Dr. Michael Laitman Para mudar o Mundo – Mude o Homem

O Bom Povo Que Ninguém Quer Conhecer

Há um pequeno país cujos cidadãos frequentemente saem do seu caminho para ajudar outras nações. Seu governo é sempre o primeiro a responder a crises onde quer que aconteçam, até em território inimigo e a única recompensa que ele alguma vez procura é um mero “Obrigado.” Mas nunca o recebe.

Este país é Israel e o povo de quem estou a falar são os Judeus Israelitas. As estatísticas abaixo explicarão porque escrevi o supracitado parágrafo. IsraAID é uma ONG que há mais de dez anos tem ajudado pessoas de todo o mundo a superar crises extremas e forneceu a milhões apoio vital. Em alguns casos o seu pessoal literalmente coloca suas vidas em risco para ajudar aqueles em necessidade. Na Jordânia, para dar um exemplo, IsraAID regularmente nomeia voluntários para ajudar refugiados sírios a escapar à guerra civil. A organização fornece alimentação básica e outras necessidades e ajudou dezenas de milhares de refugiados. IsraAID também operou, ou está a operar no Sul do Sudão, Paquistão, Chad, Sri Lanka, China e muitos outros países.

Outro exemplo de esforços de ajuda que colocam suas vidas em risco é a ONG privada, “Israelis for Syrians.” Como seu nome implica, sua única intenção é ajudar os cidadãos sírios sofredores.Várias vezes por ano estes voluntários esgueiram-se pela fronteira para fornecer ajuda humanitária aos sofredores e frequentemente esfomeados residentes das cidades sírias cercadas. Mas uma vez que os sírios tratam Israel como seu devoto inimigo, os voluntários assinam um formulário que liberta o estado de Israel de negociar seu resgate caso sejam capturados.

Como estado, Israel montou uma força de acção à crise concretizada, que está sempre pronta para levantar no momento mais urgente. Assim que se encontra no terreno numa zona de crise, rapidamente monta um hospital improvisado e começa a tratar os feridos. Quando o terramoto de 7.9 de magnitude devastou o Nepal em 25 de Abril de 2015, a força de acção Israelita rapidamente se encontrava no local. A infografia abaixo, fornecida pela ReliefWeb, uma fonte de informação conduzida pelo Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), demonstra quão proeminente a força Israelita esteve no terreno.

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O governo Israelita também trabalha na Síria, fornecendo tratamento médico aos soldados, adultos civis e crianças. Em alguns casos, o exército Israelita transporta aereamente soldados feridos da Síria para hospitais dentro de Israel, arriscando tanto pilotos como os helicópteros.

Mas se os Israelitas são tão bons, então porque é que em quase toda a sondagem que examina quais países estão nas posições mais odiadas Israel é o primeiro, ou o segundo, país mais odiado no mundo? Em algumas sondagens, a pontuação de Israel fica muito literalmente fora da tabela. Em 30 de Janeiro, por exemplo, a Gazette Review publicou “Os Países Mais Odiados no Mundo Inteiro – Lista de 2016” (na sua secção de Entretenimento?). Este foi o único lugar onde Israel não estava no top 10… ele era um país bónus! Aparentemente, Israel é tão mais detestado que o resto dos países que não cabia numa lista com moderadamente abomináveis tais como a Coreia do Norte e Arábia Saudita e requer sua própria categoria – a categoria Bónus.

E falando de absurdidades, nenhuma nação atinge a performance da Assembleia das Nações Unidas (UNGA) no preconceito. Em 2015, a UNGA adoptou 20 resoluções criticando Israel e somente 3 criticando outras nações. Uma resolução envolvia a Síria, uma envolvia o Irão e uma envolvia a Coreia do Norte. Nem uma resolução envolvia o Egipto, Paquistão, Rússia, China, Arábia Saudita, Sudão ou Iémene, por exemplo. Aparentemente, os residentes desses países desfrutam de sistemas judiciais justos, igualdade e liberdade de expressão e oportunidades.

Quando você compara a hostilidade para Israel com as coisas coisas que ela faz têm de questionar, “De onde vem este contraste?” Até se o mundo discordar com as políticas de Israel nos territórios você pensaria que pelo menos algumas das coisas boas que Israel e os Israelitas fazem seriam mencionadas um pouco mais proeminentemente. Mas não são, as pessoas simplesmente ignoram estes feitos inacreditáveis de empatia. Se qualquer outra nação fizesse o mesmo, ela seria saudada como virtuosa e lhe seria dada a devida exposição nos media. Mas quando diz respeito a Israel, as únicas menções estão carregadas de criticismo.

Então a pergunta que devemos fazer é “O que estamos a fazer de errado?” Tentamos tanto ser bons e fazer o bem, todavia somos percepcionados como o vilão nº1 do mundo.

Mas se Israel desaparecesse, haveria paz e sossego no mundo? Não, não haveria. Se Israel desaparecesse não haveria paz ou sossego. E porém, o mundo culpa Israel porque Israel é realmente o país chave no que diz respeito a solucionar os problemas do mundo.

O mundo de hoje está afligido por alienação, narcisismo, depressão e egocentrismo em todos os níveis da sociedade. Famílias estão a desmoronar-se a ritmos alarmantes e mais e mais pessoas evitam casar de todo uma vez que não têm desejo de se comprometer com ninguém senão elas mesmas. A economia global está a abrandar porque a demanda global de bens está a diminuir. Não é que as pessoas no Ocidente não tenham dinheiro; elas simplesmente não desfrutam de o gastar tanto quanto desfrutavam. Elas estão saciadas e muitas estão clinicamente deprimidas ou apenas são no geral infelizes.

As relações internacionais também se estão a deteriorar devido à crescente desconfiança e ao ousado egoísmo da parte dos chefes de estado e a Europa está a ser despedaçada por dentro por uma onda de imigração Muçulmana com a qual não está equipada para lidar social, económica ou politicamente. A solução para o caos global reside primeiro e antes de mais em remendar as relações humanas, mas isto não pode ser concretizado a menos que aprendamos a lidar com nosso crescente egoísmo.

É aqui que Israel entra em cena. Como escrevi em “Por Que As Pessoas Odeiam Judeus?,” o mundo culpa Israel pelos seus males porque ele sente que Israel os faz se odiarem uns aos outros. É por isso que muitas pessoas nos culpam por todos os conflitos, por muito triviais que sejam.

E quanto o mundo nos culpa por seus conflitos, nós estamos a esbarrar uns com os outros, “provando” ao mundo que somos o que eles reivindicam: belicistas. Nossa primeira tarefa deve ser estabelecer a paz entre nós mesmos e somente então nos voltarmos para as nações e lhes mostrar o que alcançámos. Todas as supracitadas sondagens demonstram quão de perto o mundo monitoriza toda a gente. Quando discutimos entre nós o mundo observa e “apanha” o vírus da divisão de nós. Em consequência, pessoas e nações começam a lutar, no entanto culpam-nos por o causar.

Nem as nações nem Israel estão conscientes que nossa apresentação de desunião fez com que os conflitos irrompessem, mas as nações subconscientemente sentem que é culpa nossa e nós concordamos subconscientemente com elas e nos sentimos responsáveis. No fundo, o mundo inteiro sabe que o papel de Israel é ser “uma luz para as nações” e as ideias pós-modernistas não mudarão isso.

Até que nos tornemos uma nação que espalha a luz, ou seja fraternidade e paz, não seremos aceites pelas nações. Seremos sempre o país “bonus” que todos odeiam apaixonadamente. Quanto mais os assuntos se deterioram globalmente, mais as nações concordarão que o único problema do mundo é Israel. Mas elas nunca saberão que Israel é o problema somente porque não está a espalhar união, como deveria. Assim que nos unamos e dermos um exemplo de união, o mundo verá que este era o problema o tempo todo e os conflitos se acalmarão.

Naturalmente, isto também resolverá a maioria dos problemas do mundo, uma vez que os conflitos presentemente derivam de nossa alienação uns dos outros desaparecerão. Então, tal como o mundo hoje nos culpa por causar as guerras ele nos saudará por trazermos a paz e abundância.

Tudo o que temos de fazer é nos unirmos entre nós em prol de o mostrar ao mundo. O resto se revelará naturalmente e seremos o bom povo que todos querem conhecer.

Publicado originalmente no Huffington Post

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