Dr. Michael Laitman Para mudar o Mundo – Mude o Homem

Ataques Sexuais Em Colónia: Uma Chamada De Atenção para a Europa

A presidente de Colónia, Henriette Reker, foi ridicularizada esta semana com o seu conselho para as mulheres alemãs de “manterem um braço de distância”, nos aparentemente coordenados assaltos sexuais em massa, quando, de acordo com o The Guardian, “Números de mulheres dizem ter sido sexualmente assaltadas e atacadas por grupos de homens de aparência amplamente Árabe e Norte Africana.” O comentário de Srª Reker que as mulheres devem “permanecer juntas em grupos, não se separarem, até se estiverem em espírito de festejar,” estimulou ultraje e feroz debate na Alemanha a respeito da política de porta-aberta para com os migrantes.

A política de imigração Alemã não é uma excepção. A Europa adoptou oficialmente uma política de ajudar os migrantes a se estabelecerem na Europa. Sem reparar nisso, uma revolução começou na Europa. Há dez anos atrás, estabelecer uma política oficial para integrar imigrantes do Levante e África na Europa era impensável simplesmente porque a Europa não poderia imaginar permitir a imigração nas suas fronteiras. Contudo, desde o começo da implementação do Tratado de Lisboa em Dezembro de 2009, a Europa oficialmente reconheceu sua necessidade de corresponder ao fluxo de migrantes desconhecido aos seus costumes, cultura e fé. Desde então, regulações de imigração tornaram-se cada vez mais brandas, a um ponto em que os imigrantes se sentem mais em casa nos seus novos países que os seus perplexos anfitriões.

A fluxo de entrada de pessoas tão culturalmente diferentes na Europa está a instigar um processo de facto de educação da comunidade Europeia. O Velho Continente está na primeira linha de um processo global de migração e integração.

Na humanidade de hoje, fronteiras já não são fronteiras. O estado nação é uma ideia que parece praticamente obsoleta. As pessoas mudam-se para onde acreditam que venham a ter a melhor vida e solidariedade com a pátria é praticamente inexistente. De facto, a própria Europa parece estar a perecer juntamente com o falecer do orgulho dos Europeus nos seus países. Tal como qualquer outra grande civilização do passado, parece que a hora da Europa chegou.

Mas este falecimento não é mandatário. Contrariamente a passadas grandes civilizações, hoje temos o conhecimento que pode reanimar o continente. Temos a consciência dos processos globais que estão a moldar nossas vidas e a Europa pode alinhar-se a si mesma com eles e ressurgir como um líder mundial.

A humanidade de hoje é uma mescla global cujos elementos são inteiramente interdependentes. Em tal mescla, isolacionismo é perturbador para o processo global e perigoso para qualquer estado que o adopte. A nova civilização que está a ser “injectada” na Europa é sua chance de reganhar a vitalidade. É talvez a última chance da Europa criar verdadeiramente uma união Europeia, em vez de uma confederação folgadamente mantida cuja meta é contrabalançar o poder económico dos EUA e China. Mas com 2-3 países dominantes, a UE está tudo menos unida.

Se a Europa quer acha uma maneira de lidar com a imigração em massa de uma cultura estrangeira, ela deve estabelecer verdadeira união entre seus estados membros, abolir a explicação de países por outros países e nutrir a contribuição única de cada país para a união.

Enquanto agregado de nacionalidades e etnias, a Europa é como uma Babilónia dos tempos modernos. Como a maioria, se não todas as grandes civilizações da antiguidade, a Babilónia foi desintegrada devido à falta de união entre seus numerosos povos. Desta forma, a tarefa mais urgente da Europa é aumentar a coesão entre os estados membros e etnias Europeias. A menos que façam isto, a entrada de jovens e energéticos Muçulmanos cuja conduta contradiz os valores Ocidentais está destinada a despedaçá-la. Se isto acontecer, mais cedo do que mais tarde, veremos elementos da Lei Shária instalados como lei em países Europeus e valores tais como a liberdade de expressão e democracia cada vez mais marginalizados.

A situação não está além do reparo, mas o tempo está a esgotar-se. Se a Europa acordar e estabelecer união social e cultural, ela se alinhará a si mesma com o fluxo global da evolução humana na direcção da coesão e interdependência. Em tal caso, os imigrantes se fundirão com a cultura prevalecente e serão uma adição bem-vinda e construtiva para a população envelhecida na Europa. Se a Europa não abraçar o desafio de achar um modo de se unir, os novos imigrantes se tornarão a entidade dominante na Europa e vão impor os valores e tradições que trouxeram com eles das suas pátrias.

Publicado originalmente no HuffingtonPost

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Quem Quer Ser Livre Da Escravidão Dos Tempos Modernos?

Para uma pessoa no século 21, trabalho é o centro da vida. 

Foi a sociedade que criou essa situação, tanto que até no nosso tempo livre, no que dizem respeito às férias e actividades sociais, são frequentemente iniciadas e geridas pelos nossos locais de trabalho.

No passado, as pessoas não se sentiam escravizadas pelos seus trabalhos. Elas se sentiam bem mais livres, se comparadas “à escravidão nos dias modernos”. Hoje, a maior parte do nosso tempo é gasto no trabalho, indo para ele e dele retornando. O trabalho se tornou nossa atividade primária e que domina nossas vidas.

Por esta razão, uma grande preocupação para tantos de nós é se seremos ou não despedidos e se sim, se seremos capazes de achar outro emprego.

Hoje, nosso fogo está quase inteiramente nos nossos empregos. Temos medo da reforma, medo que não saibamos o que fazer com todo esse tempo livre. Não fazemos ideia do que significa ser livre, nem temos qualquer verdadeiro desejo de o ser.

Agora Você Consegue Entender a Crise Do Vício Em Trabalho e Alcançar o Equilíbrio

Nas últimas várias décadas, nossa abordagem com nossas vidas tem se tornado tais que não nos enxergamos como livres. “Livre” deveria significar que limitamos o tempo dedicado ao trabalho para três horas por dia, nas quais nos dedicamos no necessário para manter nossa sociedade. Desta maneira, podemos fornecer bens à nossa sociedade após fornecer a nós mesmos. O resto do tempo deve ser usado para desfrutar de outras coisas.

Ainda sim, nós não percebemos isso como possível. Pensamos que se não trabalharmos, nós não temos mais o que fazer, ainda que isso seja longe da verdade.

Esta mentalidade de trabalho, trabalho e trabalho, não nos favorece como seres humanos. Estamos arruinando e esgotando os recursos da Terra, e estamos imersos nesse padrão como crianças imersas em jogos até que seus pais às retirem dos mesmos, dizendo “Basta, você precisa mudar de atividade”.

No entanto, não conseguimos parar de jogar; estamos viciados. O mundo e a opinião pública nos mantém nesse jogo.

A Natureza demanda que estejamos em “equivalência de forma”, quer dizer, “em equilíbrio”. Como a Natureza é circular, um sistema completamente harmônico em todas suas ações, assim a sociedade humana deve ser construída – circular e sincronizada em todas as suas partes.

A direção da humanidade se tornou oposta à da Natureza, e agora sentimos esse contraste como uma crise. Essa é a essência do problema. A solução é simples: precisamos nos equilibrar com a Natureza, nos alinhar com ela.

O Que Todos Deviam Saber Sobre A Crise Do Vício Em Trabalho

Hoje, estamos no limite de uma revolução. A lacuna entre o ambiente que criamos e as regras da Natureza, está cobrando seu pedágio. Novas condições, em nós mesmos e em nosso ambiente, nos pressionam com intensidade crescente, mudando-nos por dentro e desintegrando os modelos de opressão da sociedade humana. A Natureza está nos empurrando para alcançar um novo estágio de evolução como humanos, para vir enxergar à vida sob uma perspectiva diferente.

A realidade onde o trabalho ocupa maior parte do nosso tempo está à beira de mudar. Quando isso ocorrer, as pessoas não ficarão ociosas, mas começarão a procurar um outro sentido para suas vidas. Isto ocorrerá quando realmente aprendermos o que significa “ser humano”. Essa mudança radical implica na reorganização da sociedade humana como um todo. Essa mudança é mandatória; nós temos que passar por esse processo através de pressões internas e externas, ou com consciência e iniciativa, para imediatamente começar a pavimentar o caminho em direção ao nosso novo destino.

O trabalho se tornará nada além do que uma ferramenta necessária para sobrevivência, e a nossa percepção do desemprego crescente mudará. Nosso tempo livre será canalizado em direção ao propósito principal de nossas vidas – para responder à questão, “Por que estamos aqui nessa vida?”. Esta questão se levantará na maior parte da humanidade, e se tornará o problema que direciona nossas vidas e todos os nossos compromissos.

Nosso objetivo agora é preparar a infraestrutura para um ambiente alternativo, que ofereça um caminho adicional pelo qual nós conduziremos nossos relacionamentos.

Para nos adaptarmos à esta imagem futura, necessitamos imaginar e planejar como mudaremos da imagem atual para a que projetamos. Necessitamos de uma mudança interna, o que não é uma tarefa fácil. A mudança envolverá revolucionar nossas percepções, sensações e abordagens com a realidade – um redesenho de todos os nossos padrões de pensamentos.

Não há revolução maior que esta.

Por Que A Educação Integral É a Chave para Sair da Crise do Vício Em Trabalho

Nos próximos anos, o desemprego se espalhará por todo o mundo. O desempregado verá que as chances de encontrar um trabalho serão pequenas, e a distância do mercado de trabalho levará a frustração e desilusão com a vida.

Ainda assim o desempregado do futuro não será considerado um rejeitado pela sociedade, mas receberá um salário descente e será recompensado pelo tempo de estudo, no qual ele ou ela dedicará a maior parte do seu tempo. Isto assegurará a contribuição e investimos futuros da pessoa no desenvolvimento da sociedade humana.

Ainda, este processo terá espaço ao lado de uma mudança que está para acontecer, no qual o tempo livre se tornará qualitativo, e onde os desempregados aprenderão a real “humanidade” – isto é, o que significa ser um ser humano. Ao lado dos novos estudos, uma pessoa imediatamente começa a ascender sua consciência, na percepção geral.

Com a ajuda das matérias de estudos integrais, entenderemos nossa situação, o estado do mundo, e as razões para tudo o que está acontecendo. Sem o conhecimento é impossível alcançar o nível de humano. A diferença entre o ser humano e outros animais é que o homem tem consciência: entendemos e conscientemente e voluntariamente participamos da vida.

Em resumo, no novo mundo, as pessoas que pensam apenas em si próprias não serão capazes de competir. Temos que considerar o bem estar de toda comunidade. Esta é a lei da Natureza, que está se manifestando nos dias de hoje. A sociedade tem que cultivar preocupação mútua onde cada pessoa se importa com todos os outros como se fossem parte de um só corpo, reciprocando uns com os outros.

Na divisão global de recursos, a participação econômica do homem na sociedade tomará lugar somente de acordo com as necessidades essenciais.

O mundo deve ser construído por um sistema não egoísta e todos os sistemas no estado devem ser direcionar para um objetivo – em direção a um plano único de integralidade e “responsabilidade mútua”, que são necessários para a sociedade hoje. Se evitarmos fazer isto, todos nos tornaremos presas do oportunismo e destruição, e teremos um contraste ainda maior com a Natureza.

A “Educação Integral” trata da estrutura da nova sociedade do novo mundo em três aspectos: o mundo, que é a Natureza; a humanidade dentro da Natureza; e o ser humano como parte da Natureza. Educação Integral também explica como nós chegamos ao estado atual através da evolução do ego, e como devemos proceder doravante em direção a um novo objetivo e futuro comuns.

Escrito por Michael Laitman
Michael Laitman é um pensador global dedicado a uma mudança transformadora na sociedade através de uma nova educação global, a qual ele vê ser a chave para solucionar os problemas mais prementes do nosso tempo. Ele é o Fundador do Instituto ARI, Professor de Ontologia e Teoria do Conhecimento, PhD em Filosofia, MS em Cibernética da Medicina. Pode encontrá-lo no Google+, YouTube Twitter

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Você Sabe Para Onde Seu Desenvolvimento Interno O Conduz?

Apontando Para Fabricar o Humano Perfeito

O homem é o único ser com capacidade de mudar durante sua vida e de se desenvolver constantemente. O processo de desenvolvimento, pelo qual os seres humanos passam, é obrigatório, simplesmente pelo fato de que nosso ego continua a crescer ao longo das nossas vidas e continua geração após geração. Podemos perceber essa realidade em nós mesmos e nas outras pessoas. Cada geração é diferente da sua precedente. Tudo muda – as culturas, as estruturas políticas, a educação, o caráter, as relações humanas em geral, e as relações familiares, em particular. Diferentemente dos seres humanos, os animais mantêm o mesmo ritmo, o mesmo estilo, e a mesma estrutura durante todo o tempo.

Logo após o nascimento, o animal recebe tudo que precisa para sobreviver. Em pouco tempo, ele sabe como se cuidar sozinho. De forma diferente, o processo de aprendizagem do ser humano leva muitos anos e envolve a aquisição de informações do seu meio-ambiente. Apenas depois de muitos anos, a pessoa aprende a como se cuidar por si só.

Durante a vida aprendemos, nos desenvolvemos, mudamos e somos constantemente afetados por diferentes desejos. Somos atraídos por uma determinada coisa, e em seguida por outra. Ao longo da nossa existência, mudamos de profissões, família, local de residência e áreas de interesse. Os seres humanos têm um comportamento bastante imprevisível porque novos desejos estão surgindo em nós com frequência. Não podemos saber o que vai acontecer no próximo minuto, muito menos daqui há alguns anos.

No nosso interior, também existe o nível animal. Este é o nível básico, no qual atendemos nossos corpos com comida, sexo e família, e nos relacionamos com nossos corpos como fariam os “animais”, de uma forma racional e equilibrada. Além disso, muito do que fazemos com nossos corpos que é redundante. Algumas coisas que fazemos são boas, mas quando as fazemos em excesso, elas se tornam nocivas. Na antiguidade, os médicos afirmavam que o consumo excessivo de coisas saudáveis é mais prejudicial do que consumir pequenas quantidades de coisas nocivas.

Portanto, no nível físico, para sustentar nossa família e a sociedade, precisamos manter nossas necessidades de consumo em equilíbrio. Dessa forma, um nível razoável de consumo não significa que devamos nos limitar ao ponto de sentirmos arrependimento e sofrimento. Ao contrário, é uma indicação de que precisamos encontrar o limite adequado e saudável.

Contudo, diferentemente dos animais, nós possuímos o nível falante, que está acima do nível animal. Deveríamos reservar algum tempo de que dispomos, depois de termos cuidado de nossas necessidades, para nos construirmos como seres humanos. Precisamos desenvolver aquela parcela em nós que está acima do nível animal.

De certa forma, pertencemos aos dois mundos – ao reino animal e ao reino humano, o qual denominamos nível “falante”. Desenvolvemos a fala através de conexões com outras pessoas. Existe muito trabalho a realizar nestas conexões com as outras pessoas. Na verdade, precisamos criar a partir do nosso eu atual um ser humano que ainda não nasceu. E contudo, existe apenas uma coisa que devemos fazer a fim de sermos bem sucedidos: nos corrigir.

Educação que Corrige Ódio

Cada um de nós nasce no nível animal como um organismo vivo que acabou de sair do ventre da mãe, pesando alguns poucos quilos. Quando criamos um bebê, primeiro atendemos seu nível físico, garantindo que ele coma e beba suficientemente e permaneça saudável. Tratamos o bebê como um corpo vivo. Mais tarde, ele cresce e seguimos suas reações aos ruídos e sons, luz e escuridão. Ele começa a mover o corpo. Inicialmente, com movimentos involuntários e depois voluntariamente. Compramos brinquedos para nossos bebês, e assim, os ajudamos no seu desenvolvimento. Se não interferíssemos no processo como seres humanos, lhes fornecendo tudo, eles não se desenvolveriam como seres humanos, mas como animais. A parte humana existente em nós se desenvolve apenas através da educação que recebemos.

O problema é que nossa educação é inteiramente egoísta, nos induzindo a explorar o mundo. Compreendemos que para nos manter seguros, é melhor não ferirmos as outras pessoas, não roubar, e sermos complacentes. Assim, seremos bem tratados. Ensinamos às crianças que se elas se comportarem gentilmente com as outras, estas lhes darão um tratamento similar. É por isso que como parte da nossa educação, orientamos as crianças a manter um bom relacionamento com todo mundo, assim elas não despertarão hostilidade contra si mesmas. Compreendemos este princípio, e portanto, as educamos a agir dessa forma.

E, no entanto, nossos egos são afetados pela mídia, Internet, TV e pelo meio-ambiente em geral. Somos bombardeados com maus exemplos. Enquanto nós os desejamos, eles nos afetam contra nossa vontade, e ensinamos às nossas crianças como tratar as outras a fim de sobreviver neste mundo. Nós as mandamos para aulas de artes marciais e para estudar Direito para que aprendam como se protegerem neste mundo. E, contudo, vemos que embora nos desenvolvamos de geração em geração, bem como através de nossas vidas, mesmo assim ainda não temos um bom relacionamento recíproco. Cada um de nós constrói sua própria felicidade, riqueza, alegria e sucesso na vida, pelo menos, parcialmente, ferindo as outras pessoas.

Consequentemente, devido a tudo que temos passado nesta geração e nas precedentes, atingimos um estado de crise em nosso desenvolvimento. Possuímos armas letais, esgotamos praticamente todos os recursos do planeta, vivemos de uma forma adversa afetando a Natureza, a ecologia e o clima, e estamos arruinando nossa própria vida e a sociedade humana. Até mesmo o espaço sideral próximo da Terra está cheio de lixo espacial por causa dos satélites obsoletos. Entretanto, a maioria dos seres humanos está insatisfeita com a vida. Existe um desespero generalizado no mundo todo, uma grave crise na educação e nos sistemas pedagógicos, e numerosos outros problemas que já citamos.

No final, estamos chegando à conclusão de que não temos outra alternativa a não ser mudar a nós mesmos. Em outras palavras, todo nosso trabalho, em uma perspectiva individual, geral, social e global deve ser nossa própria reeducação. Precisamos mudar as relações de ódio, rejeição, orgulho, inveja, honra e domínio que existem hoje no nosso meio, para as relações de consideração, confiança mútua e amor. Estas não são apenas palavras eloquentes. Simplesmente, não temos escolha; é para esta direção que a Natureza está nos levando. Nosso desenvolvimento está criando a necessidade de estabelecermos boas relações.

Veja Quão Facilmente Você Consegue Neutralizar os Perigos Que Enfrenta Com Este Simples Método

Consequentemente, a única correção que precisamos fazer é nos construirmos como seres humanos a partir de nós mesmos. Precisamos prover nossos corpos de acordo com suas necessidades em um nível racional e equilibrado, e necessitamos construir a porção humana, o nível falante em nós mesmos, acima da vida física, acima do nível animal.

No século passado, nos ocupamos com o desenvolvimento de relações internacionais, comércio, cultura e turismo internacionais. As pessoas viajam de país para país em busca de prazer, porém nos deparamos com situações desagradáveis. Se desejamos continuar a nos desenvolver, devemos nos unir.

É possível sobrepujar estas diferenças? Será possível quando o manto do amor cobrir nossas cabeças. Em caso contrário, tudo permanecerá como está. O método pelo qual nos elevamos acima do nosso ego supera as diferenças da cultura, educação e política como estas se encontravam.

Cada pessoa conviverá com sua própria cultura, educação e religião, porém tratará as outras pessoas de uma forma cortês. Por exemplo, em uma família onde cada membro tem uma profissão – um é médico, outro um engenheiro, e outro um filósofo, todos concordam que pertencem à mesma família e se cumprimentam entre si.

Podemos fazer o mesmo de forma que possamos ter uma vida adequada, sem guerras e destruição, e assim possamos parar com os tsunamis, furacões e erupções vulcânicas e o colapso do sistema econômico? Diz-se que uma pessoa está disposta a dar tudo pela sua vida. Já estamos em uma situação que ameaça nossa existência, e precisamos compreender que já possuímos um método que nos é mais significativo do que toda a ciência. Toda a ciência e todos os nossos interesses existenciais são medidos pela nossa capacidade de melhorar nossa vida. Caso tenhamos um método, ao qual possamos nos ater, que seja capaz de nos salvar de uma autodestruição, este método será certamente superior a qualquer outra ciência, e precisamos analisá-lo seriamente.

O método da Educação Integral nos salvará de todas as coisas negativas que estão acontecendo. Tal método não apenas irá neutralizar os perigos no caminho da humanidade, como guerras, colapso econômico global e fome. Mas também, a Educação Integral nos manterá afastados do mal, nos elevará em direção a um bom estilo de vida, e nos fará perceber a vida em um nível completamente novo. Através das nossas relações corrigidas, iremos descobrir o que significa “humano”, e “nível falante.” Neste nível, estamos em contato com o reino mais profundo da Natureza, o motor que opera todo o processo de nossa evolução, o pensamento, a força mais poderosa na Natureza.

Dessa forma, desenvolvemos nossa capacidade de sentir a Natureza, ou seja, sentir sua eternidade e completude. Quando o descobrimos, ficamos imersos, preenchidos e somos mantidos por este método. Isto é o que a correção integral nos concede, o método da Educação Integral.

É por isso que esta sabedoria está acima de todas as outras sabedorias, acima de todas as ciências que a humanidade já produziu. Os resultados que esta sabedoria nos oferece é uma demonstração de que nada se assemelha a ela. Quando compreendemos a importância da Educação Integral, nos será naturalmente importante efetivá-la em nós mesmos. No entanto, é importante passá-la para outras pessoas, porque na medida em que afetamos as outras pessoas, e estas nos afetam, estabelecemos um exemplo recíproco de doação mútua através de estímulo e pressão positivos, e assim avançamos.

É por essa razão que é importante não apenas aprender como tratar bem uns aos outros, mas também passar essa atitude positiva e servir como um bom exemplo recíproco. Da mesma forma que nossos pais foram exemplos de como conduzir nossa vida, cada um de nós deveria educar as outras pessoas.

Neste sistema educacional, ninguém é superior ou inferior. Ao contrário, cada pessoa simplesmente aprende a partir do seu semelhante. É por isso que precisamos constantemente mostrar nossa responsabilidade dando o exemplo, não apenas para nossas crianças, mas também para os amigos e para aqueles mais velhos do que nós, ou com status social mais elevado. Cada um de nós deveria se sentir como um guia para as outras pessoas, e aquele sentimento deveria nos impelir a um comportamento muito responsável, ao ponto de nos levar a aderir àquela forma de agir porque o destino da humanidade depende de nossas ações em relação às outras pessoas.

Relações Sustentáveis São Necessárias Para Alcançar A Sustentabilidade

Considerando que a Natureza exige que agora nos comportemos de um certo modo para as pessoas, precisamos de encarar a Educação Integral muito seriamente e entender que a humanidade espera esta educação. As pessoas precisam desta forma de educação e a acolherão se a dermos suave e gentilmente, tal como acolhemos a educação dos nossos pais quando éramos crianças. Estas recordações existem em todos; todos querem ser tratados gentilmente; todos precisam dela.

Com a Educação Integral, constantemente, experimentamos consideração e amor, da mesma forma que recebemos quando éramos crianças. Continuaremos a senti-los durante todas as nossas vidas até que passemos a sentir aquele amor geral como uma lei superior da Natureza. Dessa forma, sentimos a harmonia existente em todo o sistema.

A construção de sistemas similares no nosso meio significa construir a proteção ou o meio-ambiente correto para educar as pessoas. Quando educamos as pessoas dessa maneira, estamos construindo o lado humano, o nível falante, acima do nível animal que atualmente existe entre nós.

Portanto, através de boa atitude, consideração, reciprocidade e doação, mantemos dois modos de comportamento: um bom comportamento em relação às pessoas no nível humano, e um bom comportamento no nível da totalidade da Natureza, em associação com a lei geral da Natureza, que opera na reciprocidade de doação e amor.

Assim, recebemos encorajamento e reforço e ganhamos duplamente: por estarmos numa sociedade humana adequada, e por estarmos em equilíbrio com a Natureza. Sem as adequadas relações humanas, não seremos capazes de preservar a Natureza. As duas áreas são interdependentes. Afinal, quando uma pessoa se torna boa, ela se torna boa em todas as formas. Essa pessoa também irá preservar o inanimado, o vegetativo, e o animal, usando-os apenas como necessidade, e então a Natureza retornará ao equilíbrio.

Precisamos levar em consideração a Natureza e as relações humanas e educarmos os seres humanos em primeiro lugar. Do amor ao Homem, chegaremos ao amor a toda a Natureza. Esta é  a direção que precisamos tomar. Mesmo quando estivermos nos relacionando com os seres humanos, precisamos entender que, no final, devemos alcançar o equilíbrio com a lei geral da Natureza, com o processo geral e com toda a evolução. É um processo, e precisamos chegar a amar as pessoas, e depois obter o amor geral que existe na Natureza.

Escrito por Michael Laitman
Michael Laitman é um pensador global dedicado a uma mudança transformadora na sociedade através de uma nova educação global, a qual ele vê ser a chave para solucionar os problemas mais prementes do nosso tempo. Ele é o Fundador do Instituto ARI, Professor de Ontologia e Teoria do Conhecimento, PhD em Filosofia, MS em Cibernética da Medicina. Pode encontrá-lo no Google+, YouTube Twitter

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O Que Motiva Uma Jovem De 14 Anos A Esfaquear Pessoas?

O terror islâmico decorre da desenfreada força do mal que permeia até mesmo jovens de 14-16 anos, envenenando suas mentes e levando-as a abandonar suas casas brandindo uma tesoura em busca de uma vítima. Esse é um momento de unir e injetar a força positiva no mundo que pode acabar com o terrorismo.

Enquanto estamos debatendo se estamos em meio a uma onda de terrorismo, a terceira intifada, ou de uma guerra, estamos perdendo o ponto principal: a cada dia jovens e velhos, homens e mulheres, civis inocentes estão sendo assassinados; cidadãos inocentes, que até um momento antes tinham sonhos, são assassinados a cada dia. Agradecemos a Deus que dessa vez fomos poupados. Nós excluímos a atualização de notícias em nossos telefones celulares, mudamos para outra estação de rádio, e fugimos da notícia. O homem, como os animais, tem uma capacidade inerente de se adaptar a qualquer realidade, mesmo uma muito dura.

Mas não devemos aceitar uma rotina de derramamento de sangue; não devemos ceder à apatia. Tão duro quanto trabalham, as forças de segurança de Israel só estão apagando incêndios; também temos que agir num nível mais profundo: se levantar e lutar contra o inimigo real que está dentro de nós – a nossa separação. Em cada momento de separação, o inimigo externo está nos corroendo, mas se quisermos acabar com a guerra, temos que subjugar o inimigo interno.

Desequilibrado

O impulso louco de terroristas para nos matar vem de um lugar mais profundo. Mesmo as acusações do ministro das Relações Exteriores da Suécia e de seus colegas da UE que tentaram ligar o banho de sangue na França a Israel, vêm do mesmo lugar; eles nutrem um ódio inato que se origina de fontes que vão muito além do conflito israelense-palestino.

Está escrito no Livro do Zohar que toda a humanidade está conectada numa única rede. Atualmente, as forças negativas estão fluindo por ela, levando o mundo ao extremismo, ódio e destruição. Os canais através dos quais as boas forças da unidade, consideração mútua, e preocupação com os outros devem fluir para o mundo estão quase totalmente bloqueadas. Há muito espaço para melhorias na rede de conexões entre nós.

A nação de Israel tem um papel especial na determinação do equilíbrio de forças nessa rede. Quando fazemos um esforço para unir, “injetamos” forças positivas no mundo e equilibramos as negativas.

Em contraste, quando a divisão reina entre nós, nos tornamos parte da força negativa e aumentamos o seu poder no mundo, como está escrito no Livro do Zohar, que haverá “pobreza, ruína, saque, pilhagem, matança e destruição no mundo”. O resultado direto é que os nossos inimigos “levantam a cabeça e, principalmente, querem destruir Israel”, como está escrito na “Introdução ao Livro do Zohar“.

Crônica da Destruição

O ódio a Israel e o terror para com os judeus não é um fenômeno novo. A nação de Israel foi fundada há mais de 4000 anos sobre o princípio do ”Ame o próximo como a ti mesmo”. A principal novidade que trouxemos à humanidade foi a nossa maravilhosa capacidade de se unir, porque “Israel é a chave para a unidade do mundo” (Rav Kook, Luzes Sagradas). Essa garantia mútua é a única justificativa para sua existência. Quando o ódio infundado eclodiu entre nós e devastou cada parte decente dele, o Templo foi destruído. Esse ódio cortou o fluxo da força positiva de nós para o mundo. Você pode ver essa lei ao longo da história: quando a força do mal prevalece, ela traz destruição, guerra e derramamento de sangue.

“Em cada geração, somos obrigados a fortalecer a unidade entre nós, de modo que nossos inimigos não nos governem”, escreve o Rav Eliyahu Kitov no Livro da Consciência. Enquanto não repararmos a brecha social entre nós, a força do mal vai gerar mais ódio para nos destruir. Isso não termina nas fronteiras de Israel; quanto mais a Europa sofrer com a força do mal, mais ela vai nos culpar e responsabilizar pela propagação do Islã radical. E os resultados não vão demorar muito na sequência.

Doar Bem ao Mundo

As forças de segurança continuarão a proteger os cidadãos de Israel e farão todos os esforços para evitar o próximo ataque, mas isso não é suficiente para prevenir a próxima vítima. Nós devemos despertar o amor ao próximo, conexão e garantia mútua. Estes são os componentes da nossa força nacional.

Quando essas forças positivas começarem a fluir através de nós ao resto do mundo, isso irá equilibrar o caos em que o mundo se encontra. Dessa forma, paz, tranquilidade e sensação de segurança retornarão às ruas. Como o Rav Kook escreveu: “Se formos arruinados e o mundo for arruinado conosco pelo ódio infundado, seremos reconstruídos, e o mundo será reconstruído conosco através do amor infundado”.

Publicado originalmente no YNet

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Meu Artigo No YNet: “A Resposta Ao Terrorismo – Reforçar As Bases Da Nação”

Nestes tempos difíceis e urgentes dos “ataques diários” só há uma resposta para aqueles sedentos de sangue que se levantam para nos aniquilar: fortalecer as bases da nossa nação.

Mesmo um roteirista talentoso teria dificuldade em escrever uma cena mais complicada. Dentro de um raio de poucas centenas de quilômetros, uma coleção das organizações terroristas mais extremas da humanidade se reuniu, e eles nos cercaram de todas as direções. Os ataques terroristas estão se transformando numa rotina diária, e com elas cenas difíceis. Assassinos sanguinários tentam ferir, esfaquear e cruelmente eliminar tudo em seu caminho. É impossível nos reconciliarmos com essa situação.

Nós só podemos ir contra esse ódio selvagem e frenético, e contra o extremismo, se conseguirmos revitalizar as raízes da nossa nação: a unidade. Só nossa união tornará nosso país novamente uma casa segura. Se perdermos a oportunidade de nos reunir, e formos um contra aqueles que nos odeiam, o anel em torno de nós pegará fogo e perderemos a capacidade de ser um povo livre em nossa terra. Isso é exatamente o que nossos inimigos desejam.

Apesar da gravidade dos aspectos, e nos piores eventos que experimentamos diariamente, nós continuamos a nos afastar uns dos outros, cada um confinado em seu próprio mundo, agachado em seu canto, avançando apenas os interesses estreitos dos seus constituintes.

Com o perigo que está à espreita em cada esquina, temos que aproveitar o benefício de um processo amplo que levaria o país à unidade, acima de toda separação.

Harmonia num Único Corpo

Interações numa nação são semelhantes às inter-relações entre os vários órgãos do corpo humano. Existe harmonia no corpo humano: o cérebro é responsável pelo pensamento, os olhos pela visão, as pernas pelo nosso transporte, e assim por diante. A nação também é composta de líderes, consultores, gestores e trabalhadores que devem operar em completa harmonia como uma condição necessária para a manutenção da vida normal.

O enfraquecimento da nação é resultado de relacionamentos deficientes entre os seus “órgãos”. Nossos sábios disseram, “Jerusalém só foi destruída por causa do ódio infundado” (Yoma 9b). Ódio e divisão são uma doença que debilita o corpo da nação, desintegrando-o desde dentro, como uma doença mortal, que é o resultado de uma falta de harmonia entre os órgãos.

A Unidade em Resumo

A única maneira de revigorar a nação de Israel nos dias de hoje é criar um senso de conexão, um vínculo mútuo e Arvut (garantia mútua) entre nós. Nós temos nos impulsionar juntos e compreender que a felicidade pessoal de cada um de nós depende da felicidade de toda a nação. E a fraqueza pessoal depende também da fraqueza da nação; assim o fortalecimento da rede de conexões sociais entre nós e o cultivo do nosso capital social, nos dará força, e num período de crise como esse, eles estão em nossa psique.

Durante os anos de exílio, nós perdemos o sentimento de nacionalismo natural. Os laços de amor que nos unem se atrofiaram e se desprenderam de nossos corações. Ao contrário de todas as outras nações do mundo, o sentimento nacionalista que ainda permanecia em nós vem do sofrimento comum que passamos e ainda experimentamos. As guerras, dificuldades e desastres são o que nos consolida: nós somos irmãos apenas quando há problemas.

A unidade cuja fonte está num sofrimento externo comum não é verdadeira unidade; é uma “unidade num momento de emergência” e não tem o poder de construir uma nação que seja forte, mesmo em tempos de normalidade. Nós somos como uma coleção de nozes com casca dura juntas num único saco. Dentro do saco cada um é fechado dentro de sua casca. O saco cria uma unidade artificial entre as nozes e não as consolida num único corpo. Quando o saco desaparece, a unidade desaparece.

Fortalecer os Músculos Nacionais

Há apenas uma maneira de parar a terrível onda de terror e garantir o nosso futuro como uma nação forte: iniciar um processo social e educacional de alcance nacional que vise unir o povo. Nós precisamos reviver mais uma vez os músculos nacionais que têm estado inativos em nós nesses dois mil anos.

O capital social é a nossa força. A unidade é a condição básica para a reconstrução do povo de Israel na terra de Israel. Sem unidade, não podemos garantir o bem-estar e o futuro do Estado de Israel. Sem ela nós somos como um edifício sem uma base sólida, que está ameaçado de cair com qualquer vibração.

Nossa preocupação com o renascimento da nação de Israel deve priorizar todas as outras preocupações. Apenas um processo educativo, cujo objetivo é incutir a unidade entre o povo de Israel, vai levar ao sucesso, prosperidade e segurança. Não podemos continuar a fechar os olhos. Nossa unidade é a base do edifício; é a única coisa que determinará a estatura do Estado de Israel e as realizações que vamos alcançar.

Este artigo foi escrito de acordo com o jornal A Nação publicado por Baal HaSulam, o rabino Yehuda Ashlag, em 5 de junho de 1940.

Publicado originalmente no YNet

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Meu Artigo no YNet: “O Boicote A Israel – Como Cancelá-Lo?”

De acordo com uma pesquisa recente, nossas crianças estão traumatizadas. Sessenta e quatro por cento das crianças está com medo de sair de casa, de estar em lugares públicos ou de ir a pé para a escola, após a exposição de vídeos violentos divulgados recentemente.

Nós estamos nos tornando perigosamente indiferentes de um noticiário sangrento para outro, e é como se estivéssemos nos acostumando a viver em ansiedade. É insano viver numa realidade onde uma faca pode ser sacada a qualquer momento em um ônibus, um bonde, uma entrada para um shopping ou na rua.

Essa difícil situação afeta todos os aspectos de nossas vidas. O fervor geral é aquecido por novos vídeos diários das pessoas comuns sendo abatidas por terroristas que atiram para matar. Tudo isso é ao vivo, imediato e próximo. Não surpreendentemente, nessas condições, nossos sentidos estão embotados. Como você pode lidar com uma realidade tão bizarra de forma diferente?

E se problemas em casa não bastam, Israel também está no olho da tempestade no exterior. Os meios de comunicação estrangeiros estabeleceram novos recordes de antissemitismo, e como prêmio de consolação, a UE decidiu marcar milhares de produtos israelenses com a intenção de boicotar Israel.

O Mundo Depende de Israel

O ódio contra Israel não é um fenômeno novo. Nós o conhecemos a séculos, independentemente da situação política. A atitude dos povos do mundo para conosco tem sido a mesmo a séculos e parece que está enraizada na natureza. Nós já percebemos que quanto mais o mundo sofre, mais eles apontam o dedo para nós com acusações, e não falta muito para o mundo inteiro nos odiar, assim como os árabes fazem agora.

De acordo com a Cabalá, toda a humanidade está conectada numa rede, e Israel tem uma influência decisiva. O Livro do Zohar afirma que os pensamentos e ações do povo de Israel, positiva ou negativamente, afeta o destino do mundo todo. Israel é responsável por todo o mal no mundo e ele vem de volta para nós a fim de nos despertar e nos obrigar a cumprir o nosso papel. Por outro lado, quando agirmos em favor do mundo, vamos sentir imediatamente uma resposta positiva.

Como Podemos Mudar o Nosso Destino para Melhor?

Primeiro temos que perceber que a chave para mudar o nosso destino está em nossas mãos por si só (como o mundo inteiro reclama de nós…), e depois começamos a agir, a fazer enormes esforços para se conectar, para fortalecer a rede de conexões entre nós , entre judeus não-religiosos e religiosos, entre novos imigrantes e cidadãos veteranos, entre os que vivem no centro e os da periferia, entre todos. Nós temos que começar a viver como um homem em um só coração, em vez de tribos que vivem aqui numa federação obscura.

Quando nos conectamos, quando cuidamos uns dos outros, nos tornamos um condutor de todo o bem que flui ao mundo. Por outro lado, se somos hostis para com o outro, refletimos o mal no mundo, o que leva a desastres terríveis para toda a humanidade e nós mesmos. A garantia mútua e o cuidar dos outros é o que determina como será a nossa vida amanhã, como será o mundo, e qual será a resposta a esse estado.

É possível se conectar? Cada pessoa que nos dirigirmos com essa questão vai concordar em se conectar, mas também irá adicionar que é impossível. Isso é verdade. Nós precisamos de um método para se conectar. Esse método é a sabedoria da Cabalá; uma sabedoria fala sobre como corrigir a conexão entre as pessoas. Quando estudamos Cabalá e mostramos até mesmo o menor desejo de se conectar, como resultado, já equilibramos as forças que controlam nossas vidas. A inclinação para amar os outros inspira a força positiva que se espalha através de nós para toda a humanidade e a acalma. Os povos do mundo sentir isso inconscientemente e serão gratos a nós.

A união entre nós determina qual será o próximo noticário!

***

A “Introdução ao O Livro do Zohar“ (itens 66-71), nos fala como a conexão entre o povo de Israel determina o destino do mundo:

66) Tenha em mente que em tudo há interioridade e exterioridade. No mundo em geral, Israel, os descendentes de Abraão, Isaac e Jacó, são considerados a interioridade do mundo, e as setenta nações são consideradas a exterioridade do mundo. Também, há interioridade dentro dos próprios Israel, que são os sinceros trabalhadores do Criador, e há exterioridade – os que não se devotam a si mesmos ao trabalho do Criador. Entre as nações do mundo, há interioridade também, que são os Justos das Nações do Mundo, e há exterioridade, que são os rudes e prejudiciais entre eles.

Adicionalmente, entre os servos do Criador entre as Crianças de Israel, há interioridade, sendo estes recompensados com compreensão da alma da interioridade da Torá e seus segredos, e exterioridade, os que meramente observam a parte prática da Torá.

Também, há interioridade em cada pessoa de Israel – a Israel no interior – que é o ponto no coração, e exterioridade – que são as internas Nações do Mundo, o corpo em si mesmo. Mas até as internas Nações do Mundo nessa pessoa são consideradas prosélitos de entre as Nações do Mundo, que vieram e se apegaram ao todo de Israel.

67) Quando uma pessoa de Israel aumenta e dignifica a sua interioridade, que é a Israel nessa pessoa, sobre a exterioridade, que são as Nações do Mundo nela, isto é, quando um dita a maioria dos seus esforços a aumentar e exaltar a sua interioridade, para beneficiar a sua alma, e dá esforços menores, a mera necessidade, para suster as Nações do Mundo nele, isto é as necessidades do corpo, como está escrito (Avot, 1), “Faz tua Torá permanente e teu trabalho temporário,” ao assim fazer, um faz as Crianças de Israel elevarem-se para cima na interioridade e exterioridade do mundo também, e as Nações do Mundo, que são a exterioridade, a reconhecerem e admitirem o valor das Crianças de Israel.

E se, Deus nos livre, é ao contrário, e um indivíduo de Israel aumenta e aprecia a sua exterioridade, que são as Nações do Mundo em ele, mais que a Israel interna nele, como está escrito (Deuterônimo 28), “O estranho que está no meio de ti”, isto é, a exterioridade nessa pessoa eleva-se e plana, e você em si mesmo, a interioridade, a Israel em si, mergulha para baixo? Com estas ações, a pessoa causa a exterioridade do mundo em geral – as Nações do Mundo – a se elevarem ainda mais alto e superarem Israel, degradando-os até ao chão, e as Crianças de Israel, a interioridade no mundo, mergulham ainda mais fundo.

68) Não esteja surpreso que as ações de uma pessoa tragam elevação ou declínio ao mundo inteiro, pois é uma lei inquebrável que o geral e o particular são iguais como duas ervilhas numa vagem. E tudo o que se aplica no geral, se aplica no particular, pois o geral pode aparecer apenas depois da aparição das partes nele, de acordo com a quantidade e qualidade das partes. Evidentemente, o valor de uma ação de uma parte eleva ou declina o todo inteiro.

Isso irá clarificar a si o que está escrito em O Zohar, que por empenho em O Livro do Zohar e a sabedoria da verdade, elas serão recompensadas com completa redenção do exílio (Tikkunim, fim da Tikkun Num. 6). Nós podemos perguntar, que tem o estudo de O Zohar a ver com a redenção de Israel de entre as nações?

69) Do acima nós podemos cuidadosamente compreender que a Torá, também, constrange interioridade e exterioridade, como o faz o mundo inteiro. Desta forma, o que se empenha na Torá tem estes dois graus, também. Quando um aumenta a sua labuta na interioridade da Torá e seus segredos, a essa extensão, um faz a virtude da interioridade do mundo – que são Israel – elevar-se alto acima da exterioridade do mundo, que são as Nações do Mundo. E todas as nações irão admitir e reconhecer o mérito de Israel sobre elas, até à realização das palavras, “E o povo os tomará, e irá trazê-los a seu lugar: e a casa de Israel irá possuí-los na terra do Senhor” (Isaías 14, 2), e também “Assim diz o Senhor Deus, eis, Eu irei levantar minha mão às nações, e definirei meu padrão aos povos: e eles irão trazer teus filhos nos seus braços, e tuas filhas serão carregadas sobre seus ombros” (Isaías 49, 22).

Mas se, Deus nos livre, é ao contrário, e uma pessoa de Israel degrada a virtude da interioridade da Torá e seus segredos, que lidam com a conduta de nossas almas e seus graus, e a percepção e os sabores das Mitzvot em respeito à vantagem da exterioridade da Torá, lida apenas com a parte prática? Também, até quando um se empenha ocasionalmente na interioridade da Torá, e dedica um pouco do seu tempo a ela, quando não é nem noite ou dia, como se fosse redundante, por isso a pessoa desonra e degrada a interioridade do mundo, que são as Crianças de Israel, e aumenta a exterioridade do mundo – isto é as Nações do Mundo – sobre elas. Elas irão humilhar e envergonhar as Crianças de Israel, e considerarão Israel como supérflua, como se o mundo não tivesse necessidade deles, Deus nos livre.

Além do mais, com isso, eles fazem até a exterioridade nas Nações do Mundo dominar sua própria interioridade, pois os piores entre as Nações do Mundo, os prejudiciais e destruidores do mundo, sobem acima de sua interioridade, que são os Justos das Nações do Mundo. E então eles fazem toda a ruína e massacre hediondo que nossa geração testemunhou, que Deus nos proteja daqui em diante.

Então você vê que a redenção de Israel e a elevação de Israel, dependem do estudo de O Zohar e a interioridade da Torá. E vice-versa, toda a destruição e declínio das Crianças de Israel são porque elas abandonaram a interioridade da Torá. Elas degradaram seu mérito e fizeram-na aparentemente redundante.

70) Isto é o que está escrito nas Tikkunim (correções) de O Zohar (Tikkun 30): “Despertem e elevem-se pela Sagrada Divindade, pois vós tendes um coração vazio, sem o entendimento de saber e a alcançar, embora ela esteja dentro de vós”. O significado disso é, como está escrito (Isaías 40), que uma voz bate no coração de todo e cada um de Israel, a chorar e a orar para elevar a Sagrada Divindade, que é a coleção de todas as almas de Israel. Mas a Divindade diz, “Eu não tenho força para me elevar a mim mesma do pó, pois ‘toda a carne é erva’, eles são todos como bestas, comendo feno e erva”. Isto significa que eles mantêm as Mitzvot sem mente, como bestas, “e a divindade dali é como a flor do campo, todas as boas ações que eles fazem, eles fazem-nas para si mesmos”.

Isto significa que com as Mitzvot que eles executam, eles não têm intenção de as fazer de forma a trazer contentamento a seu Fazedor. Em vez disso, eles mantêm todas as Mitzvot apenas por seu próprio benefício, e até os melhores entre eles, que dedicam todo seu tempo ao empenho na Torá, fazem-no apenas para beneficiar seus próprios corpos, sem a desejável direção – de trazer contentamento a seu Fazedor.

Diz-se sobre a geração desse tempo: “Um espírito abandona e não irá voltar ao mundo”, isto é que o espírito do Messias, que deve livrar Israel de todos seus problemas até à completa redenção, para manter as palavras, ‘pois a terra estará cheia do conhecimento do Senhor.’ Esse espírito partiu e não brilha no mundo.

Ai dos que fazem o espírito do Messias partir abandonar e partir do mundo, e não possa voltar ao mundo. Eles são os que fazem a Torá seca, sem qualquer humidade de compreensão e razão. Eles confinam-se a si mesmos à parte prática da Torá, e não desejam tentar compreender a sabedoria da Cabala, de saber e compreender os segredos da Torá e o sabor da Mitzva. Ai deles, pois com estas ações eles acarretam a existência da pobreza, ruína, e roubo, saque, matança, e destruições no mundo.

71) A razão de suas palavras é, como nós explicámos, que quando todos os que se empenham na Torá degradam a sua própria interioridade e a interioridade da Torá, deixando-a como se ela fosse redundante no mundo, e se empenham nela apenas numa altura em que não é nem dia nem noite, e neste respeito, eles são cegos procurando a parede, com isso, eles intensificam a sua própria exterioridade, o benefício de seus próprios corpos. Também, eles consideram a exterioridade da Torá mais elevada que a interioridade da Torá. E com estas ações eles causam todas as formas de exterioridade no mundo a dominar todas as partes internas no mundo, cada de acordo com sua essência.

Isto é assim porque a exterioridade no todo de Israel, isto é, as Nações do Mundo neles, dominam e revogam a interioridade no todo de Israel, que são os que são grandes na Torá. Também, a exterioridade nas Nações do Mundo – os destruidores entre eles – intensificam e revogam a interioridade entre eles, que são os Justos das Nações do Mundo. Adicionalmente, a exterioridade do mundo inteiro, sendo as Nações do Mundo, intensificam e revogam as Crianças de Israel – a interioridade do mundo.

Em tal uma geração, todos os destruidores entre as Nações do Mundo levantam suas cabeças e desejam primariamente destruir e matar as Crianças de Israel, como está escrito (Yevamot 63), “Nenhuma calamidade vem ao mundo a não ser por Israel”. Isto significa, como está escrito nas correções acima, que eles causam pobreza, ruína, roubo, matança, e destruição no mundo inteiro.

E através de nossos muitos defeitos, nós testemunhámos a tudo o que é dito no supramencionado Tikkunim, e além do mais, o julgamento golpeou os melhores entre nós, como nossos sábios disseram (Baba Kama 60).

60) “E começou com os justos primeiro”. E de toda a glória que Israel tinha tido nos países da Polónia e Lituânia, etc., sobram apenas as relíquias na nossa sagrada terra. Agora depende de nós, relíquias, corrigir esse terrível mal. Cada um de nós remanescentes deve tomar sobre si mesmo, coração e alma, a doravante intensificar a interioridade da Torá e dar-lhe o seu lugar legitimo, de acordo com seu mérito sobre a exterioridade da Torá.

E então, todo e cada um de nós será recompensado com intensificar sua própria interioridade, isto é a Israel dentro de nós, que são as necessidades da alma sobre a nossa própria exterioridade, que é as Nações do Mundo conosco, isto é, as necessidades do corpo. Que força venha ao todo de Israel, até que as Nações do Mundo dentro de nós admitam e reconheçam o mérito dos grandes sábios de Israel sobre elas, e os escutem e obedeçam.

Também, a interioridade das Nações do Mundo, os Justos das Nações do Mundo, irão subjugar e submeter sua exterioridade, que são os destruidores. E a interioridade do mundo, também, que são Israel, se elevarão em todo seu mérito e virtude sobre a exterioridade do mundo, que são as nações. Então, todas as nações do mundo irão admitir e reconhecer o mérito de Israel sobre elas.

E elas seguirão as palavras (Isaías 14, 2), “E o povo os tomará, e irá trazê-los a seu lugar: e a casa de Israel irá possuí-los na terra do Senhor” E também (Isaías 49, 22), “E eles irão trazer teus filhos nos seus braços, e tuas filhas serão carregadas sobre seus ombros”. Isso é o que está escrito em O Zohar (Nasoh, p 124b), “através desta composição”, que é O Livro do Zohar, “eles serão livrados do exílio com misericórdia”, Amém, que assim seja.

A coluna é baseada na “Introdução ao Livro do Zohar”, de Baal HaSulam, Rav Yehuda Ashlag.

Publicado originalmente no YNet

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Meu Artigo no YNet: “Ninguém “Merece” Isto”

O aumento do terrorismo muçulmano é um sinal exterior sugerindo ainda mais que o mundo está em desequilíbrio. É importante compreender que, quanto mais as ondas de violência continuarem, os povos do mundo irão apontar um dedo acusador para nós. A resposta está na conexão entre o povo de Israel que está pronto para mudar o destino de todo o mundo para melhor.

Na sexta-feira, dia 13 de novembro, a ficha caiu na França – desta vez é uma guerra ideológica, “o Islã contra o mundo ocidental”, os analistas escrevem. Na verdade, todos os símbolos do oeste sofreram um após o outro. Começando com o famoso estádio de futebol de Paris, cafés e restaurantes da moda, e terminando com um clube de rock popular. O mapa da morte foi elaborado como que para verificar que eles tivessem êxito em abater todos os símbolos do mundo livre.

Enquanto isso, Israel está habituado aos ataques diários; os membros da família Litman (falecidos), um pai e seu filho que estavam em seu caminho para uma celebração de Shabbat pré-casamento foram assassinados por um terrorista sanguinário. As outras crianças da família foram salvas apenas por um milagre.

O massacre em Paris causou reações mistas em Israel. Por um lado, o horror, a dor da perda e luto, com que estamos familiarizados no dia a dia israelense, despertou identificação com o francês em nós. Afinal, nós conhecemos os gritos tristes, as velas nas praças, os jovens que se reúnem em memoriais improvisados.

Ao mesmo tempo, outras vozes foram ouvidas: “Serve bem para eles! Finalmente, eles sentiram o que nós sentimos. Agora eles nos entendem”. Alguns foram mais longe e se ofereceram para enviar carregamentos de comida e vinho da Judéia e Samaria. Sim, os mesmos produtos que a UE decidiu rotular apenas alguns dias antes.

Ao mesmo tempo, uma esperança escondida espalhou-se entre muitos de que talvez agora os europeus “nos entendam”, como irmãos em tempos de angústia… Mas não vamos nos iludir. Infelizmente, quanto mais a Europa se sentir sob ataque, mais vai aumentar o ódio por Israel.

Qual é a Diferença entre um Ataque Terrorista em Paris e Israel?

A onda de terror em Paris é o primeiro arauto obscuro da nova situação que o mundo está entrando. Num futuro próximo, a pressão congenitamente incorporada em círculos muçulmanos extremistas vai eclodir através de ataques terríveis. O objetivo: impor o Islã em todo o mundo, a Europa primeiro.

O Livro do Zohar previu estes processos mais de dois mil anos atrás, “E, no futuro, os filhos de Ismael vão provocar grandes guerras no mundo” (Zohar para o Povo, Parshat Vayera). Mesmo que na superfície pareça que as batalhas são entre várias denominações muçulmanas (sunitas, xiitas), na prática, todas as dominações se curvam à mesma ideologia.

O aumento do terrorismo muçulmano mo mundo é um sinal exterior indicando um mundo ainda em desequilíbrio.

De acordo com o Livro do Zohar, todos nós estamos conectados numa única rede. Na situação atual, a força que flui por essa rede é uma força negativa, que nos arrasta em extremo separatismo e ódio. Em contraste, as forças positivas que vitalizam a rede de conexões entre nós – unidade, preocupação mútua – estão escondidas e não estão fluindo através dela.

Aumentar a força Positiva no Mundo

Em contraste com as nações do mundo que foram reunidas em bases nacionais, a nação de Israel foi fundada numa base ideológica. Quatro mil anos atrás, nos dias de nosso pai Abraão, a fundação original que nos conectava era o altruísmo. O caráter da nação e a forma de sua incorporação já ditaram um papel histórico para nós: unir e injetar orças unificadoras positivas à rede de conexão entre todos os habitantes do mundo.

Quando olhamos para o abismo escuro que há no mundo hoje, a missão imposta a nós se torna clara. A conexão entre nós é a única maneira de injetar bondade no mundo, de ser uma “luz para as nações”. Por isso, ela é a única força que possibilita a atenuação do mal que atualmente se expressa no terrorismo islâmico. A conexão entre o povo de Israel é capaz de mudar o destino de todo o mundo para melhor. Esta é a verdadeira guerra ideológica que está sendo travada hoje.

É importante para nós compreender que quanto mais o mundo for inundado por ondas de violência, os povos do mundo se voltarão para nós com um dedo acusador. A raiz do ódio que tem queimando neles por 2.000 anos vem de um sentimento inexplicável de que somos a raiz do mal na face da Terra.

Os ataques em Paris e Israel são um despertar para o mundo inteiro, e para nós. Para evitar o próximo banho de sangue, somos forçados a nos conectar e transmitir a força positiva, a força de conexão, através de nós, que irá contrabalançar a força negativa no mundo. A partir do momento em que começarmos a nos aproximar, nossas vidas e aquelas do mundo vão mudar para o bem. A decisão está em nossas mãos.

O Tempo Social Apropriado

Vamos nos acostumar com a conexão entre nós na vida cotidiana: em casa, no trabalho, na rua, e até mesmo no supermercado. Na estrada, por exemplo, a pessoa pode dar o direito de passagem aos outros, não buzinar ao outro, e imaginar que o nosso filho favorito dirige o carro na nossa frente.

Vamos começar a olhar favoravelmente uns para os outros, e no momento que identificarmos nossa inclinação ao mal nos atraindo à concorrência e exploração, em vez da amizade e fraternidade, vamos pegá-la em flagrante e silenciá-la.

O primeiro passo é reconhecermos a natureza egoísta em que estamos agindo. Depois que realizarmos uma série de exercícios simples, como serão posteriormente aprofundados nos próximos artigos, veremos como a mudança acontecerá entre nós na sociedade israelense e como a atitude do mundo em relação a nós mudará.

Publicado originalmente no YNet

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Meu Artigo no YNet: “Dois Gigantes Intelectuais Que Previram O Futuro”

Numa noite fria e chuvosa, em 1979, eu não conseguia dormir, pensamentos me atormentavam. De repente eu me encontrei ao volante, dirigindo sem direção. Uma grande placa interrompeu meus pensamentos: “Bnei Brak”. Entrei. As ruas estavam desertas. Na esquina da rua Chazon Ish eu encontrei um transeunte. “Onde é que eles estudam aqui?”, perguntei. Ele olhou para mim e respondeu: “Vá ao final da rua, lá você vai ver um pomar, do outro lado da rua”.

Assim, pela primeira vez encontrei meu mestre, Rav Baruch Shalom Ashlag, o filho mais velho e herdeiro de Baal HaSulam (o maior Cabalista do século XX). A partir deste momento minha vida mudou consideravelmente.

Durante doze anos, eu servi como seu assistente pessoal e aluno, e absorvi dele tudo o que sei sobre a sabedoria da Cabalá. Todo dia ele se retirava para o segundo andar e escrevia. É assim que nasceram seus artigos profundos que pavimentaram o caminho espiritual mais adequado para cada pessoa hoje. Ninguém antes dele escreveu numa linguagem tão simples e prática. Como um pai que orienta seus filhos para o caminho, ele pega os leitores pela mão e leva-os até que eles descubram o verdadeiro significado da vida.

Rabash seguiu os passos de seu pai, Baal HaSulam, o Cabalista famoso por ter escrito o “Comentário Sulam do Livro do Zohar“. Ambos absorveram a antiga sabedoria da cadeia de Cabalistas que os precedeu, e foram o elo que a adequou a nossa geração. “Eu estou contente de ter nascido em tal geração em que é permitido revelar a sabedoria da verdade”, escreve Baal HaSulam (“O Ensino da Cabala e sua Essência”).

Tempo de Agir

No ano de 1922, onze anos antes de Hitler subir ao poder, Baal HaSulam previa a ameaça de aniquilação diante do povo Judeu na Europa.

Ele teve o cuidado de avisar os chefes da comunidade Judaica em Varsóvia que a afiada espada nazista já havia sido colocada em cima de seus pescoços. Ele exortou-os a unir-se e voltar à terra de Israel, mas eles se recusaram a dar atenção às suas chamadas e o condenaram ao ostracismo, e ele emigrou para Israel sozinho. A Segunda Guerra Mundial veio e não ignorou os membros dessa comunidade Judaica, que pereceram nos campos de extermínio.

Nos anos trinta, Baal HaSulam fez enormes esforços para se reunir com os chefes do Yishuv (assentamento): David Ben-Gurion, Zalman Shazar, Moshe Sharett, Chaim Nachman Bialik, Chaim Arlozorov e outras figuras públicas. Ele tentou falar com eles sobre a importância da unidade e a necessidade de conectar as partes dos Yishuv Judaicos que estava emergindo na terra de Israel.

Em 1940, apesar das objeções dos círculos ultraortodoxos de se engajarem na sabedoria da Cabalá, Baal HaSulam publicou um jornal chamado, A Nação, o primeiro jornal de seu tipo dedicado à unidade sócio espiritual do povo Judeu. Seus adversários voltaram-se para o governo Britânico e cuidaram do fechamento do jornal.

Baal HaSulam esperava que, precisamente em nossos dias, a religião perderia a sua influência sobre as pessoas, a base política desmoronaria, e o facciosismo social destruiria todas as suas partes boas – até que a humanidade permanecesse sem uma resposta. Ele tentou falar sobre isso com todos os que concordam em se encontrar com ele. O assunto ardia nele, e ele sentiu a necessidade da hora. Ele sabia que o único remédio para o sofrimento esperado para Israel e o mundo era restaurar a unidade que sempre foi a fundação da nação, caso contrário eles se levantariam contra nós para nos aniquilar.

A Última Geração

A mensagem de unidade que Baal HaSulam gerou, é mais relevante do que nunca. Ondas de ódio emergente e antissemitismo estão ameaçando nossa existência continuada. “Nós nos reunimos aqui para estabelecer uma sociedade para todos que desejam seguir o caminho e método de Baal HaSulam” começou meu professor Rabash em seu primeiro artigo (“Dargot HaSulam,”Propósito da Sociedade 1″).

Depois de sua partida, em 1991, pessoas começaram a se reunir em torno de mim cujos corações estavam ardendo com o desejo de descobrir o propósito de sua existência. Aos poucos, o grupo Bnei Baruch foi fundado, em homenagem ao Rav Baruch Ashlag, que se tornou a organização “Cabalá para o Povo”.

Todas as manhãs nós estudamos dos livros dos Cabalistas: O Estudo das Dez Sefirot, O Livro do Zohar com o comentário Sulam e outros escritos do Baal HaSulam e Rabash. Nós tentamos continuar e disseminar o método para todos os que querem isso, exatamente de acordo como meu professor transmitiu a sabedoria de seu pai para mim.

Até o dia de hoje somos cerca de dois milhões de estudantes em Israel e no mundo, e vemos o nosso papel como a realização no caminho dos dois grandes luminares, e assim como Baal HaSulam enfatizou, “… só através da expansão da sabedoria da Cabalá nas massas é que vamos obter redenção completa “(Introdução ao Livro, Panim Meirot uMasbirot).

Nestes dias nós comemoramos a partida dos dois maiores da geração. Eu espero que tenhamos a sensação de caminhar fielmente em seu caminho.

Publicado originalmente no YNet

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Levar a Discussão do Holocausto ao Nível Seguinte

Michael Laitman, Bielorrússia, 1953

A maioria de minha família foi exterminada pelo Holocausto. Crescendo como jovem criança no despertar de tal catástrofe influenciou minha vida de uma maneira muito profunda. Passados anos de procurar respostas, percebi que não conseguimos nos acomodar a nos recordarmos e ao mundo do que havia acontecido; devemos também discutir porque aconteceu. Este é o ponto onde gostaria de fazer uma pequena contribuição para o discurso.

Nossas explicações tradicionais do aumento do Antissemitismo, tais como dificuldades econômicas e sociais, Judeus sendo bodes expiatórios fáceis e inveja, são todas verdade. Contudo, a razão pela qual elas vêm à superfície é que há profundo e perpétuo ódio que é mantido vivo em banho-maria e até que apaguemos esse ódio, ele emergirá cada vez que passamos dificuldades.

Na minha visão, a razão fundamental para o ódio por Judeus é a falta de solidariedade entre nós. Não se trata tanto do que nós temos ou o que fazemos, mas simplesmente que estamos desunidos. Parece-me que nosso destino como Judeus é estabelecer uma sociedade baseada em solidariedade e responsabilidade mútua e compartilhar os princípios dessa sociedade com o resto do mundo.

Você terá sorte se achar um Antissemita que não sinta que os Judeus zelam uns pelos outros. Eles temem que a solidariedade dos Judeus seja usada contra eles e culpam-nos que estejamos a tentar dominar os mídia, manipular os negócios estrangeiros Americanos e outras acusações. Ao mesmo tempo, a única coisa que une os Antissemitas, como demonstraram os protestos da campanha do último verão em Gaza, é seu ódio por Israel em particular e pelos Judeus em geral.

Não podemos provar que não estamos unidos e até se pudéssemos, isso não mitigaria o Antissemitismo. Precisamos de fazer o contrário: demonstrar como nos unimos e compartilhá-lo com o mundo.

A única coisa que pode inverter as crises sociais, econômicas e políticas que devastam o mundo é a solidariedade. Daí, que ninguém saiba como a estabelecer. Nós, Judeus, temos essa habilidade latente nos “genes” de nossa nação. Essa é a essência de nosso povo. Nós nos tornámos uma nação quando nos unimos “como um homem com um coração,” sob o lema “ama teu próximo como a ti mesmo.” Agora devemos reanimar essa qualidade, compartilhá-la com o mundo e nos tornarmos um farol de solidariedade para as nações. Isto, como eu o entendo, é o sentido de ser “uma luz para as nações.” Se nós seguirmos o caminho da solidariedade em vez de tentarmos refutar as calúnias Antissemitas, seremos capazes de finalmente desenraizar o Antissemitismo e no processo curar muitos dos males do mundo.

O aumento global de Antissemitismo recorda-nos que o que aconteceu no século passado pode acontecer novamente se permanecermos indiferentes. Ele também prova que nossos presentes esforços são insuficientes. Então adicionemos uma nova camada de esforço ao encorajarmos este discurso sobre por que o Holocausto tomou lugar e especialmente entre o povo Judeu que deve estar mais preocupado com o presente sentimento negativo para com eles.

Publicado originalmente no Jewish Journal

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Uma Carta Aberta A Michael Douglas Após O Ataque Antissemita A Seu Filho

Caro Michael,

Meu nome é Michael Laitman. Eu sou um judeu vivendo em Israel. Sua história sobre a experiência que seu filho teve no sul da Europa me tocou profundamente. Admiro a sua coragem de expor o que muitos temem abrir, e sua fama dá peso a uma questão sensível que requer escrutínio.

Como um judeu que nasceu na Rússia, eu tive minha parte de experiências antissemitas. Assim como você, elas não me enfraqueceram, mas ajudaram a moldar a minha identidade judaica, e acabaram levando a minha emigração para Israel. Pode-se dizer que os antissemitas forjaram meu Sionismo.

Meus muitos anos de pesquisa científica estudando filosofia, Cabalá e ontologia moldaram a minha visão de mundo, que é baseada em raízes judaicas estreitamente entrelaçadas com o pensamento científico moderno. Eu dediquei uma grande quantidade de tempo estudando e pesquisando o motivo do antissemitismo, a fim de entender por que esse fenômeno não desaparece, mas apenas ressurge com novos pretextos. Em dois artigos publicados recentemente no The New York Times, “Quem é Você, Povo de Israel?” e “O Que Nós Judeus Devemos ao Mundo? , “eu esbocei minha posição que eu gostaria de compartilhar com você hoje.

Há apenas uma raiz para todas as expressões de antissemitismo. Nem os judeus, nem aqueles que não gostam deles sabem a principal razão para o antissemitismo. Assim como impulsos inconscientes que nos obrigam a executar ações que não podem ser explicadas, o antissemitismo não requer qualquer base racional. Com os primeiros sinais de crises sociais ou financeiras, o antissemitismo fica mais forte e se revela na forma de acusações e reclamações contra os judeus.

A única maneira de erradicar o antissemitismo é arrancá-lo completamente da sociedade. A coisa mais surpreendente é que as vítimas do antissemitismo têm em suas próprias mãos a chave para resolver este problema. Todos nós, cada homem, mulher e criança, nascemos com um desejo básico de viver em paz, segurança e felicidade.

Profundamente enraizada no inconsciente de cada ser humano está a ideia de que isso só é possível se todas as pessoas do mundo aprenderem a tratar umas às outras com sensibilidade e cuidado. Assim como uma família que se preocupa com cada um de seus membros, a humanidade como um todo será capaz de sobreviver apenas se as pessoas forem capazes de se relacionar mutuamente como uma família, não como inimigas.

Muitas gerações atrás, antes da destruição do Templo e do exílio da terra de Israel, a nação judaica estabeleceu uma sociedade na qual eram cultivadas tais relações. Profundamente dentro de nós existe esse atributo dormente; nós temos que despertar esse atributo para que possamos restabelecer as relações de parentesco e amizade por toda a sociedade. Nós nos esquecemos que temos esse atributo, e os outros povos não estão sequer cientes de sua existência.

Os judeus e as pessoas de outras nacionalidades sentem instintivamente que o povo judeu está “retendo” algo especial que não querem compartilhar com as outras nações e que é vital para a sobrevivência da humanidade. Assim, em tempos difíceis as pessoas apontam para os judeus e nós invocamos raiva e ressentimento nelas, que muitas vezes levam à violência. As nações do mundo, instintiva e inconscientemente, sentem esse “algo”, que é o modelo de uma sociedade já construída por nós no passado e a nossa capacidade de manter a sociedade com base na solidariedade, garantia mútua, e cuidado pelos outros.

A antiga sociedade judaica foi baseada no mandamento “Ama o teu próximo como a ti mesmo”. Esse preceito deve voltar a ser obrigatório em nossa sociedade hiperegoísta, mas não temos ideia de como implementá-lo na vida.

Muitas pessoas odeiam os judeus, mas ninguém pode realmente explicar a razão para o seu ódio, e certamente não estão em posição de restringir isso. Como nós continuamos a carregar a semente da responsabilidade mútua de forma inata, temos que despertá-la à vida e compartilhar esse conhecimento exclusivo com o mundo inteiro. Se tivermos sucesso, não só o antissemitismo desaparecerá, mas também todas as formas de ódio deixarão de existir.

A maioria dos judeus não está ciente dessa propriedade dormente e não está sequer ciente de que ela existe. Imagine que lhe dizem que você tem um verdadeiro tesouro em seu bolso e você só precisa tirá-lo para fora do seu bolso para se tornar o dono do inestimável presente. Você questiona a necessidade de encontrar esta joia?

Nós temos um presente precioso chamado “garantia mútua”. Ele dorme em nossos corações e nos recusamos a reconhecê-lo. Se abrirmos um pouco nossos corações, vamos descobri-lo. Nós somos obrigados a compartilhar imediatamente esse tesouro com o mundo inteiro; essa é a única razão dele ter sido dado a nós. É uma propriedade milagrosa “embutida” em nós para que possamos passá-la às outras nações, em vez de armazená-la para nós mesmos.

Caro Michael, essa é a única maneira de tornar o futuro do povo judeu e de toda a humanidade mais seguro e brilhante, e eu espero sinceramente que você se junte a nossa missão.

Respeitosamente,
Michael Laitman

Publicado originalmente no HuffingtonPost

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