Dr. Michael Laitman Para mudar o Mundo – Mude o Homem

O Desejo Feminino Corrigirá Tudo

Do livro “A Psicologia da Sociedade Integral”

– O que especificamente pode e deve fazer uma mulher que o ouviu e o entendeu? Normalmente, uma mulher vai imediatamente tentar “consertar” o marido.
– Como psicólogo, você localizou o ponto de influência correto – a mulher. Na verdade, isso é correto porque em nosso sistema de aprendizagem, se contamos a uma mulher sobre as perspectivas brilhantes para a humanidade, ela providenciará o resto. O desejo feminino e a pressão irão corrigir tudo. Um homem é muito mais passivo a este respeito. Mas uma mulher tem tanta influência nos seus filhos e marido que os forçará a trabalhar na auto-correção.
Assim, antes de tudo, a ênfase deve ser na educação da parte feminina da população do planeta, porque é muito receptiva a ela. É necessário encontrar a abordagem certa para as mulheres, a conexão correta com elas e despertar o seu interesse. Isso nos dará entrada no programa educacional.
Ninguém está descurando as outras partes da população aqui. Mas, como vemos, se uma mulher quer algo, outros ao seu redor começam a cair gradualmente sob a sua influência.
– Diga a uma mulher que acabou de assistir ao nosso programa e que se vai encontrar com o marido à noite: O que ela deveria fazer? Como ela deveria começar a realizar esta idéia?
– Como ela geralmente influencia seu marido? Entendemos que, no final do dia, quer o deseje ou não, em certo sentido, um homem é subjugado à sua mulher. Esta é a natureza, e não devemos ter vergonha sobre isso!
Todo homem vê sua esposa como uma mãe em algum aspecto e tem de certo modo medo dela, como um menino, mesmo que já seja um homem adulto ou mesmo além. Vem da natureza. Uma mulher dá vida. Ela te nutre, guia e te acompanha. No final, tudo o que você tem hoje é o que ela fez. Mesmo que falemos sobre a importância do papel do pai para uma criança, ele ainda está atrás da mãe. Ela é tudo para uma criança.
– Deveria ela,de alguma forma, motivá-lo a fazer essas “ações integrais”? Qual é o primeiro passo?
– O primeiro passo é uma mulher querer isso. O seu desejo é suficiente, mesmo sem dizer uma única palavra. Você sabe como as mulheres fazem isso?
– Sim, claro.
– É assim que ela provoca um sentimento em um homem. E com as crianças, ela irá conversar com elas, e elas também receberão a nova e integral educação na escola. O marido também a receberá no trabalho ou em qualquer outro lugar em que ele possa estar. Mas com sua questão silenciosa, que é insinuada diretamente à parte masculina da família, uma mulher definitivamente aumenta e aguça a sensação de que isso é importante.
A parte masculina não tem essa sensação de importância. É especificamente a mulher que realmente se importa e se preocupa com o futuro.
Se ela se preocupar com o futuro, então todos os outros começarão a girar em torno dele também. Um homem realizará o desejo feminino. Ele faz isso na vida de qualquer maneira, na forma egoísta. E os desejos corretos serão realizados aqui também.

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Vamos Unir

Do livro “A Psicologia da Sociedade Integral”

– O que você desejaria às pessoas que já estão dispostas a fazer parte deste sistema?
– Eu recomendo a todos os nossos espectadores a tentarem entender como podemos melhorar as nossas vidas.
Já entrámos no período de grandes crises. Mas a verdade está escondida de nós e nos dizem que a crise passou. No entanto, as pessoas que trabalham nesta área entendem que nada passou. Ao escondê-la, é como se estivéssemos acumulando resíduos radioativos, os quais estão a começar a arder por dentro, prontos para explodir.
Não precisamos ocultá-la. Vamos abrir e começar a esclarecer este sistema egoísta! Está nos arruinando, e não nos deixa praticamente nenhuma chance de levar uma vida normal. Por dentro, nós estamos constantemente à defesa, uns contra os outros, empurrando-nos, como guerreiros e hostis. Ninguém sabe o que o futuro está reservado para os nossos filhos. Vamos nos unir e ouvir o que a Natureza tem reservado para nós!

Na realidade, a Natureza é uma mãe e está nos tratando com cuidado.
Hoje estamos testemunhando os primeiros alarmes das nossas discrepâncias com a Natureza. Estas são as crises que estão ocorrendo. Esta funciona como qualquer sistema comum: quando eu causo um pequeno distúrbio, ele responde de volta com uma amplificação multipla do distúrbio que eu causei, de acordo com o princípio de um feedback negativo. Mas isso é feito deliberadamente para me levar ao caminho certo.

Temos um objetivo específico a atingir. Temos que ver a direção certa em todas as repercussões negativas da natureza. Vamos estudar a sua linguagem, e veremos o seu caminho, o programa ao longo do qual ela está nos levando. Os desvios são causados ​​por nós, enquanto a Natureza está tentando nos colocar de volta no caminho através do feedback de diferentes tipos de sofrimento. Esses sofrimentos são todos corretos e obrigatórios para o fim da Natureza. No entanto, quando começamos a entender o funcionamento interno da Natureza, alcançaremos a eternidade e a perfeição.
Vamos convencer-nos de que realmente existe um futuro maravilhoso à nossa frente, porque existe, e vamos trazer os nossos filhos para lá!

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Competição ou Guerra?

Do livro “A Psicologia da Sociedade Integral”

Se uma pessoa percepcionasse o mundo como um todo integral, ela veria que todos seus impulsos são realizados na forma de contacto correcto com os outros, positivos e negativos de igual forma. Então ela não teria de guardar quaisquer sentimentos acumulados, tendo de se oprimir a si mesma.

Tomemos o futebol como exemplo. Se este jogo for realizado correctamente, se as equipes estiverem permeadas pela amizade, então o jogo pode ser preenchido de amor. Ele será uma competição de amigos que recebem satisfação do processo em si do jogo.

Neste jogo, a superioridade de uma pessoa sobre a outra residirá na resposta às perguntas: Qual foi a sua experiência interior? Qual foi a meta pela qual jogamos? Como nos confrontamos com os outros? Como foram exprimidas nossas características positivas ou negativas?

Você pode experimentar os estados mais surpreendentes aqui: se você jogar um jogo com o seu egoísmo e contra ele, estabelecendo contacto com os seus amigos e com o opositor, suprimindo a aspiração a sobressair ou vice versa, se expressando e sobressair, mas pelo bem da equipe. Hoje nada disto existe no futebol, ele tornou-se um negócio.

Esta pesquisa moral, interior, espiritual de si mesmo e dos outros durante este jogo extremamente duro contém enormes oportunidades para jogadores de futebol “intelectuais”.

Penso que qualquer competição, com a excepção daquelas onde infligimos danos aos outros, tal como a caça, são um espaço onde podemos discernir a atitude da pessoa para com as outras e exprimi-la num relevo saliente. Os elementos do jogo permitirão à pessoa desenvolver e alcançar um estado de enorme auto-realização.

– Devemos mudar as regras do jogo, ou discutir e analisar como ocorreu depois do jogo? Devemos assistir a registos de vídeo do jogo e passar pelas situações que ocorreram durante o jogo?

– Penso que o jogo deve ser pausado em cada dez minutos em prol de “reiniciar” e devolver todos os jogadores ao estado correcto. Eles devem verificar: O que alcançamos durante estes 10 minutos? Que tipo de trabalho interno cada pessoa teve sucesso em realizar? Como é que ela olhou para as outras? Como recebeu ela o seu passe? Como é que ela roubou a bola? Como é que ela participou em se conectar com as outras? E como ameaçou ela o seu oponente?

Dez minutos de trabalho interior é imenso. A bola, o campo e o jogo são apenas desculpas externas para conduzir uma auto-análise interior.

Hoje não conseguimos sequer imaginar como conduzir uma verdadeira avaliação da nossa realização interior, que é o trabalho dos vencedores. Mas penso que vamos chegar lá e vamos aprender a tomar os gastos energéticos e de intenções em conta. Isto nos permitirá pesar as equipes de jogadores como um todo e cada jogador em particular.

– Qual é a mentalidade certa num jogo?

– A mentalidade certa é aquela que está direccionada para a união e integralidade. Na Natureza, há duas forças aparentemente opostas, uma positiva e uma negativa. A oposição num jogo depende de como combinamos nossos vectores individuais e egoístas dentro de uma equipe.

Quando nos unimos numa equipe, o que jogamos com os oponentes? Por outras palavras: Qual é a vitória? É muito importante discernir isto. Uma meta que alguém alcançou não é uma vitória. No nível do nosso mundo é uma concretização física. Mas acima dele, internamente, nós jogamos um jogo de unificação, o jogo de nos suprimirmos e nos conectarmos num nível superior, acima de nós mesmos.

Qual foi o resultado que alcançamos através deste jogo interior, os passes das nossas forças egoístas e altruístas e características? Que pontos cada um de nós contabilizou para si mesmo? Quanto avançou ele na sua auto-análise durante este jogo?

Estes jogos têm tremendo potencial para nos ajudar a passar por níveis de desenvolvimento interior rapidamente. Esta é uma pergunta para o futuro, mas não acho que esteja muito longe.

Quaisquer outras formas de actividade humana, especialmente formas que incluam elementos competitivos no nível do nosso mundo, podem dar-nos uma oportunidade enorme para construir acções opostas acima deles e para analisarmos.

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Imersão Total nos Jogos

Do livro “A Psicologia da Sociedade Integral”

– Há mais de um tipo de jogo que cativou centenas de milhares de pessoas: jogos de apostas, tal como nos casinos e cartas. Sua popularidade está a crescer constantemente. Por quê? E o que há de perigoso nestes jogos? Na sua escola de educação integral e global, há lugar para jogos de risco? E se não, por quê?

– A competição é uma coisa boa. Não importa com o quê ou com quem você compete — uma roda de roleta, uma máquina de slot-machine, ou outras pessoas. Em qualquer dos casos, você entra num concurso. Isto é, se você se elevar acima de certa circunstância, fenómeno, ou incidente. Você quer ascender e se afirmar a si mesmo.

É muito interessante observar as pessoas que jogam. Eu passei uma semana inteira em Las Vegas observando minha esposa, que ficou louca com os jogos. No lar ela é normal, uma avó normal. Mas quando ela se encontrou a si mesma entre as “caça-niqueis”, ela perdeu a cabeça.

Quando uma mulher crescida com dois níveis universitários, vivendo na outra extremidade do mundo, muito longe de Las Vegas, se encontra a si mesma neste lugar, algo pouco claro se acende nela, certa força estranha a atrai para o jogo de risco.

Juntos decidimos que só poderíamos gastar $50 numa noite para jogar um jogo que custa 10 ou 20 centimos por jogada. Ela jogou e eu observei do lado de fora, observando o ser humano nela desaparecer e se transformar nos mesmos “caça-niqueis.” A máquina acaba por jogar contra a máquina, elas competem e nada mais além disso.

Usei minha esposa como exemplo porque ela é uma mulher normal, de pés-na-terra, sem quaisquer vícios em particular, muito terrena e equilibrada. É simplesmente surpreendente o que toma lugar dentro de nós. Uma pessoa tem uma necessidade de se elevar acima do acaso, acima de si mesma, acima desta máquina, ou seja se afirmar a si mesma.

E se dermos a uma pessoa a oportunidade de competir por algo que é bom e útil para a sociedade, então ela será capaz de satisfazer esta necessidade. Ela existe e não pode ser suprimida. Portanto, é necessário dar à pessoa a oportunidade de reflectir, criar, participar e se afirmar a si mesma. Isto é possível na sociedade integral pois lá, cada um de nós é um indivíduo distinto.

Ao mesmo tempo, cada um de nós é apenas uma roda dentada que é muito pequena e nada há de especial nela. Mas por vezes ela começa a abrandar ou muda de direcção, fazendo se salientar das outras. Rodando harmoniosamente com todas, ela se exprime a si mesma ao máximo e ao mesmo tempo ela experimenta preenchimento e satisfação.

A educação integral dará à pessoa a oportunidade de se encontrar a si mesma no jogo chamado vida. Vamos sentir que constantemente avançamos em frente e como crianças, estamos a representar e a realizar um estado superior e por trás disso um novo estado superior emerge. Esta aventura excitante, uma ascensão interminável, será sentida por todas as pessoas.

As pessoas procuram drogas e jogos de apostas, prontas para saltar de uma ponte para um abismo em busca de sensações intensas. Uma pessoa descobrirá tudo isto na interacção integral com os outros pois ela contém oportunidades surpreendentes para a auto-realização. E então, os radicalismos de hoje não será algo que realmente preencha as pessoas.

– Se o entendi correctamente, seremos capazes de concretizar a característica de correr riscos precisamente através da mudança constante de estados?

– A Natureza nos fez de uma maneira que o único modo de nós nos preenchermos e nos realizarmos harmoniosamente é na integração. Então não teremos de “descomprimir” ficando bebedos, entrando em brigas, ou criando frenesim nos estádios porque não haverão necessidades que restem para concretizar. Nós temos de ver o verdadeiro campo da nossa actividade na conexão integral. Este é o campo para o qual fomos criados, o espaço onde revelamos e corrigimos nossos mais profundos e obscuros instintos.

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Solucionar o Problema das Drogas

Do livro “A Psicologia da Sociedade Integral”

– Gostaria de tocar no tema das drogas. Isto é também uma espécie de jogo porque através das drogas a pessoa entra num novo estado e muda. Então, o que há de tão mau nas drogas?

– O facto da pessoa se tornar desconexa da realidade, nada mais há de mau acerca disso. A pessoa torna-se desconexa da sociedade e da vida. Ela não faz coisa alguma de mau para alguém e ela caminha pacificamente pela rua abaixo com um olhar vidrado, não vendo ninguém. Ela não pode ser considerada um elemento socialmente prejudicial, mas ela causa danos indo contra a Natureza e nós não concordamos com isto.

No geral, as drogas são muito baratas. É possível constantemente dá-las às 3 ou 4 biliões das pessoas “excessivas” na terra para que o resto possa viver em paz. Podemos desligá-las de todos os problemas desse jeito. Podemos entregar drogas às massas e a criminalidade imediatamente cairia. Podíamos albergá-los com reservas e deixá-los sentados lá pacificamente, ficando drogados e se divertindo.

Contudo, o facto é que nos opomos inatamente a este tipo de atitude para a vida. A humanidade não consegue concordar com isto apesar do facto de que estas acções sejam inofensivas para a sociedade e até úteis em certo sentido. A Natureza prescreveu a meta da nossa existência tão poderosamente dentro de nós que não conseguimos observar passivamente uma pessoa que se desconexa a si mesma voluntariamente de uma vida sóbria adulta.

Portanto, não concordamos com isso. Não queremos usar esta oportunidade para estar em nirvana o resto das nossas vidas e então morrer pacificamente. Na superfície pode parecer que nada há de melhor. Afinal, a vida é cheia de desilusões, buscas, problemas e depressão. Mas ainda assim não conseguimos concordar com isto.

E podemos derrotar este mal dando à pessoa satisfação com aquilo que ela faz, a sensação de uma vida concretizada. Então ela não vai precisar de se separar a si mesma da vida. Mas se sua vida inteira é composta de sofrimento e vazio intermináveis, então não a podemos culpar por optar pelas drogas.

Li um discurso do chefe do ministério da saúde da Rússia onde ele diz que na próxima década, até metade da população do país estará deprimida e hoje a percentagem está já nos 25%. E esta é uma declaração do chefe do ministério da saúde; estes são os números que ele anuncia ao público! E quantas mais pessoas existem que não são contabilizadas? O que pode ser feito com uma massa tal?

É a mesma situação pelo mundo fora. Há países com percentagens ainda mais altas. Divórcio, violência numa escala massiva, terrorismo, tudo faz parte do problema comum de tremendo vazio interior. E isso tem de ser preenchido por alguma coisa. Inversamente…

Nós não devemos combater as drogas, mas em vez disso combater a razão que faz que as pessoas as queiram. E essa razão é o vazio dentro de nós, que pode ser preenchido somente por aquilo que a Natureza preparou para nós.

Por que é que a sensação de vazio surge? E com o que a podemos preencher? No nosso tempo temos de nos elevar ao nível da unificação integral de todos e nos preenchermos com isso. É assim que viremos a sentir a natureza comum, sua eternidade e perfeição e seremos incluídos nela, nos identificaremos com ela. Nós fluiremos nessa eternidade.

Ainda viveremos a vida na terra, onde concretizamos nossa integração com os outros, enquanto nos sentindo numa ordem acima deste mundo, no nível do ser humano em vez daquele de um animal ou de um elemento social parcialmente bem sucedido.

Fazendo com que uma pessoa seja parte da sociedade global e integral, a faremos se afastar das drogas e ela não precisará mais delas. Ela vai experimentar estados de realização, da busca da perfeição e ela vai adquirir harmonia que é milhares de vezes mais poderosa que quando ela está sob a influência de qualquer substância química.

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A Vantagem do Ensino Superior

Do livro “A Psicologia da Sociedade Integral”

– Você falou repetidamente sobre quão importante é para uma criança receber ensino superior tão cedo como na sua adolescência. Por que é importante e por que deve um adolescente passar tanto tempo nisto?

– Penso que é necessário. Além do mais, a escola moderna só pode prejudicar a pessoa.

O ensino superior treina a pessoa a trabalhar com livros, visitar bibliotecas, participar em trabalho de laboratório e fazer exames. Ele mantém-a em movimento. Ela tem de participar nestes processos, entender como estudar disciplinas diferentes, como escolher textos de estudo e estudá-los, como escolher o material necessário e fazer relatório sobre ele e como levar a cabo trabalho de laboratório. Isto lhe dá as aptidões para para ser auto-suficiente na vida.

Na escola, as crianças vêm simplesmente para a aula, se sentam lá, tudo é mastigado para elas, elas abanam suas cabeças, são avaliadas e vão para casa. As escolas de hoje matam toda a independência. Quando a criança termina a escola, ela é incapaz de concretização activa e auto-estudo. Mas um liceu lhe fornece isso, pelo menos parcialmente.

Ligeiramente alterando a escola e o liceu, teremos uma pessoa que consegue se desenvolver independentemente para o resto da sua vida. Hoje, as pessoas que terminam a escola ou o liceu não recebem as aptidões necessárias para progredir independentemente pela vida. Elas permanecem simples executantes.

– Nas escolas e nas universidades, há a noção do “marrão.” Esta é uma pessoa que leva a cabo escrupulosamente todas as tarefas e faz tudo pelas regras. O lado oposto do “marrão” são jovens homens e mulheres espertas que usam atalhos e acham movimentos novos e inconvencionais e assim alcançam a meta pelo caminho mais curto. Do seu ponto de vista, que caminho é melhor e mais preferível para educar a criança?

– Estes são tipos completamente diferentes de pessoas. Nós temos de dar a cada um a oportunidade iniciar a sua própria pesquisa nos laboratórios de diferentes departamentos desde a idade mais jovem.

Enquanto eu crescia, havia um centro de acolhimento jovem perto da nossa casa. Haviam muitos laboratórios nessa casa, como de fotografia, física, botânica e zoologia. Nesse tempo, todas essas coisas eram inovações. Além disto, haviam muitos clubes de atletismo.

Na minha opinião, como parte do processo de estudo é necessário alocar tempo para trabalho cientifico adicional para que os estudantes se possam testar a si mesmos.

O que permanece na memória da pessoa depois do liceu são precisamente os projectos de laboratório onde ela fez alguma coisa sozinha na prática, onde ela obteve resultados, os calculou e etc. Tudo o demais deixa lembranças muito ténues de fórmulas estranhas que estão desconexas do trabalho concreto.

“Marrões” e aqueles que “puxam as estrelas do céu” têm diferentes abordagens para a vida. Ambos precisam de receber uma oportunidade para se desenvolver.

Eu não vejo qualquer outra maneira senão deixar que cada estudante trabalhe independentemente. Mas temos definitivamente de lhe perguntar: O que fazes além do programa de estudo? Participas em alguma coisa? Quais são as tuas concretizações cientificas? O grau o seu carácter cientifico não é importante. O que é importante é que isto força a pessoa a procurar o material necessário nas bibliotecas e periódicos semanais e lhe dá uma oportunidade para criar.

– Quem deve trabalhar como instrutores, professores e educadores nestas lojas e laboratórios?

– Os membros do liceu.

É muito bom se engajar na actividade cientifica durante o liceu. Penso que é também necessário diminuir a carga dos estudantes, para os libertar de disciplinas excessivamente teóricas e lhes dar uma chance de participar na pesquisa cientifica.

– A partir de que idade faz sentido organizar estes clubes “científicos” para crianças?

– Eu senti um chamamento para entrar na engenharia e queria estudá-la desde os 9 ou 10 anos de idade. Lembro-me claramente que na nossa pequena cidade não encontrei coisa alguma além do centro de acolhimento jovem com os seus clubes de passatempo.

É durante a infância que a criança começa a se interessar em alguma coisa especifica. Da nossa parte, nós temos de apoiá-la de todas as maneiras que pudermos.

Neste momento falamos principalmente sobre criação. Mas a criação tem de ocorrer juntamente com a educação. Como? A educação funciona junto com a criação à medida que a educação da pessoa é útil para o mundo. Somente no caso da utilidade será a educação não só procurada pelos outros, mas também trará sucesso e junto com isso, a criança será capaz de avançar. A sua actividade útil para os outros será afirmada pela Natureza porque ela será apoiada pela Natureza.

A pessoa deve saber exactamente a que medida o seu passatempo ou interesse é necessário, se ele se encaixa no fluxo comum e se está conectado às direcções principais do desenvolvimento da sociedade. Se não, então todo o seu trabalho será insustentável.

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Uma Criança Em Busca de Si Mesma

Do livro “A Psicologia da Sociedade Integral”

– Uma das características mais importantes de um jogo é o seu aspecto competitivo.

Há um livro intitulado Como se Tornar o Pai que Você Nunca Teve: Um Tratamento para Extremos de Medo, Raiva e Culpa. Este livro começa dizendo que todos somos vencedores pois 500 milhões de células de espermatozóides competiram e o vencedor fui…

– Eu.

– Sim, eu venci. Uma vez que este elemento competitivo foi enraizado em nós pela própria Natureza, como o podemos usar correctamente?

– Não falemos do acaso ou de como isto é programado na Natureza. Nesta competição especifica o vencedor é o mais forte, aquele que tem características especiais.

Uma pessoa que participa na vida da sociedade ou do meio ambiente num plano multifacetado pode ser melhor que as outras de um jeito e ser pior que as outras de outro. Mas se toda a pessoa descobrir a melhor maneira de aplicar os seus fortes e capacidades, então os defeitos da pessoa são “cobertos” pelos méritos da outra. Uma pessoa feliz é aquela que achou a maneira ideal de se concretizar a si mesma e isto é algo que ela tem de discernir no interior. Se ela consegue ser veloz e alerta, se ela consegue superar a adversidade e vencer às outras, então sua vitória vai beneficiá-la e às pessoas ao seu redor.

Eu gostaria de sublinhar em particular que a vitória será virtuosa se a sua meta for usar as habilidades da pessoa para fornecer ajuda máxima ao meio ambiente, à sociedade. Então isso será expresso no sistema humano comum e permanecerá impresso lá e isso será registado na conta ela.

Mas se a pessoa se realizar a si mesma incorrectamente, então apesar de ter talentos maravilhosos, ela terá o resultado inverso. Nós temos de iluminar as habilidades da criança e encorajar o seu desenvolvimento.

Quando eu começava o liceu, era moda se especializar em ciência e campos técnicos e estes departamentos tentavam atrair todos. Lembro-me de quão agitados os estudantes estavam e quão grande a desilusão foi posteriormente.

Entendo e lembro respectivamente de vários dos meus colegas que abandonaram os estudos não por não terem sucesso. Eles viram que os estudos técnicos não tinham o romance com que eles haviam sonhado. Trabalhar com impulsos e calcular parâmetros? Eles ficaram convencidos que essa não era absolutamente a profissão que eles pretendiam. Eles partiram sem hesitar muito e estavam certos em fazer isso pois acharam o seu chamamento noutro lugar.

No nosso sistema de educação estamos a tentar reconhecer a inclinação da criança cedo para que ela não cometa erros. Ela tem de ver e se familiarizar com todas as áreas de actividade humana e se encontrar a si mesma durante o período de ensino no nosso sistema. A busca da profissão adequada é muito importante e ocupa imenso tempo da nossa vida. É uma alegria quando uma pessoa se encontra a si mesma em certa profissão.

– Então não há nada de perigoso em expressar talentos especiais e não devemos tentar homogeneizar as crianças?

– Não. Pelo contrário, nós temos de fazer manifestar os seus talentos durante o período da adolescência. Nós preparamos crianças para que aos 13 ou 14 anos de idade elas comecem a estudar um currículo de nível universitário.

Antes disso elas têm de discernir claramente o que está certo para elas. Nossa tarefa é empurrá-las a tomar a escolha que se ajuste a suas inclinações em vez de serem dependentes de oportunidades que surjam na escada empresarial ou do tamanho do seu salário futuro.

– Mas a sua contribuição para o bem comum é sempre avaliada?

– É claro. Inversamente os parâmetros interiores da pessoa não vão corresponder à profissão escolhida, ela não vai beneficiar ninguém e não será feliz consigo mesma também. A solução certa para este problema é boa tanto para o indivíduo como para a sociedade.

Me lembro como nesse tempo todos do conselho entraram em departamentos técnicos porque isto tinha muita procura pelo governo e os tempos o exigiam. Todos os outros eram menosprezados. Departamentos pedagógicos e de humanidades ficaram vazios uma vez que todos foram para a ciência e engenharia.

Como resultado, penso que o verdadeiro valor desta geração nunca foi revelado. Rapidamente ela ficou esgotada, deixando para trás um meio ambiente de coração vazio.

– Sim, há até o termo, “a inteligência técnica,” que de umas maneiras não se ocupava de questões técnicas, mas das artes liberais.

– Quando escrevi a minha dissertação no Instituto Russo de Filosofia, encontrei muitos dos meus antigos colegas lá. Mas assim que as pessoas receberam uma educação técnica, elas abandonaram e aprenderam outra profissão porque na sua juventude elas foram atraídas para o lugar errado, então ainda assim mais tarde elas mudaram de profissão.

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Excursões—Ficar a Conhecer o Mundo e Escolher o Futuro

Do livro “A Psicologia da Sociedade Integral”

As crianças saem em excursões para o mundo real onde elas visitam fábricas e outros estabelecimentos. Deve uma criança reter uma sensação de que isto é um jogo, ou ela deve participar na realidade a sério, começando na infância?

– É claro, ela tem de ver a vida real. Excursões facilitam uma percepção multifacetada do mundo. Uma criança vê aquilo com que os adultos estão ocupados e imagina como no futuro também ela participará nos processos produtivos mentais, morais, físicos e sociais, participando neles.

Uma criança deve ser colocada em situações que apresentem questões ante ela: Será que isto se adequa a mim ou não? Como eu actuaria neste caso? Eu gosto desta profissão ou não? O que há de especial nisso? Qual é o propósito e que benefício isso trás à sociedade e a mim mesmo? Será que isso contradiz aquilo de que falamos? Precisamos de discutir tudo isto.

Em relação a isso é necessário manter registo não só a reacção da criança, mas também das fases do seu amadurecimento, bem como ver como ela se vê a si mesma neste processo. Quanto ela pesquisa a produção em si e a sua importância para a humanidade e respectivamente, se ela decide que “Eu escolhi esta actividade porque as pessoas precisam deste trabalho,” ou “Eu escolhi-a porque é interessante para mim”?

As excursões têm de ser discutidas de todos os lados. Diria que elas não são apenas excursões mas o atingimento do mundo, que dá à criança a oportunidade de se ver a si mesma no futuro e fazer a pergunta, “Quem serei eu quando crescer?” As crianças têm de se imaginar a si mesmas em cada papel que elas viram. Isto é muito importante porque qualquer lugar que elas visitem fornece uma enorme colecção de sentimentos e sensações que são tão vitais para uma criança.

Há crianças que levam um rato ou um sapo no seu bolso, enquanto outras não suportam olhar para estas criaturas. Algumas são atraídas para a tecnologia ou música, enquanto outras conseguem trabalhar fisicamente da manhã à noite e outras são apenas capazes de pensar estando sentadas. Afinal, entendemos quão diversas são as pessoas.

Toda a criança tem de experimentar tudo em prol de se formar a si mesma e achar o seu próprio lugar na vida. Excursões fornecem uma familiaridade constante e ampla com todas as formas de actividade humana.

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Uma Percepção Multifacetada do Mundo

Do livro “A Psicologia da Sociedade Integral”

Alguns pais proibem os filhos de jogarem tipos especificos de jogos. Há tal coisa como um jogo prejudicial e se houver, o que é?

– Um jogo é uma imitação de um estado futuro. Imitando os adultos ou inventando cenas e situações independentemente, uma criança imagina que ela está nesses estados futuso. Parece-lhe a ela que está realmente a fazê-lo.

É claro, ela não entende por que estes impulsos existem nela ou como a controlam. Eles estão instalados em nós pela Natureza para que nos possamos desenvolver e preparar para os estados futuros e nos prepararmos para estados futuros representando as mais diversas situações e nosso comportamento nelas antes do tempo. Se um jogo é correcto ou incorrecto, útil ou prejudicial, isso depende to tipo de criança que pretendemos como resultado.

Nós temos de observar muito cuidadosamente que jogos uma criança joga e com que crianças ela se associa, o que ela vê lá, o que ela percebe e entende e o que a influencia. Estes jogos tomam lugar em grupos mistos de meninos e meninas, ou os meninos e meninas jogam separadamente? As crianças têm a mesma idade? As crianças pertencem a diferentes estratos sociais? Tudo deve ser considerado.

Se nós queremos alcançar uma sociedade integral e percebemos que esta meta foi colocada ante nós pela Natureza e se sabemos que para alcançá-la temos de nos elevar acima do nosso egoísmo e estabelecer a conexão certa entre nós, nós temos de verificar se todos os jogos da criança conduzem a esse estado?

Somente os jogos que ensinam como alcançar esta meta sublime podem ser considerados úteis.

– A proibição mais amplamente aplicada pelos pais é sobre jogos de “aventuras”. Estes jogos são jogados individualmente ou em grupos e o jogador ou jogadores têm de superar vários obstáculos para avançar de um nível para o próximo. Os pais acham que este é um jogo prejudicial e proíbem jogá-lo. É realmente prejudicial? E se é, o que há de prejudicial nele?

– Eu vejo que as crianças são muito atraídas para este tipo de jogo. Na vida elas também estão constantemente a gatinhar, saltar, a superar algo e trepando para cima de algo. Isto é útil para o seu desenvolvimento físico. Se elas dejarem ver a mesma coisa num jogo virtual e se testarem a si mesmas lá, penso que é útil.

O inteiro problema reside em no que se baseia exactamente a superação da criança? Se ela atinge ou destrói alguém, ou se ela supera obstáculos junto com seus colegas, aprendendo sobre integração com os outros durante o processo?

Penso que não devemos retirar inteiramente este tipo de interacção e da necessidade de superar dificuldades. Pelo contrário, deixemos-os ficar confusos e procurarem a saída, pois isto é natural para a pessoa. Nossa inteira vida é uma busca da melhor possibilidade de entre várias e um processo contínuo de superação de obstáculos.

Não transformemos uma criança num observador passivo. É muito útil interagir com aquilo que está a ocorrer, então este tipo de jogo é necessário. O inteiro problema é o significado destes jogos, o seu conteúdo, para onde eles conduzem a criança e o que a criança obtém do jogo no final.

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Do livro “Completando o Círculo”

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