Dr. Michael Laitman Para mudar o Mundo – Mude o Homem

O Que Eu Aprendi Sobre Dar

Enquanto criança crescendo na Bielorrússia, estava sozinho maioria das vezes. Não era que não tivesse amigos. Pelo contrário, eu tinha muitos. Mas frequentemente os deixava a jogar pingue-pongue no quintal da minha casa enquanto eu ia nadar no lago. Gostava dos meus amigos de infância, mas uma vez que eu tinha perguntas que não conseguia resolver com eles, frequentemente tomava banhos que por vezes duravam duas horas sem parar, de costa a costa.

As perguntas que me incomodavam mais, até aos dez ou onze anos de idade, eram sobre a vida. Eu tinha tudo, mas era infeliz. Enquanto crescia, continuava a buscar. Procurei na ciência, na religião e na filosofia. Mas nada; a resposta não estava lá.

Até minha imigração para Israel era parte da minha busca de sentido.

Eventualmente, achei a resposta. E como todas as verdadeiras respostas, ela era simples, acessível e escondida dos olhos até que estivesse ponto para a descobrir.

Agora é minha missão de vida a ensinar a quem quer que queira escutar.

Numa palavra, a resposta é “Dar!”

Se você quer ser feliz, dê.

Mas quando olhei para dentro de mim mesmo eu não via dar. Para me tornar dador, assim aprendi, tinha na realidade de o praticar. E a coisa engraçada é que quanto mais você pratica mais se apercebe da natureza do seu verdadeiro eu. Mas no final, a recompensa está sempre lá.

Quando eu primeiro me cruzei com esta chave para a felicidade, pensei, “Quem quer ser dador?” Mas gradualmente, soube o que Arianna Huffington escreveu numa recente publicação, Become a Gift”: “quando estamos envolvidos em prestar serviço e voluntariado,” nós estamos a “expandir os limites do nosso próprio ser.”

Agora tudo fazia sentido. Dar é óptimo: faz-o sentir-se bem acerca de si mesmo e faz os beneficiarios da sua doação sentirem-se muito melhor e especialmente, sentirem-se amados! Mas e se você fosse tão inerentemente egocêntrico que não conseguisse ver dar como desejável? Estaria então você destinado a uma vida confinada dentro do seu ego?

E como vamos remendar a sociedade e curar as crises que caem sobre o mundo a um ritmo inconcebível, se alguns de nós nunca serão capazes de mudar? Então estamos condenados?

Não de todo. Para tais pessoas, a mensagem de ampliar os limites é a chave.

É um conceito muito simples: Todos estamos conectados em cada nível do nosso ser — física, emocional, intelectual e espiritualmente. A ciência comprovou isto numerosas vezes. Olhe só para o livro inovador de  Christakis e Fowler, O Poder das Conexões e você verá que não podemos evitar a responsabilidade compartilhada do destino da humanidade.

Mas o que é ainda mais interessante é que quando damos, nós invertemos a direcção das suas conexões de uns para os outros, então em vez de procurar constantemente onde podemos beneficiar, começamos a procurar onde podemos beneficiar os outros! Gradualmente, nos tornamos mais conscientes, mais sintonizados com as necessidades e até pensamentos dos outros. Abreviadamente, nós expandimos nosso ser.

Para entender que bem valioso esta expansão é, pense no seu próprio corpo. No seu corpo, certos dez triliões de células funcionam em perfeita harmonia o permitindo ler esta publicação. Se não funcionassem, você não a estaria a ler. De facto, você não seria; ponto. As células se desintegrariam de um único organismo numa pilha de células em competição, muito como a humanidade de hoje.

Agora pense num tumor cancerígeno. As células do tumor crescem sem verificação, “roubam” vasos sanguíneos de órgãos próximos, corrompem a funcionalidade dos órgãos afectados e eventualmente causam a morte da pessoa que elas exploraram, conduzindo à eventual morte do tumor, também. E contudo, as células cancerígenas são tão egocêntricas que não conseguem “entender” que ao matarem seu anfitrião, elas se estão a matar a elas mesmas. Se isto lhe soar desagradavelmente semelhante à nossa própria sociedade, não é coincidência.

Num corpo saudável, é precisamente o oposto: as células todas trabalham em harmonia, o corpo fornece a cada uma delas abundância de oxigénio e nutrientes e remove o desperdício dos produtos do CO2 e outros químicos rápida e facilmente. Quando o cérebro dá uma tarefa ao corpo, tal como estudar, exercitar ou falar com amigos, as células no corpo trabalham para apoiar a execução da tarefa para que a pessoa desfrute disso tanto quanto o possível.

A razão pela qual podemos fazer tudo isto é que as células não se concentram em si mesmas, mas no corpo em que habitam, essa colónia de células conhecida como Sr. ou Srª X. As células, parece, têm uma percepção mais expandida que sua própria existência. Todavia isto é somente possível pois elas se concentram em dar, em vez de receber.

Há uma máxima que o amor é como uma maçã: colha-o quando está maduro, ou ele em breve vai apodrecer e cairá. Nós, a raça humana, fomos abençoados com a habilidade de fazer tais escolhas conscientemente, assim nos tornando conscientes do profundo processo de crescimento que atravessamos. Mas devemos trabalhar para tirar proveito desta bênção ou ela se transformará numa maldição tal como essa maçã demasiado madura.

Muito assim, não temos tempo a perder. Nós precisamos de colher o fruto de dar enquanto ainda pudermos, porque nosso mundo está desesperadamente em necessidade disso.

Mas mais importante, se dermos não só pelo bem de dar, mas pelo bem de nos conectarmos ao nosso todo maior, a toda a humanidade, todos entrarão a bordo e a sociedade humana mudará para sempre para o melhor.

Originalmente publicado no LinkedIn

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Minha Entrevista no i24news Sobre Antissemitismo

Transcrição da minha entrevista para o i24news de 11 de Fevereiro, 2015:

Apresentador :
Prof. Laitman escreveu livros sobre Antissemitismo. Este é um assunto obviamente relevante, particularmente na Europa. Vários estudos mostram um crescente êxodo dos Judeus Europeus, por causa do Antissemitismo. Podemos nós, na sua opinião, lutar contra este flagelo com eficiência hoje?

Michael Laitman :
Não, não penso que seja possível colocar este problema de parte. Não havia pensado nele como parte da minha pesquisa. De facto, o que acontece com o Antissemitismo, é que nós, os Judeus, somos responsáveis pois temos a chave para permitir a felicidade pelo mundo e as nações do mundo, é isso que elas exigem de nós. Nós seguramos a chave para sua felicidade, a boa vida, há algo em nós e nós podemos ter uma boa vida. É verdade o que elas dizem pois na sabedoria da Cabala, que está no povo de Israel, há um método. Como organizar a paz no mundo, como aproximar as pessoas, como viver uma vida que é boa e como podem as pessoas viver em paz. E a Cabala explica como podemos alcançar tudo isso. Porque não o atualizamos, por não aplicarmos este método a nós mesmos, em que não estamos unidos entre nós, não nos conduzimos bem, é a mesma coisa. Nós vemos o que está a acontecer no mundo. Então se oiço as nações do mundo chegando e dizendo que somos culpados, de facto entendo que elas estão certas.  E nós devemos entender que não é em vão que as nações estejam certas, elas sentem quanto dependem elas de nós, nos acusando e culpando por tudo isso, esse é um fenómeno natural. Não lhes ocorre em vão assim, uma ideia que cruza suas mentes.

Há até nações com as quais não tivemos contacto pessoal, tais como a Coreia ou outros países, nem sequer na religião, nada temos contra elas e estas nações, estes países sentem, hoje especialmente, que eles nos odeiam. Nós devemos entender esse sentimento que estes países sentem, pois se eu sinto que eles realmente dependem de nós, de acordo com esse pensamento, nós estamos a causar-lhes todo o mal. Nós podemos analisar, pesquisar toda a literatura da antiguidade até aos nossos dias, filósofos escreveram sobre isso e até Henry Ford, o grande conhecido Antissemita: sua reivindicação está correcta, do ponto de vista da Cabala que nos conta que temos o método sobre como unir o mundo e trazer toda a humanidade a ser como um povo.

Apresentador :
Então como você comunica exactamente este pensamento, se você me diz que são os Judeus que seguram a chave e as pessoas não os querem escutar pois estão agora numa quebra aqui, isso é chamada uma colisão de civilizações, como por exemplo com o Islão radical que recusa escutar o que os Judeus lhes teriam para dizer?

Michael Laitman :
Se os Judeus aplicarem este método e se nos unirmos. Se todos os Israelitas estão unidos, nós somos como um homem com um coração, .. “ame seu próximo como a si mesmo,” se praticássemos isto entre nós, ao menos um pouco, então veríamos que o mundo se acalmaria imediatamente. Até sem nos dirigirmos a elas. Se fizéssemos isso entre nós, influenciaríamos todo o mundo, com esta força positiva benéfica. Nós não precisamos sequer de nos dirigir às nações do mundo e sermos professores para elas, mas é suficiente se fizéssemos entre nós. E todo o desenvolvimento do mundo, que é como uma pequena aldeia global, nos diz que estamos todos conectados uns aos outros e se aplicássemos isto e o déssemos ao mundo, então o tumulto do mundo retrocederia. Sucede-se que nós temos o método. Se não o aplicarmos entre nós, nós causamos o mal no mundo.

Apresentador :
Então, do que precisamos em prol de aplicarmos este método? De quem depende isso hoje? De todo o ser humano? Ou depende da comunidade, do governo?

Michael Laitman :
Não, isso não depende do governo. Isso depende das pessoas. Que as pessoas entendam finalmente que há nelas um método, o método da união entre as pessoas.

Publicado originalmente no LinkedIn

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Meninos e Meninas

Do livro “A Psicologia da Sociedade Integral”

– Devemos ter acampamentos separados para meninos e para meninas ou deveriam estes estar em um só acampamento? Ou, devemos levar os meninos para um lugar por um mês e meninas para outro lugar?

– Acho que a última opção é a melhor. Em princípio, a unidade só pode acontecer entre os homens. As coisas acontecem de forma diferente entre as mulheres. Os dois géneros se unem de uma forma completamente diferente.

– Qual é a diferença fundamental entre estas duas formas de organizar um espaço?

– Tudo o que falamos é geralmente destinado a meninos. Tem que haver uma abordagem especial para as meninas e um método especial que deve ser discutido separadamente. Isto não é simples.

A sensação de você e do coletivo, da unidade, da conexão, “nós” em vez de “eu” é completamente diferente para as meninas, que são pequenas mulheres. E temos que desenvolver uma abordagem completamente diferente para eles.

De uma maneira ou de outra, somos diferentes, de fato, completamente opostos na natureza. Portanto, a organização de um campo para meninas deve ser diferente. De um modo geral, criar um acampamento para meninas é muito problemático.

Os homens são atraídos uns para os outros. Eles querem estar em uma equipa, eles precisam da ajuda uns dos outros e do ombro de um amigo. A sua atração por si e por um grupo é instilada neles desde a infância.

Mas as mulheres não têm esta atração. Elas não podem estar conectadas umas com as outras, senão através de algum tipo de comunidade que ajude cada uma a organizar a sua vida melhor. Nesse caso, elas concordam com algo comum. Portanto, aqui a abordagem deve ser diferente.

A sua individualidade permanece. E deve ser expressa e apoiada, em vez de ser suprimida. Ao trabalhar com meninos, aspiramos a fazê-los ver o coletivo como superior ao indivíduo. Não podemos fazer isso com as mulheres. Não devemos quebrar a natureza, mas ir junto com ela.

Uma mulher ajuda os homens e os aproxima da unidade, ao mesmo tempo que a sua participação é relativamente passiva, transmitindo-lhes o desejo de uma nova sociedade que lhe dê maior confiança e maior realização. Mas ela não participa pessoalmente na construção.

Um homem constrói a nova sociedade, enquanto uma mulher o ajuda. Sem o desejo feminino, um homem não fará nada. O homem é o construtor; A mulher é a força que o dirige a construir.

Agora, o mais importante para nós é criar o tipo certo de homens.

– Além de ter um dia de pais, é possível organizar um dia em que os meninos se preparam e as meninas os visitam, e todos eles têm algum tipo de atividades mútuas?

– Se ambos os lados estão preparados, então é claro que isso pode ser feito. Mas depende da sua idade. Antes de 11 ou 12 anos, não é necessário ter tais reuniões porque nenhum deles precisa disso. Os meninos se sentem bem sozinhos, e as meninas se sentem bem sozinhas, também.

A partir de cerca de 12 anos e mais (a este respeito, muito depende do contexto social e de outros fatores), eles começam a se interessar uns pelos outros. Isso chega ao ponto em que suas vidas inteiras, todo o tempo, todos os seus pensamentos e desejos são preenchidos pelo sexo oposto. Este é o período de rápido crescimento hormonal. Nós temos que entender isso e levá-lo em consideração.

Entre 11 e 14 anos ou até 15, podemos organizar atividades mútuas, como jogos, discussões mútuas e músicas. Eles não precisam de nada além disso. Esta é uma época em que a comunicação é principalmente verbal, puramente externa.

Em uma idade mais avançada, eles começam a ter outros tipos de comunicação, incluindo relações sexuais e tudo mais. Se imaginarmos quais serão as conseqüências, devemos decidir se permitiremos ou não estarem em contato uns com os outros.

Isto depende da sociedade, dos costumes e do acordo mútuo dos pais para que os organizadores destes eventos não tenham problemas depois. Isto requer uma abordagem muito séria e pensativa e um acordo preliminar.

Mas nós não estamos a pensar apenas em como organizá-los juntos no seu ambiente restrito e fechado. Temos que adaptá-los à vida, por isso é necessário gradualmente (após um mês de preparação) criar um ambiente parecido com a vida, semelhante ao da rua, da casa, do recreio e da escola.

Temos que praticamente levá-los à vida real, criando um cenário que é semelhante a este “campo de batalha” tanto quanto possível.

É semelhante à forma como os espiões são treinados em condições que se assemelham aos lugares onde eles farão o trabalho real. Por exemplo, na América, provavelmente eles construíram aldeias siberianas, e na área de Moscovo eles provavelmente criam algo que se assemelha a Manhattan.

Portanto, nós devemos criar as condições corretas para eles. E, naturalmente, nessas condições, que se assemelham à vida real, definitivamente tem que haver mulheres.

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Ser O Seu Próprio Psicólogo

Do livro “A Psicologia da Sociedade Integral”

– Devemos concluir os eventos delineando algum tipo de conclusões ou apresentando algum tipo de produto, como um filme, ou simplesmente é um processo, então, saímos deste evento e entramos em um novo processo?

– Este é um processo pelo qual passamos diariamente. Selecionamos os momentos mais preciosos, os que são mais úteis para uma maior consciencialização e fazemos um filme deles. O filme pode até ser de várias horas, porque estivemos lá por vários meses.

Nós coletamos todos os tipos de incidentes divertidos, momentos especiais, suas resoluções, e assim por diante, e cada pessoa vai para casa com este filme.

Além disso, cada criança deve manter um diário. Damos diários especiais para todas e cada criança tem que escrever nele todos os dias. Deve conter gráficos específicos: minha atitude, as atitudes delas, eu sou assim e elas são diferentes, algo especial que aconteceu, como resolver uma determinada situação e assim por diante. Ou seja, uma pessoa deve se auto-monitorizar do ponto de vista psicológico, e deve gravá-lo diariamente. Afinal, estamos a estudar a natureza humana.

A idéia é que o que elas escrevem será lido a todos. Mas isso deve acontecer gradualmente, não imediatamente. Estamos nos a tornar psicólogos. Estamos a trabalhar na auto-realização, e o diário deve refletir isso.

Uma pessoa tem que sair deste processo com uma compreensão mais profunda de quem está sentado dentro dela, como ela se deve relacionar com o mundo – da perspectiva do pequeno animal que está dentro de mim ou do ponto de vista da pessoa que eu quero nutrir dentro de mim?

A escrita deve ser feita literalmente todos os dias e ter uma a duas páginas. Deve incluir os parágrafos marcados com antecedência que descrevem coisas específicas.

– Deve uma criança preencher este diário ao longo do dia ou no seu final, antes de dormir?

– Eu não acho que deveria ser feito antes de ir dormir. Com crianças, tudo muda muito rapidamente. Eles estão sob impressões internas tão explosivas que não podemos esperar que elas acumulem tudo isso até o final do dia e só então as coloquem no papel. Temos que dar-lhes a oportunidade de irem escrevendo, pouco a pouco.

– Quão intensos devem ser estes eventos? Às vezes é necessário fazer uma pausa para realmente sentir algo. Quão preenchido deve ser o dia com as atividades?

– Depende da medida em que o ambiente nos excita. Pode ser necessária uma pausa, ou mais precisamente, uma mudança na atividade. E é possível que alguns dos grupos possam precisar de uma soneca diurna, ou algum tipo de pausa, por exemplo,  simplesmente se sentarem para assistir algum tipo de programa ou fazerem uma outra atividade mais calma.

Mas, em princípio, penso que tudo depende apenas do ambiente. As crianças podem digerir enormes quantidades de informações, absorvê-las e adaptar-se a qualquer coisa. Elas não se cansam disso. Uma criança pode brincar as 24 horas do dia. Tudo deve ser construído sob a forma de um jogo. Então ela não se vai cansar. Ela só terá que alternar estes jogos.

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Sentado com Amigos à volta da Fogueira

Do livro “A Psicologia da Sociedade Integral”

– Deveria haver o içar da bandeira pela manhã e hinos ao final do dia? Deveria haver uniformes, e assim por diante?

– Devemos ter a nossa própria bandeira nestes lugares, mas sem uniforme. Talvez haja chapéus especiais ou t-shirts, mas nem precisam ser idênticos. Talvez cada grupo possa os seus próprios chapéus e t-shirts. Mas isso não é necessário porque os grupos serão reformulados de qualquer maneira.

No entanto, devemos ter uma bandeira da humanidade futura, ou algo desse tipo. Não deve ser feito por orgulho, como se dissesse: “Aqui estamos, contra todos os outros”. Este tipo de sentimento definitivamente não deve estar lá. Pelo contrário, estamos voltados para todos com um rosto brilhante e um coração aberto.

A palavra “Nós” deve ser escrita no banner. E “Nós” não é nosso nem vosso; sãotodos juntos, a humanidade.

– O dia deve começar com todos reunidos para içar uma bandeira e com música?

– Acho que isso seria bom. As crianças devem ter a oportunidade de se sentirem orgulhosas, de serem recordadas da sua grande missão.

– Podemos convidar grupos musicais com adultos para estes campos?

– Para quê? Vamos criar conjuntos musicais ali mesmo, no local. As crianças têm que ter aulas de guitarra. Todos ficarão felizes em aprender música. Nunca devemos ter que levar pessoas de fora. Ao longo de três meses, criaremos maravilhosos grupos musicais. Isso ajuda enormemente as pessoas a se expressarem. Deixe-as bater na bateria tanto quanto elas queiram lá.

– Devemos celebrar os feriados lá? E se sim, o que devemos celebrar?

– Temos de celebrar os nossos próprios feriados. Digamos que fizemos uma caminhada. Após a caminhada que realizámos, fazemos uma refeição festiva, com sorvetes e doces. E este é um feriado para nós. Pode incluir músicas e talvez uma fogueira.

Não deve haver feriados nacionais ou folclóricos. Pelo menos, isso não deve ser feito de forma proeminente e chamativa. Isso distrai todos.

O mais importante é a sociedade integral.

– Você mencionou fogueiras. Você pode explicar o significado desse fenômeno das pessoas juntarem-se em torno do fogo?

– É um antigo impulso humano. Uma pessoa não pode se afastar do fogo, de olhar o fogo e sentir o seu calor. Às vezes temos que usar estas oportunidades. Mas, em princípio, isso deve ser feito para que as crianças possam planear e dirigir essa noite por conta própria, incluindo com as suas próprias músicas ou músicas que foram previamente escritas por amigos nossos, especificamente para estes tipos de encontros. Em princípio, é uma reunião de amigos em torno de uma fogueira. Mas também pode acontecer sem a fogueira.

– Quando as pessoas se sentam ao redor de uma fogueira, às vezes uma atmosfera muito calorosa, um ambiente especial é criado. Podemos usar isso?

– Sim, mas acho que as pessoas não sentirão particularmente a diferença, seja junto a uma fogueira ou noutro lugar. Eu acho que estas crianças começarão a ter um sentimento de união que não dependerá de condições externas.

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Crianças “Não Cooperativas”

Do livro “A Psicologia da Sociedade Integral”

– Quão rigorosa deve ser a disciplina?

– Tudo deve ser colocado na mesa para discussão! Nós até temos mais tarde que buscar razões para serem discutidas com todos. Mas deve ser uma discussão, não uma condenação! Nessas discussões, cada criança coloca-se na posição do outro – uma vez, ela é o acusado e numa outra vez, é o acusador; uma vez ela defende os outros e posteriormente  defende-se e assim por diante. Ou seja, devemos ajudar uma pessoa a sair de si mesma. Todos estamos a lutar contra a nossa natureza, que é um mecanismo externo, alienígena em relação ao qual temos de nos elevar e usá-lo na direção oposta. Isto é o que é importante.

– Para resolver conflitos, há algum problema em criar um comitê de trabalho de educadores e instrutores que se juntem à noite, por exemplo, para discutir o dia que passou e as dificuldades que ocorreram? Ou deve tudo ser feito junto com as crianças?

– Os educadores devem definitivamente se juntar e discutir as coisas. Mas principalmente, todo o trabalho de educação, ordem e regulação de todas as relações internas deve ser constantemente incumbidas às crianças.

Falando de um modo prático, no final do nosso trabalho no campo, as crianças devem conduzir todo o seu trabalho e serem capazes de trabalhar em si mesmas de forma independente.

– Às vezes, uma criança destrói o espaço ao seu redor e não se encaixa. De fato, ela interfere com os processos. Sob que condições uma criança deve ser expulsa?

– Existem várias possibilidades. Se a criança é difícil e não entende nada, porque simplesmente não escuta, não é culpa dela. É assim que ela é e você precisa ligá-la a uma criança mais velha para que esta vá influenciá-la corretamente. Esta é a melhor coisa.

Nenhum educador de adultos pode fazer isso. Um adulto é percebido por uma criança como “mobília”, nulo. Mas uma outra criança 3 ou 4 anos de idade mais velha já é tudo para ela e nós devemos usar isso. Uma criança mais velha pode recorrer a essa criança “não cooperativa” e pedir-lhe para ajudá-la na cozinha ou em outro dever. Dessa forma, ela a ocupa por algum tempo, levando-a para fora do coletivo e trabalhando com ela individualmente.

Talvez esta criança “não cooperativa” goste de serrar, aplainar a madeira ou modelá-la. E através disto ela entrará gradualmente na atmosfera geral. E então, sob a influência da criança mais velha, ela começará a entender e a sentir o que está acontecendo aqui. Estes tipos de oportunidades definitivamente devem ser criados.

Expulsar uma criança do campo e enviá-la para casa é um caso extremo. Só é possível fazer isso se não é mais uma criança mas um jovem adulto que não consegue se reajustar psicologicamente. Há pessoas assim, mas são muito raras.

– Existe um estereótipo de que, se uma pessoa não se encaixa, é expulsa e pronto.

– Definitivamente não! Não podemos fazer isso. Nós sempre usamos as crianças mais velhas e o seu ambiente para influenciar as mais jovens o mais intensamente possível. Esse tipo de criança pode também ser transferida para um grupo mais velho. “Você tem 12 anos e é assim que você é?! Nós vamos transferi-la para o grupo de 15 anos de idade e ver como te comportas lá. “As crianças mais velhas rapidamente a colocam “na linha ” e ela vai assumir o comportamento esperado.

– Como devemos organizar a interação entre as crianças neste ambiente do campo e as crianças “selvagens”, locais?

– Não temos crianças locais ou crianças “selvagens”. Devemos selecionar claramente e saber o que estamos a fazer. Recebemos a matéria-prima das crianças, e temos que enviá-las como seres humanos.

– Mas suponha que façamos uma viagem para algum lugar que tenha grupos da população local.

– Não deve haver grupos de população local. Deve haver um isolamento total.

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Comunicação com o Mundo Exterior e com os Pais

Do livro “A Psicologia da Sociedade Integral”

– Como ocorre a comunicação com o mundo exterior e com os pais? É muito importante mergulhar uma criança neste ambiente especial para que ela esteja lá por um longo período de tempo. Mas deveria ela também ter uma conexão externa através da internet ou do telefone? Pode ela se conectar com os seus parentes e as pessoas que lhe são próximas?

– As crianças podem ver, ouvir e conversar com os seus pais todos os dias no Skype. O campo definitivamente deve oferecer-lhes essa possibilidade. Se o acampamento estiver em algum lugar no campo, elas ainda podem ir a algum lugar onde cada uma tenha a oportunidade de falar com os seus pais por cinco minutos, mas não mais do que isso. Quanto à conexão com outras sociedades egoístas e não corrigidas, isso é absolutamente desnecessário neste momento.

Temos que entender que se criarmos uma nova sociedade, preparando um novo ser humano, então ele deve olhar para a frente e nunca para trás. Afinal, as crianças não querem ouvir os seus pais. Elas querem fazer todo o seu caminho e avançar, enquanto os pais estão atrás delas.

Os pais só devem dar às crianças o ambiente certo e a direção certa, e fazer tudo o que podem para que as crianças possam avançar. Eles nunca devem tentar puxar as crianças para o seu próprio mundo. Pelo contrário, eles deveriam criar novas condições para elas, de modo que as crianças estão apenas nelas e, a partir daí, avancem.

É por isso que devemos reatar os pais antes do tempo, antes que essa pessoa pequena volte para sua família, dando-lhes uma explicação sobre como eles se devem expressar em relação aos seus filhos. Nós não estamos tentando reeducá-los. Esta é uma tarefa completamente diferente que só pode ser feita através dos meios de comunicação de massa.

Mas eles podem oferecer a rotina correta às crianças e apoiá-las todos os dias, e ter a mesma rotina presente na escola, o que significa, no mundo de seus filhos como um todo. Isto é o que temos de providenciar.

– E se os pais quiserem ver seus filhos fisicamente, especialmente se o campo for destinado para um longo período de tempo? Devemos organizar os dias dos pais?

– Sim, isso pode ser feito. Naturalmente, eles não terão que ver os seus filhos “através da cerca”. Isto deve acontecer gentil e agradavelmente. Por exemplo, podemos realizar um piquenique em conjunto, onde as crianças o realizam e também estão próximas a seus pais.

Uma criança quer aconchegar-se na sua mãe e sentar-se ao lado dela e esta, por sua vez, quer ver a sua criança querida. Tudo isto é óbvio e natural, e certamente não proibimos nada disso.

No entanto, isso ainda exige um briefing para os pais. Por exemplo, eles não devem chorar pelo seu querido Johnny, “Oh não! Ele ficou queimado do sol ou riscado … “

Os pais têm que tratar as crianças com incentivo e até admiração por estas estarem em um campo tão especial. Isso é muito importante para as crianças.

– E com que frequência um “dia dos pais” deve ser mantido?

– Não creio que deva ser feito frequentemente. Talvez uma vez a cada duas semanas, e certamente não durante todo o dia. E, durante estes dias, as crianças devem realizar praticamente o mesmo trabalho que nos dias normais, enquanto os pais podem estar com elas e observar como tudo é feito acompanhando-as, incluindo os jogos, discussões, tribunais, músicas, danças e refeições. E, algumas vezes ao dia, devem receber uma meia hora ou uma hora de tempo livre. É necessário mostrar aos pais o que é isto.

É assim que ensinamos os pais a entender mais tarde o que está acontecer com os seus filhos. Nós temos que organizar estes dias de tal forma que sejam dias educacionais para os pais. Quando seu filho voltar para casa, eles estarão capazes de entender como se devem relacionar com várias coisas e com que “produto” receberam após dois ou três meses de acampamento.

A criança é uma pessoa completamente diferente, tendo uma visão diferente do mundo e da vida. Os pais precisam estar preparados para isso. Portanto, durante esses dias devem haver estudos muito intensivos para os pais.

Devemos dar a todos os pais uma brochura e um CD que eles terão que assistir em preparação para a próxima visita. Em geral, este é um trabalho mútuo e intensivo que nos dá a oportunidade de realizar literalmente uma reconstrução da sociedade em torno deste tipo de campos. E não só os pais podem lá ir mas também avós, avôs e outros parentes.

– Os pais podem trabalhar no campo, ou é preferível que a equipa de educadores seja desconhecida, que não tenha nenhuma conexão familiar?

– Penso que no futuro, seremos capazes de criar um tipo de recurso para pais e filhos, onde crianças e pais participem em sessões de treino e passem pela re-preparação mútua, psicológica, desenvolvendo uma nova atitude à sociedade, criando-se a si mesmos e a uma nova comunidade entre eles.

Mas este é o próximo passo. Só posso imaginar um pouco, é prematuro discutir isso hoje.

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“Nós” é o Mais Importante

Do livro “A Psicologia da Sociedade Integral”

– Como deve ocorrer esta reorganização? Pode acontecer como um jogo ou uma loteria?

– Deve acontecer arbitrariamente e constantemente. Pode ser feito através de uma loteria ou com um computador por seleção aleatória, como em uma slot machine. Podemos jogar seleções de dez pessoas por grupo usando um metro de números aleatórios.

As crianças devem entender que não importa quem está no seu grupo. Pelo contrário, quanto mais inesperada e desconhecida a pessoa que fica ao meu lado, maior a minha oportunidade de me sintonizar de forma diferente através dela, sentir as coisas de maneira diferente e ascender.

– E se a criança não quiser mudar o ambiente circundante?

– Mudará de qualquer maneira. O que pode ela fazer acerca disso? A máquina deu os resultados, e agora essas dez pessoas estão sendo substituídas por outras dez, e depois com outras dez, então nunca haverá repetição.

Mas se há um certo período em que um treino específico é realizado, como se algo acontecesse ontem e hoje você quisesse discernir algo sobre isso, nesse caso é necessário manter o mesmo grupo. Mas, alguns dias depois, o grupo ainda precisa de ser alterado. É melhor mudar os grupos tantas vezes quanto possível, e isso inclui os educadores. Uma criança tem que se sentir confortável em qualquer sociedade e ser capaz de se conectar com ela. E todas as pessoas devem influenciar todas as outras corretamente.

– Mas as crianças nem sempre se combinam nas suas qualidades. Além disso, mesmo se as misturarmos, elas ainda assim passarão o seu tempo livre com as pessoas que estão mais próximas delas. Como devemos nos relacionar com isto?

– Claro, não devemos intervir por estas serem atraídas umas pelas outras de acordo com os seus hobbies ou porque elas vieram do mesmo lugar. Afinal, são crianças.

Mas isso exige uma abordagem criativa dos educadores. Temos que mostrar às crianças que, idealmente, você tem que ter uma atitude absolutamente igual a todos. O mundo é construído de tal forma que temos que alcançar o nível de equilíbrio total com todos.

Claro, ainda estamos longe desse ideal, mas devemos levá-las para isso. É claro que se uma pessoa específica é sua amiga, você sai com ela no seu tempo livre. As duas se ajudam uma à outra e querem estar juntas, dormir ao lado uma da outra, fazer uma viagem no mesmo grupo e assim por diante. Mas, ao mesmo tempo, devemos ajudá-las a se separar de algum jeito.

Até um certo ponto, uma pessoa tem que ser como um individualista, sentindo que não está apegada a ninguém. Ela está ligado à sociedade, mas a ninguém em particular. Isso é muito importante porque pode-se eclipsar o outro. “Nós” é o mais importante. Não eu, e não eu com o meu amigo. “Nós” somos apenas nós, uma certa superestrutura comum em toda a humanidade. Em princípio, é sem face. Esta é uma imagem comum do homem.

– O que você acabou de dizer fundamentalmente difere da abordagem da psicologia.

– A psicologia é construída no encorajamento de uma pessoa, ao dar-lhe a energia egoísta para mudar por dentro. Esta diz-lhe: “Ame a sua cidade, preocupe-se em manter a sua rua limpa … Ame o que é seu e a si mesmo, e respeite o que é o meu” isto é ” tente jogar junto com o seu egoísmo.” Desta forma, os psicólogos tentam trazer uma pessoa para algo mais social do que individualista. Mas isso não vai ajudar. Nosso objetivo é o contrário: temos que elevar uma pessoa inteiramente.

– As crianças devem ter tempo livre? E se sim, para quê?

– As crianças não precisam de tempo livre. Elas não precisam de nada. Pelo contrário, elas estão sempre a jogar jogos e estão sempre conectadas umas com as outras. Se deixarmos uma criança sozinha, o que ela fará? Ela ainda assim vai brincar com alguém.

– Sim, lembro-me de como ficava aborrecido durante o meu tempo livre. Eu não tinha nada para fazer.

– Claro. É horrível. O que você vai fazer – andar na floresta, em algum campo? Não há absolutamente nada para fazer. Uma criança não deve ter tempo livre, nem ela quer. Uma criança deve estar sempre jogando.

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Aventuras Nocturnas

Do livro “A Psicologia da Sociedade Integral”

– A próxima pergunta que tenho é sobre a noite. Sabemos que metade de todas as aventuras em lugares como este, acontecem após “luzes apagadas”. Como pode isto ser organizado? Afinal, é impossível forçá-las a dormir. Ou não devem as luzes ser apagadas?

– Bem, é claro, as coisas devem ser organizadas e muito claras. As luzes devem ser apagadas mas as crianças precisam estar completamente esgotadas, especialmente antes de ir dormir, então se estão realmente cansadas têm prazer em dormir e descansar. Mas se alguém não pode adormecer e todas as outras estão a dormir, ela não tem o direito de incomodá-las. Ela tem que se levantar calmamente e tem que ter uma sala especial para onde  possa ir, onde as “corujas da noite” como ela se juntam. Elas podem sentar-se lá, falar ou assistir o nosso programa na TV ou no computador. E esta é a única coisa disponível. Mas depois, temos que ver o que acontece com elas durante o dia?

Então, a este respeito, nós também permitimos “expressarem-se” e evitamos “domesticá-las” na rotina, deixando-as ter uma hora ou mais para elas próprias à noite, tal como fazem em casa.

– No que diz respeito à sala onde elas dormem, é melhor ser um quarto grande para 10 crianças, ou ter de 2 a 4 crianças por quarto?

– É melhor quando todo o grupo dorme junto e os educadores também estão próximos, a uma pequena distância. Por exemplo, a porta para onde as crianças dormem está aberta e os educadores dormem nas proximidades. Existem 2 educadores e 10 crianças que têm um apartamento ou uma casa onde estão todos juntos.

Mais uma vez, tudo isso se mistura, incluindo as crianças que estão no grupo e os educadores. Eles têm que parar de se ver. Isto é muito importante. Não deve haver um cenário em que se sinta “Este é o meu amigo”. E os outros? Eles também não são seus amigos? Em outras palavras, não importa quem esteja ao meu lado porque todos são meus amigos.

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Aprendendo com Obstáculos Artificiais

Do livro “A Psicologia da Sociedade Integral”

– Você disse que o espaço temporário de uma criança deve estar bem organizado. Qual é a melhor maneira de fazer isso?

– O dia de trabalho ou o dia escolar deve ser organizado para que o elemento de educação esteja presente em todos os lugares, em todas as atividades e na rotina diária. Por exemplo, organize as coisas para que haja apenas um ponto de lavagem e veja se elas vão lutar sobre ele ou não. E comece a elevá-los mesmo aqui e depois. Ou disponibilize um lugar muito estreito para distribuição de alimentos ou uma quantidade insuficiente de cadeiras e veja como elas se comportam.

Elas precisam ser colocadas em uma posição em que de maneira involuntária precisam se adaptar ao seu método e mergulhar em novos tipos de relacionamentos. Caso contrário, elas não serão capazes de suportá-la.

Uma criança tem que se sentir confortável em qualquer circunstância desconfortável, precisamente porque ela se eleva acima de seu egoísmo e trata os outros de maneira diferente.

Há muitas oportunidades de usar obstáculos deliberadamente colocados para dar-lhes uma dica de que, em todos os obstáculos, barreiras que estão à sua frente, elas têm que se elevar ao nível humano e então tudo parecerá diferente.

E muitas barreiras desse tipo devem ser criadas durante o dia, como nos jogos e nas viagens onde não conseguem superar umas sem as outras. Talvez elas tenham que se deitar uma sob a outra por ser essa a única maneira de poderem superar algum obstáculo.

Isso está bem desenvolvido no exército e é um conceito que vale a pena pedir emprestado aos militares. De repente, alguém pode precisar ser carregado em uma maca ou obstáculos podem surgir onde uma pessoa tem que se deitar e todo mundo corre sobre ela.

Obstáculos especiais devem ser selecionados e colocados em cada canto e em cada curva. Eles podem ser físicos ou morais e o seu objetivo é constantemente fazer as crianças colidirem umas com as outras e, em seguida, elevarem-se a si mesmas mais alto. É uma sessão de treino constante.

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