente no passado.

Com a nossa evolução, aumentamos nossas habilidades para manufaturar comida e roupas. Depois, desenvolvemos maneira de transporte e outras tecnologias, resultando no desenvolvimento das especialidades; economia, agricultura, maquinários diversos, artes, cultura, entre outras coisas mais.

Hoje, existem indústrias inteiras que desenvolvem produtos que não precisamos como esporte ou turismo, ainda assim não conseguimos viver sem os mesmos. Assim, um famoso músico pode ganharem horas de apresentação o que um pedreiro ganha em um ano ou mais. Nós apreciamos e até veneramos coisas que não são necessárias para nosso sustento, mas que se tornaram necessidades absolutas para nós.

Se calcularmos o que fazemos todos os dias para prover nossas necessidades básicas, comparado com tudo o que produzimos, nós veremos que 90% do que produzimos é atualmente desnecessário para nossa sobrevivência. Ainda assim, nós necessitamos de todas essas coisas porque sem elas, sentimos que nossas vidas não valem a pena serem vividas, uma vez que essas coisas pertencem ao nível humano da existência.

Assim, claramente, nós inevitavelmente dependemos da sociedade. Enquanto poderíamos viver em cavernas se não tivéssemos outraescolha, nossa evolução como humanos nos compele a desejar mais.

Hoje estamos no estágio onde desvincular uma pessoa da sociedade significa sentenciá-la a uma vida infeliz. Tal pessoa pode ser capaz de prover para suas necessidades básicas, o suficiente para não morrer de fome, mas para todo o resto ela necessitaráde outras pessoas. Precisamos produzir tudo que a sociedade necessita e assim recebemos o que queremos da sociedade. Isto é a razão pela qual nossa dependência na sociedade é uma predeterminação.
De fato, o que temos feito de errado? Como acabamos em uma situação onde não sabemos como lidar conosco? Estamos experimentando crises na nossa sociedade e em nossas próprias vidas porque estamos atualmente sentindo apenas o lado negativo da crise, apenas as dores e não o nascimento.

Se examinarmos a nós mesmos e nosso desenvolvimento como seres humanos, vamos ver que todo o nosso desenvolvimento resulta de nossos desejos, de constantemente querer mais. Nós já tivemos pequenos desejos. Queríamos viver no campo, com algumas vacas, algumas galinhas e um pedaço de terra. Um homem tinha uma esposa e filhos, ele vivia a sua vida, e ele sabia que isto abrangia sua vida.

Então, maiores desejos despertaram em nós, levando-nos a começar a negociar para o que queríamos. Nós vendíamos nossos produtos no mercado e comprávamos outros produtos em troca. Por exemplo, um agricultor chegava à cidade e via que havia um novo tipo de arado que poderia lavrar a terra de forma mais eficiente. Ele trabalhava mais duro ou pedia dinheiro emprestado para comprar a máquina e, assim, era capaz de produzir colheitas maiores. Foi assim que evoluiu e começou a interconectar como os nossos egos crescentes nos levou a desenvolver.

Toda a nossa história é baseada em tais desenvolvimentos nos desejos humanos. Queremos sempre mais, porque nossos desejos estão em constante crescimento. Progredimos olhando para os outros e invejando-os. Uma pessoa é bem-sucedida em uma empresa específica, enquanto os outros conseguem em diferentes direções.

Aprendemos porque somos motivados pela inveja, a luxúria, a busca de honra, e um desejo de dominar. Queremos absorver dos outros o que vai nos beneficiar, e ser tão bem sucedido como eles são, porque os nossos egos não querem que a gente se sinta como perdedores.

O desenvolvimento dos desejos humanos causou cada mudança e a revolução na história humana. É esse desenvolvimento que iniciou guerras por territórios e nações que foram conquistadas. Depois, veio uma época de descobertas de terras, resultando em novas áreas de desenvolvimento. Como a tecnologia e o comércio evoluíram, aprendemos a processar as coisas de novas maneiras. Agora, finalmente, chegamos a fronteira final: o espaço.

E, no entanto, em última análise, o progresso e desenvolvimento nos levaram a um beco sem saída. Isto começou a se tornar evidente na década de 1960, quando ambientalistas e sociólogos começaram a advertir que a humanidade está em um impasse em termos de ser capaz de determinar onde devemos concentrar nosso desenvolvimento futuro. O programa espacial nos ajudou a esquecer sobre isso por um tempo, mas esse programa, também chegou a um fim prematuro.

Nós circulamos a Terra e chegamos à lua, mas e depois? Isso não nos ajuda muito. Para todas as nossas esperanças de encontrar vida extraterrestre, tudo que encontramos foi sem vida – sem plantas, animais, e certamente sem humanos.

Em vez disso, chegamos a uma espécie de vazio. Nós evoluímos ao ponto em que não temos mais para onde ir. Nós não podemos ver onde mais nos desenvolver. A nossa própria Natureza e a Natureza que vemos ao nosso redor pararam de se abrir para nós.

Pensadores e cientistas de diversas áreas estão alertando que chegamos ao final do desenvolvimento humano; na verdade, eles até já escreveram livros sobre o fim do desenvolvimento humano.

O ego humano cresceu, nós evoluímos, e acreditamos que o nosso desenvolvimento era ilimitado, que produziria mais meios de comunicação, veículos e até mesmo nossos próprios jatos pessoais! Mas, no final, aquele que consome todos os produtos permanece com o vazio, descobrindo que isso não entrega a satisfação que havia prometido.

Todo o nosso progresso tinha nascido a partir de nossos desejos inerentes, que estavam crescendo sem parar. No entanto, eles de repente pararam de crescer. Em vez disso, nós sentimos decadência.

Enquanto anteriormente o homem queria uma família grande com muitas esposas e muitos filhos, hoje homens se contentam com uma só mulher e um ou dois filhos. Hoje, a vida tornou-se tão difícil, complicada e complexa que nos países desenvolvidos, as pessoas ficam com seus pais até que estejam com 30 ou mesmo 40 anos de idade.

As pessoas vão para o trabalho e gastam todo seu salário consigo si mesmas. Elas não sentem que precisam de uma família. Elas se sentem livres, se divertindo, enquanto suas mães cuidam delas. Quando os pais se aposentam, elas vivem de uma pensão e Seguro Social, e seus filhos os ajudam, e se sentem felizes fazendo isso.

Nós construímos uma sociedade que evoluiu a tal ponto que você pode comprar comida pronta que você precisa simplesmente de aquecer em um forno de micro- ondas, e a refeição está pronta em poucos minutos. Cada pessoa tem o seu próprio apartamento, que ele ou ela não compartilham com mais ninguém, e quando envelhecemos, temos o Seguro Social, seguro de saúde e hospitais para cuidar de nós. Muitos de nós sentimos que trabalhar duro simplesmente não paga.

Nossos egos têm crescido tanto que não podemos nos conectar com outras pessoas, fazer esforços por elas, ou cuidar delas para que elas queiram cuidar de nós. Nós não sentimos que podemos nos conectar a uma outra pessoa, a menos que tenhamos um interesse comum para ajudar uma a outra.

Cônjuges de hoje conduzem seus relacionamentos como parcerias. Ambos trabalham, ambos participam dos pagamentos, e são iguais. No passado, o homem seria o provedor e a mulher ficava em casa com as crianças.

Hoje, ambos saem de casa para o trabalho pela manhã, deixam as crianças na escola, onde são supostamente educados, e as buscam à noite a caminho de casa. Uma vez em casa, é cada um para si mesmo. Adultos compartilham as mesmas tarefas e deveres, e já não há uma distinção entre o pai e a mãe.

Acontece que temos chegado a um estado em que a família perdeu sua estrutura e tornou-se uma parceria, e, como em todas as parcerias, devemos analisar se vale a pena manter a parceria vai ou terminá-la. É por isso que há tantos divórcios, ou pessoas que não desejam entrar em tal parceria inicialmente. O ego, que tem crescido, está nos dizendo que não é do nosso interesse entrar em uma “parceria de família”.

A educação que nossas crianças recebem é muito diferente da que recebemos. A lacuna entre as gerações é tal que muitas vezes são completamente separadas de nós, quase como se fossem uma espécie diferente. Eles recebem uma educação diferente, eles têm interesses diferentes, e dificilmente podemos compreender quem eles são, como eles falam, o que fazem e o que eles gostam. A conexão entre as gerações foi quebrada.

Este estado gera tais pensamentos como: “Por que eu preciso de filhos, se eles não me trazem nenhum prazer e me tratam como uma carteira ambulante? Embora eu possa curti-los quando estão pequenos, quando se tornam adolescentes nós perdemos o contato com eles.”

Na geração anterior podíamos esperar de dez a quinze anos, até que tivéssemos netos, que poderíamos mimar enquanto eles eram pequenos, e que nos davam algum prazer. Mas hoje, mesmo isso se foi porque os filhos não querem se casar e ter filhos, por isso não vamos ter netos depois de tudo. Em tal estado, para que precisamos de filhos? Claro, nós não fazemos esses cálculos conscientemente, mas eles existem subconscientemente e levam muitos de nós a concluir que estaríamos melhores sem filhos.
É tudo resultado dos egos desenvolvidos. Demograficamente, nós crescemos muito rapidamente, mas agora a linha tem achatado. De fato, estudos mostram que as taxas de natalidade em todo o mundo estão caindo, e em breve o número de crianças começará a declinar.

Hoje ainda existem algumas civilizações, como os países árabes, com motivações hereditárias e religiosas para ter mais filhos. Mas, na maioria dos países, essaunidade tem facilitado, e em vez de ter dez filhos em uma família, há apenas duas ou três crianças em cada.

Juntamente com a desintegração da unidade familiar e a perda de parentesco, outro interessante fenômeno completamente novo está tomando forma: a nossa sociedade está se tornando conectada. Além da percepção de que os bancos, a indústria e os fabricantes estão todos conectados globalmente, com a compra de matérias-primas e produtos uns com os outros, estamos nos tornando mutuamente dependentes na cultura e na educação. Não se trata de saber através da mídia o que está acontecendo em todos os lugares do planeta. Pelo contrário, estamos nos tornando dependentes um do outro.

Se esse é o tipo de dependência que existe em uma boa família, ela dá a confiança de uma família. Mas se é umadependência negativa, leva a divórcio, ou pior, a violência.

Mesmo que estejamos crescendo mais odiosos do outro e se repelindo em uma escala global, como podemos divorciar-nos mutuamente quando a Natureza nos fechou sobre esta crosta fina? Estamos, de fato, globalmente interdependentes, e não podemos nem divorciar nem escapar um do outro.

Além disso, a cada dia estamos nos tornando mais interdependentes. Anteriormente, quando estávamos longe um do outro, se houvesse conflitos nós iríamos matar um ao outro, na pior das hipóteses. Mas com as armas que existem hoje, qualquer conflito pode levar à destruição do mundo inteiro. Agora, todo mundo depende de todo mundo para melhor ou para pior.

Este é um grande problema porque, ao mesmo tempo, os nossos egos estão se tornando ainda mais intolerantes e intransigentes. A nossa capacidade de raciocinar é abafada pelo nosso ódio intensifica para com o outro, e muitas vezes tememos que, juntamente com as armas, nossa inveja, a luxúria, a busca de honras e dominação e crueldade, pode acabar destruindo todo o nosso mundo.

Podemos ver como a Natureza é o que nos leva a interdependência inescapável, ao contrário de estar em uma família onde podemos divorciar um do outro.

O que vamos fazer? A única solução é a reconciliação entre todos os “membros da família”, entre todos os países. E isso não deve ser feito pela força ou pressão, mas através de um compromisso mútuo de se esforçar para complementar um ao outro – todos os povos e todas as nações do mundo.

Fora essa solução, da qual nossa vida depende, vamos reorganizar nossas vidas sociais e nossas relações apenas como uma família. Temos que ver o que cada um de nós precisa, a fim de complementar as necessidades dos outros. Precisamos descobrir qual o tipo de educação que devemos incutir em adultos e crianças, para a próxima geração torná-la mais fácil para eles participar de um mundo bom quando crescerem, um mundo de suavidade e calor. Ao mesmo tempo, devemos ver como podemos impedir as pessoas de incitar contra os outros.

Muitos estudos científicos têm mostrado que o mundo se tornou “circular”,

conectado e interdependente, e que não podemos fugir dele. Na verdade, verifica-se que não é inevitável só nossa mútua interdependência, mas a cada dia as pessoas e as nações estão se movendo em direção de colaboração ainda maior.

É cada vez mais claro que o isolacionismo corre contra o processo que temos sofrido desde o início da evolução humana até hoje. Resistir as leis da Natureza nunca funciona. Neste caso, é até perigoso, tanto para o país isolacionista como para o resto do mundo.

Se eu conheço as leis da Natureza, mas não as guardo, eu me prejudico imediatamente. Toda a tecnologia e a ciência se esforçam para imitar a Natureza. Desenvolvemos ferramentas para descobrir o que mais Natureza tem guardada para que possamos usá-la para nosso benefício. Assim, quanto melhor nos conhecermos e empregarmos as leis da Natureza, especialmente as que dizem respeito a sociedade e a psicologia social, mais vamos ganhar. Caso contrário, teremos de iniciar um processo de divórcio, o que acabará por se manifestar em uma guerra mundial.

É importante entender o que queremos dizer quando dizemos que, se mantivermos corretamente as leis da Natureza no nível humano, psicológico, vamos ter sucesso. Estas são as leis que operam dentro de nós, como seres humanos, incluindo a psicologia humana e a psicologia da sociedade e da família. Psicologia é sobre a compreensão da Natureza humana e as relações humanas.

Quanto melhor conhecer a Natureza humana e como conduzir nossos relacionamentos, melhor seremos capazes de construir uma sociedade onde todos são felizes, e onde todo mundo faz concessões para os outros.

É verdade, todo mundo quer ser “rei da montanha”, mas podemos mostrar que nós ganhamos mais por tratar os outros como iguais, ajudando e apoiando-nos mutuamente. Se nós mostrarmos isso, as pessoas vão acolher as concessões mútuas, compreensão que não existe qualquer outra forma de um sistema em que todos são interdependentes. Desta forma, vamos estabelecer uma sociedade onde todo mundo estará feliz.

É claro, os nossos egos constantemente nos leva a resistir à mudança. O ego sempre quer governar, mas a opinião pública vai nos ajudar a lutar contra isso. Vamos ver como o ambiente social afeta e educa uma pessoa, como pode manter nossos egos em xeque. De fato, a opinião pública pode nos impedir de deixar nossos egos soltos, prejudicando a sociedade. E uma vez que controlamos nossos egos, vamos ver que há muito a ganhar usando o ego de forma socialmente favorável, e com o ego até mesmo os benefícios de tal interação social.

Nosso ponto de vista da sociedade e da sua influência deve ser o dominante, convincente, decidindo o elemento aqui. Precisamos aprender que é o homem, que é o meio ambiente, e em que medida eles influenciam um ao outro. Essas relações são as leis da Natureza, e nós somos uma parte da Natureza. Temos que aprender a ser nossos próprios analistas e analistas da sociedade humana. Dessa forma, nós vamos ser capazes de compreender as relações interpessoais e como conduzi-las com sucesso.

Precisamos aprender quem nós somos, por que evoluímos como evoluímos, e se podemos ou não resistir a este desenvolvimento. Parece que a Natureza está nos conduzindo em direção a algo novo e melhor; só precisamos entender por que, em seguida, ir junto com ela.

Nós também precisamos entender por que nós não podemos ver a imagem do futuro. Afinal, nós sempre vimos isso e evoluímos através da nossa condução para descobrir, para subir, para crescer. Hoje em dia, este não é o caso. Pelo contrário, estamos murchando, desesperados, e perdendo o nosso desejo por qualquer coisa.

Parece que este estado também é necessário para o próximo nível de desenvolvimento surgir. Isso significa que temos que deixar o estado atual e subir para um outro completamente diferente.
A razão para o nosso desespero, fadiga e desamparo é a nossa falta de vontade de manter a situação atual. Mas, ao estudá-la, estamos aparentemente deixando-a, lavando-nos, nos vestindo em roupas novas, entrando em um novo mundo, e perdendo o contato com o antigo, o que nós fizemos de sujo, e onde nós prejudicamos a nós mesmos e aos outros.

Se examinarmos o que podemos tirar do nosso mundo atual para o mundo ideal, veremos que não podemos tomar nada dele, nem a unidade da família quebrada, nem as nossas relações com os nossos filhos, nem as nossas amizades, e nem o nosso trabalho, se é que temos um. Quando refletimos sobre nossas vidas, nos damos conta de que elas estão realmente em um estado de desespero.

Estamos em desespero porque não podemos ver o que temos aqui e agora. Nós não podemos ver uma solução que possa surgir a partir do estado em que estamos por dentro. É assim em todos os países: todos nós estamos vivendo de momento a momento, e mais e mais pessoas a entendem que é assim que as coisas são, que nasceram e portanto, vivem.

Estamos em uma situação muito especial. A pesquisa está mostrando que estamos nos movendo para longe da forma como as coisas estão acontecendo atualmente em direção a um novo nível de existência. Na verdade, estamos pulando em um novo grau e nascendo em um mundo novo.

É um mundo de regras diferentes, que a Natureza já começou a se apresentar para nós. Estas são as regras integrais, as leis de dependência mútua, o mundo “circular”, um mundo de igualdade e unidade. Estas são as leis pelas quais vivemos como uma família saudável.

Mas será que apenas achamos que estamos caminhando na direção de um mundo assim? Seráque estamos apenas sonhando com isso, ou isso é o estado que realmente esperamos – a humanidade que somos obrigados a atingir, seja voluntária e conscientemente ou por forças que vão nos impulsionar? Se esta é a situação, certamente vai valer a pena estudar as leis do mundo integral porque então saberemos como será a mudança para esse estado agradável e confortável.

Temos que estudar essas leis, porque em nosso estado anterior de desenvolvimento, nós evoluímos pelo impulso da Natureza por trás, através de novos desejos que a Natureza evocava dentro de nós. Hoje não é assim. Estamos em um beco sem saída. Não temos novos desejos para pavimentar o caminho para nós, por isso devemos estudar nosso próximo estágio, por nós mesmos, para sabermos a sua finalidade e determinar como podemos realizá-lo.

Quando abrirmos a porta para a nova vida vamos ver o que está diante de nós. Também teremos que aprender o que significa podermos chegar a esta nova vida. Ao contrário do desenvolvimento instintivo que tivemos em todas as gerações anteriores de mudança de estado para estado, de um nível social para outro, e, em seguida, a diferentes formas de sociedade, agora temos que evoluir conscientemente. É por isso que devemos estudar as leis da Natureza. Então, junto com a realização dessas leis, por compreendê-las e conhecer a nós mesmos e a nossa sociedade humana, vamos mudar para o novo estado.

É como se estivéssemos dando à luz a nós mesmos. Desta vez, temos que levantar- nos e olhar para nós mesmos, para nossa situação e para a situação que vamos atravessar. No passado, nós seguimos sempre com o fluxo, tomando as chances que vieram em nossa direção, nos revoltamos e revolucionamos nosso governo e nossa sociedade. Hoje, temos que elevar o nosso nível de consciência acima de nossas próprias vidas e ver a Terra e a sociedade humanaa partir de uma perspectiva global. Então, a partir dessa perspectiva, temos que continuar a evoluir.

É a primeira vez que a Natureza exigiu que cada um de nós soubesse claramente quem somos, o tipo de mundo em que vivemos, e o estado para o qual estamos desenvolvendo. É a primeira vez que nos é exigido ser “humano”, no sentido que conhecemos e compreendemos a essência da vida.

Portanto, precisamos entender que nossos estudos se destinam a nos ajudar a revolucionar nossas vidas e para elevá-las a um novo nível, para a totalidade.

Quando pesquisamos o inanimado, vegetal e animal da Natureza, bem como o homem, que vive dentro deste quadro, encontramos as leis. Avançamos de acordo com essas leis e nós as chamamos de “Natureza”. Nós somos parte da Natureza; nós não estamos fora dela; nós somos o resultado da evolução da Natureza.

A psicologia humana, a ciência do comportamento humano, também faz parte das leis da Natureza. É uma ciência que evoluiu recentemente, cerca de 100 anos atrás, porque só então começamos a sentir que poderíamos evoluir em um único modo: conscientemente. Começamos a examinar onde estávamos nos desenvolvendo, quem éramos, como nos relacionávamos com os outros, e por quê.

Até cerca de um século atrás, nós escrevemos livros que descreviam apenas como nós nos comportávamos. Mas desde então, começamos a pesquisar por que tivemos esse comportamento. A psicologia é o estudo das leis que afetam a humanidade. Assim, é um campo muito importante de pesquisa, pois nos ajuda a entender quem somos, quem os outros são, e como podemos construir uma vida feliz através de nossas conexões com os outros.

As leis da Natureza no nível inanimado são chamadas de “física”, no nível vegetativo, “botânica”, e no nível animal, “zoologia”. No nível humano, as leis da Natureza são chamadas de “psicologia”.

As crianças se desenvolvem de ano para ano, porque sua Natureza está se desenvolvendo dentro de si. Todos os anos, a criança se desenvolve no entendimento, consciência, comportamento e fisicamente, psicologicamente e mentalmente. Esta é a Natureza da “Lei de Desenvolvimento”.

Podemos definir o que uma criança precisa saber em idades específicas, e qual sua competência física deve ser em cada idade. Sabemos estas coisas porque já sabemos a lei do desenvolvimento. Sabemos a dinâmica e o processo, e não podemos agir de outra forma, porque as nossas ações estão enraizadas dentro de nós e evoluem dentro de nós.

Nós somos parte da Natureza. Dentro de nós há um “motor” que se desenvolve em cada um de nós individualmente ao longo de nossas vidas, e em todos nós juntos ao longo da história. Em retrospecto, podemos tirar conclusões a respeito do porque nós evoluímos de uma certa maneira e o que nos motivou.

Pode-se comparar essa evolução com a de uma criança, naqual existem bits de dados que se desenvolvem constantemente, ou de um filhote de animal, cujo desenvolvimento podemos antecipar. Da mesma forma, a sociedade também tem leis de desenvolvimento. Chamamos essas leis “Sociologia”. Tudo em nosso mundo é construído por leis. Nós realmente não as entendemos porque elas são todas ciências novas, mas quanto mais aprendemos, mais vemos que as leis da sociedade são como qualquer outra lei.

As pessoas se desenvolvem tanto pessoalmente como socialmente. Todos estes desenvolvimentos decorrem dos dados incorporados em nós. As leis dirigem como vamos construir a sociedade, bem como a forma como vamos construir a nós mesmos. Conforme o tempo afeta esses dados, nós desenvolvemos em conformidade.

Alimente a criança e cuide dela, e você vai ver como ela se desenvolve de um ano para outro. Mas não é o alimento que desenvolve a criança. A comida só permite que se desenvolvam, mas são os genes que transformam a criança em um adulto.

Quando um recém-nascido se desenvolve a partir de uma única célula em uma criança, não é porque os pais decidiram que isso deve ocorrer; nem é acaso. Os pais sabem de antemão que a célula se tornará uma criança, e que a criança acabará por se tornar um adulto. Tudo vem de umgene de informação – determinados dados que estão presentes lá. Estes dados recebem “alimento” do lado de fora e se desenvolvem. Tudo acontece por leis, assim como tudo o que acontece na sociedade humana.

A Natureza é algo que evolui e leva o inanimado, vegetativo, animado, e o homem ao seu desenvolvimento. Estamos todos em evolução: primeiro evoluiu Terra, em seguida, vieram as plantas, depois os animais e, finalmente, os seres humanos. A evolução começou com o “Big Bang”, e continua através de um processo de união. A montagem das peças os desenvolvem e os tornam mais unidos em quantidade e qualidade.

Primeiro, houve o inanimado. Em seguida, evoluíram as plantas que se desenvolveram e começaram a crescer; havia vida nelas. Em seguida, a evolução chegou ao nível animal, que evoluiu ainda mais, até o ponto onde cada animal evoluiu individualmente. E finalmente chegou o homem.

A pergunta é: “Existe consistência, uma lei por trás deste desenvolvimento?” As leis existem; nós sabemos com base no passado. Nós não podemos compreendê-las, mas as leis assim mesmo existem.

Nós olhamos para a Natureza e aprendemos como ela nos desenvolve como componentes de si mesma. Quem é o homem? Por todo o nosso conhecimento, não somos parte da Natureza? Nós existimos em alguma bolha que chamamos de “universo”, e estudamos onde estamos e tentamos descobrir quais leis regem essa bolha.

Não há fim para a sabedoria da Natureza; estamos apenas arranhando a superfície, e que a superfície rasa é a nossa ciência. E, no entanto, não podemos encontrar o nosso caminho, e por isso devemos estudar mais uma das leis da Natureza. É realmente uma sorte que o nosso desconforto está nos empurrando para estudar a Natureza para que possamos melhorar a nossa situação.

Para resumir, pensar na Natureza como uma bolha ou bola. Vivemos dentro desta bola, e dentro dela estão leis absolutas que nos governam. Quando estudamos Natureza, tomamos conhecimento de algumas dessas regras. Esta exploração é chamada de “ciência”. No entanto, ainda temos que descobrir a grande maioria da realidade.

Conhecer as leis da Natureza nos ajuda, como coletividade, a construir uma vida melhor. Temos TV, Internet, máquinas de lavar, secadores e outros aparelhos. Todos eles são resultados de estudos que temos feito ao longo dos anos. Em comparação com uma pessoa que vive em alguma aldeia remota, bombeando água de um poço, cozinhando com fogo, e lavando as roupas a mão, podemos fazer estas coisas de forma rápida e sem esforço. Temos todos esses aparelhos em casa e podemos fazer uma miríade de outras coisas que, enquanto vivíamos em uma aldeia em gerações passadas, não éramos capazes de fazer.

Assim, o desenvolvimento tecnológico nos deu tempo livre para nos envolver em todos os tipos de obras, que estão longe de serem as necessidades. A questão é: “Se temos progredido assim navida, por que terminamos com uma vida tão cruele vazia, em um ponto de depressão, insegurança e ansiedade?” “o que fizemos com o tempo livre que a tecnologia e desenvolvimento social nos deram?” “por que, em vez da paz e tranquilidade de um país – como fisicamente mais difícil como a vida que foi – já chegamos a um tipo diferente de selva?” “Por que perdemos o nosso tempo e energia na criação de uma vida tão difícil e confusa?”

Talvez tenhamos de chegar a uma forma de vida completamente diferente. Talvez devêssemos abandonar a selva urbana e voltar para a aldeia. Na aldeia de hoje, teremos tudo o que precisamos para suprir nossas necessidades; vamos trabalhar duas horas por dia, e vamos passar o resto de nosso tempo fazendo outras coisas. É possível que possamos revolucionar nossas vidas dessa maneira?

Até agora, nós tentamos dar uma visão geral da nossa história da evolução dos nossos desejos, de nossa situação atual. Os desejos que têm impulsionado o desenvolvimento humano já se tornaram desejos globais, nos aproximando e nos tornando dependentes um do outro. Eles nos fizeram uma família, mas somos uma família em um estado de crise grave, devido à nossa alienação do outro. A crise é claramente uma crise na “família humana”. Se criarmos uma nova ordem na família, vamos resolver esta crise. Portanto, não temos outra escolha a não ser descobrir como podemos encontrar o entendimento mútuo em termos globais.

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