Você Está Consciente De Quanto os Mídia “Alimentam” Seus Pensamentos?
Num mundo globalmente interdependente, somente a garantia mútua (dar o que puder e receber o que precisa) pode fornecer sucesso sustentável. Em prol de alcançar este sucesso, os valores da sociedade devem mudar de um modo que valorize e apoie a cooperação humana recíproca.
Além de contemplar o valor da responsabilidade mútua, aumentando assim a sua “popularidade”, precisamos contemplar formas de introduzi-la através da ação. Uma possibilidade é trazer tantos especialistas quanto possível, como Christakis, Fowler e outros, sob uma organização guarda-chuva que fará com que essas ideias se tornem disponíveis através do sistema de educação, os meios de comunicação, e através de entretenimento popular.
A maneira pela qual essas ideias serão expressas deve ser deixada para os profissionais de cada área, assim como músicos e cineastas expressarem suas ideias hoje. Cada pessoa consome diferentes tipos de mídia, entretenimento e informação. As pessoas já sabem o que eles gostam de ver e ler, e onde gostariam de ir. Algumas pessoas gostam de assistir TV em casa, alguns na academia, e alguns no bar. Alguns não gostam de TV , mas consomem suas informações e entretenimento através da internet. Tudo isso pode permanecer sem alterações, mas o que precisa mudar gradualmente é o tipo de conteúdo que é veiculado.
Atualmente, eles apresentam uma riqueza de informações, que não estamos cientes de que estamos consumindo. Nós simplesmente gostamos de ler ou assistir sem pensar muito sobre isso. Dentro dos meios de comunicação, no entanto, são pessoas como os anunciantes, que habilmente implantam suas ideias em nossas mentes como, por exemplo, a ideia que uma empresa é melhor do que outra, ou que sem o mais novo aparato eletrônico existente no mercado nossas vidas não valeram a pena chamar uma “vida”. Embora essas ideias sejam falsas, elas penetram em nossas mentes e nossos pensamentos e incomodam até que aliviemos nossas mentes ao comprar o item anunciado.
Agora, considere o que aconteceria se nossas mentes se fossem implantadas as ideias de que estamos todos interligados, e que ferir os outros é como ferir a si mesmo. Como seria se o mundo seguisse o lema: “Se você não é bom, você não serve”?
Educação Sobre Conexão É a Onda do Futuro
Há mais nisto, contudo, que mudar nossos mídia; por exemplo, nosso sistema educativo também deve mudar. Considere isto: Se nossas escolas ensinassem “Aulas de Conectividade” e nossas universidades oferecessem um mestrado em “interconectividade prática”, ou pelo menos fornecesse coaching de “redes pró-sociais” a indivíduos e empregados de empresas, uma inteiramente nova atmosfera social e um novo alarido de conectividade emergiriam. Dentro de alguns meses, as pessoas sentiriam que havia uma alternativa genuína ao egocentrismo, uma que oferece maior valor real a um preço baixo.
Se fosse realmente este o caso, tudo mudaria. Em vez de ordenar e controlar os outros, o compartilhamento de ideias seria o modo de conectar com os colegas no trabalho e escola. Testes pessoais nas escolas e universidades se tornariam obsoletos, porque a aptidão de uma pessoa não dependeria da sua habilidade de memorizar as respostas; em vez disso o seu valor reflectiria a medida de sua conexão, no nível ao qual os canais de informação se tornaram conectados. Sob tais condições, testes pessoais se tornariam irrelevantes; em vez disso tarefas de grupo se tornariam os meios preferidos de avaliação.
Você Achou a Chave da Felicidade?
Adicionalmente às mudanças no trabalho ou escola, adoptar o sistema de valores da garantia mútua mudaria nossas vidas sociais também. Assim que a conectividade seja reconhecida como a chave para o sucesso e felicidade, então conexões seriam cultivadas, não só no trabalho, mas também a uma medida maior durante nossas horas “sem deveres”. Como resultado, actividades tais como comparecer a passeios, socializar, jogar e deliberar se tornariam de longe mais populares do que são hoje pois seriam reconhecidos como tendo não só valor recreativo, mas também valor positivo e de mudança de vida.
A atmosfera no trabalho, também, seria de longe mais sociável, pois a socialização se tornaria uma ferramenta para o avanço pessoal e profissional. Além do mais, valorização crescente da nossa interdependência bem como da importância das conexões sociais diminuiria a frequência de comportamento injusto no trabalho. Como Professor Christakis mencionou numa palestra transmitida na televisão, “Se eu fosse sempre violento para você…ou o fizesse ficar triste…você cortaria os laços comigo e a rede se desintegraria.” Tal comportamento seria contraproducente para o nosso avanço pessoal e profissional e assim seria esquecido.
O conceito fundamental é muito simples: Todos estamos interconectados, logo interdependentes. Deste modo, devemos solucionar nossos problemas no espírito da garantia mútua, onde todos são fiadores do bem-estar de uns dos outros.
Escrito por Michael Laitman
Michael Laitman é um pensador global dedicado a uma mudança transformadora na sociedade através de uma nova educação global, a qual ele vê ser a chave para solucionar os problemas mais prementes do nosso tempo. Ele é o Fundador do Instituto ARI, Professor de Ontologia e Teoria do Conhecimento, PhD em Filosofia, MS em Cibernética da Medicina. Pode encontrá-lo no Google+, YouTube e Twitter