Dr. Michael Laitman Para mudar o Mundo – Mude o Homem

Comece com Pequenos Grupos

Do livro “A Psicologia da Sociedade Integral”

– Existem vários tipos de campos – campos enormes, com milhares de crianças, ou acampamentos pequenos, locais, de verão ou de inverno. Qual é o melhor? Qual é o mais adequado para o princípio integral?

– Depende do nível de preparação das crianças. Eu não acho que devamos ir para nada grande no começo. Nós precisamos de pequenos grupos onde todos entendam o objetivo que desejamos alcançar.

Além dos educadores, é necessário preparar os funcionários que estarão ao serviço no local. Essas pessoas precisam passar por um excelente treino para que elas se comportem corretamente umas com as outras e compreendam qual deverá ser o  cenário e o espírito desse campo. É um lugar onde uma criança se torna imersa em um cenário completamente diferente por talvez vários meses, e mesmo antes disso, antes da viagem, ela é ensinada a se conectar aos outros criando a comunidade virtual correta, cujos membros se apoiam e se ajudam uns aos outros.

Isto não requer grandes campos de crianças. Temos que progredir com pequenos grupos, pequenas comunidades que ficarão totalmente prontas para se juntarem a uma grande comunidade, sem perder a orientação certa em relação a todos. Mas temos que começar com pequenos grupos.

– As crianças que vêm a este tipo de campo devem ser preparadas futuramente ou podem passar por uma “preparação de choque” nas instalações? Ou, o próprio campo pode ser uma preparação para novas atividades?

– Depende da duração que terá o acampamento. Se você aceitar uma criança por dois ou três meses, então você pode aceitar qualquer pessoa. Por exemplo, suponha que são 50 crianças. Essas 50 crianças estão divididas em cinco grupos que às vezes funcionam como cinco grupos e às vezes se fundem. Mas muitos parâmetros devem ser levados em consideração: as crianças são semelhantes em idade, origem social e mentalidade? Se elas coincidem de acordo com estes parâmetros, então, em dois ou três meses, você poderá transformar qualquer criança em algo novo. Neste caso, você pode aceitar qualquer criança.

No entanto, é preferível ter uma espinha dorsal. Além dos educadores, é bom ter crianças que já estão preparadas. É como fermento que proporcionará uma formação completamente diferente, um produto da fermentação certo, que eventualmente terá a consistência necessária.

É necessário ter dois professores para cada 10 crianças, e é necessário ter pelo menos um grupo “sênior” entre as 50 crianças, ou seja, crianças que já estão preparadas. Então não haverá nenhum problema em aceitar lá crianças. Os “sêniores” colocam rapidamente todas as outras em ordem.

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Pegue uma Mochila e Faça uma Caminhada

Do livro “A Psicologia da Sociedade Integral”

– Existe algum ponto comum na organização de caminhadas e viagens de vários níveis de dificuldade, como uma viagem de bicicleta, uma caminhada a pé ou uma viagem em uma balsa? Todas podem ser usadas ​​como desafios que permitem que a unificação seja expressa em ação e não verbalmente.

– Sim, claro. Nessas condições, nós queremos mostrar-lhes expressões de ajuda mútua e interação. Também podemos levar as meninas, consequentemente os instintos e os impulsos são obrigados a emergir e surgirão todos os tipos de relacionamentos, que não serão vistos acima do egoísmo, mas dentro dele. Deste modo elas precisam se convencer do quanto elas estão no controle de si mesmas e o quanto não estão, para criarem uma ajuda masculina comum ao grupo das mulheres, expressando-se como os homens. Isso é útil.

– A partir de que idade essas caminhadas e viagens podem ser organizadas?

– A partir dos 11 ou 12 anos, não antes. E a partir dos 13 ou 14 anos, as viagens podem ser feitas em grupos mistos.

– É melhor estar num só lugar ou viajar para um novo local a cada dois ou três dias?

– Podemos mudar de lugar muitas vezes. Mas se realizarmos um trabalho interno intenso , então elas não irão perceber a mudança de ambiente porque o ambiente será sentido de forma mais interna – como elas estão mais próximas ou mais distantes umas das outras. Elas se irão concentrar mais em seus sentimentos e relacionamentos.

Alterar de um campo para outro, ou de uma cabana de madeira para uma tenda, será notado menos, enquanto condições externas, relevantes. Se houver a oportunidade de estar junto ao oceano ou a um rio, depois em uma floresta, e depois nas montanhas ou no deserto, há uma grande diferença entre esses lugares. E isso afetará as suas interações também. Mas se é apenas uma mudança de lugar, isso não importará.

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Aprender a Ser Misericordioso Com A Natureza

Do livro “A Psicologia da Sociedade Integral”

 

– Quando as pessoas vão ao campo, eles entram em contato mais próximo com a Natureza. Nesse caso, elas deveriam acordar ao amanhecer e ir dormir ao pôr-do-sol? Como podemos usar essas oportunidades para melhorar a interação do homem com a Natureza?

– O mais importante é ensinar-lhes uma atitude amorosa e misericordiosa com a Natureza. É muito importante para elas sentirem os níveis da Natureza inanimado, vegetativo, animado e a elas próprias como um todo único.

A pessoa pode usar todas as coisas dos níveis inferiores da Natureza (vegetal e animal) precisamente na medida que ela necessita disso para viver, mas não mais que isso. É assim que entramos em equilíbrio e harmonia e começamos a sentir a Natureza como transparente, passando através de nós.

Nós a sentimos profundamente e através dela sentimos toda sua força única, o plano que nos desenvolveu durante milhões de anos e ainda nos desenvolve, que nos conduz para a frente. Começamos a entender o que nos acontece se nos fundirmos com a Natureza. Todavia, esta união não ocorre no nível primitivo, mas precisamente através da nossa unificação e da nossa atitude misericordiosa para com a Natureza, nosso amor por ela.

– Então quando nos sentamos num campo ou numa floresta, ainda assim falamos de unificação no nível humano? A prioridade é sempre dada à comunicação entre as pessoas, enquanto a Natureza é somente um cenário?

– Sim. Mas discutimos como e a que medida uma pessoa pode usar e explorar a Natureza e que limites a Natureza define ante nós. Os animais comem-se uns aos outros e também nós consumimos animais e plantas como alimento. Em que ponto é este consumo equilibrado e em que ponto é considerado excessivo? Nós devemos definir estes limites com rigidez e eles devem ser instalados nas nossas sensações.

É assim que treinamos uma criança para ser membro da nova sociedade, a sociedade do consumo inteligente, a qual devemos ficar agora a conhecer porque estamos a esgotar os recursos do planeta.

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Voluntariado pelo Bem da Unidade

Do livro “A Psicologia da Sociedade Integral”

 

– Quão confortável deve ser esse tipo de lugar? Deverá ser um hotel de cinco estrelas ou uma barraca em campo aberto? E, consequentemente, deveria haver voluntariado lá?

– Claro, é melhor ter o máximo de voluntariado possível, desde que o tempo não seja usado apenas para servirem-se a si próprios.

Se escolhermos um “campo aberto” e colocar tendas lá, então todo o nosso tempo será gasto apenas na liquidação. Portanto, tudo deve ser preparado, planejado e realizado, mas com a participação das crianças.

Temos de adoptar o servir-nos a nós mesmos de uma forma que esta atividade sirva de base para a união, dando-nos a oportunidade de trabalhar em conjunto. O nosso objetivo tem que justificar todo o trabalho.

Se descascar batatas ocupa o tempo que precisamos para estudar, então as coisas devem ser organizadas para que outra pessoa vá descascar as batatas. Mas se arranjarmos as coisas para que o descascar batatas se torne uma atividade conjunta de união e um estudo interessante, é claro que vamos usá-la. Qualquer trabalho que façamos deve ser definido por quão benéfico é para a educação.

– Podemos introduzir atividades de trabalho? Por exemplo, podemos providenciar para que as crianças façam trabalhos agrícolas no campo por várias horas, o que pode ser a primeira vez que elas fazem algo assim nas suas vidas?

– Claro. Por que não? Mais importante é que qualquer trabalho seja sentido como comum, para que todas vejam que o sucesso depende de cada pessoa individualmente e de todos juntos, apoiando-se mutuamente. Isso é necessário. É possível trabalhar em uma linha de montagem onde o resultado depende de todos. Vale a pena pensar sobre quais ocupações podem ser organizadas para elas.

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Rotação é Necessária

Do livro “A Psicologia da Sociedade Integral”

Digamos que criamos esse tipo de campo e temos crianças de diferentes idades que estão prontas para participar e que já estão imbuídas deste método de educação integral. Existem muitas questões organizacionais: os grupos de crianças devem ser fixos? Isto é: uma criança deveria estar em um grupo ao longo de todo o tempo ou podemos misturá-las?

– Definitivamente misturam-nas. Nem sequer importa quem uma criança conhece ou não conhece pelo nome, porque nós estamos a acostumá-las a uma sociedade mundial integral, então estas não devem se importar com o nome de alguém. Eu nem sequer me importo com a sua personalidade, pensamentos ou sentimentos. Tudo o que sei é que a sua atitude em relação a mim é a mesma que a minha na sua direção. Estamos a tentar nos unir, elevar-nos acima do nosso egoísmo e a nos tratar, uma à outra, afetuosamente. Mas como ela lida por dentro e o que ela sente enquanto faz isso, como ela luta consigo própria diz respeito apenas a ela.

Eu simplesmente tenho que ajudá-la. Devo mostrar-lhe deliberadamente a minha boa atitude. Dessa forma, eu a ajudo a superar as explosões egoístas dentro dela e se elevar acima delas em minha direção com a mesma gentileza e amizade.

– Como é que as crianças de diferentes idades interagem umas com as outras neste tipo de campo?

– Isto é difícil. Embora estejam a aprender o mesmo método, elas ainda têm atitudes diferentes em relação ao mundo, uma compreensão diferente da vida e da sua organização interior. Portanto, os grupos não podem ser feitos sem consideração da idade.

No entanto, podemos criar combinações diferentes destes grupos. Por exemplo, podemos trazer um grupo de 10 a 15 crianças de dez anos e cinco crianças de 15 anos a quem nós permitimos e orientamos para serem os organizadores e educadores das crianças mais novas. Então, as crianças mais novas, naturalmente, aprenderão com elas e ficarão orgulhosas de ter essa oportunidade.

Ou seja, nós não confundimos o grupo. Nós simplesmente usamos o facto de que as crianças mais novas, naturalmente, aprendem com as mais velhas e estão muito orgulhosas quando as crianças mais velhas lhes prestam atenção.

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O Ambiente Funciona Para Todos

Do livro “A Psicologia da Sociedade Integral”

 

– Deveria haver centros operacionais permanentes para que crianças pudessem ir lá, sair e retornar? E os grupos que se juntam lá devem ser pequenos ou grandes?

– É mais fácil gerir pequenos grupos para ensinar-lhes o método, para colocá-los no tipo de comunicação adequada uns com os outros, para que possam realizar diálogos, debates, pesquisas, análises e “audiências judiciais”, onde eles se julguem a si e aos outros.

Este é um tremendo trabalho interior e psicológico que uma pessoa jovem tem que realizar, e exige certas condições. Naturalmente, este trabalho deve ser intercalado com exercícios físicos, refeições, viagens, passeios, e assim por diante. Ou seja, tudo tem que ser coordenado. Nós devemos dar-lhes tempo para libertarem a energia que se acumula no interior antes que possamos sentá-los para discutir algo.

Isto pode ser feito no exterior, na Natureza, durante uma caminhada na floresta, em um parque ou em qualquer lugar realmente. Digamos que elas foram ao zoo, ou a um rio e algo aconteceu entre elas – elas deveriam se sentar e discutir imediatamente isso.

E, de forma discreta, nos gravamos a nós de longe. Quando observamos algo especial, a pessoa que grava imediatamente faz uma nota para si. Mais tarde, veremos essa parte da gravação e discutiremos o que aconteceu, como e por quê.

Neste processo, cada pessoa eleva-se acima de si, explica por que isso aconteceu dentro dela e tenta avaliar tudo de forma absolutamente objetiva, com a nossa ajuda. Além disso, cada pessoa desempenha vários papéis. Tudo isso deve ser intercalado com várias tarefas de cozinha ou de limpeza.

Durante este período, mostramos às crianças que uma pessoa deve tentar nunca deixar essa nova atitude em relação aos outros. O mais importante é o fato de que isso não diz respeito apenas ao trabalho individual de cada pessoa dentro dela. Nós construímos o ambiente de uma forma que este influencia cada uma das pessoas e obriga todas a mudar. Uma pessoa simplesmente começa a sentir o ambiente através de sua pele, como se estivesse em algum tipo de esfera que o envolve de todos os lados.

Ela sente a densidade desse ambiente ao seu redor e percebe como todos a influenciam, não permitindo que ela seja diferente. Ou seja, ela é constantemente mantida pelos outros em um estado de boa atitude para com todos, em um estado de doação e amor. Eles a ajudam a entender instantaneamente os seus impulsos egoístas internos e mostram-lhe como trabalhar com eles.

Uma criança vê o seu ambiente como uma boa força que o apoia constantemente como uma mãe gentil e a protege do inimigo interior – o egoísmo. Uma criança precisa receber precisamente essa sensação.

Ele começa a sentir-se no meio, entre o egoísmo e o ambiente externo. E então, como um juiz, ela chega a um estado em que decide constantemente qual o lado que quer escolher. A cada momento, ela começa a sentir como a oportunidade de livre escolha, livre arbítrio, emerge nela.

Este é o ponto que nutre o humano dentro de nós, onde o crescimento constante do egoísmo e a constante influência do meio ambiente nos permitem analisar e escolher constantemente a maneira de se ligar, com o que conectar e se queremos associar-nos ao nosso egoísmo ou abraçar a sociedade, contra o egoísmo.

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O Ideal é o Tempo Livre de Todos

Do livro “A Psicologia da Sociedade Integral”

 

– Para que esse sistema seja adotado pelas massas, podemos usar a internet. Mas também seria interessante encontrar maneiras para as pessoas que se comunicam constantemente pela internet se encontrarem fisicamente. Esses campos podem ser um lugar onde as crianças de todo o mundo, que já se comunicam pela internet, podem se reunir e se encontrar na vida real. Quanto tempo devem ser essas reuniões, uma semana, duas semanas, um mês ou o Verão inteiro talvez?

– Depende das circunstâncias, mas, em princípio, quanto mais tempo melhor.

Isto porque não é um tipo de cura em que alguém é tratado e dispensado. Não são umas férias onde uma pessoa vai relaxar e depois volta para casa. E não é um estudo limitado por uma quantidade específica de horas.

Em vez disso, é uma comunicação ininterrupta onde uma pessoa mapeia o método de criação de uma sociedade nova e integral. E as crianças simplesmente a absorvem. Este permanece dentro delas e sempre pode ser ativado, renovado e suportado.

Portanto, o ideal é fazer isso em todos os seus tempos livres. Se possível, uma criança deve ser constantemente imersa neste ambiente.

Imagine a seguinte boa fantasia: se pudéssemos levar todas as crianças do mundo e criar para elas as condições onde se comunicassem com os educadores somente neste ambiente.

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Meu Amigo Egoísmo

Do livro “A Psicologia da Sociedade Integral”

 

– Já existem eventos como estes para adultos, como o caso de psicoterapeutas que se reúnem para cursos de Verão. Para facilitá-los, devemos determinar várias coisas para que funcionem corretamente. Um campo tem que ser um evento de verão, ou pode ser feito várias vezes ao longo do ano?

– Nós estamos tentando organizar este tipo de reuniões, sempre que as crianças tiverem tempo livre, como durante a segunda metade do dia, nos fins de semana ou durante as férias. Além disso, elas podem se comunicar on-line e constantemente estarem nessas “boas comunidades” a partir de casa.

É muito interessante observar os momentos em que elas se apaixonam por essas comunidades. Um minuto elas parecem estar em um estado de “Somos amigos, estamos juntos, somos permeados por um espírito comum, e tudo é bom”. E de repente, alguns minutos depois, você vê como o egoísmo explode e literalmente do nada, sem qualquer razão aparente, elas começam a competir e surgem lutas entre elas.

Este é um motivo maravilhoso para descobrirem as coisas e treiná-las para pararem e pensarem. E não apenas para conterem a agressão, mas também para lembrar o bom estado em que se encontravam, onde elas se tratavam de maneira diferente, e deixá-las motivadas a alcançar um estado superior agora, mudando o seu egoísmo para uma boa conexão, em amizade.

E, de repente, as crianças começam a entender que esse egoísmo é seu amigo, seu parceiro. Está sempre a incentivá-las, empurrando-as umas para as outras por trás, e fazendo-as colidir umas com as outras, e na realidade é necessário para que elas se elevem acima dele em uma ótima conexão.

As crianças começam a adivinhar constantemente o plano da natureza. Elas começam a entender que a sua própria natureza é egoísta e que a sua constante agitação – a constante aspiração de uma pessoa de subjugar outra, dominar a outra e usá-la – é realmente uma bênção, levando-nos a desenvolver-se constantemente de maneira altruísta.

O plano profundo da Natureza é transformar-nos em pessoas independentes, no entanto em uma conexão, em constante desenvolvimento, entre estas. Deste modo, nós sentiremos que estamos constantemente nos elevando acima do nosso mundo. Assim, começamos a nos perceber como integrantes, sentindo completamente novas esferas da Natureza, as suas forças superiores e os planos integrais. Isso é algo novo que não pode estar presente em um individualista.

Existe um sistema no qual os individualistas trabalham, cada um dos quais sente todos os estados apenas dentro de si mesmo. Mas se criarmos a conexão integral entre nós, sentiremos todo o sistema, todas as informações e forças que circulam dentro desse sistema. E então não nos sentiremos ligados pela sensação individual de nossos corpos, pensamentos e desejos. Nós iremos ao próximo nível de sentimento de vida, que é chamado de “humano”.

No início, Adão foi criado, e então ele “se dividiu” em muitas pessoas. É assim que a Bíblia descreve alegoricamente. Portanto, podemos chamar à nossa unidade comum “Adão”, e nossa sensação comum é uma certa sensação básica da Natureza, que difere muito da nossa percepção individual da realidade.

Uma pessoa sai de seus limites pessoais e se sente conectada à natureza infinita e eterna, ao fluxo eterno de energia e informação. Isso lhe dá uma tal iluminação na vida que, por sua causa, ela está pronta para aceitar quaisquer impulsos egoístas e superá-los.

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Boa Internet” para Adultos

Do livro “A Psicologia da Sociedade Integral”

 

Esperamos que, com o tempo, possamos apresentar o mesmo método para adultos, para que eles também possam experimentar o estado de conforto emocional e perceberão que a vida de uma pessoa pode ser completamente diferente. Existem muitos exercícios psicológicos que permitem que as pessoas comecem a olhar a vida, a sociedade e a si mesmos de forma diferente, a ver diferentes possibilidades de viver e a agradecer por estarem vivas. Então eles não estarão deprimidos, como metade da humanidade, e não se sentirão constantemente abatidos, stressados, ansiosos, protetores e defensivos. Isto é o que estamos a observar cada vez mais na nossa sociedade.

Entre os adultos, esperamos fazer isso através de uma “boa TV” ou “boa internet”. Temos uma seção de internet chamada “um bom ambiente”. E esperamos atrair pessoas que se sentem mal ou achem a vida difícil e penosa, com diversos programas, discussões e produções.

Uma pessoa quer afastar a sua mente das coisas mas é-lhe impossível fazer isso hoje. Ela liga qualquer canal de TV apenas para ver violência, problemas, horrores e lutas constantes. Em suma, ela vê expressões viciadas de egoísmo e individualismo. Como resultado, ela é inspirada nessas mentalidades.

Nós pensamos que, se deixarmos as pessoas verem outra coisa, eles se afastarão gradualmente desses exemplos sinistros fornecidos pelos meios de comunicação de massa.

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Um Curso Intensivo de Amor e Amizade

Do livro “A Psicologia da Sociedade Integral”

Existem vários milhares de crianças de diferentes idades na nossa organização educacional internacional. Começamos este trabalho com crianças de 3 anos e continuamos até os 18 anos de idade. Este é um período muito amplo.

Sabemos o quão importante é o critério de idade para a educação das crianças e a comunicação uns com os outros. Naturalmente, esta é a primeira coisa que tomamos em consideração quando juntamos crianças de diferentes países. Tentamos montar um campo verdadeiramente integral.

Nós delineamos um programa que inclui muitas excursões, discussões, músicas e refeições comuns com participação. As crianças preparam a comida, colocam as mesas e limpam-nas depois. Elas se servem a si completamente. Elas estão juntas 24 horas por dia com os educadores presentes também. E estas passam pelo método de unificação de uma maneira muito interessante.

O mais importante é deixar uma criança sentir: “É assim que você depende dos outros e de como os outros dependem de você. É assim que você percebe o mundo, porque você o percebe assim, como a sua atitude em relação aos outros muda a sua percepção do mundo e por que é quando você interage com os outros corretamente, de repente você se sente segura, inspirada, entusiasta e mais forte “.

Mostramos as crianças como construir as interconexões corretas. Nós lhes damos o material apropriado sobre psicologia humana e sobre as nossas qualidades negativas. Na verdade, nós praticamente não temos qualidades positivas. Está escrito: “O coração de uma pessoa é mau desde o nascimento”. Ou seja, todos somos egoístas. É bom para as crianças compreenderem isso corretamente, para verem as expressões reais das suas personalidades, hábitos e o egoísmo em relação umas às outras, e que elas sempre estão tentando lucrar na interação com os outros.

Então, como podemos nós transcender o nosso impulso natural? Como podemos nos conectar com os outros para sentir que a doação, em vez da recepção, é agradável e fácil? Isso exige tremendo poder de vontade.

Mas temos que mostrar às crianças que doar é muito simples, fácil, fascinante e apaixonante. Esta pode ser uma aventura maravilhosa onde todos nós somos tão atraídos uns pelos outros, que nos elevamos acima de nós mesmos e nos sentimos como se estivéssemos voando.

Dar a uma criança a sensação de um novo tipo de comunicação é muito importante. Isso deixa uma impressão ou “gravação informativa” nela.

Se essas gravações se seguem com grande intensidade, ao mesmo tempo em que as crianças reconhecem suas descidas constantes no egoísmo, resultando em uma seqüência de descida-subida ascendente, então uma criança começa a controlar-se e a entender como ela pode subir para um nível onde ela sempre se sentirá segura, apaixonada e amiga, cercada por bons amigos.

Ou seja, mostramos a uma criança o benefício óbvio deste tipo de comunicação e da unidade. A coisa mais importante neste processo é ensiná-la a sair rapidamente de si mesma e entrar nesta comunicação. Esta é uma pequena tensão psicológica que mais tarde deixa de ser tensão. Torna-se um hábito ou uma segunda natureza uma vez que uma criança faça isso um certo número de vezes. E então torna-se fácil para ela.

Quando as crianças retornam para casa depois deste campo, elas podem criar pequenas comunidades semelhantes e praticar entre elas. Além disso, elas ficam conectadas umas com as outras virtualmente. No sistema dos nossos estudos constantes, elas continuamente aperfeiçoam a sua ascensão acima de si mesmas e a sua unidade.

Elas realmente começam a sentir algo especial nesta unidade, um estado psicológico diferente, conforto e uma vida que é especial, ilimitada e não limitada a estreitas fronteiras.

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