Nas últimas semanas, muito tem sido dito sobre o “estado da juventude”. De acordo com os dados das autoridades que combatem o abuso de álcool e drogas, crianças nos graus 7 – 11 participam de festas onde o álcool flui como água e nas quais também se envolvem em sexo livre. ‘A combinação de álcool, hormônios, puberdade, e a ausência de um adulto responsável é muito perigoso’, diz o Dr. Yossi Harel Fish, cientista-chefe da Autoridade Antidrogas israelense e especialista na área de comportamentos de risco das crianças. ‘Se no passado os adolescentes saíam para se divertir e também bebiam pouco, hoje o propósito do entretenimento é do beber em si”.
“‘Mais tarde, à noite, as roupas são retiradas conforme essas crianças se embebedam e logo a atmosfera se intensifica. Essas festas ocorrem nos quartos com jacuzzi, em lofts de luxo ou em florestas distantes. Na maioria dos casos os pais não sabem o que está acontecendo ou talvez prefiram não saber”. Isto pode ser parte da explicação de por que eles não perguntam…
Se você também leva em conta as palavras da moda sobre a juventude atual, tais como “eles são indiferentes, frios e alienados” ou “os jovens de hoje são superficiais”, juntamente com termos como “a geração da tela”, você obtém uma combinação que, segundo estudos recentes realizados pela Universidade de Michigan, há um declínio de 80% na capacidade dos jovens de hoje de se sentir empatia para com o outro. ”Nossos filhos são menos humanos, e nós não percebemos isso”, disse o antropólogo Tamir Leo recentemente. Leo está certo, mas somente quanto à segunda parte da frase; na verdade, nós não percebemos o que está acontecendo com os jovens de hoje.
Os jovens não são o problema
Nós somos o problema: os pais, e não a juventude. Nada neste mundo acontece por si só. Não existe tal coisa como “juventude boa” ou “juventude má”. Cada geração é produto de sua educação. E nossa geração é o resultado direto de nossa negligência. Nós atraímos esse trabalho sobre nós mesmos por nossas próprias mãos.
Nós podemos construir o mundo que queremos para nós mesmos. Nós temos dedicado nossas vidas à busca de uma vida confortável, uma carreira de sucesso e realização pessoal, construindo nosso status e acumulando bens materiais, e ao longo do caminho temos abandonado nossos filhos. Onde estávamos quando eles abandonaram as pracinhas, os jogos de bola e os passeios na natureza e caíram na dose venenosa das telas, sexo, álcool e drogas e rolaram para um estado onde não sabem como se comunicar, senão através da tela?
Em vez de lhes preparar a infraestrutura para uma vida feliz, nós os enviámos para a escola na esperança de que algo de bom acontecesse com eles lá. Mas o que pode acontecer num sistema cujo único objetivo é fornecer informações? Um sistema cujo único objetivo é prepará-los para ganhar dinheiro, para ter sucesso, para tornar-se famoso, mas não para o que eles realmente precisam na vida. Nós criamos uma realidade distorcida para eles, que é tudo, menos o que a vida realmente é. Ele inclui infinitas conexões entre uma pessoa e uma máquina e zero conexões entre as pessoas e entre um coração ao próximo. A escola hoje é um dos piores lugares que uma pessoa pode estar, a fonte da maior parte dos “vírus” que afetam nossos filhos.
Do Ministério da Informação ao Ministério da Educação
O que vai acontecer na próxima geração? Numa década, em duas décadas? Quando nossos filhos vão gerir o mundo? Se continuarmos assim, o futuro não parece tão brilhante.
Se quisermos dar aos nossos filhos um cartão de entrada para a vida, devemos tornar a educação, e não o ensino da informação, uma importante missão nacional. O Ministério da Educação, e as escolas como suas instituições líderes, precisa de uma reformulação. Em vez do envolvimento obsessivo em informação, notas e testes de desempenho internacionais, as escolas devem se concentrar na construção do ser humano na criança. Ela tem que lidar com a maior causa de angústia que a juventude sente hoje: a sua incapacidade de falar, de se abrir, e, especialmente, a sua incapacidade de se conectar corretamente com o ambiente.
A pesquisa mostra que as crianças e adolescentes simplesmente não sabem como conversar entre si. Essa é uma das razões para eles beberem ou fumarem: beber embota a dor e preenche o vazio interno.
Essa meta vem junto com uma das habilidades mais altamente exigidas no mercado de trabalho de hoje, que é o trabalho em equipe. Quanto mais global o mundo se torna, mais nós precisamos saber como trabalhar juntos, como construir a relação correta entre nós, desenvolver relações de confiança e cooperação. Mas, em vez de se concentrar em tais habilidades, o sistema de ensino se concentra numa linha de montagem de químicos, matemáticos ou outros tecnocratas.
Um tipo diferente de educação
Educação significa prover um jovem com as ferramentas certas para compreender a si mesmo e aos outros, compreender os impulsos que ele e os outros têm, ensiná-lo a construir um relacionamento com um parceiro e ter uma família, e como tornar o mundo um ambiente aconchegante e humano. Uma criança precisa sentir que a escola lhe ensina como viver e prepara-la para a vida real no complicado século XXI.
Dinâmicas sociais, que devem resultar de workshops, jogos e atividades durante o dia na escola, devem transformar a criança em seu próprio “psicólogo”. Ela tem que estudar e explorar a sua natureza, descobrir a si mesma, e, assim, ser capaz de lidar com a vida com sucesso.
Os jovens de hoje estão enfrentando uma realidade distorcida de normas e comportamentos que veem nas telas. Eles veem padrões artificiais do que é considerado bonito e esperam que as cenas que eles veem se realizem na vida. A escola deve se tornar um mediador que está ciente da montanha-russa hormonal que esses jovens experimentam e ajudá-los a aprender sobre o mundo interior de ambos os sexos, respeitando os outros e ser sensível a eles. Em última análise, a maioria dos problemas decorre da falta de compreensão mútua.
Os adolescentes precisam sentir que têm alguém com quem falar e que vai ouvi-los. Eles devem sentir que o que acontece com eles também acontece com os outros, e, portanto, não há nenhuma razão para se sentir envergonhado ou esconder nada. Esse processo deve ser acompanhado pela correta orientação profissional, mas o ponto principal é que a criança tem um mundo interior inteiro ao qual a escola não se refere de forma alguma, e assim não entende por que está lá e só se torna cada vez mais frustrada com o passar dos dias.
Minha sala privada
Na verdade, é dessa geração aparentemente indiferente que todas as questões sobre o sentido da vida vão irromper e que vai abrir a porta para um mundo que é muito mais profundo do que o que estamos acostumados. Mas até que isso aconteça, nós temos que explicar o que está acontecendo com eles, qual é a razão do seu desenvolvimento, o que eles passam e de onde vem a sua incapacidade de se satisfazer. Nós também precisamos estudar um pouco mais sobre a vida e o propósito da vida, a fim de fazer isso.
O que está acontecendo entre os jovens e também entre nós hoje é uma fase natural do nosso desenvolvimento. O ego humano está mudando e essa é a razão para a diferença entre gerações. É o ego que nos torna insensíveis e indiferentes, viciados em tecnologia, fechados em nossa pequena concha, em nossa sala privada.
Mas essa é apenas a fase intermediária, uma paragem ao longo do processo do nosso desenvolvimento interno. Nós não viemos a esse mundo para se comunicar através de um teclado ou uma tela de toque, mas para romper todas as partições que nos mantêm separados, e para comunicar de um coração para outro numa dimensão de sentimentos e mente que transcende a nossa realidade corporal.
A Convenção Internacional de Cabalá realizada na semana passada no Centro de Convenções de Tel Aviv, despertou a curiosidade e a necessidade entre muitos de entender o que está escondido atrás do misticismo. O Rav Dr. Michael Laitman lança um pouco de luz sobre a autêntica sabedoria da Cabalá, desafiando os mitos e respondendo a todas as perguntas que você não teve tempo de perguntar.
Na semana passada, no Centro de Convenções em Tel Aviv, ocorreu a Convenção “Os Bons” dos centros de “Cabalá para o Povo”. A Convenção foi assistida por cerca de 8.000 pessoas de 64 países, incluindo Chile, Nova Zelândia, Turquia, Japão e até mesmo Gana.
Sob o lema: “A Cabalá Mundial Torna Israel Mais Forte”, milhares de estudantes do país e do exterior se reuniram com o objetivo de fortalecer a unidade e a conexão do povo de Israel. De fato, tal demonstração de conexão, unindo-se uma vasta gama de pessoas acima das diferenças de opinião e estratos sociais, acima das etnias e seitas, acima das religiões e nacionalidades, poderia ser possível somente graças ao poder da conexão inerente ao estudo da sabedoria da Cabalá.
A exitosa Convenção despertou entre muitos uma série de questões sobre a natureza do estudo da sabedoria da Cabalá. À luz de muitos pedidos, nós preparamos especialmente para você, um “Guia aos Desorientados Sobre a Sabedoria da Cabalá”, que inclui respostas às perguntas e aborda mitos comuns.
O que é Cabalá?
Se você resumir os milhares de livros e palavras em uma frase, a Cabalá é o método para descobrir a força suprema que governa nossas vidas. Os Cabalistas descobriram que a realidade em que vivemos é gerida por um sistema chamado “HaTeva (A Natureza)” ou “Elohim (o Divino)” – dois termos cujo valor em Gematria (numerologia) é 86.
A Cabalá nos permite reconhecer o sistema que gerencia a realidade e aprender como podemos mudar nosso destino para melhor. Ela fornece ferramentas para lidar com sucesso com os problemas da vida diária em uma variedade de áreas como economia, saúde, educação, relacionamentos, segurança, ecologia, etc.
Qual é o propósito da Cabalá?
O objetivo da Cabalá é estabelecer dentro da nação de Israel e em toda a sociedade humana relações adequadas e boas entre as pessoas, até a relação de “amor ao próximo”. Como resultado, nós nos comunicamos com o sistema que nos gere, de modo que podemos influenciar o nosso destino.
Qual é a origem da Cabalá?
A Cabalá foi descoberta pela primeira vez na antiga Babilônia cerca de 3.800 anos atrás, no fundo de uma crise social que eclodiu na sociedade babilônica e chegou ao ódio abismal entre os seus membros. Abraão, um grande sacerdote babilônico, reuniu os moradores da Babilônia e ensinou-lhes sobre a conexão e amor ao próximo. A Cabalá é a ciência que os conectou e os levou a viver “como um homem com um coração”, similar à unidade e integridade da natureza.
Desde então, o amor ao próximo tem sido o valor mais elevado, e só através dele é que o equilíbrio pode ser trazido ao ego humano (a força que é passível de conduzir à separação quando está em desequilíbrio). O grupo acabou se tornando o povo de Israel, Yashar-El (direto ao Criador), por seu desejo de descobrir o “Divino”, o poder da unidade que existe na natureza.
Foto: Asher Bitton
Para quem é a Cabalá?
A Cabalá é destinada a qualquer um que sinta a pergunta sobre o sentido da vida ardendo dentro de si. É apropriada para qualquer um que sinta a necessidade do desenvolvimento espiritual, independentemente de idade, sexo, religião ou raça.
Existem pré-requisitos para o estudo? Não, qualquer um que tenha o desejo em seu coração é bem-vindo.
O que não está incluído na Cabalá?
A Cabalá autêntica não é misticismo, numerologia, amuletos, milagres, magia, feitiços, fitas vermelhas, água benta, cartas de tarô, astrologia, ou qualquer coisa do tipo … A Cabalá é uma investigação científica com base na experiência, na qual a pessoa estuda sua natureza egoísta. Ao estudar essa ciência e o seu desenvolvimento com ela, a pessoa adquire gradualmente a característica de doar e muda a sua natureza egoísta no amor ao próximo.
Quem é um Cabalista?
Um Cabalista é uma pessoa que, por meio do estudo da Cabalá, atinge o amor ao próximo e o amor do “Criador”, a força geral na realidade. A partir da conexão com a força superior, ele revela as leis ocultas da natureza, e agora é capaz de ajudar os outros a mudar a sua atitude perante a vida da mesma forma.
Qual é a conexão entre religião e Cabalá?
Ao longo da história, o amor ao próximo foi a chave para o sucesso e prosperidade do povo de Israel. Enquanto estávamos conectados uns aos outros e o amor habitava entre nós, o povo estava em sua completa glória espiritual e material. No entanto, quando perdemos o poder de conexão, o povo dividiu-se, separou-se, e até mesmo perdeu seu lugar de direito no mapa das nações.
Desde a descoberta da Cabalá por Abraão até a destruição do Templo, o povo de Israel cumpriu o mandamento do amor ao próximo, que inclui no seu interior 613 Mitzvot (mandamentos), contra os 613 desejos egoístas inerentes em nós. Ao mesmo tempo, na replicação completa e acomodação a essas correções internas, existem também ações entre as pessoas formadas por essas 613 Mitzvot. Como resultado da destruição do templo, o povo “caiu” do amor fraterno ao ódio infundado, negligenciando a correção do coração e tudo o que restou foi um foco na realização prática das 613 Mitzvot (10).
Desde a época do Santo Ari no século XVI em diante, os Cabalistas determinaram que a geração estava pronta para voltar ao estudo da ciência e à reconstrução das relações entre o homem e seu semelhante (11). Em outras palavras, era hora de se envolver em corrigir a “inclinação ao mal” – os 613 desejos “quebrados” – com a ajuda da “Torá”, a força superior. A Torá nos foi dada apenas para construir relacionamentos de amor absoluto; caso contrário, não vamos pertencer ao poder supremo. Desde então, as restrições foram removidas do estudo da Cabalá e a sabedoria está agora disponível a todos em todos os lugares: seculares, religiosos, judeus e não-judeus.
Qual é a causa da oposição à sabedoria da Cabalá?
O Santo Ari, o Baal Shem Tov, e todos os grandes Cabalistas dos últimos quinhentos anos acreditavam que a correção do mundo vai acontecer através do estudo da Cabalá e sua disseminação em Israel e em todo o mundo. Aqueles que se opõem à sabedoria da Cabalá têm uma opinião contrária. Eles afirmam que é proibido estudar a sabedoria da Cabalá até que a descoberta venha da boca do Messias.
Por muitos anos, houve uma discórdia entre os Hasidim e os Mitnagdim (seus adversários) em relação ao tratamento da Cabalá; uma disputa que começou nos dias do Baal Shem Tov no século XVIII e continua até hoje. Apesar da luta que surgiu ao longo do tempo, nós esperamos que aqueles círculos que se opõem ao estudo da Cabalá entendam o erro amargo que tem dividido o povo de Israel, especificamente no ponto de sua fundação.
O povo de Israel foi fundado em torno da sabedoria da Cabalá e em torno do “ama ao próximo”. Eles vivem e existem graças a isso, e todo o seu papel e essência é divulgar ao mundo o poder da conexão inerente no coração da ciência.
Então, o que acontece depois? De onde vem a necessidade e a vontade de estudar a sabedoria hoje?
A natureza egoísta do homem levou a humanidade à criação de modos de vida fundados na exploração dos outros, um processo que culminou hoje. Depois de milhares de anos de progresso e desenvolvimento, a maioria dos sistemas de vida que temos construído está no meio de uma difícil crise: o sistema econômico está em uma morte prolongada, a cultura e as artes estão morrendo, os sistemas educacionais estão em colapso, a unidade familiar está se desintegrando, e acima de tudo destaca-se o estado do ecossistema, o qual parece estar completamente desequilibrado.
Nós chegamos a um ponto decisivo a partir do qual já não podemos continuar a gerir egoisticamente os modos de vida como estamos acostumados. A natureza está nos trazendo gradualmente a um nível de desespero e decepção com a vida, exortando-nos a mudar a nossa atitude para com a realidade, obrigando-nos a parar de usar o egoísmo como o único incentivo para o desenvolvimento. Para mudar a nossa maneira, cabe a nós reconhecer e aprender as leis que controlam a realidade e começar a operar em harmonia com a natureza, “como um homem com um só coração”: é assim que vamos alcançar a felicidade que almejamos.
Há Judeus que são apaixonadamente anti-sionistas. Há dezenas de estados Islâmicos, mas você teria de fazer uma dura caminhada para achar Muçulmanos que resistam à própria noção de um estado Islâmico. Até se achasse, eles não teriam o fervor de eliminar países Muçulmanos que você acha entre Judeus no que diz respeito à existência do estado Judeu. De facto parece que são os Judeus que são activos em organizações como o BDS ou o Jewish Voice for Peace (“Voz Judaica para a Paz”, dos Palestinianos, não para os Israelitas) fazendo sua meta de vida verem a eliminação do estado Judeu.
Para entender de onde tamanho ódio vem precisamos de olhar para as raízes da nação Judia. Na sua maioria, as nações desenvolvem-se baseadas em famílias e clãs que se desenvolveram ou por um habitat comum ou origem. A nação de Israel é diferente. Ela é uma nação que foi formada nos dias de Abraão, Isaac e Jacó quando saíram do Crescente Fértil para a terra de Canaã, então para o Egipto e de volta a Canaã até que se tornaram o povo de Israel quando concordaram se unir “como um homem com um coração” no pé do Monte Sinai.
Os três patriarcas da nação Judia espalharam as ideias de conexão e união, fraternidade e amor ao homem. Eles descobriram que o modo de construir uma sociedade coesa é ao se elevar acima do ego em vez de o suprimir. Para eles, o ego não era um inimigo que deva ser silenciado. Em vez disso, quanto mais seus egos cresciam, como reflectido nas suas frequentes disputas, mais eles se elevavam acima deles e alcançaram altos níveis de união. Para eles, Deus era uma força benevolente que eles descreveram como “O Bom Que Faz O Bem.” Eles aspiravam a que a inteira nação tivesse esta qualidade de benevolência e estabeleceram uma sociedade que apoiava a realização desse anseio.
Nessa altura, as pessoas que se juntaram à nação de Israel assim o fizeram pois acreditaram na ideia, não porque tinham certa afinidade biológica ou territorial com os Israelitas. Como resultado, desde sua origem, a nação Israelita consistia de diversidade de etnias e fundos sem paralelo, unidos pela noção de união acima das diferenças.
Porque os Hebreus não suprimiram seus egos, mas se elevaram acima deles, assim plantando a natureza da benevolência mais fundo nos seus corações, eles ficaram com duas inclinações conflituosas. Uma é ao que chamamos a “inclinação do mal,” que é um desejo de ser egocêntrico e explorar todos para o benefício pessoal e outra é a “boa inclinação”, nomeadamente a tendência de Abraão para a conexão, misericórdia e benevolência.
Até aproximadamente 2000 anos atrás, os Judeus mantinham um equilíbrio saudável onde o ego cresceria e eles conseguiam se unir acima dele. Mas como sabemos dos escritos Judaicos autênticos, cerca de há 2000 anos atrás ódio infundado superou os Judeus, o egoísmo assumiu o controle, conduzindo à ruína do Templo e a expulsão dos Judeus de Israel.
No entanto, até este dia, todo o Judeu contém ambas as inclinações. Enquanto a egocêntrica está no presente por cima, uma “memória” subconsciente, como um gene latente, existe dentro de cada um. Embora esteja escondido, isso impacta as emoções e visões que os Judeus desenvolvem para o povo Judeu e para o estado de Israel.
Há muitas variações para esta raiz, quando ela se manifesta na forma de separação, os Judeus sentem ressentimento para o estado de Israel e tornam-se mais anti-sionistas. Estes estados variam de pessoa para pessoa e em diferentes tempos as pessoas podem guardar diferentes sentimentos para Israel e os Judeus. Mas uma coisa é certa: Até se os Judeus o negarem para si mesmos, eles não conseguem permanecer indiferentes no que diz respeito ao estado de Israel e o povo Judeu.
Anti-sionismo em si mesmo não é o problema. O problema é a desunião do povo Judeu. O mundo inteiro observa o que está a acontecer em Israel entre Israel e os Judeus da Diáspora. A alienação, conflitos e por vezes completa animosidade que apresentamos alimenta o ódio das nações para nós. Gostemos ou não, nós damos um exemplo ao mundo pelo mero facto de estarmos sob constante escrutínio. Nossa desunião projecta-se a si mesma para o resto do mundo e quando o mundo está desunido, guerras se sucedem, desconfiança se espalha, a economia estagna e as pessoas sentem-se solitárias e deprimidas. E elas culpam-o nos Judeus.
Nós não precisamos de orientação de ninguém; podemos educar-nos e aprender uma vez mais a nos elevarmos acima de nossos egos e nos unirmos. Esta é a panaceia que o mundo procura. Eliminar o estado Judeu não solucionará os problemas do mundo. Se é que fará alguma coisa, atrasará sua solução pois o povo de Israel ainda terá de se unir e deste modo dar um exemplo.
Especialmente agora, que o antissemitismo está a aumentar por todo o mundo, podemos alavancar este velho ódio e nos unirmos acima de nossos egos, assim nos tornando novamente o povo unido de Israel, um modelo de união e fraternidade de que o mundo tanto precisa desesperadamente. Nós temos imenso trabalho pela frente, não percamos tempo.
Era uma vez um rei Persa, cujo nome era demasiado difícil de pronunciar. Um dia, sua esposa, Rainha Vashti, desobedeceu-lhe, então ele divorciou-se dela e teve um concurso de beleza para escolher a próxima rainha.
Um bom e humilde Judeu com o nome de Mordechai, também era o guardião de sua bela sobrinha, Ester. Mordechai enviou Ester para o concurso e ela derrotou todas as outras belezas e tornou-se a nova rainha. Contudo, Ester não contou ao rei que ela era Judia porque Mordechai lhe havia dito para não o mencionar.
Nessa altura havia um homem muito mau com um nome muito fácil de pronunciar – Hamã. Ele era o primeiro ministro do rei e conseguia convencer o rei para fazer praticamente tudo o que ele quisesse.
Hamã tinha um hábito especial: ele são suportava Judeus. Um dia, ele saiu até ao rei e disse-lhe: “Há um certo povo espalhado e disperso entre os povos.” Hamã explicou para o rei que ele passaria melhor sem eles porque eles não mantinham suas leis e o rei prontamente concordou e deu-lhe aprovação para matar todos eles.
Quando Mordechai ouviu falar nisso, ele ficou boquiaberto. A primeira coisa que fez foi rasgar suas roupas, se cobrir com um saco e jogou cinzas sobre si mesmo. Embora isso não mudasse o veredicto, ele começou a gritar sobre isso por toda a cidade, até que ele alcançou o portão do rei.
Ester ouviu falar do “ataque” de seu tio e ficou apavorada. Ela enviou seus servos para o vestir mas ele recusou. Ele disse-lhes para dizer a Ester sobre o plano de matar todos os Judeus e que ela devia ir e pedir ao Rei para o desfazer.
Ester ficou assustada pois ela não achava que o rei concordaria com o seu pedido. Quando ela finalmente concordou, após alguma persuasão astuta da parte de Mordechai, ela disse que sua única condição era que os Judeus se reunissem e se unissem no pensamento do seu sucesso. “Então,” disse ela, “embora seja contra o protocolo se aproximar do rei de sua própria iniciativa, eu o farei e espero um milagre.”
O resto é história: um milagre aconteceu, o rei saudou Ester calorosamente e aceitou seu pedido. Ela disse-lhe que era Judia e que Hamã planeava matar todos eles e o rei ficou tão incomodado que ele não só desfez o decreto, mas enforcou Hamã e sua família na própria árvore que Hamã havia preparado para Mordechai. Desde então que temos sido ordenados a sermos acolhedores nesse dia, comermos imensos doces chamados oznei haman (orelhas de Hamã) e ficarmos tão bêbedos que não conseguimos distinguir o certo (Mordechai) do errado (Hamã).
Além de ser muito divertido, Purim tem uma mensagem muito importante (e séria) para nós, especialmente nestes dias em que sentimentos anti-Judaicos se intensificam por todo o mundo: A única “arma” que temos contra nossos inimigos é união. Podemos e devemos nos proteger e aos nossos amados. Mas se queremos uma derrota final de nossos inimigos, lutar contra eles não será suficiente, mas nos unirmos entre nós moverá montanhas!
O costume de trazer presentes aos pobres (frequentemente doces como oznei haman e vinho) é um sinal de proximidade, uma expressão do desejo de juntar todas as facções da nação. Nossos grandes sábios durante as gerações nos disseram repetidamente que através da união seremos salvos de qualquer inimigo ou dificuldade. O Livro do Zohar até nos diz, na porção, Acharei Mot, que graças a nossa união, haverá paz no mundo.
Os nossos dias estão cheios de Hamãs ao nosso redor. Eles são lembretes que precisamos de nos unir tal como os Judeus fizeram nesse tempo na Pérsia e que se o fizermos, nenhum mal virá até nós.
Além do mais, como escreve O Livro do Zohar, através de nossa união podemos ajudar o mundo a encontrar a paz. O mundo já nos culpa por causarmos todas as guerras, embora claramente não tenhamos tais intenções. Então se lhes mostrarmos nossa união e que queremos na realidade compartilhar esta união com eles(!), isso servirá como exemplo de fraternidade que nenhuma outra nação pode realizar.
Todas as outras nações só se conseguem unir contra um inimigo comum. Nós somos a única nação na história que alguma vez nos unimos pelo bem da própria união! Hoje, é isto o que o mundo necessita – união pelo bem da união. Nós podemos agora reacendê-la entre nós e oferecê-la a um mundo sedento de amor.
Nossos sábios explicam que Hamã é um símbolo de nossa inclinação do mal, nosso próprio ódio pelos outros. Os Hamãs dentro de nós impedem-nos de nos preocuparmos com os outros, mas também fazem o mundo nos culpar por suas guerras. Nós, Judeus, uma nação que em gerações anteriores praticou “ama teu próximo como a ti mesmo,” agora podemos reanimar estes sentimentos dentro de nós e superar nossos Hamãs internos. Quando o fizermos, o mundo verá o verdadeiro valor do Judaísmo – que não se trata de ter uma sensação de superioridade, mas em vez disso cuidar verdadeiramente de todas as pessoas; uma percepção da humanidade como uma alma, uma entidade que quando unida, alcança felicidade inimaginável.
Há uma coisa que as nações devem fazer, nos empurrar para isso – para a união – para que a possamos transmitir e nos tornemos “uma luz para as nações,” como é certamente nossa tarefa. O antissemitismo das nações força-nos a unir, mas somente em prol de escapar aos apuros. Precisamos de nos unir porque união trás alegria, força e prosperidade a todos. Quando chegarmos a isso, não haverá ódio ou semelhante: nem antissemitismo, guerras e má vontade entre as pessoas
Feliz Purim a todos.
*** Por favor veja esta playlist de Purim especial no meu canal do YouTube sobre o significado de Purim de hoje para os Judeus ***
Purim é o festival mais feliz do ano. A história épica de Ester com seu final feliz e as deliciosas orelhas de Hamã, disfarces e é claro, o consumo de álcool mandatário tornam-o de longe o mais divertido festival Judaico.
Há muito tempo atrás, meu professor, Rav Baruch Ashlag, o filho único e sucessor de Rav Yehuda Ashlag (Baal HaSulam), autor do comentário Sulam sobre O Livro do Zohar, ensinou-me que Purim representa muito mais que doces triangulares e álcool abundante. Ele ensinou-me que um ano representa um círculo inteiro de correcções espirituais que uma pessoa realiza sobre si mesma em relação aos outros.
O ano começa em Pêssach, me disse ele, que marca nossa primeira correcção com a força superior, o Criador do mundo. Isto é alcançado ao superar o egocentrismo e atingir o primeiro grau de união com os outros. O ano continua pelos festivais, que marcam ascensões conduzindo ao mais alto grau espiritual: “ama teu próximo como a ti mesmo.”
De acordo com a sabedoria da Cabala, quando uma pessoa alcança o mais alto grau, isso é considerado estar num estado chamado “Purim.” Nesse estado, nossas qualidades estão completamente corrigidas e nós trabalhamos em harmonia completa com a natureza e com as pessoas implementando o maior e mais inclusivo mandamento, “ama teu próximo como a ti mesmo.”
Nos nossos dias, muitas pessoas sentem que estamos a viver num tempo especial. A sociedade humana está a atravessar mudanças fundamentais e a acelerar exponencialmente.
As estruturas sociais tradicionais que nos mantinham juntos estão a desmoronar-se. As pessoas costumavam sentir-se leais a suas famílias, cidades e países nativos. Agora nada disso permanece. Não temos escrúpulos em nos realojarmos em diferentes países; prontamente nos mudamos de cidade para cidade e as taxas de divórcio estão a acelerar tão rápido que o conceito do mesmo pai e mãe para todas as crianças numa família em breve se tornará um espectáculo passado.
A razão para esta desintegração é nosso crescente egocentrismo e alienação uns dos outros. Ao mesmo tempo, nos tornámos tão interconectados e interdependentes que o conflito entre o desejo das pessoas se guardarem para si mesmas e sua compulsiva conexão com as outras, está a enviar nossa sociedade numa espiral descendente.
Uma vez que não nos conseguimos libertar uns dos outros, a única solução para o apuro da humanidade é se conectar. No entanto, a única maneira que nos podemos conectar é se começarmos a nos preocuparmos uns com os outros, mas nos esquecemos de como preocupar. Estamos cativos de nossa própria alienação.
Num tempo assim, Hamã desperta e ameaça destruir os Judeus. Por quê? Como está Hamã conectado à crise global?
Estas perspicazes palavras de Rabbi Azarya Figo compartilham alguma luz sobre estas questões e apontam para uma possível solução. No seu livro Biná Leitim [Entendimento para as Ocasiões], Rabbi Figo escreveu (em itálico são minhas palavras): “A base da impiedade do perverso Hamã … é aquilo ele começou a argumentar, ‘Há um certo povo espalhado e disperso no estrangeiro.’ Ele lançou sua imundice dizendo que essa nação merece ser destruída, pois separação governa sobre eles, eles estão todos cheios de conflito e contenda e seus corações estão longe uns dos outros. Porém, [o Criador] tomou medidas preventivas … ao apressar Israel a se unirem e se apegarem uns aos outros … foi isto que os salvou, como no versículo, ‘Ide, reunir juntos todos os Judeus.’”
O mundo hoje está em desesperada necessidade de união. As pessoas olham para nós, Judeus e como Hamã, elas sentem que estamos a espalhar desunião e desta forma a desencadear a destruição da sociedade. Como resultado, elas culpam-nos por causarmos todas as guerras e todos os problemas no mundo. Elas estão desesperadas e sua ira está a tornar-se virulenta e violenta.
Mas podemos compensar esta trajectória. Tal como os Judeus na Pérsia foram triunfantes através de sua união, nós podemos nos unir e eliminar o antissemitismo.
A diferença entre antes e agora, todavia, é que agora nossa obrigação é nos unirmos não apenas em prol de salvarmos nossas próprias vidas, mas primeiro e antes de mais em prol de salvar o mundo. Sem união, a sociedade humana irá colapsar num estado de guerra interminável. Uma vez que os Judeus sempre foram campeões e anteriormente implementaram a união como solução para todos os problemas, agora todos os olhos estão voltados para nós com uma exigência para pavimentar o caminho para a união.
Nossa presente atitude de uns para os outros é uma receita para a auto-destruição. Não conseguimos parar de discutir entre direita e esquerda, Judeus da Diáspora e Judeus Israelitas e Asquenazes e Sefarditas. Ao assim fazermos estamos a mostrar ao mundo precisamente aquilo que Hamã salientou: que nós estamos espalhados e dispersos. Nós estamos a dar um exemplo de divisão em vez de coesão. A solução, desta forma, é fazer o oposto.
Não precisamos de suprimir ou até de baixar nossas diferenças. Pelo contrário, quanto mais notáveis nossos desacordos, mais impressionante nossa união será quando nos unirmos acima deles. Estas diferenças só nos tornam um exemplo mais saliente de união. Uma vez que é isto o que o mundo hoje mais precisa, o ódio para nós se dissolverá de uma só vez.
Nossa nação é uma nação de amor. Nós demos o lema ao mundo, “ama teu próximo como a ti mesmo,” mas estamos a manifestar o oposto. Quando decidirmos juntos começarmos a cuidar uns dos outros com genuína responsabilidade mútua, seremos verdadeiramente uma “luz para as nações” e celebraremos um Purim mundial com toda a humanidade.
Há um pequeno país cujos cidadãos frequentemente saem do seu caminho para ajudar outras nações. Seu governo é sempre o primeiro a responder a crises onde quer que aconteçam, até em território inimigo e a única recompensa que ele alguma vez procura é um mero “Obrigado.” Mas nunca o recebe.
Este país é Israel e o povo de quem estou a falar são os Judeus Israelitas. As estatísticas abaixo explicarão porque escrevi o supracitado parágrafo. IsraAID é uma ONG que há mais de dez anos tem ajudado pessoas de todo o mundo a superar crises extremas e forneceu a milhões apoio vital. Em alguns casos o seu pessoal literalmente coloca suas vidas em risco para ajudar aqueles em necessidade. Na Jordânia, para dar um exemplo, IsraAID regularmente nomeia voluntários para ajudar refugiados sírios a escapar à guerra civil. A organização fornece alimentação básica e outras necessidades e ajudou dezenas de milhares de refugiados. IsraAID também operou, ou está a operar no Sul do Sudão, Paquistão, Chad, Sri Lanka, China e muitos outros países.
Outro exemplo de esforços de ajuda que colocam suas vidas em risco é a ONG privada, “Israelis for Syrians.” Como seu nome implica, sua única intenção é ajudar os cidadãos sírios sofredores.Várias vezes por ano estes voluntários esgueiram-se pela fronteira para fornecer ajuda humanitária aos sofredores e frequentemente esfomeados residentes das cidades sírias cercadas. Mas uma vez que os sírios tratam Israel como seu devoto inimigo, os voluntários assinam um formulário que liberta o estado de Israel de negociar seu resgate caso sejam capturados.
Como estado, Israel montou uma força de acção à crise concretizada, que está sempre pronta para levantar no momento mais urgente. Assim que se encontra no terreno numa zona de crise, rapidamente monta um hospital improvisado e começa a tratar os feridos. Quando o terramoto de 7.9 de magnitude devastou o Nepal em 25 de Abril de 2015, a força de acção Israelita rapidamente se encontrava no local. A infografia abaixo, fornecida pela ReliefWeb, uma fonte de informação conduzida pelo Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), demonstra quão proeminente a força Israelita esteve no terreno.
O governo Israelita também trabalha na Síria, fornecendo tratamento médico aos soldados, adultos civis e crianças. Em alguns casos, o exército Israelita transporta aereamente soldados feridos da Síria para hospitais dentro de Israel, arriscando tanto pilotos como os helicópteros.
Mas se os Israelitas são tão bons, então porque é que em quase toda a sondagem que examina quais países estão nas posições mais odiadas Israel é o primeiro, ou o segundo, país mais odiado no mundo? Em algumas sondagens, a pontuação de Israel fica muito literalmente fora da tabela. Em 30 de Janeiro, por exemplo, a Gazette Reviewpublicou “Os Países Mais Odiados no Mundo Inteiro – Lista de 2016” (na sua secção de Entretenimento?). Este foi o único lugar onde Israel não estava no top 10… ele era um país bónus! Aparentemente, Israel é tão mais detestado que o resto dos países que não cabia numa lista com moderadamente abomináveis tais como a Coreia do Norte e Arábia Saudita e requer sua própria categoria – a categoria Bónus.
E falando de absurdidades, nenhuma nação atinge a performance da Assembleia das Nações Unidas (UNGA) no preconceito. Em 2015, a UNGA adoptou 20 resoluções criticando Israel e somente 3 criticando outras nações. Uma resolução envolvia a Síria, uma envolvia o Irão e uma envolvia a Coreia do Norte. Nem uma resolução envolvia o Egipto, Paquistão, Rússia, China, Arábia Saudita, Sudão ou Iémene, por exemplo. Aparentemente, os residentes desses países desfrutam de sistemas judiciais justos, igualdade e liberdade de expressão e oportunidades.
Quando você compara a hostilidade para Israel com as coisas coisas que ela faz têm de questionar, “De onde vem este contraste?” Até se o mundo discordar com as políticas de Israel nos territórios você pensaria que pelo menos algumas das coisas boas que Israel e os Israelitas fazem seriam mencionadas um pouco mais proeminentemente. Mas não são, as pessoas simplesmente ignoram estes feitos inacreditáveis de empatia. Se qualquer outra nação fizesse o mesmo, ela seria saudada como virtuosa e lhe seria dada a devida exposição nos media. Mas quando diz respeito a Israel, as únicas menções estão carregadas de criticismo.
Então a pergunta que devemos fazer é “O que estamos a fazer de errado?” Tentamos tanto ser bons e fazer o bem, todavia somos percepcionados como o vilão nº1 do mundo.
Mas se Israel desaparecesse, haveria paz e sossego no mundo? Não, não haveria. Se Israel desaparecesse não haveria paz ou sossego. E porém, o mundo culpa Israel porque Israel é realmente o país chave no que diz respeito a solucionar os problemas do mundo.
O mundo de hoje está afligido por alienação, narcisismo, depressão e egocentrismo em todos os níveis da sociedade. Famílias estão a desmoronar-se a ritmos alarmantes e mais e mais pessoas evitam casar de todo uma vez que não têm desejo de se comprometer com ninguém senão elas mesmas. A economia global está a abrandar porque a demanda global de bens está a diminuir. Não é que as pessoas no Ocidente não tenham dinheiro; elas simplesmente não desfrutam de o gastar tanto quanto desfrutavam. Elas estão saciadas e muitas estão clinicamente deprimidas ou apenas são no geral infelizes.
As relações internacionais também se estão a deteriorar devido à crescente desconfiança e ao ousado egoísmo da parte dos chefes de estado e a Europa está a ser despedaçada por dentro por uma onda de imigração Muçulmana com a qual não está equipada para lidar social, económica ou politicamente. A solução para o caos global reside primeiro e antes de mais em remendar as relações humanas, mas isto não pode ser concretizado a menos que aprendamos a lidar com nosso crescente egoísmo.
É aqui que Israel entra em cena. Como escrevi em “Por Que As Pessoas Odeiam Judeus?,” o mundo culpa Israel pelos seus males porque ele sente que Israel os faz se odiarem uns aos outros. É por isso que muitas pessoas nos culpam por todos os conflitos, por muito triviais que sejam.
E quanto o mundo nos culpa por seus conflitos, nós estamos a esbarrar uns com os outros, “provando” ao mundo que somos o que eles reivindicam: belicistas. Nossa primeira tarefa deve ser estabelecer a paz entre nós mesmos e somente então nos voltarmos para as nações e lhes mostrar o que alcançámos. Todas as supracitadas sondagens demonstram quão de perto o mundo monitoriza toda a gente. Quando discutimos entre nós o mundo observa e “apanha” o vírus da divisão de nós. Em consequência, pessoas e nações começam a lutar, no entanto culpam-nos por o causar.
Nem as nações nem Israel estão conscientes que nossa apresentação de desunião fez com que os conflitos irrompessem, mas as nações subconscientemente sentem que é culpa nossa e nós concordamos subconscientemente com elas e nos sentimos responsáveis. No fundo, o mundo inteiro sabe que o papel de Israel é ser “uma luz para as nações” e as ideias pós-modernistas não mudarão isso.
Até que nos tornemos uma nação que espalha a luz, ou seja fraternidade e paz, não seremos aceites pelas nações. Seremos sempre o país “bonus” que todos odeiam apaixonadamente. Quanto mais os assuntos se deterioram globalmente, mais as nações concordarão que o único problema do mundo é Israel. Mas elas nunca saberão que Israel é o problema somente porque não está a espalhar união, como deveria. Assim que nos unamos e dermos um exemplo de união, o mundo verá que este era o problema o tempo todo e os conflitos se acalmarão.
Naturalmente, isto também resolverá a maioria dos problemas do mundo, uma vez que os conflitos presentemente derivam de nossa alienação uns dos outros desaparecerão. Então, tal como o mundo hoje nos culpa por causar as guerras ele nos saudará por trazermos a paz e abundância.
Tudo o que temos de fazer é nos unirmos entre nós em prol de o mostrar ao mundo. O resto se revelará naturalmente e seremos o bom povo que todos querem conhecer.
Purim é um grande festival: grande medo da aniquilação, inicialmente e grande alegria depois da salvação, por fim. As celebrações neste festival são excepcionalmente grandes, dado o mandamento de consumir álcool ao ponto da incapacidade de distinguir o ímpio Hamã do justo Mordechai.
Purim é também um festival de simbolismo. A principal mensagem do festival é que na face do mais puro mal, retratado por Hamã, até a epítome do bem, retratada por Mordechai, está desesperada. A única coisa que ajuda contra puro mal é união. Quando Mordechai pede com Ester para rogar pela misericórdia do Rei, ela diz que até ela, a rainha, não os pode salvar, a menos que ele, Mordechai, reuna todos os Judeus e eles jejuam e oram por ela. Então, quando eles estão unidos novamente, ela empenha-se e tem sucesso.
De Que Se Tratam os Costumes em Purim?
Os costumes são outro costume simbólico que vale a pena salientar. Purim não é uma versão Judaica do Halloeen. Os costumes implicam a ocultação dos poderes que representam neste cenário dentro de cada um de nós.
O Que Representa o Rei na História de Purim?
No seu livro, Shamati (Eu Escutei), Rav Yehuda Ashlag, autor do comentário Sulam (Escada) sobre O Livro do Zohar, explica que o rei representa Deus.
Qual o Sentido Oculto de Ester na História de Purim?
Ester, a rainha Judaica, representa um desejo corrigido de se conectar com Deus. É por isso que ela aparece depois da Rainha Vashti corromper seus caminhos e o rei divorcia-se dela. Ela é chamada Ester (Éster em Hebraico), da palavra HebraicaHastará (ocultação), por causa da sua identidade Judaica ainda estar oculta.
Qual o Sentido do Pergaminho e o Milagre na História de Purim?
A identidade Judaica de Ester torna-se revelada somente quando ela deve agir em prol de salvar os Judeus, daí a palavraMeguilá (pergaminho/livro), da palavra Hebraica Guilui (revelar). É por isso que o enredo descrito no livro de Ester é considerado um “milagre oculto,” para salientar um milagre da revelação do poder de Deus de uma maneira oculta.
Qual o Sentido Profundo por trás de Mordechai e Hamã na História de Purim?
Mordechai representa a qualidade de misericórdia. Ele é pura bondade e não quer nada para si mesmo. Quando dois servos planeiam assassinar o Rei e Mordechai o alerta através de Ester, o Rei não recompensa Mordechai, nem pede Mordechai recompensa ou até reconhecimento por isso.
Outro elemento importante que está oculto na história é que o plano de Deus é estabelecer a qualidade de misericórdia, Mordechai, como governante do reino (mundo). Claramente, se o mundo for governado por misericórdia, retratada por Mordechai, as pessoas serão muito mais felizes que se elas forem governadas pela impiosidade, que retrata Hamã. Mas Mordechai não tem desejo de governar uma vez que ele nada quer para si mesmo. Ele fica bastante contente com o anonimato.
Para obrigar Mordechai a agir de modo a finalmente se tornar o governante, o Rei tem de introduzir uma ameaça grande o suficiente para impulsionar Mordechai para a acção, uma ameaça da destruição não só de Mordechai, mas do seu povo inteiro. Esta ameaça é Hamã, que representa o oposto da misericórdia, um desejo impiedoso de consumir e de ter e de se satisfazer sem qualquer pensamento nos outros. Abreviadamente, Hamã é puro egoísmo.
Aqui Está a Conclusão da História de Purim
O argumento de Hamã a favor de matar os Judeus é que eles não estão unidos: “Há um certo povo, espalhado e disperso.” Os Judeus tornaram-se uma nação quando eles rogaram para estar unidos “como um homem com um coração.” Hamã argumenta que eles não “mantêm as leis do rei,” que faz perfeito sentido considerando que a lei pela qual eles foram estabelecidos é que se venham a unir. Se eles estão dispersos, eles não a estão a manter. Em tal estado eles são redundantes, então Hamã diz ao rei que ele se deve livrar deles.
Os Judeus estão aterrorizados. Eles não fazem ideia de como se salvar a si mesmos, nem percebem eles o que fizeram de errado para merecer a morte. Então Mordechai vem e os reune em oração pelo sucesso de Ester na sua súplica e eles seguem-o. Ao assim fazer, eles se reúnem e se tornam uma nação uma vez mais, tal como quando eles se tornaram uma nação no pé do Monte Sinai. Isto torna o argumento de Hamã inválido, uma vez que eles não estão mais a romper a lei do rei. Naturalmente, nesse ponto o veredicto é revogado.
Os personagens nesta peça falam-nos de forças ocultas que actuam dentro de nós como indivíduos e entre nós como pessoas. Estas forças estão sempre presentes e sustentam nosso desenvolvimento espiritual. Tal como criaram Hamã nesses dias, eles criam novos Hamãs a toda a hora. Hoje há alguns bastantes em cada país e tal como então, também agora, o antídoto é união.
Então a conclusão da história de Purim é: Se nos unimos, somos salvos. Se nos esquecermos, somos ameaçados e até destruídos.
Por Quê é Costume Ficar (Muito) Bêbedo em Purim?
Isto trás-nos a grande alegria de Purim, onde somos mandados beber até que não consigamos distinguir o certo do errado. A questão é que quando nos unimos, espalhamos essa união pelo reino, ou seja o todo da criação. Ao assim fazer, nos tornamos “uma luz para as nações,” espalhando a luz da união. Quando todas as pessoas estão unidas, não há necessidade de estar vigilante ou duvidar uns dos outros uma vez que todas as pessoas são como uma. Nesse estado, até distinguir entre Hamã e Mordechai se torna redundante e a intoxicação simboliza-o.
De Que Se Tratam As ‘Orelhas de Hamã’?
As Oznei Haman ou hamantaschen (Iídiche para “orelhas de Hamã”) representa a correcção dos desejos egoístas de Hamã assim que todas as pessoas se uniram. É por isso que elas estão cheias de recheios doces, para simbolizar alegria da união em desejos não-nossos. É por isso que oferecemos presentes uns aos outros e aos pobres, um símbolo de nossa conexão melhorada.
Para concluir, Purim é um festival que nos ensina a todos que todos os nossos votos vêm até nós por falta de união. Sem ela, somos perseguidos, tal como durante o exílio da Babilónia, durante todas as perseguições que experimentámos durante a história e tal como começamos a sentir hoje. Mas com união, estamos sãos e salvos e embriagados. Então quando nada corre certo, unam-se!
Quando alguém diz, “Muçulmanos são…” ou “Pretos são…,” essa pessoa é imediatamente catalogada como Islamofobica ou racista. Mas quando alguém diz, “Judeus são…” ou “Israelitas são…,” algumas pessoas justificam tais afirmações em nome da liberdade de expressão. Estes dois pesos e duas medidas constituem antissemitismo. Se alguém ousasse dizer sobre os Muçulmanos, negros ou qualquer outro grupo étnico ou religioso o que a professora Drª Joy Karega da Faculdade de Oberlin diz sobre Judeus e Israel, eles seriam repreendidos e possivelmente despedidos.
Em 3 de Março, o item apresentado na Forward chamava-se, “Dentro da Retorcida Mente Antissemita da Professora de Oberlin, Joy Karega.” A história refere algumas das afirmações de Karega, tais como “alegar que os Judeus e Israelitas estiveram por trás do 11 de Setembro, ISIS, Charlie Hebdo e os ataques de Paris,” ou que a “Mossad engendrou a queda do avião Malásio sobre a Ucrânia em 2014.”
Para silenciar seus críticos, Karega usa o manto da liberdade de expressão e confia no politicamente correcto para abafar o criticismo contra ela, alegando que é comum “para mulheres Negras, que estão a começar sua carreira no percurso como parte do professorado, serem principais alvos destes tipos de actividades e práticas.” Isto explica a tímida resposta do presidente da Faculdade de Oberlin, Sr. Marvin Krislov, ele mesmo um Judeu, às publicações de Karega, embora ela seja sua empregada. Em vez de a condenar, ele implicitamente a apoiou, afirmando que ele “respeita o direito da sua faculdade, estudantes, pessoal e alunos para exprimirem suas visões pessoais.” Seria Sr. Krislov de mente tão aberta se um membro de sua faculdade exprimisse a visão que, por exemplo, os Muçulmanos Americanos estão a procurar decretar a Lei Sharia nos EUA?
Na minha visão, nossa resposta ao antissemitismo devia ser fundamentalmente diferente. Primeiro, não devemos concordar, muito menos perdoar, esta dupla moral. Estas afirmações carregadas de nada senão ódio inflamado, promovem violência contra os Judeus e conduzem-nos a considerá-los argumentos legítimos num debate em nome da liberdade de expressão. Este é um erro sério.
Em segundo e ainda mais importante, aos olhos dos antisemitas, “Até quando os peixes lutam no mar, os Judeus estão por trás disso.” É assim que eles se sentem hoje, sempre sentiram e sempre sentirão até que deixemos de “corromper a terra,” como o professor de Estudos do Corão Imad Hamato o colocou.
Por outras palavras, desde Mel Gibson ao General William Boykin, até ao acabado de mencionar Imad Hamato e todo o caminho até Hitler, os antissemitas acreditam que os Judeus são culpados de todos os problemas no mundo e pior ainda, que os Judeus estão a causar todas as guerras.
Na realidade, até nossos próprios escritos nos contam (Yevamot 63), “Nenhuma calamidade vem ao mundo senão por Israel,” então precisamos de entender a causa raiz da ira contra os Judeus. No meu ensaio, “Por Que As Pessoas Odeiam Judeus,” expliquei em detalhe o que o mundo espera de nós. O fundo da questão é que nos foi designada a tarefa de sermos “uma luz para as nações” mas tudo o que as nações sentem que estamos a projectar é guerra. Não faz diferença se isto faz qualquer sentido racional ou não. Se considerarmos o facto de que em 2015 a Assembleia Geral da ONU adoptou 20 resoluções salientando Israel para o criticismo e somente 3 resoluções para o resto do mundo combinado, então claramente, a vasta maioria das nações concordam com os quatro nomes acabados de mencionar.
Uma vez que estamos a ser culpados por causar guerras, é isto o que devemos inverter. Nosso trabalho é trazer união e paz ao mundo. Nós concebemos o termo, “ama teu próximo como a ti mesmo” e o mundo espera que o concretizemos. O mundo está sempre a examinar o que nós fazemos, então onde quando quer que apresentemos desarmonia, isso serve como mau exemplo que é reflectido no mundo. Se discutimos entre nós, projectamos esta desarmonia sobre outras nações e elas, também, começam a lutar. Mas bem no fundo elas sentem que sua luta foi originada em nós, tal como elas o afirmam.
Então ser-se uma luz para as nações não é certa noção teológica ou filosófica. É uma tarefa prática: fazermos a paz entre nós e o mundo também estará em paz. Tal como hoje algumas pessoas sentem que nós até estamos a causar que os peixes lutem, se fizermos a paz entre nós elas sentirão que estamos a trazer a paz a toda a vida. E por muito que os semelhantes a Joy Karega nos odeiem agora, eles nos vão amar depois, mas depende de nós determinar que sentimentos despertaremos sobre nós mesmos.
A última rodada na batalha pela permissão para orar no kotel (Muro das Lamentações) reflecte o triste estado do nosso povo. Teoricamente, “Rabinos reformistas fizeram pequenos ganhos em Israel e em Janeiro o movimento jubilava pelo … anúncio de que Israel criaria uma área especial de mistura de géneros no Muro das Lamentações em Jerusalém.” Na verdade, a frase acima da história da ABC News resume nossa presente condição.
A história reflecte com muita força a fenda crescente entre Israel e a diáspora. Para o estabelecimento ortodoxo em Israel, os Judeus Reformistas “não são realmente Judeus,” de acordo com o Rabino Steven Fox, director executivo da Conferência Central de Rabinos Americanos (CCAR). Na mesma história, outro líder da CCAR, o Rabino Denise Eger, disse que os Judeus reformistas se questionam: “É Israel realmente uma nação atrasada?”
Inegavelmente, a batalha pelo direito a orar no kotel não terminou. Porém, isto não nos deve preocupar. Esta batalha é um sintoma, um canário na mina da vida Judaica. Nossa separação é, ou pelo menos devia ser, nossa maior preocupação. De facção a facção de continente a continente estamos separados e alienados.
O acordo Iraniano, que foi promulgado como uma “rara instância de 13 milhões de Judeus, uma opinião,” de facto acelerou a divisão dentro da comunidade Judaica dentro dos EUA em vez de o usarem como catalisador para a união, Judeus a favor e contra o acordo lutaram tanto uns contra os outros que a comunidade ainda está a recuperar dos seus efeitos tóxicos. Mas avançando para as eleições, que são sempre divisionistas devido à necessidade dos próprios candidatos se promoverem a si mesmos e denegrirem seus concorrentes, é difícil ver de onde um elemento unificador pode surgir entre os Judeus Norte-Americanos.
Os Judeus ortodoxos em Israel têm que baste no seu prato, também. A guerra do kotel é apenas um dos muitos problemas divisionistas entre eles. Até mais importante que o assunto do kotel, Judeus religiosos em Israel disputam por um dos aspectos mais fundamentais do Judaísmo, a conversão, e montaram um sistema alternativo de conversão.
Ao mesmo tempo, Judeus seculares observam como espectadores. Indiferentes e alienados uns dos outros e das práticas religiosas, eles quase não reparam no que está a acontecer.
Na sua história do Jewish Journal a respeito do acordo Iraniano, Rob Eshman salientou, “Primeiro, estamos divididos.” Este é certamente o nosso maior problema. Se eu pensar que por causa do seu quipá (solideu Judaico) não ser da mesma forma e cor que o meu quipá, ou porque você diz as suas orações de uma maneira e eu digo das minhas de outra, ou porque você vive na diáspora e eu vivo em Israel, ou porque você é secular e eu sou religioso, ou porque você simplesmente não é eu, então você não é realmente Judeu, então eu tenho um grande problema. E uma vez que hoje alguma versão desta situação existe num número substancial dos membros da nossa tribo, nós o povo Judeu temos um grande problema.
Sem união não podemos esperar coisa alguma de bom que nos venha a acontecer. Sem união nós somos não só moral, espiritual e socialmente incapacitados, mas nossa própria identidade como Judeus se torna insustentável. Judaísmo trata-se primeiro e antes de mais sobre comunidade, amor pelos outros e solidariedade com os aflitos e pobres. Todas estas são alcançadas através de um profundo sentido de união. Sem ela nada temos para oferecer ao mundo senão mais alta tecnologia, que dificilmente é o que o mundo hoje precisa.
Sem união não só somos fracos, mas nos tornamos suspeitos imediatos onde quer que infortúnios aconteçam. União, reflectida na solidariedade e sentido de comunidade e fraternidade, é a base do futuro e até da sobrevivência da humanidade. Sem ela não pode haver comércio, e assim não pode haver economia, uma vez que as pessoas não conseguem confiar umas nas outras. Sem união tudo o que podemos fazer é ensinar nossas crianças a tentarem vencer a todos os custos, tal como vemos que acontece nos sistemas de educação pelo mundo e primeiro e antes de mais na América. Sem união não pode haver uma Terra habitável uma vez que nossa competição destruidora nos previne de concordarmos num acordo que nos permita manter um futuro sustentável para nossas crianças.
O povo Judeu cunhou o termo, “ama teu próximo como a ti mesmo,” cuja fase preliminar conhecemos como “aquilo que odeias não faças ao outro.” Nós somos os agentes da união designados, mas a mensagem que estamos a enviar é o oposto. A acusação antissemita que estamos a causar todas as guerras reflecte o sentido que não estamos a projectar aquilo que devíamos, nomeadamente fraternidade.
No fim do dia, não faz diferença como somos diferentes. Em vez da segregação devíamos celebrar nossas diferenças como oportunidades para nos unirmos acima delas! Quanto mais únicos e todavia unidos nós formos, mais fortes e mais positiva a mensagem que projectamos para o mundo. Em vez de lutarmos pelo Muro das Lamentações, recordemos que Judaísmo significa união e fraternidade e que o Templo foi arruinado precisamente por causa da falta das últimas. Não vamos dar mais razões uns aos outros para lamentar; vamos reconstruir o Templo, nos nossos corações, através de união acima de todas as diferenças.
Desde os tempos da antiguidade que o mundo tem sua lista de (habitualmente sete) maravilhas. Na antiguidade, a Grande Pirâmide de Gizé (a única maravilha da lista original que ainda está de pé), a estátua de Zeus no Olimpo, o Colosso de Rodes (uma nova,[1] versão gigantesca do qual está hoje a ser construída) e outras estavam entre a lista dos ocupantes. Com o tempo as maravilhas do mundo mudaram dependendo da identidade e lugar de residência dos compiladores da lista, que incluíram tais lugares como a Grande Muralha da China, o Taj Mahal e a Stonehenge de Inglaterra.
Recentemente, outra maravilha surgiu, ou em vez disso ressurgiu, uma vez que ela tem estado connosco há mais tempo até que a Pirâmide de Gizé. De facto, ela não é uma maravilha única, mas uma lista delas, mas todas elas andam ao redor de uma pergunta: Por que as pessoas odeiam os Judeus?
São os Judeus Sobreviventes Milagrosos, ou Guardados para um Propósito?
[Crédito: Wikipedia]
Em “A Respeito dos Judeus,” Mark Twain meditou sobre o ódio pelos Judeus, por um lado e sua persistência por outro lado: “…Os Judeus constituem senão um por cento da raça humana. …Adequadamente, raramente se devia ouvir falar do Judeu, mas ouvimos falar dele, e sempre ouvimos falar dele. …O Egípcio, o Babilónio e o Persa se levantaram, preencheram o planeta de som e esplendor e então esvaeceram no material dos sonhos e faleceram; o Grego e o Romano se seguiram e fizeram um amplo alarido e eles desapareceram. Outras pessoas nasceram e seguraram sua tocha no alto durante um tempo, mas ela se extinguiu… O Judeu viu todos eles, os venceu a todos e está agora como sempre foi, não exibindo decadência, enfermidades da idade, enfraquecimento de suas partes, nem abrandamento de suas energias… Todas as coisas são mortais menos o Judeu; todas as outras forças passam, mas ele sempre permanece. Qual é o segredo de sua imortalidade?”[2]
Não menos surpreendente que a sobrevivência dos Judeus é o facto que desde Faraó até Hitler, virtualmente todo o detractor dos Judeus selou sua destruição ao persegui-los. Alguns até estavam conscientes do facto de que os Judeus são indestructíveis, no entanto não conseguiram ser auxiliados, como se compelidos por uma força maior que eles mesmos. Em Mein Kampf, Escreveu Adolf Hitler, “Quando … eu escrutinei a actividade do povo Judeu, subitamente surgiu em mim a questão temerosa se o impenetrável Destino, talvez por razões desconhecidas a nós pobres mortais, não desejou, com resolução eterna e imutável, a vitória final desta pequena nação.”[3] Apesar desta premonição, Hitler tentou e quase teve sucesso em exterminar a Judiaria Europeia. Mas também ele, eventualmente falhou e irá para a história como a epítome do mal.
Odiados ou amados, os Judeus sempre foram tratados diferentemente. Eles são julgados por diferentes padrões, reverenciados, admirados e mais odiados que qualquer outra nação à face da Terra.
[Crédito: Wikipedia]
O Bispo britânico, Thomas Newton escreveu sobre os Judeus: “O que mais senão um poder supernatural os teria preservado de tal maneira como nenhuma outra nação sobre a terra fora preservada?”[4] O matemático francês, Blaise Pascal, ponderou sobre a fórmula que tem guardado os Judeus até então: “Este povo não é eminente somente pela sua antiguidade, mas também é singular pela sua duração, que sempre tem continuado …apesar das investidas de muitos reis poderosos para os destruir.”[5]
[Crédito: Wikipedia]
O ilustre autor russo, Liev Tolstoi, ponderou sobre a sobrevivência dos Judeus, mas também sentiu que sua existência tinha a ver com um propósito único: “O que é um Judeu? …Que espécie de criatura única é esta que todos os governantes de todas as nações do mundo desgraçaram e esmagaram e expeliram e destruíram; perseguiram, queimaram e afogaram e que, apesar de sua ira e sua fúria, continua a viver e a florescer? …O Judeu é o símbolo da eternidade. …Ele é aquele que durante tanto tempo guardou a mensagem profética e a transmitiu a toda a humanidade. Um povo tal como este nunca poderá desaparecer. O Judeu é eterno. Ele é a personificação da eternidade.”[6]
Ódio Aos Judeus Não Faz Sentido
Talvez a mais impressionante faceta sobre o ódio pelos Judeus seja sua irracionalidade. Há tantas razões para odiar os Judeus como há pessoas. Tudo o que incomoda, magoa ou desagrada às pessoas elas frequentemente atribuem aos Judeus. Judeus têm sido culpados de manipular os mídia para suas necessidades, uso, libelos de sangue de várias formas, envenenamento de poços, dominar o tráfico de escravos, deslealdade a seus países anfitriões, colheita de órgãos[7] e espalhar o AIDS.[8]
Além do mais, os Judeus são frequentemente acusados de “crimes” conflituosos. Comunistas os acusaram de criar o capitalismo; os capitalistas os acusaram de inventar o comunismo. Cristãos acusaram Judeus de matarem Jesus e o aclamado historiador e filósofo francês, François Voltaire, de inventar o Cristianismo. Os Judeus foram catalogados como belicistas e cobardes, racistas e cosmopolitas, invertebrados e inquebráveis e a lista podia continuar para sempre.
Claramente, o ódio aos Judeus é irracional e profundo. Yehuda Bauer, Prof. de Estudos sobre o Holocausto na Universidade Hebraica de Jerusalém, acredita que o antissemitismo continua latente até que ele seja desencadeado, frequentemente durante crises.[9] As múltiplas crises que vemos ao redor do mundo são deste modo esperadas continuarem a exacerbar a presente onda de antissemitismo.
Uma Razão Mais Profunda Por Trás do Ódio aos Judeus
O ponto mais importante a retirar desta breve revisão do antissemitismo é que se queremos achar a razão para o antissemitismo, devemos olhar por baixo da superfície. Como vimos, racionalismos não conseguem explicar a existência, persistência e a diversidade do ódio pelos Judeus. Uma raiz mais profunda está a trabalhar aqui. Quando o antissemitismo desperta, ele é justificado de acordo com seu meio social particular e desta forma assume diferentes formas e manifestações em tempos diferentes.
Desde os tempos da antiguidade, os Judeus têm sido apelidados de “o povo escolhido,” que eles foram escolhidos para serem uma “luz para as nações.” Contudo, os Judeus de hoje são culpados de fazerem exactamente o oposto. Em Hebraico, há o famoso truísmo: “Entra vinho, sai o segredo.” Há vários anos atrás o actor Mel Gibson foi impedido[10] pela polícia de trânsito por suspeita de conduzir sob influência de substâncias. Sua resposta para o agente foi amaldiçoar os Judeus e declarar, “Os Judeus são responsáveis por todas as guerras no mundo. Você é Judeu?”
O antigo primeiro ministro da Malásia, Dr. Mahathir Mohamad, estava presumivelmente mais sóbrio que Sr. Gibson quando falou na Conferência para o Apoio da Al-Quds em 21 de Janeiro de 2010. Todavia, a sobriedade não inibiu sua declaração que “Até após seu massacre pelos Nazis da Alemanha, eles [Judeus] sobreviveram para continuarem a ser uma fonte de problemas ainda maiores para o mundo.”[11]
Sob certas circunstâncias, até pessoas que não são conhecidas por nutrirem sentimentos explicitamente anti-Judaicos exprimirão pensamentos que só podem ser interpretados como antissemitas. Quando o repórter para as Notícias Nacionais Israelitas, Henry Schwartz, abordou o reformado General “Jerry” Boykin, ele foi deparado com uma surpreendente observação: “Os Judeus são o problema. Os Judeus são a causa de todos os problemas no mundo.”[12]
Tais generalizações devem dizer-nos alguma coisa: Se as pessoas acreditam que os Judeus são responsáveis por cada problema no mundo, elas também devem esperar que os Judeus os concertem. Quando enfrentado por tal convicção que os Judeus são responsáveis pelo bem-estar do mundo, enquanto houverem problemas no mundo haverá o ódio pelos Judeus. E quanta mais dor há, mais ira se voltará para os Judeus. Se os Judeus são responsáveis por cada problema, então qualquer problema é da culpa dos Judeus. AIDS, é da culpa dos Judeus; terramotos são culpa dos Judeus; terrorismo é culpa dos Judeus; a crise financeira certamente é culpa dos Judeus! Diga qualquer coisa, é culpa dos Judeus.
Uma convicção que os Judeus são responsáveis por todos os problemas e devem deste modo os concertar implica que o antissemitismo não surge durante crises porque os Judeus são bodes expiatórios fáceis, como alguns acreditam. Muito pelo contrário, aos olhos das pessoas os Judeus são realmente os criminosos. Quando as coisas estão bem, as pessoas deixam os Judeus estarem. Mas quando os problemas acrescem, os Judeus são culpados por o causarem.
Evidente, voluntária ou involuntariamente, os Judeus nunca deixaram de ser o povo escolhido, escolhido para concertar o mundo. A razão porque há antissemitismo é muito simplesmente que o mundo ainda não está concertado.
Os Judeus: Escolhidos Contra Sua Vontade
Serem “os concertadores do mundo” é uma ordem elevada para qualquer um. Especialmente quando não se tem desejo de se ser um e até se tivesse, não faria ideia do que isso significa ou como conseguir fazê-lo. Na maioria, os Judeus de hoje não fazem ideia do que significa ser-se um povo escolhido ou uma “luz para as nações,” nem querem eles ter alguma coisa a ver com isso.
Quando os Judes são deixados em paz eles têm tendência a serem assimilados. No pico da convivencia [coexistência amigável] entre Judeus e Cristãos na Espanha, a inquisição irrompeu e sem misericórdia extinguiu a comunidade Judaica. Cinco séculos mais tarde, quando os Judeus na Alemanha se haviam quase emancipado na totalidade e procuravam se dissolver na sociedade Alemã, o partido Nacional Socialista apareceu e exterminou quase inteiramente os Judeus pela Europa.
Hoje, a Judiaria Americana está numa situação similar à daquela da Judiaria Alemã pré-Segunda Guerra Mundial. Os Judeus Americanos estão amplamente confiantes que verem o antissemitismo tóxico da espécie que vemos na Europa seja improvável no outro lado do Atlântico. No entanto, a realidade do crescente antissemitismo nas faculdades Americanas[13] e a difusão de violência antissemita, tal como esfaqueamentos,[14] para os EUA indicam que os Judeus estão a cair novamente na armadilha da complacência. Tal como aconteceu na Espanha e na Alemanha, quanto mais os Judeus Americanos tentam ser assimilados, mais dolorosamente serão afastados. Isso já está a começar a acontecer e a similaridade entre o processo passado e a presente situação na América torna o estado aparentemente benigno da Judiaria Americana muito precário.
Semelhante a suas diásporas, o Estado de Israel deseja somente ser uma nação na família das nações. Em vez disso, ele é repreendido uma e outra vez, especialmente pela entidade que representa o mundo inteiro: as Nações Unidas. O relatório abaixo pela UN Watch demonstra atenção negativa inexplicavelmente desproporcional dada a Israel[15]: “A sessão da Assembleia Geral da O.N.U. de 2015 adopta 20 resoluções salientando Israel para o criticismo e somente 3 resoluções sobre o resto do mundo junto. …As três que não envolvem Israel são: uma sobre a Síria, um regime que assassinou mais de 200,000 do seu próprio povo, uma sobre o Irão e uma sobre a Coreia do Norte. Nem uma única resolução da UNGA deste ano (septuagésima sessão) é esperada ser adoptada sobre os brutos e sistemáticos abusos cometidos pela China, Cuba, Egipto, Paquistão, Rússia, Arábia Saudita, Sri Lanka, Sudão, Iémene, Zimbábue, ou dezenas de outros perpetradores de violações brutas e sistemáticas dos direitos humanos.”
E se isto não for suficiente o movimento BDS [16] que rapidamente se espalha está a trabalhar imenso para isolar Israel económica, política e academicamente. Colocando-o simplesmente, quanto mais Israel se tenta “misturar,” com mais ferocidade é ela afastada.
Por muito que os Judeus tentem, eles não serão capazes de evitar fazer aquilo que devem. Eles podem não saber o que é que devem fazer ou como o fazer e as pessoas podem dizer-lhes que elas não acreditam que eles sejam o povo escolhido, mas a existência de ódio global, sempre presente para eles prova que os Judeus foram seleccionados como os piores malfeitores do mundo. Agora, ora eles percebem qual é o mal que estão a fazer e o concertam ou o mundo os punirá uma vez mais.
É Assim Que Você Ataca a Razão Pela Qual As Pessoas Odeiam os Judeus… na Sua Raiz
Para entender o errado que os Judeus estão a fazer, precisamos de olhar para o como, e especialmente o por quê da nação Judia ter sido formada. O pai do Judaísmo e de todas as religiões Abraãmicas, é Abraão Nosso Pai [Abraão o Patriarca], que simboliza misericórdia. O Midrash (Bereshit Rába) conta-nos que quando Abraão viu seus conterrâneos discutindo e guerrilhando ele tentou fazer a paz e ajudá-los a se unirem. Nas palavras do Midrash, ele tentou “remendar” todas as pessoas no mundo.
O livro, Pirkei de Rabbi Eliézer, descreve como Abraão uma vez caminhava perto da Torre da Babilónia e olhava para o povo que a construía, levantando pesadas pedras uma de cada vez. Ele reparou que se uma pedra caia os trabalhadores pesavam sua perda, mas se um dos seus colegas caia eles o ignoravam absolutamente. Quando ele viu isto ele os amaldiçoou e desejou o seu fracasso.
Quando Abraão descobriu que o problema de seus compatriotas era a desunião e alienação, ele começou a urgir a se unirem. Até quando foi deportado de sua pátria ele continuava a clamar sua mensagem e qualquer com quem a mensagem de amor e união acima de todas as diferenças ressoava era bem-vindo a se juntar a ele. Maimónides, o grande académico do século 12, descreve os esforços de Abraão de espalhar sua mensagem de união e a legar aos seus descendentes, tanto física como espiritualmente, até que sua minúscula comitiva se tornou uma nação baseada em união e amor fraterno: “[Abraão] começou a clamar ao mundo inteiro … vagueando de cidade em cidade e de reino em reino até que ele chegou à terra de Canaã… E uma vez que [as pessoas nos lugares onde ele deambulava] se reuniram à volta dele e o questionavam sobre suas palavras, ele ensinava a todos…ate que ele as trouxe ao caminho da verdade. Finalmente, milhares e dezenas de milhares se reuniram ao seu redor e elas eram o povo da ‘casa de Abraão.’ Ele plantou seu princípio nos seus corações, compôs livros sobre isso e ensinou a seu filho, Isaac. E Isaac sentou-se e ensinou, alertou e informou Jacó e o nomeou professor para sentar e ensinar… E Jacó o Patriarca ensinou a todos os seus filhos…”[17]
Nenhuma outra nação fora forjada desta maneira, onde pessoas de diversos fundos, etnias e fés se tornaram uma nação baseada em amor fraterno, transcendendo diferentes origens, crenças ou qualquer outra diferença. Elas fizeram isto pois elas sentiram que este era, como Maimónides o colocou, “o caminho da verdade.” Elas sentiram que a alienação e animosidade não conduziam a lado algum bom e deste modo procuraram se unir.
Abraão, uma pessoa inquisidora por natureza, descobriu que a enorme diversidade perante nós deriva de uma fonte, uma força criativa que se manifesta de uma miríade de maneiras que conduz de volta a essa fonte. Ele percebeu que a indiferença e alienação de seu povo, como ele testemunhou nos construtores da torre, podiam ser remendadas se eles se unissem na aspiração de perceber essa força, tal como ele fez. Mas porque eles estavam inconscientes de sua existência, se tornaram separados e alienados uns dos outros, acreditando em diferentes coisas e aspirando por diferentes coisas.
No entanto, na altura os Babilónios não estavam prontos para a ideia que uma força benovolente abrangia a realidade inteira. Tal como o Midrash e Maimónides nos contam, Abraão fora expulso do seu país devido a suas ideias. Mas enquanto deambulava, reuniu ao seu redor seguidores, plantou amor fraterno nos seus corações e eles se tornaram uma nação comprometida em transmitir este método para a felicidade através da união.
Uma Luz para as Nações: para Mostrar o Caminho para a União ao Mundo Inteiro
A chegada de Moisés introduziu uma nova fase no desenvolvimento da nação Israelita. Egocentrismo e alienação aumentaram no mundo ao seu redor tal como aumentou neles. No tempo de Moisés, Israel havia amontoado tamanho nível de desunião que eles precisaram de um novo método se queriam se unir acima dela. Eles eram também de longe mais Hebreus que a tribo que foi para o Egipto. No tempo de Moisés haviam três milhões deles, demasiados para serem ensinados o caminho que Abraão havia ensinado aos seus estudantes.
Como diz o ditado, “necessidade é a mãe da invenção.” A necessidade de achar um novo modo de ensinar o povo a se unir resultou na doação da Torá, o Pentateuco, conhecido como, Os Cinco Livros de Moisés. Mas a recepção da Torá veio com um pré-requisito: vocês devem primeiro concordar em se unirem “como um homem com um coração.”
Assim que os Hebreus se uniram, lhes foi dada a Torá e se tornaram uma nação. Mas essa nação não era como as outras. Tendo sido formada sobre o princípio do amor pelos outros, lhe fora confiada uma tarefa de transmitir o método de se unirem, de amarem o seu próximo como a si mesmos. Foi por isso que lhes foi dito para serem “uma luz para as nações,” nomeadamente para mostrar o caminho para a união ao mundo inteiro, tal como Abraão tentou na Babilónia para onde quer que fosse.
Abraão não tentou unir os Judeus. Nos seus dias, o Judaísmo como o conhecemos não existia sequer. Como acima citámos, ele tentou “remendar todas as pessoas do mundo.”
Todos os sucessores de Abraão o sabiam e continuaram seu legado. O grande Cabalista, Rabbi Moshe Chaim Lozzatto (Ramchal), escreveu em Adir BaMarom [O Poderoso No Alto] “Noé fora criado para corrigir o mundo no estado em que ele estava nesse tempo.”[18] Em, O Comentário de Ramchal sobre a Torá, escreveu ele que “Moisés desejou completar a correcção do mundo nesse tempo. Foi por isso que ele levou a multidão misturada, pois ele pensou que então seria a correcção do mundo … No entanto, ele não teve sucesso por causa das corrupções que ocorreram no caminho.”[19] Ainda assim, o mundo não estava pronto para abraçar a união de todo o coração. Como resultado, aqueles que prometeram ser “como um homem com um coração” se tornaram o povo de Israel e lhes foi confiado o dever de guardar o método para alcançar a união até que o mundo estivesse pronto.
O povo de Israel trabalhou duro para guardar o princípio da união. Eles tiveram de combater com seus próprios egos crescentes e os ataques de outras nações. Mas como nos diz O Livro do Zohar [O Livro do Esplendor], “Todas as guerras na Torá são pela paz e amor.”[20]O Livro do Zohar também fala sobre quão importante é nos elevarmos acima do ódio, não só para as partes divididas mas para o mundo inteiro. Na porção, Aharei Mot, escreve o livro, “‘Eis, quão bom e quão agradável é que os irmãos também se sentem juntos.’ Estes são os amigos pois eles se sentam juntos e não estão separados uns dos outros. Inicialmente, eles parecem pessoas em guerra, desejando se matar uns aos outros. Então eles retornam a estar em amor fraterno. …E vós, os amigos que aqui estão, como estavam em afecto e amor anteriormente, doravante também não partirão … E pelo vosso mérito haverá paz no mundo, como está escrito, ‘Pelo bem de meus irmãos e amigos deixai-me dizer, ‘Que a paz esteja em vós.’’”[21]
Por Que a União É Necessária para os Judeus e para o Mundo
A ruína do Segundo Templo marca um ponto chave na história do mundo. Não só fora o povo Judeu exilado da terra de Israel, os Judeus também perderam sua guerra contra o egocentrismo. Pela primeira vez desde sua origem, o princípio, “Ama teu próximo como a ti mesmo,” não era a regra orientadora dentro da nação. Os Judeus ainda tinham alta estima pela união, como têm até a este dia, mas eles começaram a usá-la para propósitos egocêntricos na vez de um meio para a correcção do ego e como um bem para ser transmitido a toda a humanidade.
No tempo da ruína do Templo, muitos sábios reconheceram a absoluta necessidade da união dos Judeus e do mundo. Lamentavelmente, sua voz não foi escutada pois os Judeus estavam demasiado preocupados com eles mesmos. Conta-nos o livro Shem Mishmuel, “A intenção da criação era que todos fossem um feixe… mas por causa do pecado [egoísmo] a matéria foi estragada. A correcção começou na geração da Babilónia, ou seja a correcção de reunir e assemblar as pessoas que começou com Abraão. …E a correcção final será quando todos se tornarem um feixe.”[22]
Similarmente, escreveu Rav Kook no começo de 1900: “Em Israel está o segredo para a união do mundo.”[23] Rabbi David Salomão escreveu em Os Salgueiros da Ribeira, “Israel são comandados à união dos corações, como está escrito, ‘E lá acampou Israel.’ na forma singular [em Hebraico] … ou seja que eles tinham união.”[24]
Repare no poder da importância que Rabbi Kalman Epstein, autor de Maor VaShemesh, atribui à união: “A principal defesa contra a calamidade é o amor e união. Quando há amor, união e amizade entre uns e outros em Israel, nenhuma calamidade pode vir sobre eles. …Quando há conexão entre eles e nenhuma separação de corações, eles têm paz e sossego … e todas as maldições e sofrimento são removidas com isso.”[25]
Eis que, muito poucos escutaram. E quando os Judeus não escutam e não se unem, eles sofrem as consequências. Durante a Segunda Guerra Mundial escreveu num jornal Rabbi Yehuda Ashlag ao qual ele chamou, “A Nação”: “Está claro que o imenso esforço que nos é requisitado na áspera estrada pela frente requer união tão forte como o aço, de todas as facções da nação sem excepção. Se não sairmos com fileiras unidas na direcção das poderosas forças que se encontram no nosso caminho então estamos condenados antes sequer de termos começado.”[26]
A Crescente Pressão sobre os Judeus
Enquanto a humanidade estava inteiramente envolvida na sua trajectória egocêntrica, recompensado concretizações pessoais com elogios, a pressão sobre os Judeus era relativamente tolerável. Ainda assim, porque onde quer que haja dor os Judeus são culpados, os Judeus realmente sofreram perseguições e expulsões para onde quer que fossem. Uma vez que o ódio e desunião de corações está no cerne de cada problema, os Judeus sempre foram vistos como os perpetradores, embora os acusadores não conseguissem explicar racionalmente por que culpavam eles os Judeus e tinham de inventar rumores absurdos acerca deles. E ainda assim, por muito dolorosas que fossem, estas perseguições não eram destinadas a exterminar os Judeus por completo.
No princípio do século 20 as coisas começaram a mudar. A Europa estava trancada em rivalidades e alianças e as tensões eram altas. O ódio culminou no irromper da Segunda Guerra Mundial. A guerra química foi usada pela primeira vez, muitas pessoas morreram e muitas mais foram deixadas destituídas e desamparadas. A Alemanha foi trazida aos seus joelhos, mas toda a Europa estava em ruínas. Ninguém estava feliz.
Quando Hitler subiu ao poder e culpou a guerra sobre os Judeus, quase ninguém contestou. Inicialmente, ele não planeava exterminar os Judeus, mas somente os expulsar do seu país. No verão de 1938, quando Hitler ouviu que havia uma conferência em Evian, na França, para discutir a possibilidade de ajudar os Judeus a se mudarem para fora da Alemanha, disse ele, “Nós estamos prontos para colocar todos estes criminosos à disposição destes países, tanto quanto me importa, até em navios de luxo.”[27] Mas quando as nações não quiseram os Judeus, eles não os quiseram. Com suave indiferença, país por país se escusou a si mesmo de receber Judeus. O delegado australiano, T. W. White, sacasticamente salientou, “Uma vez que não temos problemas raciais, não temos desejo de importar um.”[28]
Até na Conferência de Evian Hitler não desistiu e procurou acelerar o ritmo de emigração Judaica forçada da Alemanha. Em 13 de Maio de 1939, ele fez o que havia prometido e 900 Judeus partiram para Cuba,[29]esperando eventualmente entrar nos EUA, no transatlântico de luxo, S.S. St. Louis.
Mas Cuba os rejeitou à entrada. Desesperados, eles procuraram se dirigir directamente para a Flórida, mas os Americanos também não os deixavam atracar na doca. Deixados sem escolha, eles regressaram à Europa onde centenas deles pereceram no Holocausto.
O Holocausto deu aos Judeus uma pausa do ódio e ajudou a voltar a simpatia das nações para eles o suficiente para a votação favorável para estabelecer um estado Judeu. Mas essa pausa fora de curta vida. Desde a Guerra dos Seis Dias em 1967 que o mundo se tem voltado contra os Judeus uma vez mais e especificamente contra Israel.
À medida que o mundo se deteriora para o caos crise após crise, a pressão sobre os Judeus continuará a crescer. Há alguns anos atrás, um segundo Holocausto era impensável. Hoje é uma preocupação que as pessoas começam a exprimir abertamente.
No início dos anos 50, Rav Yehuda Ashlag escreveu Os Escritos da Última Geração, nos quais ele descreve o progresso que ele via para o desenvolvimento político do mundo, especialmente no mundo ocidental. “O mundo erroneamente considera o Nazismo um resultado particular da Alemanha,” escreveu ele. “Na verdade, ele é o resultado de uma democracia e socialismo que foram deixadas sem … condutas e justiça. Assim, todas as nações sendo iguais nisso; não há esperança que o Nazismo pereça com a vitória das forças aliadas, pois amanhã os Anglo-Saxões adoptarão o Nazismo, uma vez que eles, também, vivem num mundo de democracia e Nazismo.”[30]
Os Judeus Devem ao Mundo uma Sociedade Melhor
Durante vários ensaios, Rav Ashlag expandiu sobre as razões pelas quais não haverá paz no mundo até que haja união e amor fraterno pelo mundo. Ele também explica que quanto mais o mundo sofre das consequências adversas do que os pesquisadores, Twenge e Campbell, chamam “a epidemia do narcisismo,”[31] mais as pessoas voltarão sua ira contra os Judeus. Subconscientemente, as pessoas esperam que os Judeus pavimentem o caminho para uma sociedade melhor, nomeadamente para serem “uma luz para as nações.” Até que os Judeus levem a cabo esta tarefa, animosidade e acusações contra eles vão crescer.
O aclamado historiador inglês, Prof. Paul Johnson, escreveu em Uma História dos Judeus: “Nenhum povo alguma
vez insistiu mais firmemente que os Judeus que a história tem um propósito e que a humanidade tem um destino. Numa fase muito inicial da sua existência colectiva eles acreditavam que haviam detectado um esquema divino para a raça humana, da qual sua própria sociedade tem de ser um piloto.”[32]
O aclamado historiador britânico, Sir Martin Gilbert, escreveu em Churchill e os Judeus sobre a aguda percepção do Primeiro Ministro Britânico, Winston Churchill da importância da união para o povo Judeu: “Os Judeus foram uma comunidade sortuda pois eles tiveram esse espírito empreendedor, o espírito da sua raça e fé. [Churchill] não … lhes pediria para usar esse espírito em qualquer sentido estreito ou dedicado ao clã, se fechando a si mesmos dos outros … longe de seu humor e intenção, longe dos conselhos que lhes foram dados por aqueles mais intitulados a aconselhar. Esse poder especial e pessoal que eles possuiam os permitiria trazer vitalidade para suas instituições, que nada mais alguma vez daria. [Churchill acreditava sem desrespeito que] Um Judeu não pode ser um bom Inglês a menos que ele seja um bom Judeu.”[33]
Até Henry Ford, cuja notável publicação antissemita, O Judeu Internacional — O Principal Problema Do Mundo, fez dele objecto da admiração de Hitler, escreveu nessa infame composição: “Reformadores modernos, que estão a construir os sistemas sociais modelo no papel, fariam bem olharem para o sistema social sob o qual os primeiros Judeus se organizaram.”[34]
Ninguém senão dos Judeus é esperado que sejam uma sociedade exemplar. A luz que os Judeus estão obrigados a trazer às nações é a luz de uma sociedade unida, onde responsabilidade mútua e amizade prevalecem, onde “ama teu próximo como a ti mesmo” é o lema, a fundação, e a meta à qual os indivíduos na sociedade aspiram alcançar.
Não só O Livro do Zohar, mas numerosos académicos e sábios Judeus escreveram que a união de Israel os salvará e salvará o mundo. O livo, Sefat Emet, escreve, “Os filhos de Israel corrigiram o mundo … quando eles retornaram a serem uma nação e uma língua. E também individualmente … a correcção deve ser que nós sejamos recompensados com nos corrigirmos e acharmos a raiz da união a partir da separação.”[35]
Porque os Judeus têm uma missão para levar a cabo, o autor Michael Grant, escreveu sobre eles: “Os Judeus provaram-se não só não assimilados, mas inassimiláveis.”[36] Por muito pouco claro que o caminho possa ser, a única solução para o antissemitismo é que os Judeus tragam a luz da união ao mundo ao estabelecerem uma sociedade exemplar e compartilharem seus princípios com o mundo. Eles não serão capazes de evitar esta missão ao serem assimilados.
Passaram dois milénios desde a ruína da sociedade para à qual Ford aspirava. Ao contrário do tempo de Abraão, ou de Moisés, o mundo está pronto para ouvir por que as coisas não estão a correr bem. Os Judeus devem apresentar uma vez mais o método para a união acima das diferenças. Certamente, a chave é a palavra, “acima.” Os Judeus não suprimiram suas diferenças, mas as usaram para o benefício da sociedade inteira. Hoje os Judeus devem ensinar a si mesmos uma vez mais como se conduzirem desta maneira e deste modo se tornarem uma sociedade exemplar.
Certamente, o melhor modo de alcançar a união acima das diferenças é ao se concentrarem não em unir os Judeus, mas em construir um exemplo de união para o mundo, para que o mundo se possa unir. O mundo não vai tolerar os Judeus enquanto eles não se unirem entre si, pois somente então o resto do mundo será capaz de aprender e implementar o caminho. Se os Judeus se unirem em prol de ajudar o mundo, não em prol de se ajudarem a si mesmos, serão eles vistos favoravelmente por todas as nações, sem excepção.
Nas palavras do livro, Sefat Emet [Verdadeira Língua], “Os filhos de Israel se tornaram fiadores para corrigir o mundo inteiro … tudo depende dos filhos de Israel. À medida que eles se corrigirem [e se tornarem unidos], todas as criações os seguirão. Como os estudantes seguem o professor, o todo da criação segue os filhos de Israel.”[37]
Se os Judeus trouxerem união para o mundo ao se unirem entre eles e derem um exemplo, eles nunca terão de questionar, “Por que as pessoas odeiam os Judeus?”
Michael Laitman, um Professor de Ontologia, um PhD em Filosofia e Cabala e um MSc em Bio-Cibernética aplicada à Medicina, foi o principal discípulo do Cabalista, Rav Baruch Shalom Ashlag (o RABASH). Ele escreveu mais de 40 livros, traduzidos para dezenas de idiomas e é um orador procurado. Seu Livro, Como Um Feixe De Juncos, explica a raiz, causa e solução para o Antissemitismo.
Assista Ao Documentário “Para A Verdade: Solucionando O Enigma Judeu”
Um Filme de Amit Shalev, 48 min. dispostos sobre o fundo de uma crise global multifacetada que piora a cada dia que passa e as ondas de Antissemitismo e sentimentos Anti-Israel que crescem a cada hora, uma pessoa oferece uma solução improvável, que pode muito bem ser a mais lógica até agora. “Into Truth” é um filme que qualquer um que se preocupe com Israel ou com o povo Judeu deve assistir hoje. Acompanhando o professor de Cabala, Dr. Michael Laitman, ele é o fruto de cinco anos de documentação exclusiva, pintando um quadro que estilhaça convenções e atravessa fronteiras. Mais que um retrato pessoal, ele é um enigma, uma antevisão rara de uma visão mundial que evoca uma reavaliação da identidade Judaico-Israelita e as crenças familiares com as quais fomos criados.
Como Um Feixe de Juncos é um livro profundo de mais de 200 páginas por Dr. Michael Laitman oferecendo oportunas visões e ferramentas pelas quais mudar a tendência ameaçadora de Antissemitismo e trazer uma inteiramente diferente perspectiva e solução para este antigo demónio.
[1] Sam Webb, “New Colossus of Rhodes to be built in Greece – and will be taller than Statue of Liberty,” Mirror(24 de Dezembro, 2015), http://www.mirror.co.uk/news/world-news/new-colossus-rhodes-built-greece-7068291
[2] Mark Twain, The Complete Essays of Mark Twain, “Concerning The Jews” (publicado na Harper’s Magazine, 1899), Doubleday, [1963], pag. 249.
[3] Adolf Hitler, Mein Kampf (US, Noontide Press, 2003), p 64.
[4] Citado em The Treasury of Religious and Spiritual Quotations (US, Readers Digest, 1 de Janeiro, 1994), 280.
[5] Blaise Pascal, Pensees, traduzido por W.F. Trotter, Introdução por T.S. Eliot (Benediction Books, 2011), 205.
[6] Leo Tolstoy, “What is the Jew?” citado em The Final Resolution, p 189, impresso do periódico Jewish World, 1908.
[7] Press Release: “The Big Lie Of Israeli ‘Organ Harvesting’ Resurfaces As YouTube Video On Haiti Earthquake Goes Global,” Anti-Defamation League (January 21, 2010), http://www.adl.org/press-center/press-releases/miscellaneous/the-big-lie-of-israeli-organ.html
[11] Dan Goldberg, “Former Malaysian leader: Jews cause world’s problems,” JTA (27 de Janeiro, 2010), http://www.jta.org/2010/01/27/news-opinion/world/former-malaysian-leader-jews-cause-worlds-problems
[12] “General ‘Jerry’ Boykin Jokes That Jews Are The Cause Of ‘All The Problems In The World,’” Huffington Post (atualizado a 12 de Março, 2014), http://www.huffingtonpost.com/2014/03/12/jerry-boykin-jews_n_4952126.html (link contém declaração audio, feita ao 1:52 min).
[13] JPOST.COM STAFF, “2015 saw spike in anti-Semitic incidents on US college campuses,” The Jerusalem Post (January 22, 2016), http://www.jpost.com/Diaspora/2015-saw-spike-in-anti-Semitic-incidents-on-US-college-campuses-442482
[14] “Orthodox Jewish Man Stabbed in Brooklyn; Victim in Stable Condition,” The Algemeiner(http://www.algemeiner.com/2015/11/03/breaking-jewish-ambulance-service-volunteer-stabbed-in-crown-heights-victim-in-stable-condition/)
[15] “2015-2016 UNGA Resolutions (70th Session) Condemning Countries,” UN Watch (25 de Novembro, 2015), http://www.unwatch.org/un-to-adopt-20-resolutions-against-israel-3-on-rest-of-the-world/
[16] Noah Klieger, “It’s time for an Israeli counterattack against BDS lies,” Ynetnews (2 de Junto, 2015), http://www.ynetnews.com/articles/0,7340,L-4663944,00.html
[17] Rav Moshe Ben Maimon (Maimónides), Mishnê Torá (Repetição da Torá, também Yad HaChazaká(A Poderosa Mão)), Parte 1, “O Livro da Ciência,” Capítulo 1, Item 3.
[18] Rav Moshe Chaim Lozzatto (Ramchal), Adir BaMarom [O Poderoso No Alto], “Explicação do Sonho de Daniel” (Warsaw, 1885).
[19] Rav Moshe Chaim Lozzatto (Ramchal), O Comentário de Ramchal sobre a Torá, BaMidbar [Números].
[20] Rav Yehuda Ashlag (Baal HaSulam), O Livro do Zohar com o Comentário Sulam, BeShalach [Quando Faraó Enviou], item 252.
[21] Rav Yehuda Ashlag (Baal HaSulam), O Livro do Zohar com o Comentário Sulam, Aharei Mot [Depois da Morte], item 66.
[22] Rabbi Shmuel Bornstein, Shem MiShmuel [Um A Partir de Samuel], Haazinu [Dai Ouvidos], TARAP (1920).
[23] Rav Avraham Yitzhak HaCohen Kook (o Raiah), Orot HaKodesh [Luzes de Santidade], Vol. 2, 415.
[24] Rabbi David Solomon Eibenschutz, Willows of the Brook, Nasso [Tomai].
[26] Rav Yehuda Ashlag (Baal HaSulam), The Writings of the Last Generation & The Nation (Canada, Laitman Kabbalah Publishers, 2015), 144.
[27] Ronnie S. Landau, The Nazi Holocaust: Its History and Meaning (US, Ivan R. Dee, 1994), 137.
[28] Yad Vashem, “Related Resources, Evian conference,” url: http://www1.yadvashem.org/yv/en/exhibitions/this_month/resources/evian_conference.asp
[29] “Voyage of the St. Louis,” Holocaust Encyclopedia, http://www.ushmm.org/wlc/en/article.php?ModuleId=10005267
[30] Rav Yehuda Ashlag (Baal HaSulam), The Writings of the Last Generation & The Nation (Canada, Laitman Kabbalah Publishers, 2015), 88.
[31] Jean M. Twenge and W. Keith Campbell, The Narcissism Epidemic: Living in the Age of Entitlement (New York: Free Press, A Division of Simon & Schuster, Inc. 2009)
[32] Paul Johnson, (historiador cristão), A History of the Jews (New York, First Perennial Library, 1988), 2.
[33] Martin Gilbert, Churchill and the Jews (UK, Simon & Schuster, 2007), 16.
[34] Henry Ford, The International Jew—The World’s Foremost Problem (The Noontide Press: Books On-Line), 7.
[35] Yehuda Leib Arie Altar (ADMOR de Gur), Sefat Emet [Língua da verdade],Bereshit [Génesis], Noah.
[36] Michael Grant, From Alexander to Cleopatra: the Hellenistic World (New York: Charles Scribner & Sons, 1982), 75.
[37] Yehuda Leib Arie Altar (ADMOR de Gur), Sefat Emet [Língua da verdade],Shemot [Êxodo], Yitro [Jétro].