Dr. Michael Laitman Para mudar o Mundo – Mude o Homem

NOSSAS TAREFAS DIÁRIAS ESTÃO PARA MUDAR

Do livro “Conectados Pela Lei da Natureza”

Hoje muitas pessoas estão incertas e ansiosas sobre o futuro. Economistas, financiadores e sociólogos estimam em breve que milhões no mundo inteiro ficarão desempregados. Sem nenhuma renda e sem perspectiva de obtê-la. De acordo com as estatísticas, uma em cada seis pessoas nos Estados Unidos dependem do vale refeição para se manterem. Milhões estão recebendo outros tipos de ajuda, através de vale refeição, doações de roupas, segurosocial, ou tudo isso.
Segue que, não ter renda e não ter trabalho são dois problemas diferentes. O primeiro problema, a falta de renda, ocorre quando uma pessoa não consegue prover para si e a família, pagar as contas, guardar dinheiro para a velhice e garantir o futuro de seus filhos. Na falta de renda, a pressão se acumula e se transforma em ansiedade.
O segundo problema é o desemprego. Pessoas que perdem o emprego normalmente procuram por um novo. Mas até que encontrem um—um processo que pode levar meses ou até anos—eles têm muito tempo livre o qual precisam fazer valer a pena. Também, as áreas onde vivem pessoas desempregadas geralmente se tornam zonas criminais, onde a prostituição, drogas, e outras atividades sociais negativas são grandes. O problema para completar a situação é que a sociedade terá que pagar muito mais se elas empregassem estes desempregados para fazerem algum tipo de serviço social inútil.

Uma pessoa sem um trabalho por muitos anos normalmente é incapaz de manter um mais tarde. Até uma pessoa educada também pode ser incapaz de manter um trabalho porque quando uma pessoa está desempregada por muito tempo, perde a sensação de estar empregado e ficar empregado. Isto envolve uma habilidade de esforço para se produzir um bom trabalho, para ser responsável e sair para trabalhar cinco dias da semana.

Isto se mostra ser um problema imenso que a sociedade talvez não seja capaz de resolver. Consequentemente, frustaçãoe raiva surgirão em formas de revolução e tumultos quando milhões de pessoas não serão capazes de encontrar trabalho. Isto será como um tsunami passando sobre todo o planeta, uma epidemia social que acontece em uma nação, incitando inquietação, protestos e se movendo como um vírus de nação em nação. Ninguém estará imune.

Em outras palavras, o problema do desemprego é a ociosidade e os maus hábitos que se desenvolvem com o passar do tempo. Hoje, a sociedade também mal pode pagar pelo desemprego por um ou talvez dois anos antes que esta pessoa largue o seguro desemprego para encontrar sustento por si mesmo.

Ainda pior, o número de pessoas incapazes de encontrar trabalho continua relativamente pequeno. Mas se estamos falando de milhões perdendo seus trabalhos, isto já não é mais um problema financeiro. Não estamos falando sobre suprir os necessitados com clips de papel, pois eles não se contentariam isso. Se existirem milhões deles, eles terão força, eles terão algo para dizer nas enquetes e terão algo a dizer nos protestos. Nós já temos exemplos onde este caminho pode nos levar. Isto pode ser muito pior que a primavera árabe. De fato, isto pode ser a primavera europeia ou a primavera americana.

O problema é que nunca ensinamos as pessoas o papel do trabalho em suas vidas. Nós não passamos uma atitude de vida que se deveria ter—que redefiniria o conceito de ‘’ ficar desempregado”.’ Portanto, vamos primeiro clarificar o conceito por trás de da palavra, “trabalho”.

Se formos examinarmos a história, veremos que à medida que fomos evoluindo, fomos constantemente removidos do trabalho para obtermos as necessidades da vida. Em vez disso, fomos guiados para o comercio, indústria, cultura, educação, arte, lei, contabilidade, moda, mídia e nenhuma destas é uma área necessária para a existência. Essas foram somadas às nossas necessidades, ainda assim compõem 90% das ocupações da sociedade humana!

Pessoas nas grandes cidades não trabalham na agricultura. Elas não trabalham com agricultura. Elas ganham a vida servindo aos outros de várias formas que não são necessárias para o sustento.

De fato, milhões de pessoas nas grandes cidades poderiam potencialmente ficar sem trabalho e incapazes de proverem para si mesmas. Elas não poderão produzir sua própria comida, no caso de uma dissolução da economia e enormes demissões, como poderíamos prover para bilhões de pessoas vivendo nas grandes cidades?

Até aproximadamente 200 anos atrás, as pessoas trabalhavam relativamente longas horas, mas antes não havia maquinas, não havia a tecnologia moderna. Portanto, o que as pessoas produziam era usado apenas para a sua sobrevivência pessoal. Naqueles dias, eram poucos provedores de serviços e trocas desnecessárias para a sobrevivência.

Consequentemente, indústria e tecnologia se desenvolveram e hoje uma única fábrica pode produzir centenas de carros e maquinas todos os dias. As lojas têm uma abundante variedade de suprimentos alimentícios, não precisamos preparar nada em casa. Usando instrumentos como um micro ondas, podemos preparar comida rapidamente sem muito esforço, sem as longas horas de trabalho requeridas no passado para a preparação.

Por nos esforçamos constantemente, desenvolvemos uma nova e moderna forma de vida. Desenvolvemos tecnologia que nos permite criar tudo o que vemos anossa volta. Como resultado, junto com o progresso, ganhamos bastante tempo livre, e o preenchemos com compromissos que não tem nada a ver com as necessidades, embora nos os considerássemos como tal.
Por exemplo, em vez de um médico clinico geral, temos centenas de especialistas, milhares de instrumentos e milhares de especialidades medicas; como resultado, estamos totalmente confusos. Temos inúmeros assessores, contadores, economistas, financiadores, e banqueiros. Existe toda uma indústria financeira, e uma indústria internacional de comercio. Nos últimos duzentos anos nos cercamos com negócios que não tem valor algum ou justificativa.

O sistema de saúde de hoje é um bom exemplo da dissipação de imensos e desnecessários recursos. Nos últimos 50 ou 60 anos, a medicina se tornou um negócio multimilionário. Existem inúmeros exames médicos, medicações, especialistas, instrumentos e vacinas. Mas ao longo desta evidente melhora, o sistema de saúde ficou inchado e inflado em um negócio cuja meta é tirar das pessoas mais do que servi-las.

Uma boa parte do orçamento nacional vai para o sistema de saúde, ainda assim as pessoas continuam pagando por um seguro privado de saúde. Perdemos a confiança nos médicos porque eles pensam apenas no lucro, ao contrário dos médicos do passado cuja lealdade era prestada solenemente para a saúde de seus pacientes. Hoje, sem um seguro privado de saúde não conseguimos um cuidado decente.

Se eliminarmos do sistema de saúde aqueles elementos que refletem o ego, lucro, poder e sucesso, descobriríamos que a vasta maioria deles é redundante.
Hoje, a maioria dos médicos se especializam em muitas áreas da medicina. Enquanto isto é até justificável em alguns casos, entretanto, seria mais valioso se limpássemos os problemas causados por nossos valores de vida, nossos trabalhos, nossas frustações, pressões, e as variedades de poluentes que criamos.

Isto é fácil de demonstrar se vivêssemos sem a pressão de adquirirmos, mas em vez disso trabalharmos para sermos mais sociais, seriamos uma sociedade saudável, com o sistema nervoso do indivíduo e o resto do sistema físico recebendo um apoio saudável de uma relação positiva. Assim, problemas como os poluentes, esteroides em nossa comida, e outros problemas da vida moderna deixarão de existir. Quando vemos estes elementos como um interdependente e único mecanismo, veremos quando o corpo humano é equilibrado, uma cura comum ocorre—nas famílias, em indivíduos e na sociedade.

Uma vez eu vi na TV a noite de graduações de todas as faculdades de advocacia em Israel, um País com sete milhões de pessoas. Um estádio cheio de graduados e seus parentes. Eu me perguntava, porque a sociedade precisa de tantos advogados? E a razão disto é porque precisamos nos proteger constantemente uns dos outros?

Porque precisamos de vários e complexos sistemas de impostos? Não precisaríamos destes profissionais se trabalhássemos para nossas necessidades para nós mesmos e para as nossas famílias, e ainda, usaríamos o resto do tempo aprendendo como criar uma sociedade correta, construída com justiça social e garantia mútua.

Mas o maior problema é que preenchemos o nosso tempo com trabalhos primeiramente para satisfazer nossos caprichos e paixões. E no tempo que sobra apenas brincamos mais do que fazemos alguma coisa importante, como nos ocuparmos com os nossos aspectos humanos. Em vez de perdemos o nosso tempo, deveríamos usá-lo para aprender um sistema que nos capacitaria construir uma sociedade de responsabilidade mútua.

Se examinarmos a nossa forma de vida atual, descobriremos que trabalhamos dez a doze horas por dia. Acordamos cedo, damos adeus às nossas crianças, as colocamos numa creche mesmo que elas estejam com alguns meses e corremos para o trabalho, onde passamos pelo menos oito horas.

De tarde voltamos para casa, paramos no mercado para fazer algumas compras. Quando chegamos a casa, ainda temos coisas para fazer, como alimentar as crianças, dar banho, e coloca- los na cama. E assim neste ritmo vivemos constantemente pressionados.

Depois que as crianças estão dormindo, ou podemos finalizar algumas coisas de trabalho, ver televisão ou surfar na internet, e assim termina o nosso dia. Se tivermos férias, isto é porque o nosso trabalho paga bem. Trabalho se tornou o centro de nossas vidas, e é por essa razão que é tão difícil para nós lidarmos sem ele.

Estamos acostumados a estarmos em uma constante corrida de ratos, sendo assim nós enchemos o nosso tempo com trabalho. E é esta razão por pensarmos, ‘’ o que farei quando me aposentar? Enlouquecerei por não ter nada para fazer’’. Quando nos interessamos por uma pessoa, acabamos sabendo o que estapessoa faz na vida para sobreviver, não o que ele ou ela é como pessoa, ou quais são os seus ou os delas interesses, passatempos, ou que tipo de preferencias tem.

O trabalho é claro, é o que mais conta. A sua identidade e status é determinada pelo lugar que ocupa na hierarquia de trabalho ou no dinheiro que ganha. Em outras palavras, nós não examinamos as pessoas e sim suas posições.

Desde o início da revolução industrial, parece que perdemos a humanidade nos homens. Enquanto desenvolvemos a indústria; comercio e negócios, continuamos ainda nos sentindo como escravos de nossos trabalhos. A coisa mais importante para nós fazermos é sermos bem sucedidos no trabalho; isto se tornou o foco de nossas vidas.

Colocando de outra maneira, nós nascemos para trabalhar, e nos preparamos para isto desde as primeiras décadas de nossas vidas. Graças aos avanços médicos, podemos viver por dez ou vinte anos depois que nos aposentarmos, mas enquanto estamos fortes e com saúde a coisa mais importante é o trabalho. A única questão que precisamos considerar é, ‘’ é para isto que nascemos e para isso existimos’’? No começo da era industrial, Karl Marx afirmou que o desenvolvimento industrial não poderia continuar nesta forma atual. Ele se focou na Natureza da evolução, que sempre deve terminar em uma crise. Ainda, naquele tempo não havia consciência dos problemas ecológicos que a industrialização traria—a ruina do planeta, o esgotamento das fontes naturais como gás, óleo, carvão, terra fértil e o problema com as usinas nucleares.

Adicionalmente, estamos tirando o sistema da Natureza do equilíbrio. Claramente, não podemos voltar a nos comportar como antes. A atual crise demanda mudança.

Nossas famílias estão se desconfigurando em uma estrutura distorcida, com as crianças fora de casa o dia todo e desconectados com o pai e a mãe que estão ocupados fora de casa a maior parte do tempo. E como resultado não estão se desenvolvendo como seres humanos. Nosso foco está totalmente em trabalho, cursos e treinamento profissional.

A crise atual sumariza e conclui o nosso desenvolvimento através destes dois séculos. Desde o tempo de Marx, que trabalho – trabalho – trabalho-trabalho terminaria no fim num impasse. Em 1960, algumas pessoas haviam predito se a humanidade continuasse neste caminho, a humanidade não poderia mais ser capaz existir. No entanto, muitos de nós víamos a vida por uma perspectiva centralizada em si, éramos cegos e insensíveis. Não queríamos reconhecer o fato que estávamos arruinando a Terra, a nós mesmos, nossos filhos, e o nosso futuro.

Agora que a crise está aqui não temos escolha senão transformar tudo. Mas como faríamos isto? Primeiro, a crise ira “limpar’’ toda a sociedade humana. Como pegar um pano e limpar toda a sujeira, a crise limpará todos os profissionais e funções que não são necessárias para a existência humana. Esses profissionais causam um desequilíbrio na Natureza porque eles são redundantes e somente fazem as nossas vidas ficarem mais difíceis. Eles também nos compelem a trabalhar mais horas do que é necessário para o sustento básico. Esses profissionais ferem a sociedade e a terra em geral. A crise também vai parar a nossa tendência de valorizar o trabalho da pessoa ou as condições de trabalho em vez da pessoa. Nós nos relacionaremos com a parte humana nas pessoas, a parte que cada um de nós deve complementar.

O propósito da Natureza, como aparece para nós através da nossa evolução, é nos levar para uma única, sociedade integral, em equilíbrio com toda a Natureza. Agora estamos num ponto que esta crise global está nos compelindo a fazer exatamente isto. Gostando ou não gostando, para colocar as nossas vidas em ordem, temos que estar conectados.

Para conectar, precisamos aprender como rearranjar toda a nossa sociedade. Como estamos gradualmente sendo forçados para fora de nossos trabalhos, precisamos dedicar o tempo que temos devido ao desemprego para aprendermos como transformar a nós mesmos. Devemos começar a criar uma conexão integral, e alcançarmos a responsabilidade mútua. Precisamos mudar e encontrarmos o humano dentro de nós, e fazer isto ser uma parte vital da nova e unida sociedade.

Para estabelecer está sociedade, precisamos da educação integral, que estará disponível a todos. Temos que arrumar uma rede que nos mantenha ocupados como antes, e seis ou sete horas de aprendizado e atividades.

Durante estas horas, aprenderemos internalizar e mudar juntos com os outros para que possamos estabelecer esta sociedade integral. Depois, apreciaremos as pessoas como seres humanos de acordo com os seus esforços e sucessos como seres humanos, não de acordo com as suas posições e trabalho.

Esta é uma tarefa massiva, mas sem alcançar isto, não subiremos ao próximo nível que a Natureza preparou para nós, a qual está sendo revelada através desta crise atual. A crise está nos mostrando as falhas dentro de nós, comparada com o próximo nível. Nós vemos que devemos colocar um pouco de ordem em nossas famílias, na educação de nossas crianças, com o nosso casamento, com os vizinhos, entre as nações, e depois, com toda a humanidade, e em tudo que fizemos com a Natureza, a qual a ferimos até agora.

Para alcançar tudo isto, temos que mudar internamente. Temos que perceber como somos dependentes uns dos outros e tirar as conclusões certas. Colocando de uma maneira diferente, precisamos nos desenvolver em humanos, uma coisa que nunca fizemos antes porque não sentíamos que isto era necessário.

Através da história, nós estávamos preocupados em ganhar a vida e prover para nós mesmos. De fato, até aproximadamente 200 anos atrás, tínhamos que atender estas necessidades da vida.

Mas nos últimos séculos, a indústria e a tecnologia se desenvolveram tanto que estamos produzindo redundâncias. Atualmente nós desenvolvemos demais nossas indústrias, de fato, chegou à hora de ‘’ reconhecermos o mal’’, o tempo para vermos que o ego nos levou a usar as nossas capacidades de uma maneira errada que está nos levando para uma direção errada.

Em vez de, nos dar seis ou sete horas livres das preocupações das necessidades, nós enchemos essas horas com redundâncias. Agora, forçados pela crise, estamos finalmente entendendo que precisamos ter aquele tempo disponível para nos construirmos como seres humanos.

Nós, como também as nossas crianças, precisamos dessa educação. Até agora estávamos preocupados primariamente com que os nossos filhos conseguissem uma educação que lhes desse um trabalho. Nós prestávamos pouca ou nenhuma atenção à nossa construção como seres humanos. Em vez disso, nos dedicávamos a conseguir emprego e aprender como manipular e assim estar acima dos outros.

Agora precisamos focar em nossa educação, em construir nossas crianças, como também a nós mesmos, como seres humanos. Quando o fizermos, veremos um mundo integral, todas as crises que nos afligem hoje desaparecerão, e um mundo novo vai surgir.
A mudança será tanta que nós não veremos mais a vida como sendo trabalhar do amanhecer ao escurecer, com duas horas por noite, na melhor das hipóteses, para dar uma olhada na família e correr nos últimos minutos restantes. Precisamos mudar a vida para alguma coisa completamente diferente. Precisamos construir sistemas nos quais todos trabalhem somente as horas que forem necessárias, e começarem a ser educados. De fato, este é o tempo para mudar toda a nossa estrutura social. Esta é a mudança que está a nossa frente agora.

Para a maioria, estamos atualmente vendo a crise global em consideração ao comercio, indústria e finanças. No entanto, temos também problemas com a atmosfera da terra, famílias desintegradas, crise na educação, cultura e praticamente em tudo mais que fazemos. As duas maiores crises que estão nos afetando são a crise financeira e a crise ecológica. Essas crises estão ameaçando nossas vidas; o sistema financeiro está causando estresse, revoluções, guerras, tumultos; e o sistema ecológico complementa a crise com a falta de alimentos e temperaturas extremas.

De fato, o custo dos desastres naturais em 2011 está entre os maiores de todos no mundo todo. Os custos chegaram a 35 bilhões de dólares, resultando em aumento significativo em comparação com certos eventos dos anos anteriores. Hoje, a tendência dos preços dos desastres é subir.

Especialistas argumentam que as ruínas causadas por temperaturas extremas e desastres naturais, tsunamis, terremotos, tornados e furacões, causarão prejuízos tremendos, e afetarão muito mais pessoas que antes. E ainda Continuamos ver as ramificações dos terremotos e tsunami no Japão.

E como isso veio a ser, o aspecto ecológico este também está entrelaçado com o equilíbrio econômico. É difícil para nós compreendermos que somos nós que estamos causando o desequilíbrio da Natureza, não somente por que estamos esgotando os recursos naturais. O suporte ambiental da terra consiste de uma crosta muito fina, na qual debaixo existe uma grande quantidade de magma se movendo. Os continentes são pedaços pequenos de terra, cavalgando oceanos de uma massa sufocante. Estas crostas são toda área habitável na terra, e com estes problemas estamos ainda saqueando todos os tipos de minérios, óleo e gás.

Cientistas predizem que quando a camada de gelo polar derreter pelo aquecimento global, os níveis de agua dos oceanos podem subir até vintes metros acima do nível atual. Pense o quanto de terra será coberta pela água, quantas pessoas perecerão, e imagine que tipo de vida irão ter os que ficaram.

Estamos vendo desastres terríveis e os nossos egos estão nos cegando. De fato, se não fosse pela crise financeira, não perceberíamos nada até o último momento. Nós estaríamos em um estado em que, “comer, beber, e casar, porque amanhã, morreremos’’. Mas o problema é que isto não está acontecendo amanhã. Mesmo hoje, estamos em perigo de um violento tumulto civil que pode lacerar governante e governos.

Por esta razão, devemos começar educar as pessoas, melhorar as conexões entre elas, e traze-las a um estado que deve começar a existir entre nós. A crise é apenas um sintoma de conexões erradas, nos mostrando que não podemos continuar o que começamos há duzentos anos atrás.

Marx discutiu o fato de que não é muito inteligente continuar no caminho que a humanidade esta porque isto terminará em uma crise. Ele era contra revoluções e disse que a mudança deveria vir através de um gradual desenvolvimento, que as pessoas deveriam ser evoluídas e educadas. Ele previu que chegaríamos a um ponto em que haveria menos trabalho, e que as pessoas sairiam para as ruas e criariam tumultos, como está acontecendo hoje. E é por isto que ele sugeriu que, além de fazer avanços tecnológicos, temos que desenvolver as pessoas.

Seus sucessores deixaram o que era importante, levou o que não era importante – mudando o governo – e decidiram que a meta principal era estabelecer um regime comunista. Mas como isso poderia acontecer se as pessoas não tinham desejo algum por isso, e os ricos desejavam isso muito menos ainda? A solução era fazer uma revolução.

A percepção das pessoas sobre o comunismo tem sido terrivelmente distorcida pelas pessoas que subiram ao poder seguindo Marx e Engels. Engels entendeu mais ou menos Marx, mas o subsequente ditador da União Soviética criou uma penosa percepção da ideologia.

Olhando o progresso da história. E como ela se move em ondas de transformação e desenvolvimento das sociedades e em movimentos, eu vejo como as pessoas sobem acima dos outros e guiam o processo histórico. Isto não ocorre por si só, mas por um vasto sistema integral que nos guia para a uma simples conclusão que temos que aprender como nos fazer similar ao sistema.

Hoje estamos ficando críticos e desejamos mudar o caminho no qual estamos faz dois séculos. Atualmente nos libertamos usando a indústria e a tecnologia, mas em vez de ficarmos com mais tempo livre, criamos horas extras e somente arruinamos o planeta e as nossas vidas; nós ficamos escravos da nossa indústria.

É precisamente nestas horas extras que precisamos ter para que possamos aprender a sermos seres humanos. Precisamos analisar a vida sob um novo ângulo, uma percepção integral, esta é a nossa principal meta. É para isto que a humanidade foi feita, e é isto para isto que nós nos desenvolvemos através destes anos todos.

Para resumir, temos a escolha entre deteriorar em um regime de extrema direita e consequentemente em uma terceira guerramundial, ou em uma educação integral, que nos levará a alcançar o equilíbrio. Hoje estamos em uma encruzilhada: ou deixamos nos guiar ou ativamos a educação integral de acordo com as leis da Natureza para que possamos alcançar um equilíbrio abrangente.

Com a educação integral mudaremos a nossa percepção e passaremos a não consideremos mais a vida como uma pessoa escravizada em seu próprio trabalho, a nossa fonte de sustento. Mais, temos que aprender a dar valor a nós mesmos e a todos nós, e juntos, junto com o nosso meio ambiente, devemos começar a construir uma nova humanidade e assim atingir o absoluto.

Quando começarmos a ter experiências com o sistema de educação integral, começaremos a sentir a Natureza como um todo e perfeição, e essa sensação nos encherá e nos preencherá. A nossa sociedade se tornará uma única entidade para nós, e com muita satisfação, inspiração, desejo comum, e comunhão de pensamento, entraremos em um estado onde isto nos reviverá. E não nos sentiremos mais sozinhos porque seremos parte de um sistema integral.

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