O aumento do terrorismo muçulmano é um sinal exterior sugerindo ainda mais que o mundo está em desequilíbrio. É importante compreender que, quanto mais as ondas de violência continuarem, os povos do mundo irão apontar um dedo acusador para nós. A resposta está na conexão entre o povo de Israel que está pronto para mudar o destino de todo o mundo para melhor.
Na sexta-feira, dia 13 de novembro, a ficha caiu na França – desta vez é uma guerra ideológica, “o Islã contra o mundo ocidental”, os analistas escrevem. Na verdade, todos os símbolos do oeste sofreram um após o outro. Começando com o famoso estádio de futebol de Paris, cafés e restaurantes da moda, e terminando com um clube de rock popular. O mapa da morte foi elaborado como que para verificar que eles tivessem êxito em abater todos os símbolos do mundo livre.
Enquanto isso, Israel está habituado aos ataques diários; os membros da família Litman (falecidos), um pai e seu filho que estavam em seu caminho para uma celebração de Shabbat pré-casamento foram assassinados por um terrorista sanguinário. As outras crianças da família foram salvas apenas por um milagre.
O massacre em Paris causou reações mistas em Israel. Por um lado, o horror, a dor da perda e luto, com que estamos familiarizados no dia a dia israelense, despertou identificação com o francês em nós. Afinal, nós conhecemos os gritos tristes, as velas nas praças, os jovens que se reúnem em memoriais improvisados.
Ao mesmo tempo, outras vozes foram ouvidas: “Serve bem para eles! Finalmente, eles sentiram o que nós sentimos. Agora eles nos entendem”. Alguns foram mais longe e se ofereceram para enviar carregamentos de comida e vinho da Judéia e Samaria. Sim, os mesmos produtos que a UE decidiu rotular apenas alguns dias antes.
Ao mesmo tempo, uma esperança escondida espalhou-se entre muitos de que talvez agora os europeus “nos entendam”, como irmãos em tempos de angústia… Mas não vamos nos iludir. Infelizmente, quanto mais a Europa se sentir sob ataque, mais vai aumentar o ódio por Israel.
Qual é a Diferença entre um Ataque Terrorista em Paris e Israel?
A onda de terror em Paris é o primeiro arauto obscuro da nova situação que o mundo está entrando. Num futuro próximo, a pressão congenitamente incorporada em círculos muçulmanos extremistas vai eclodir através de ataques terríveis. O objetivo: impor o Islã em todo o mundo, a Europa primeiro.
O Livro do Zohar previu estes processos mais de dois mil anos atrás, “E, no futuro, os filhos de Ismael vão provocar grandes guerras no mundo” (Zohar para o Povo, Parshat Vayera). Mesmo que na superfície pareça que as batalhas são entre várias denominações muçulmanas (sunitas, xiitas), na prática, todas as dominações se curvam à mesma ideologia.
O aumento do terrorismo muçulmano mo mundo é um sinal exterior indicando um mundo ainda em desequilíbrio.
De acordo com o Livro do Zohar, todos nós estamos conectados numa única rede. Na situação atual, a força que flui por essa rede é uma força negativa, que nos arrasta em extremo separatismo e ódio. Em contraste, as forças positivas que vitalizam a rede de conexões entre nós – unidade, preocupação mútua – estão escondidas e não estão fluindo através dela.
Aumentar a força Positiva no Mundo
Em contraste com as nações do mundo que foram reunidas em bases nacionais, a nação de Israel foi fundada numa base ideológica. Quatro mil anos atrás, nos dias de nosso pai Abraão, a fundação original que nos conectava era o altruísmo. O caráter da nação e a forma de sua incorporação já ditaram um papel histórico para nós: unir e injetar orças unificadoras positivas à rede de conexão entre todos os habitantes do mundo.
Quando olhamos para o abismo escuro que há no mundo hoje, a missão imposta a nós se torna clara. A conexão entre nós é a única maneira de injetar bondade no mundo, de ser uma “luz para as nações”. Por isso, ela é a única força que possibilita a atenuação do mal que atualmente se expressa no terrorismo islâmico. A conexão entre o povo de Israel é capaz de mudar o destino de todo o mundo para melhor. Esta é a verdadeira guerra ideológica que está sendo travada hoje.
É importante para nós compreender que quanto mais o mundo for inundado por ondas de violência, os povos do mundo se voltarão para nós com um dedo acusador. A raiz do ódio que tem queimando neles por 2.000 anos vem de um sentimento inexplicável de que somos a raiz do mal na face da Terra.
Os ataques em Paris e Israel são um despertar para o mundo inteiro, e para nós. Para evitar o próximo banho de sangue, somos forçados a nos conectar e transmitir a força positiva, a força de conexão, através de nós, que irá contrabalançar a força negativa no mundo. A partir do momento em que começarmos a nos aproximar, nossas vidas e aquelas do mundo vão mudar para o bem. A decisão está em nossas mãos.
O Tempo Social Apropriado
Vamos nos acostumar com a conexão entre nós na vida cotidiana: em casa, no trabalho, na rua, e até mesmo no supermercado. Na estrada, por exemplo, a pessoa pode dar o direito de passagem aos outros, não buzinar ao outro, e imaginar que o nosso filho favorito dirige o carro na nossa frente.
Vamos começar a olhar favoravelmente uns para os outros, e no momento que identificarmos nossa inclinação ao mal nos atraindo à concorrência e exploração, em vez da amizade e fraternidade, vamos pegá-la em flagrante e silenciá-la.
O primeiro passo é reconhecermos a natureza egoísta em que estamos agindo. Depois que realizarmos uma série de exercícios simples, como serão posteriormente aprofundados nos próximos artigos, veremos como a mudança acontecerá entre nós na sociedade israelense e como a atitude do mundo em relação a nós mudará.
Publicado originalmente no YNet