Do livro “A Psicologia da Sociedade Integral”
– Então sucede-se que além de mim, ninguém mais existe?
– Tudo aquilo que existe é como um espelho, um reflexo da sua imperfeição interior pessoal. A sua perfeição será alcançada quando tudo aquilo que você agora sente como externo para você seja sentido como interno.
– Esse caminho é especificamente para mim ou há mais alguém, por exemplo você, que imagina isto do mesmo modo?
– Não, eu existo somente em relação a você e somente em prol de você absorver esta parte a que você me chama para dentro de si mesmo, para que você se una ou funda completamente com ela, como duas gotas de água se fundem em uma.
– E eu estou deitado sem fazer nada. Então será que o mundo à minha volta simplesmente desaparece? Ou ele “prossegue com sua vida” independentemente disso?
– As noções de “prossegue com sua vida” ou “pára” não existem. Isso depende daquilo que você sente. É uma imagem absolutamente individualista. A física explica que a imagem observada é retratada pelas características do observador.
– Por que é tão importante que eu não esteja sozinho neste campo, mas estar com outros sujeitos que são como eu? Por que estou tão assustado de estar sozinho?
– Porque há um programa instalado em você pelo qual você tem de alcançar integração absoluta do mundo dentro de você. Até que realize este programa, os genes informativos que surgem dentro de você, que promovem o processo para a integração, vão permanecer por concretizar. Você ainda não será capaz de se deitar simplesmente no sofá e fazer algo sub-conscientemente em prol de avançar o mundo para esta conexão universal e mais estreita.
Conquistas e vitórias sobre os outros são expressões de nossa demanda por conexão. Esta demanda também é revelada através das ciências, artes, política, economia e tudo no geral. É claro, estas são formas incorrectas de integração, mas ainda assim é integração.