Dr. Michael Laitman Para mudar o Mundo – Mude o Homem

A Crescente Xenofobia da Europa: O Que Se Segue?

 

Será que o limiar do ódio na sociedade moderna pode piorar e o que pode o povo judeu fazer acerca disso?

Quando eu era menino na Europa do Leste, minha mãe me disse que se eu fosse para a escola e fosse bom para os outros, então a vida me trataria bem. Hoje, contudo, não vejo que os pais na Europa digam a mesma coisa aos seus filhos. Novas vagas de ódio xenófobo varrem o continente, marcando uma necessidade crescente de uma abordagem diferente.

A Áustria e República Checa elegeram representantes que agressivamente exigem o fim da imigração. A Hungria declarou que a Europa ficasse livre de imigrantes. A extrema direita alemã ganhou aderência enquanto partido politico pela primeira vez desde o fim da Segunda Guerra Mundial. A Polônia recentemente honrou um historiador com uma medalha nacional no mesmo mês em que publicou um artigo que desacredita o sofrimento judeu durante a Segunda Guerra Mundial. Também, uma das equipas principais de futebol da Itália, a Lazio, recentemente estampou autocolantes de Anne Frank usando um uniforme da team do Roma em desrespeito à equipe do Roma, uma vez que o Roma é habitualmente considerado extrema esquerda e judeu.

O ódio xenófobo atingiu novas magnitudes na Europa. Antes que ele começe a inflamar grandes conflitos, como no passado, nós temos de entender de onde ele vem e o que pode ser feito para impedir o seu aumento.

“A Europa é um representante chave do mundo do século 21, o declínio de uma cultura ocidental que até recentemente prosperava. Hoje, a Europa é um emblema daquilo que o mundo inteiro está a começar a experimentar: o fim da era do individualismo excessivo.”

O Paradoxo da Nossa Era

Enquanto a sociedade humana avança para o renascimento tecnológico, nós estamos a perder a motivação. O impulsio para sobressairmos em muitos campos em que nos aplicavamos no passado está a esvaecer, uma vez que há sinais visíveis de que se tornarão obsoletos ou dominados por robôs. Enquanto os tempos se tornam cada vez mais confusos e difíceis para as pessoas ao nível pessoal, social e económico, mais e mais pessoas sentem que os estrangeiros são uma perturbação para as suas vidas.

Os europeus são os primeiros a experimentar os danos resultantes de ondas massivas de imigração. Inicialmente, eles pensavam que os imigrantes impulsionariam o continente com sangue novo. Eles pensavam que poderiam ganhar da entrada da imigração e acolheram abertamente os imigrantes. Contudo, quando começaram a ver a cultura, educação e economia europeia em risco, muitos europeus entenderam que não seriam capazes de ganhar desta situação e debandaram em rebanhos para a extrema direita.

A Europa é um representante chave do mundo do século 21, o declínio de uma cultura ocidental que até recentemente prosperava. Hoje, a Europa é um emblema daquilo que o mundo inteiro está a começar a experimentar: o fim da era do individualismo excessivo.

Como reacção para o fracasso do individualismo excessivo, os valores nacionalistas fazem um retorno súbito. Todavia, esta erupção de nacionalismo é somente reaccionária e não oferece uma solução duradoura.

As pessoas continuam insatisfeitas. Nossos desejos são muito mais exigentes hoje que eram no século passado e cada vez mais vamos descobrir que quer vamos para a direita ou para a esquerda, nunca acharemos satisfação e conforto perene. Além do mais, a tendência para unir uma parte da sociedade em desconexão e oposição às outras partes é uma que conduz aos regimes nazis, guerras mundiais e muito sofrimento se ela ganhar ampla aderência.

Um exemplo deste tipo de união foi recentemente exprimido pela declaração do ex-supremacista branco Kevin Wilshaw no Channel 4 onde publicamente abandonou a extrema direita. Ele mencionou o sentimento de união na extrema direita como sendo derivado de “ser atacado pelas outras pessoas.”: “Embora você acabe com um grupo de pessoas que através das suas próprias visões extremistas estejam separadas da sociedade, você tem uma sensação de camaradagem no sentido que você é um mebro de um grupo que está a ser atacado pelas outras pessoas.”

O mundo de hoje se parece mais e mais ao pátio de uma prisão onde você tem de escolher o seu gangue para obter uma sensação de apoio: ora está na direita ou na esquerda. Além do mais, uma vez que a sensação de união está a faltar na sociedade no geral, muitas pessoas debandam para achar essa união na extrema direita ou na extrema esquerda, que se alimentam do ódio da sua oposição.

Estamos então condenados a entrar no futuro com esta luta crescente?

“Como reacção para o fracasso do individualismo excessivo, os valores nacionalistas fazem um retorno súbito. Todavia, esta erupção de nacionalismo é somente reaccionária e não oferece uma solução duradoura.”

Uma Alternativa à União Baseada No Ódio

Nós podemos alcançar estabilidade económica, bem estar social, uma sensação de segurança, felicidade e preenchimento reorganizando nossos sistemas sócio-económicos sob um único princípio fundamental: conexão universal acima de todas as diferenças. Este princípio é baseado na conexão natural que compartilhamos enquanto seres humanos. Além do mais, contrariamente à versão da extrema esquerda da união comunista e da versão da extrema direita de união nazi, o princípio da conexão acima das diferenças permite que a união fortaleça a diversidade social e a capacidade de cada pessoa exprimir a sua individualidade na sociedade.

Como funciona isso? Funciona porque este princípio emana da própria natureza. Como é visível em qualquer organismo vivo, aas forças opostas da natureza formam um único sistema que funciona em perfeita sincronização. Portanto, estabelecendo uma conexão delicada que conecta todos os opostos em um único todo, através de consideração mútua e aceitação, nós temos a capacidade de progredir positivamente enquanto sociedade.

A primeira sociedade na história que se baseou na conexão acima das diferenças e não na base das diferença de cada grupo, foi fundada no antigo reino da Babilônia há cerca de 3800 anos atrás. Um grupo de pessoas de culturas diferentes, idiomas e fundos se reuniram juntas sob um guarda-chuva ideológico de conexão acima de todas as diferenças.

Esta sociedade surgiu num tempo em que as pessoas sentiram as crescentes divisões sociais e em vez de deixar que as divisões se desenvolvessem para conflitos, como aconteceu com os outros Babilônios, eles transcenderam suas diferenças e se conectaram pelo bem de todos. Sobre esta conexão está escrito, “amor todos os crimes cobre” (Provérbios, 10:12). Esta sociedade se desenvolveu para aquilo que é conhecido como “o povo de Israel.” Abraão guiou sua conexão com um método que mais tarde foi chamado “a sabedoria da Cabala.”

“A união revelada do mundo moral, espiritual e intelectual com o mundo material, prático, técnico e social é exprimida no mundo por Israel. Também, a singularidade da Terra de Israel é que ela serve para sintonizar o mundo na revelação desta união, que dá uma nova face à cultura da humanidade.”

Rav Avraham Isaac Kook, Orot Hakodesh

Há imensa importância para esta conexão acima das diferenças que as pessoas na antiga Babilônia formaram. Estas pessoas ficaram conhecidas como “os judeus” (“Yehudim“), da palavra hebraica “unido” (“yihudi“) (Yaarot Devash, Parte 2, Drush 2) e sua concretização em se conectarem acima das suas diferenças gravou-se a si mesma na consciência da humanidade. Ela é na realidade a razão pela qual tantas pessoas odeiam os judeus. Isto é, se o povo judeu não concretizar sua habilidade de se conectar acima das suas diferenças, assim permitindo que esta tendência se espalhe para mais e mais círculos da sociedade, então eles são como um entupimento no sistema. Muitas pessoas subconscientemente sentem esse entupimento e culpam os judeus por qualquer coisa de mau que aconteça nas suas vidas.

“É um facto que Israel é odiada por todas as nações, seja por razões religiosas, raciais, capitalistas, comunistas ou cosmopolitas, etc. Isso assim é pois o ódio precede todas as razões, mas cada um meramente resolve a sua repugnância segundo a sua própria psicologia.”

Rav Yehuda Leib HaLevi Ashlag (Baal HaSulam) Os Escritos da Última Geração.

A xenofobia dos dias de hoje no mundo ocidental é um precursor para o ódio de amanhã que estará direccionado para os judeus. Enquanto o povo judeu negligenciar sua capacidade inata de se unir “como um homem com um coração” (Comentário de Rashi a Bamidbar 1:2), o ódio e insatisfação sentidos por mais e mais pessoas se voltará cada vez mais contra eles. Resumindo, se os judeus não se unirem, então o mundo se unirá contra nós.

Foi a conexão acima das diferenças que nos estabeleceu como povo judeu. Esta ideologia está profundamente escondida na nossa raiz. Nós temos o método que consegue guiar-nos para a detecção destas raízes, as nutrirmos e cultivarmos para uma reorganização positiva da sociedade humana. Tudo o que precisamos é sacudir todos os mal entendidos sobre a sabedoria da Cabala, entendermos que ela é um método para conectar as pessoas acima de todas as diferenças e então implementar este método, descobrindo como podemos substituir o crescente ódio, xenofobia, insatisfação e insegurança de hoje com aceitação recíproca, felicidade, confiança e bem-estar social.

A forma positiva ou negativa da união que a sociedade pode assumir está nas nossas mãos e espero que despertemos para concretizar nossa união positiva mais cedo que tarde demais.

Publicado originalmente no KABNET

Marcados com: ,
Publicado em Artigos, Notícias

Por Que é Que o Movimento da Neutralidade do Gênero Revela Uma Carência Espiritual (A Alma Não Tem Gênero)

Foto: Um sinal de Gênero Neutro é colocado fora de uma sala de banho para a 15ª Conferência Anual da Filadélfia sobre a Saúde Transgênero, Pensilvânia, EUA, 9 de Junho, 2016. REUTERS/Shannon Stapleton/File Photo

O emoji da neutralidade do gênero; um novo pronome de gênero neutro para ocultar a identidade sexual da pessoa, salas de banho neutras e um movimento de pais neutros de gênero que permitem às crianças escolher o seu próprio sexo – o que está a tendência da neutralidade de gênero a sinalizar para nós?

O movimento da neutralidade de gênero está a impulsionar novas políticas, linguagem e outras práticas culturais, enquanto incita grande controvérsia. Se você a apoiar, pode ser rotulado como radical ultra-liberalista que está a desviar a sociedade do seu curso. Se você estiver contra ele, você pode ser rotulado de primitivo que priva os seres humanos das suas liberdades.

Mas antes de discutir sobre isso, é vantajoso entender de onde vem este fenómeno. Por que é que tantas pessoas nos nossos dias têm um desejo para mudar o seu gênero e redefinir o gênero no geral?

“Por que é que milhões de homens e mulheres se identificam como Neutros de Gênero?”

Uma Questão de Evolução

Uma explicação essencial reside em entender o desenvolvimento espiritual da humanidade, como é explicado pelos princípios básicos da sabedoria da Cabala. Ela explica que uma força que motiva as pessoas, homens e mulheres igualmente, é o desejo. Nosso desejo constantemente muda e evolui dentro de nós, assim moldando toda a experiência humana. Ele começa com os desejos animalescos como comida, sexo e família e depois avança para desejos sociais humanos tais como dinheiro, reconhecimento, poder e conhecimento. Em cada fase de desenvolvimento, o desejo dominante organiza a nossa vida bem como molda a sociedade humana, sua estrutura e atmosfera cultural.

Nos nossos tempos, o desejo humano está a alcançar uma nova fase no seu desenvolvimento, preenchimento espiritual. Ao contrário dos tempos passados da história onde somente alguns poucos concretizavam o seu potencial espiritual, hoje este desejo motiva massas de pessoas, quer elas estejam conscientes disso ou não.

Se uma pessoa aprender como concretizar o seu novo desejo espiritual correctamente, ele ou ela desenvolve a sua identidade espiritual. Isto significa que enquanto permanecendo no seu corpo físico, seja ele macho ou fêmea, com suas tendências sexuais sejam elas quais forem, seu eu espiritual desenvolve-se acima do seu sexo biológico. Nesse estado, os elementos masculinos e femininos que existem dentro de cada um de nós chegam a se completar um ao outro harmoniosamente.

Durante a história da evolução, vemos que a natureza é feita para dois, macho e fêmea, mais e menos, quente e frio, duas forças opostas que estão também desenhadas para se completar uma à outra dentro da alma humana. Quando isso acontece, “toda a alma é macho e fêmea, atados juntos como um,” está escrito no Livro do Zohar. Neste ponto, a identidade sexual baseada na biologia se dissolve, ou por outras palavras, torna-se claro que a alma não tem gênero.

Há 500 anos atrás, nos dias do Santo Ari, a humanidade iniciou o período de desenvolvimento espiritual, mas o patamar deste desenvolvimento começou no século anterior. Hoje, o desejo pelo desenvolvimento espiritual está a brotar em muitos milhões de pessoas, incitando grandes pressões, agitação e falta de satisfaçãoc om a vida, bem como questões existênciais e fundamentais não só sobre o gênero, mas sobre identidade sexual, política e social também.

 

“Enquanto permanecendo no seu corpo físico, seja ele macho ou fêmea, com suas tendências sexuais sejam elas quais forem, seu eu espiritual desenvolve-se acima do seu sexo biológico”

A Era do Espírito

O crescente movimento pela neutralidade do gênero dos nossos tempos é um claro sintoma de que temos de preencher a nossa carência de identidade espiritual. A guerra dos sexos que está por todas as manchetes, também demonstra a forte necessidade de reconciliação entre os elementos macho e fêmea dentro de cada um de nós. Toda a tentativa de harmonizar os elementos macho e fêmea somente no nível terreno vai falhar.

É por uma boa razão que a sabedoria da Cabala, que tem estado oculta durante milhares de anos, está a vir à superfície. Ela é um método capaz de desenvolver e preencher o desejo espiritual que conduzirá o humano ao equilíbrio interior e o mundo inteiro ao equilíbrio exterior.

O nosso elemento feminino é a parte em nós que deseja receber prazer. O elemento masculino é a capacidade de receber prazer de um modo que isso beneficie os outros. Quando a pessoa se desenvolve espiritualmente, estes dois aspectos crescem dentro dela e alcançam uma acção unificada: receber e dar prazer total ao mundo inteiro. Pois “o humano é a inclusão do macho e fêmea e o mundo não pode ser construído, se macho e fêmea não estiverem ambos presentes” (O Livro do Zohar).

“O crescente movimento pela neutralidade do gênero dos nossos tempos é um claro sintoma de que temos de preencher a nossa carência de identidade espiritual.”

Publicado originalmente no KABNET

Publicado em Artigos, Notícias

Curando a Depressão Em Massa

Do livro “A Psicologia da Sociedade Integral”

– A psicologia tem uma noção chamada uma balança emocional onde o entusiasmo é a expressão do estado mais elevado e saudável.

– Sim, este é o mais alto estado.

– Contudo, a tendência indica que a sociedade moderna está a ficar imersa na depressão e apatia, que é o mais baixo estado desta balança.

– Esta é a chamada de atenção da Natureza para nós: para criarmos uma sociedade ou núcleo que nos sirva como modelo de unificação e ascensão para nós. Inversamente vamos simplesmente nos deitar e ficar imóveis.

Há alguns anos atrás escutei um relatório do chefe do ministério da saúde da Rússia onde ele declarou que durante os próximos 10-15 anos metade da população da Rússia estará deprimida. Estas não são conjecturas de certo jornalista, mas uma declaração pública do chefe do ministério da saúde!

Podemos apenas imaginar que tipo de problemas existem na realidade. Se o chefe do ministério da saúde diz que metade da população estará deprimida em 10-15 anos, isso significa que já existe agora imensa gente deprimida.

Hoje, a depressão oculta está em todo o lado. Isso não depende de quão desenvolvida a sociedade é ou do nível de vida. Isso não depende de coisa alguma. Estamos a observar o processo da transição da depressão de uma forma oculta para uma forma revelada pois a interconexão integral de todos os elementos da natureza se está a tornar abertamente revelada no nosso mundo, enquanto nós somos capazes de nos tornar semelhantes a ela.

Nós temos de estar integralmente interconectados, sermos uma única humanidade todos juntos. Mas entretanto, somos horríveis individualistas. Esta oposição de um contra o outro evoca sensações crueis dentro de nós. Nós temos de nos tornar conscientes delas e solucionar este problema.

Publicado em Artigos

Resposta Oficial Da Associação Israelense Sem Fins Lucrativos Bnei Baruch – Kabbalah La’am À “Investigação” Pela Corporação “Kaan”

Queridos Amigos!

Como resultado da tentativa das partes interessadas de manchar o nome da associação Bnei Baruch – Kabbalah La’am e rotulá-la com fatos falsos, consideramos necessário esclarecer que vamos persistir e continuar a disseminação em massa do valor da unificação. Faremos tudo para evitar conflitos desnecessários, mas o principal é continuar a demonstrar abertamente, apesar de toda a difamação e calúnia, que o princípio de unir as pessoas acima de todas as diferenças é a solução para qualquer problema e crise.

Desde o grande Cabalista Baal Shem Tov, passando por Ramchal, Rambam e Rav Kook até Baal HaSulam, durante a vida de todas as gerações, a Cabalá enfrentou resistência e os Cabalistas enfrentaram perseguições. Naturalmente, também aparecem os adversários do Kabbalah La’am, a maior associação sem fins lucrativos do mundo para o estudo da Cabalá.

Ao longo dos últimos 22 anos, nenhum dos milhares, se não milhões, de estudantes em Israel e em todo o mundo, pode afirmar que alguém lhe infligiu dano deliberado ou lhe mostrou desrespeito deliberado. Ao mesmo tempo, é claro que, entre centenas de milhares, há também aqueles cujas expectativas não alcançamos.

Como uma associação pluralista, a Kabbalah La’am está aberta a todos, e todos têm plena liberdade para escolher a estrutura de suas atividades espirituais. Nós defendemos uma vida cheia de significado e alegria, baseada no amor ao próximo. Essa é a essência dos nossos estudos e atividades. Qualquer outra versão que a parte interessada esteja tentando espalhar é errada e falsa. Não iremos fazer o jogo da desunião e desinformação.

Nos últimos dias, as redes sociais estão divulgando uma promoção do programa que em breve será exibido pela empresa de radiodifusão “Kaan”, um vídeo cheio de difamação e calúnia da associação. Nós consideramos necessário compartilhar com vocês a nossa posição oficial e esclarecer os fatos que passaremos para a mídia e todos os concorrentes.

Declaração: A Kabbalah La’am está tentando entrar na política.

Verdade: Os objetivos da associação sem fins lucrativos “Kabbalah La’am” são estudar e divulgar a sabedoria da Cabalá. Nosso objetivo é espalhar o valor da unidade com base no princípio do “amar ao próximo como a si mesmo”, que é o princípio supremo da Cabalá.

A associação Kabbalah La’am nunca participou de ações políticas. Dezenas de milhares de estudantes são empregados profissionalmente em vários campos, e na natureza de suas atividades, muitos deles promovem uma variedade de iniciativas e ideias. Estando em busca constante de maneiras de aumentar os valores positivos da unidade no povo de Israel, alguns de nossos alunos apresentaram uma iniciativa para usar uma plataforma política para uma cobertura mais ampla. Essa iniciativa foi implementada em dois casos:

  • Em 2013, vários estudantes, moradores da cidade de Petah Tikva, criaram uma lista para concorrer à Câmara Municipal e promover a ideia de unificação e garantia mútua na cidade. Para este fim, estabeleceram a associação “Be-yahad le-ma’an Petah-Tikva 2013″. Cerca de 12.000 pessoas votaram nesta lista e tornou-se uma facção com quatro mandatos.
  • Em 2014, vários estudantes ofereceram promover a ideia da unidade do povo, juntando-se ao partido no poder. Eles iniciaram o processo de adesão e atraíram milhares de pessoas para o partido Likud.

Acusação: A Kabbalah La’am usa processos de difamação para suprimir críticas.

Verdade: A liberdade de expressão faz parte dos valores fundamentais na estrutura da associação Kabbalah La’am. Nós respeitamos qualquer crítica criativa, mas rejeitamos resolutamente quaisquer declarações falsas e tendenciosas de natureza maliciosa visando destruir a associação. As declarações malignas e mentirosas estão entre os principais fatores de dissociação e ódio. Promovendo a unidade e o amor, não estamos prontos para permitir que ninguém prejudique as atividades ramificadas e benéficas da Cabalá La’am, desacreditando e difamando seu bom nome. A própria sabedoria da Cabalá nos obriga a responder. O nome “Kabbalah La’am” é uma marca respeitada criada ao longo dos anos pelo trabalho árduo e está desfrutando de grande simpatia na sociedade israelense em geral. É importante enfatizar que, em todos os casos, quando decidimos nos candidatar ao tribunal para proteger nosso bom nome, os acusados foram obrigados a se desculpar publicamente e remover as publicações ofensivas.

Acusação: A Kabbalah La’am controla as ações de seus alunos. Também se alega que, entre outras coisas, ocorrem atos ilegais ou imorais que levam a problemas pessoais, separação da família, discriminação contra as mulheres, uso de pílulas e outras invenções maliciosas, como ignorar um caso de suicídio.

Verdade:

  • Kabbalah La’am é uma organização plural que aceita todos os que querem estudar a sabedoria da Cabalá. É administrada exclusivamente no espírito das fontes Cabalísticas que nos ensinam a construir relacionamentos baseados na compaixão, no cuidado e no amor entre a pessoa e os outros, na família e assim por diante. Ninguém interfere de forma alguma na vida pessoal de milhões de nossos apoiadores e não diz a ninguém como viver e como se comportar na vida. Nossa casa está aberta e agimos com franqueza e transparência. Todas as lições e atividades são filmadas e transmitidas ao público em geral, e todos são convidados a avaliar e decidir que forma de estudo e grau de envolvimento lhe convém.
  • Todas as atividades da associação são controladas pela firma de contabilidade, bem como por departamentos governamentais como o Registrador de associações sem fins lucrativos, autoridades fiscais e outros, que verificaram repetidamente nossa associação e decidiram que suas atividades são conduzidas de acordo com as regras da administração adequada e responsável. É importante notar que o parágrafo 46 foi aprovado para a nossa associação, que é concedida apenas às associações que operam com total transparência sob rigorosa supervisão pelo secretário e pelas autoridades fiscais.
  • Basta visitar uma de nossas reuniões ou um dos eventos para ver o quão importante são as mulheres para nós. As mulheres representam cerca de 60% dos alunos que estudam na Kabbalah La’am e são iguais aos homens em tudo!
  • O Dr. Michael Laitman esteve previamente envolvido em aconselhamento e tratamento com remédios alternativos. No âmbito dessa atividade, pacientes de todo Israel e do mundo o visitaram. Os grânulos que foram utilizados como parte desta terapia são drágeas homeopáticas, amplamente utilizadas no campo da medicina alternativa.
  • Você pode pensar em muitas outras histórias, mas toda pessoa sã entende que, se contiveram pelo menos um grão de verdade, elas estariam há muito na mídia e nos tribunais.

É importante e relevante enfatizar que, após a reportagem enganosa e difamatória, apresentamos uma ação de injúria contra o jornalista Gur Megido e a emissora pública Kaan. Desde então, para sair das dificuldades legais que enfrenta, Gur Megido dedicou a maior parte do tempo à criação de uma “investigação” das atividades da nossa associação, alocando centenas de milhares de shekels de fundos de contribuintes para isso.

O resultado dessa “investigação” de mais de seis meses é um conjunto de ficções e difamações falsas, em parte já contestada em tribunal. Eles são apresentados por “apresentadores” interessados, que durante anos têm feito o melhor para prejudicar a associação e manchá-la publicamente. Alguns dos personagens que aparecem no relatório foram removidos das atividades da associação por causa de seu comportamento inaceitável e não normativo, o que em alguns casos era até mesmo uma infração penal. De acordo com os princípios da Cabalá, consideramos nosso dever apelar no tribunal para tornar a verdade pública. Continuaremos a agir da mesma forma no futuro, incluindo o caso com este relatório.

A Cabalá nos ensina que o caminho para a correção geral inclui dois opostos, o negativo e o positivo. Portanto, nós estamos satisfeitos que o nosso progresso espiritual também se manifeste na resistência à Cabalá, que os melhores Cabalistas encontraram ao longo da história. Esperemos que possamos usar essa resistência para fortalecer a propagação da sabedoria da Cabalá em Israel e no mundo.

Ao mesmo tempo, como uma organização que proclama uma “única família” como seu principal valor, lamentamos sermos obrigados a participar desses conflitos.

Ficaremos felizes em receber comentários de todos os nossos amigos e juntos continuaremos nosso trabalho com abertura e transparência, movendo-nos ao longo do caminho escolhido com um coração aberto e de cabeça erguida.

Kabbalah La’am

Publicado em Artigos, Notícias

Superpopulação: Há pessoas redundantes no mundo?

Há pessoas redundantes no mundo?

Da perspectiva da sabedoria da Cabala, a resposta é não.

Não só consegue nosso planeta lidar com muitas mais pessoas, mas contrariamente à narrativa popular sobre os “males” da superpopulação humana, que ela aumenta o aquecimento global, mudança climática e doenças, para mencionar apenas alguns, uma maior população humana não equivale a mais sofrimento.

Em vez disso, quando observado da perspectiva do desenvolvimento da humanidade em relação ao seu estado unido futuro, a fórmula assemelha-se a isto:

A quantidade de pessoas dividida pela quantidade de sofrimento é igual à nossa capacidade de exercitar o livre arbítrio – nos conectarmos acima do ego.

Por outras palavras, se há mais pessoas, então a quantidade de sofrimento é dispersado entre elas e como resultado, todos sofrem menos. Por exemplo, digamos que a humanidade precisa de atravessar 1 milhão de toneladas de sofrimento numa certa fase do seu desenvolvimento. Então, o que você preferia: fazer parte de uma humanidade de 7 biliões de pessoas que precisa de lidar com 1 milhão de toneladas de sofrimento ou fazer parte de uma humanidade de 2 biliões de pessoas que assumem esse fardo? Está claro que escolheríamos a opção onde sofremos menos.

Como funciona isto? Para entendermos, precisamos de assumir uma visão geral do desenvolvimento da humanidade. Estamos actualmente num processo que conduz para um futuro onde a humanidade estará conectada como um único organismo, onde nos sentimos uns aos outros mais próximos do que sentimos nossas próprias famílias. Hoje, estamos numa encruzilhada: podemos ora continuar a seguir o caminho da nossa natureza egoísta, onde procuramos preenchimento num cenário de problemas gradualmente crescentes ao nível pessoal, social e global; ou podemos exercer nosso livre arbítrio para nos envolvermos neste processo positivamente, nos conectando acima da nossa natureza egoísta e nos elevando acima dos problemas.

Se realizarmos o nosso livre arbítrio neste processo e começarmos a nos conectar acima do ego, então não há uma única pessoa no planeta que pareça ser supérflua. Em vez disso, toda a pessoa será vista como uma criação muito valiosa, inseparável da sociedade, que transporta uma porção muito significativa do peso da humanidade nos seus ombros. Cada pessoa seria tão importante como as células e órgãos nos nossos corpos, cada uma trabalhando pelo benefício do corpo inteiro e zelando pelas outras nesse processo.

Portanto, não há tal coisa como pessoas desnecessárias. O que é redundante é todo esse pensamento exercido sobre a limitação do crescimento populacional. Em vez de pensarmos em limitarmos a população, devemos pensar sobre como podemos guiar nossa população rapidamente crescente para uma sociedade positivamente conectada. Fazendo isso, vamos exercer nosso livre arbítrio e descobrir uma nova imagem da realidade acima daquela que no presente percepcionamos no ego.

Assista 2017: Transição para uma Nova Ordem Socio-Económica?

A evolução está a empurrar-nos para o futuro inevitável da conexão humana.

Publicado originalmente no KABNET

Marcados com:
Publicado em Artigos, Notícias

Os Milenares Não Conhecem o Socialismo Que Estão a Pedir

Um monumento de Vladimir Ilyich Ulyanov (Lenine) na frente do Pavilhão Central do Centro de Exposições de Toda-Rússia em Moscovo, Rússia. (Danielal/Dreamstime)

Há uma razão importante para o por quê do socialismo ter falhado tão horrivelmente no passado e as jovens mentes de hoje devem tomar isso em consideração.

Mais americanos milenares estão fartos do capitaslismo e preferiríam viver num país socialista. Essa que uma sondagem conduzida no mês passado pela YouGov e a Fundação da Memória das Vítimas do Comunismo, uma vez que os milenares foram o único grupo etário americano que favoreceu o socialismo em deterimento do capitalismo.

Por que estariam os milenares americanos atraídos para o socialismo? Quando pensamos em dívidas de estudantes explosivas, rendas elevadas, rendimentos estagnados e insegurança laboral, por que não surgiria nas suas mentes o socialismo como solução potencial para resolver estes stresses, com sistemas que subsidiariam todas suas necessidades?

Os Milenares Indicam uma Mudança de Espírito na Sociedade

Durante as passadas três décadas mais ou menos, tem havido uma mudança significativa nas placas tectónicas subjacentes ao espírito humano. O espírito do sonho americano dos baby boomers evoluiu para um milenar fundamentalmente diferente. Enquanto o baby boomer procurava a prosperidade de amanhã, o milenar acomoda-se à conveniência de hoje.

As posses que costumavamos poupar e que esperavamos para comprar estão agora disponíveis no momento seguinte a pensarmos nelas. Nosso desejo de sermos reconhecidos publicamente e admirados já não precisa mais de passar pela aprovação de especialistas e executivos da indústria, mas você pode ser preenchido instantaneamente nas redes sociais. Ser esperto hoje não se trata de memorizar e lembrar de informação, como em tempos nos testamos e treinámos incessantemente. Nossos dispositivos tecnológicos são “espertos” e nossa imagem está atada a quão conhecedores somos de usar toda esta tecnologia para nossa vantagem.

Esse é o paradoxo sócio-económico único da geração milenar: trabalhar duro e prolongamente já não é para alcançar luxos, mas para alcançar necessidades. Através dos desenvolvimentos tecnológicos, nós tornámos os frutos da riqueza, admiração pública e conhecimento prontamente disponíveis e libertos da conquista. E todavia, a luta dos milenares de hoje é acompanhar os custos da alimentação, habitação, educação, cuidados de saúde e das crianças.

Um resultado natural deste processo é que o socialismo brote na mente milenar, “Por que eu tenho de me quebrar para ganhar a vida?”

O Percalço do Socialismo

Enquanto alguém que experimentou o “socialismo” russo em primeira mão durante meus anos universitários, estou seguro que os milenares estariam interessados na primeira parte da história que lhes posso contar, sobre um governo que retira o peso dos ombros das pessoas, que cuida de todas suas necessidades básicas e que não deixa ninguém sem alimentação acessível, habitação, educação, transporte, cuidados médicos e infantis.

Mas qual é o outro lado da história?

O socialismo não toma em consideração o estado padrão da natureza humana: a necessidade fundamental de nos preenchermos a nós mesmos antes que qualquer outra pessoa. O facto é que as pessoas não desejam viver suas vidas em prol de beneficiar as outras pessoas. Qualquer esforço adicional que uma pessoa faz dentro de um sistema socialista não vê uma recompensa adicional e até se pudessemos ver que todos passariam melhor vivendo numa sociedade comunitária, não seríamos capazes de abdicar do nosso ganho individual. Nossa própria natureza não nos permite.

Portanto, as pessoas carecem da motivação para trabalhar pelo benefício do todo. A abordagem soviética para este problema foi enfiá-la pelas gargantas abaixo das pessoas e esperar que elas ficassem gratas por isso mais tarde. Mas nesse tempo, até seus executores dependiam da mesma motivação e o sistema implodiu com violência e sofrimento impensáveis.

Como os Milenares Podem Produzir uma Sociedade Melhor

Isso depende das pessoas quererem beneficiarem as outras pessoas. As pessoas precisam de estar motivadas organicamente para contribuir para a sociedade, desejando ver que todos se tornem felizes e seguros. Este não é nosso estado padrão e certamente não é onde se encontra agora a sociedade.

Contudo, ele existe em potencial. Todos concordam em teoria com as ideias da igualdade, altruísmo, consideração recíproca e gentileza, mas na prática, estas ideias não podem ser forçadas, elas precisam de gradualmente estabilizar no espírito humano e nos mudar por dentro se alguma vez considerarmos uma estrutura social que as aplique.

Se começarmos a nos envolver com regularidade em programas que enriqueçam a conexão, cultivaríamos nosso potencial natural pela conexão humana. Acredito que a iniciação mais pragmática disto poderia começar com nossos filhos. A preocupação pelo seu futuro pode ser a nossa motivação para trabalharmos numa sociedade melhor.

Ao nos concentrarmos em educar a próxima geração para estar melhor conectada socialmente, nós adultos também seremos positivamente influenciados por este processo. Assim criaríamos o começo de um meio ambiente de apoio para ideais de conexão que floresceria como algumas mudanças práticas e equilibradas na sociedade.

Publicado originalmente no Newsmax

Marcados com: ,
Publicado em Artigos, Notícias

O Motivo Desconhecido De Paddock, Mas O Motivo Da Violência Está Em Todo O Lado

Um chapeu restou num memorial improvisado durante uma vigília para marcar uma semana após o tiroteio em massa no festival de música country Route 91 Harvest, do outro lado do Sahara Avenue e do Las Vegas Boulevard na extremidade norte do Las Vegas Strip, em 8 de Outubro de 2017, em Las Vegas, Nevada. (Drew Angerer/Getty Images)

Como esperado, o massacre de Las Vegas reabasteceu o debate de controle de armas na América. Mas ninguém parece considerar um debate muito mais amplo sobre a reprodução da violência em curso nos EUA.

“Ainda não temos um motivo claro ou razão disso”, diz o Xerife Kevin McMahill, do Departamento de Polícia Metropolitana de Las Vegas, cerca de uma semana após o massacre. Mas não são apenas detetives policiais que estão procurando arduamente por respostas, mas sim todos.

A resposta padrão que vem à mente é que Stephen Paddock, um homem branco de 64 anos sem registro criminal, era algum tipo de psicopata. Um louco. Uma dessas pessoas profundamente perturbadas cujas ações sem sentido podem nunca ser totalmente compreendidas.

Mas há um problema com essa resposta. Ela molda Paddock e tudo sobre ele como um estranho, o separa de nossos valores sociais e rejeita qualquer associação de sua imagem com nossa cultura. E, ao fazer isso, impede-nos de darmos uma boa olhada no espelho como uma sociedade.

Paddock podia muito bem ter sido um psicopata, e alguns até sugerem que os genes criminosos de seu pai desempenharam um papel. Mas Paddock também foi uma réplica do horrível cenário que se repete na América, uma e outra vez. Ele conseguiu deixar uma cicatriz dolorosa na memória coletiva dos Estados Unidos como o atirador de massa mais mortal na história dos EUA, mas percebemos que houve outros seis tiroteios em massa na América na semana passada?

Ampliando a Discussão

É espantoso descobrir que um tiroteio em massa, definido como pelo menos 4 pessoas atingidas em um único incidente, acontece na América a cada 9 em 10 dias em média (!). Mais de 30 mil pessoas morrem todos os anos de incidentes relacionados a armas nos EUA – mais do que HIV, desnutrição e incêndios, para citar alguns. Nenhum outro país do mundo desenvolvido chega perto desses números. Além disso, os sociólogos da Universidade de Yale mostraram que a violência armada é uma epidemia social que se espalha ao longo do tempo.

Mas ainda mais revelador é o fato de que as taxas gerais de morte por assalto – incluindo, mas não limitado a uso de armas – revelam uma imagem semelhante: os EUA são significativamente e consistentemente mais violentos do que outros países da OCDE desde a década de 1960. Com isso em mente, o que devemos debater é uma epidemia social de violência, das quais as armas são simplesmente a expressão pior e mais prejudicial.

Portanto, em vez de limitar a discussão ao motivo de Paddock e ao debate sobre controle de armas, eu acredito que os americanos devem expandir o discurso público para se questionar: o que continua alimentando as taxas de violência extremamente elevadas dos Estados Unidos?

Como Algo Tirado De Um Filme

O agente David Newton, do Departamento de Polícia de Las Vegas, disse aos “60 Minutos” da CBS que entrar no quarto do hotel de Paddock e encontrar seu corpo ao lado de seu arsenal de armas foi algo “tirado de um filme”. Newton, sem perceber, apontou para uma das principais variáveis ​​que geralmente são excluídas da equação que explica os níveis extremos de violência na América – as inúmeras visualizações de violência vistas pelo povo americano.

Com programas de televisão que exibem 812 atos violentos por hora, o americano típico assistirá 200 mil atos de violência, incluindo 16 mil assassinatos, antes de completar 18 anos. E isso apenas na televisão. Quando tira um momento para considerar o impacto que isso tem em nosso clima social, será que é realmente surpreendente que cenas violentas semelhantes estejam se desenrolando na vida real?

Nós estamos presos em um ciclo vicioso que torna mais fácil ignorar suas consequências psicológicas: os produtores de conteúdo estão levando suas cenas violentas a maiores extremos, dando ao público uma solução maior para mantê-los assistindo. Ao mesmo tempo, os espectadores estão se tornando cada vez mais insensíveis ao que veem. O resultado é uma sociedade cujas atitudes e normas relativas à violência estão atingindo cada vez uma nova baixa.

Gradualmente, nos acostumamos com a aparência contínua de atos extremamente violentos e eles se tornam uma parte “normal” da vida cotidiana.

Todos os dias, a mesma quantidade de pessoas do tiroteio de Las Vegas é morta intencionalmente por armas, mas esses assassinatos não dão manchete. Todos os dias, a violência doméstica leva a vida de quase três mulheres, mas essas mortes não atingem a consciência pública. É preciso um tiroteio em massa de centenas de pessoas ao mesmo tempo do 32º andar para chocar a sociedade.

Criando Sistematicamente A Humanidade Comum

Portanto, independentemente da opinião sobre o controle de armas, se quisermos tratar as tendências violentas na América a partir de suas raízes, temos que lidar com algo muito mais profundo: a cultura que as cria.

Na manhã seguinte ao tiroteio de Las Vegas, o presidente Trump disse: “Conclamamos os vínculos da cidadania, os laços da comunidade e o conforto de nossa humanidade comum. Nossa unidade não pode ser quebrada pelo mal. Nossos vínculos não podem ser quebrados pela violência”.

Toda pessoa sensata concordaria com essa afirmação. Mas para que seu efeito dure mais de um dia, temos que trabalhar consistentemente em nossa unidade para que ela seja mais poderosa do que o nosso mal, que é a erupção potencial do ego humano. E somente se reforçarmos regularmente nossos laços e nossa humanidade comum, a violência entre nós raramente acontecerá.

Os cientistas sociais estabeleceram há muito tempo que somos altamente suscetíveis aos exemplos, normas e valores do nosso ambiente. Devemos abrir os olhos para isso e cultivar um clima social que nutre nossa humanidade comum em uma base diária. Se começarmos a fazer isso de forma sistemática, seguramente veremos uma América muito menos violenta, e poderemos evitar que surja o próximo Paddock.

Publicado originalmente no Newsmax

Marcados com: , , , ,
Publicado em Artigos, Notícias

O Que Vem A Seguir Quando os EUA Estão Tão Divididos Como Nos Dias da Guerra do Vietname?

O amanhecer ilumina as terras do porto norte da Casa Branca a 30 de Outubro, 2017 em Washington, D.C. (Chip Somodevilla/Getty Images)

Não é surpresa para mim que uma maioria dos americanos tenham dito numa recente sondagem do Washington Post  que as divisões nos EUA sejam no mínimo tão grandes como eram durante a Guerra do Vietname e que a política americana alcançou um limiar baixo perigoso.

O clima sócio-político americano parece-se mais a uma ala prisional onde tem de escolher o seu gangue para obter uma sensação de apoio: ora está com a direita ou com a esquerda. O país está rasgado entre os liberal democratas e os conservadores republicanos e o pluralismo, igualdade e independência que definem o espírito americano foram jogados pela janela fora. Em vez de uma saudável troca de ideias, há intimidação e asfixia do livre discurso e medo de que caso você venha a exibir certa afiliação política ou religiosa, enfrente abuso frontal verbal ou físico.

Além do mais, o que há de perigoso com esta atmosfera divisória é que não há união na sociedade geral, ela aparece nas margens nas formas de nazismo e fascismo.

Deixar que as questões se desenvolvam como têm desenvolvido irá resultar numa sociedade americana ainda mais dividida, controversa e violenta. Portanto, a união do inteiro povo americano é imperativa para manter a sociedade americana intacta.

Tendo isto sido dito, tenho grandes esperanças na união do povo americano. Isso requer grandes mudanças na infraestrutura sócio-económica do país, mais notavelmente na educação e nos mídia, mas creio que o espírito pioneiro da América consegue trazer uma transformação positiva e criativa durante estes tempos difíceis.

Em termos de educação, como propus em uma das minhas anteriores colunas , o estabelecimento de rendimento básico pela participação em programas educativos que enriqueçam a conexão trataria do problema da divisão social directamente e traria melhorias à economia, bem como à sanidade social e bem-estar.

Em termos dos mídia, em vez da constante barreira de mensagens divisórias, os mídia devem visar promover ideias e exemplos do tipo de união que a América precisa. Eles devem principalmente atender de frente ao principal problema da América: o país está dividido, que afecta negativamente os seus cidadãos e enfraquece o país e o caminho para uma América maior é trabalhar para alcançar união nacional.

Juntando um discurso unificador dos mídia com uma agenda educativa que enriqueça a conexão, as pessoas aprenderiam a aceitar, entender e se darem bem com todos e seriam influenciadas pela nova atmosfera de entendimento, apoio, consciência e sensibilidade recíprocas. Como resultado, haveriam violência, crime e abuso de substâncias reduzidos e um aumento da felicidade na sociedade.

A América ainda tem uma chance. Enfatizando a união da inteira sociedade americana, o espírito americano pode ser reanimado. O sonho americano de hoje, contudo, precisa de rever o seu impulso de motivação através de uma nova visão: pessoas de diferentes culturas que se reúnem para achar a felicidade através da coesão social. Se o povo americano não concretizar a sua necessidade de união de um modo positivo, então versões negativas da união — Nazismo e fascismo — de forma crescente cercarão a sociedade de ambos os lados.

Originalmente publicado no Newsmax

Marcados com: , ,
Publicado em Artigos, Notícias

Alertar Para a Consciência Sobre a Violência de Gênero Não É Sequer Metade da Sua Cura

Recentes protestos em Israel, a publicidade de um movimento baseado na Argentina contra a violência de gênero, uma campanha de hashtag na África do Sul e um recente financiamento governamental para a pesquisa sobre violência de gênero no Canadá todos serviram para atrair a atenção global para a violência entre géneros.

Contudo, à parte de amplificar a vozz das suas vitimas e activistas, bem como salientar os seus custos financeiros, estas tentativas de lidar com a violência de gênero parecem ser meras soluções penso rápido, no máximo.

Isto assim é pois uma solução eficaz para a violência de gêneros requer definir e tratar o problema na sua raiz mais profunda: o ego inflado que está a inflar para fora da sua proporção.

Sem fazermos isso, podemos aumentar à vontade a consciência sobre o problema tanto quanto quisermos, mas infelizmente continuaremos a ver mais e mais explosões de violência de gênero no futuro.

Estatísticas para a Violência Doméstica Nacional.
National Coalition Against Domestic Violence (NCADV).

A Violência de Gênero Está a Sair do Armário, Mas Permanece Dentro do Quarto

Foi relatado que apenas nos Estados Unidos, em cada 9 segundos uma mulher é assaltada ou espancada. Em Israel, os assassinatos de 17 mulheres desde Janeiro até Junho de 2017 conduziram centenas de manifestantes a tomar as ruas para exigir acção governamental. O movimento argentino, Ni Una Menos (Nem Uma Menos), rapidamente se ramificou para os EUA, Alemanha, Itália, Brasil, Costa Rica e Equador e publicita histórias de vítimas da violência de gênero. Na África do Sul, o assassinato brutal de Karabo Mokoena em Maio de 2017 acendeu a discussão do #MenAreTrash e tornou-se viral.

Além do mais, no Canada, a expedição de um plano de $77.5 milhões para financiar um centro para a pesquisa e estratégia para a violência de gênero serve para iluminar o problema através dos seus custos financeiros. Isto é, a violência contra as mulheres canadenses em cenários conjugais intimos relata um custo anual de $4.8 biliões e os custos anuais de assaltos sexuais e ofensas contra mulheres estão perto dos $3.6 biliões.

Enquanto as vítimas que sobrevivem são empoderadas para sair do armário e discutir publicamente os seus encontros com a violência de gênero e embora os esforços para pesquisar o problema directamente sejam apoiados, estas estão longe de ser soluções.

O movimento paralelo de nós aplicarmos mais esforços para lidar com o problema, o aumento subsequente de casos de violência de gênero que veremos de ano eventualmente nos conduzirão ao ponto do desespero.

Ou, podemos começar a aprender sobre o fenómeno na sua base mais profunda e começarmos a ver o que precisamos de fazer sobre isso a partir de lá.

“Quando nos é permitido fazer o que nos apetece, todavia consumindo com regularidade exemplos de violência, vulgaridade e insensibilidade, então aumentamos a probabilidade de imitarmos estes exemplos.”

A Raiz Profunda da Violência de Gênero: O Ego Humano Inflado

Por trás de todo o acto violento, por trás de todo o estupro, por trás de todo o abuso paira um desejo crescente que exige constantemente a sua satisfação: o ego humano.

Quanto mais crescer este ego – e hoje alcança proporções infladas – menos empatia e consideração temos e mais queremos acalmar este potencial touro indomável dentro de nós a qualquer custo. O problema é que não está só nas nossas mãos acalmá-lo. Hoje, este ego existe numa sociedade moderna de estress, ansiedades e fardos que podem empurrá-la para a loucura a qualquer momento.

Algumas pessoas são naturalmente mais fleumáticas. Outras têm nervos fracos e podem estalar a qualquer momento. Mas à parte das características pessoais, quando somos criados numa sociedade que constantemente projecta exemplos de violênica, extremismo, polarização e incitação para nós desde uma jovem idade, então no momento em que o ego dentro de nós é provocado, ele tem todos os ingridientes para irromper imediatamente e deixar que a loucura subjugue qualquer limite de controle que pensavamos ter.

Nem sempre foi assim. No passado, o ego era menor. Quando penso na minha infância, recordo-me dessa atmosféra familiar plácida que era tão característica da estrutura familiar tradicional: meu pai sairia para o trabalho durante o dia e regressava cedo ao anoitecer, minha mãe tomava conta da casa e o lar era o centro da vida familiar. Assim era para a maioria das pessoas.

“Nossos exemplos de relacionamentos de família tradicional foram substituídos por exemplos afixados por empresas e criadores de mídia interessados nas suas classificações, cliques e lucros inversamente a promover bons exemplos para as pessoas imitarem nas suas vidas. Foi por isso que perdemos a direcção.”

Hoje, contudo, já não é o caso. Houve um grande declínio no número de estruturas familiares tradicionais. Mas além disso, até onde a estrutura familiar existe, o lar já não é o centro da vida familiar. Agora são as ruas, a TV, os filmes, os mídia, jogos de vídeo, o smartphone, o YouTube, Facebook e outras redes sociais. Nossos exemplos de relacionamentos de família tradicional foram substituídos por exemplos afixados por empresas e criadores de mídia interessados nas suas classificações, cliques e lucros inversamente a promover bons exemplos para as pessoas imitarem nas suas vidas. Foi por isso que perdemos a direcção.

Se fosse possível, ao nos desconectarmos dos exemplos de violência e outras formas desnaturais de relações humanas nos mídia que consumimos, já faríamos um grande melhoramento. Por outras palavras, até ao removermos a violência dos nossos hábitos de espectadores, rapidamente veríamos uma diminuição imensa da vioência, violação e abuso. Porém, a tendência pende para a direcção oposta, para uma abordagem ultra-liberalista onde cada pessoa se torna aparentemente livre de fazer aquilo que lhe apetece. Nós abrimos a caixa de pandora há muito tempo atrás com esta abordagem e está a tornar-se mais excessiva com cada dia que passa.

A Preparação e Aprendizagem Necessárias Para Solucionar a Violência de Gênero

Podemos alcançar a liberdade para a qual aspiramos, mas a liberdade requer preparação para que nos possamos relacionar eticamente aos fenómenos negativos como a violência de gênero, estupro e abuso. Quando nos é permitido fazer o que nos apetece, todavia consumindo com regularidade exemplos de violência, vulgaridade e insensibilidade, então aumentamos a probabilidade de imitarmos estes exemplos. Por outras palavras, em vez de deixarmos que esse touro indomável potencial – a natureza humana egoísta – nos controle, devemos aprender como domar esse touro para começar.

O processo de domar este touro, ou seja, assumir controle do ego humano, que deve idilicamente começar desde a nossa infância, precisa de ser composto de exemplos práticos de como as pessoas reciproca e positivamente se conectam: pais, amigos, meninos e meninas, homens e mulheres e todas as partes diferentes da sociedade. Precisamos de crescer aprendendo como nos relacionarmos a todos e como edificar activamente a nossa atitude para as pessoas e fenómenos nas nossas vidas. Além do mais, este aprendizado deve tomar lugar em grupos.

Os grupos, descobriremos nós, são a ferramenta mais eficaz para controlar quaisquer explosões do ego. Aprendendo tudo em conexão com os outros, nos sentiríamos muito mais próximos uns dos outros. Aprendizagem regular de grupo em círculos – nos nossos locais de trabalho, escolas, jardins infância, lares e nas nossas Tvs e na Internet – desenvolveriam uma nova sensação de entendimento recíproco, apoio, consciência e sensibilidade. Quanto mais nosso ego crescesse, mais discutiríamos, salientaríamos e alimentaríamos como nos elevarmos acima dele. Então, domando este touro interior, em vez de testemunharmos mais e mais casos de violência de gênero no futuro, seríamos inspirados pelas histórias de como as pessoas superaram seus egos e alcançaram um entendimento mútuo em tempos difíceis e desfrutaram da companhia umas das outras. Nosso bom futuro está nas nossas mãos.

Publicado originalmente no KABNET

Marcados com: , ,
Publicado em Artigos, Notícias

A Solução para a Crise de Opiáceos São Mais Opiáceos – do Género Natural

“Nossa programação inerente para a conexão humana é uma droga natural e há abastecimento abundante. A crise de opiáceos nos diz exactamente o que temos de mudar na nossa sociedade.”

Este é o enredo típico dos 91 americanos que morrem de overdoses de opiáceos todos os dias. Um número que quadruplicou em menos de duas décadas, tornando os opiáceos a causa de morte numero um de americanos menores de 50 anos. Mais que as armas. Mais que os acidentes de viação. Mais que o câncer.

Continue a ler para descobrir a origem e cura para esta epidemia.

Eles começam com os analgésicos. Descobrem que conseguem ficar realmente drogados com esses comprimidos. Especialmente se os esmagarem e inalarem. Então continuam a ir ao médico para obterem mais. Mas em certo ponto, torna-se caro demais e percebem que conseguem obter uma droga semelhante por muito menos dinheiro nas ruas. Ela se chama heroína e eles não sabem exactamente com o que ela é misturada, mas começam a usá-la regularmente. Passado um pouco, sua vida gira em torno de fazer qualquer coisa para obter outra dosagem, até que acabam por tomar uma dose mais elevada que aquela com que conseguem lidar, pondo um fim à sua vida.

Este é o enredo típico dos 91 americanos que morrem de overdoses de opiáceos todos os dias. Um número que quadruplicou em menos de duas décadas, tornando os opiáceos a causa de morte numero um de americanos menores de 50 anos. Mais que as armas. Mais que os acidentes de viação. Mais que o câncer.

Um Sistema Que Gera Lucros e Viciados em Heroína

Esta crescente epidemia não deve chegar como supresa até nós, contudo.
O vício em heroína é um resultado natural de uma sociedade quebrada. Desde as empresas farmaceuticas até aos médicos, até aos traficantes – cada actor simplesmente procura maximizar os lucros e tornar o seu trabalho tão fácil quanto o possível quando quer que possível. Um vício crescente em heroína é o resultado inevitável no fim do tunel.

Tentar responsabilizar as gigantescas empresas de fármacos é uma batalha perdida à partida. Reprimir os médicos os vai pressionar para passar receitas, conduzindo os usuários a procurar heroína nas ruas muito mais cedo, como foi claramente demonstrado no caso da Flórida. A chamada “guerra às drogas” da ONU foi reconhecida como um fracasso colossal e deixa-nos a culpar os próprios viciados, que é como bater no mensageiro em vez de ler a mensagem.

A mensagem à qual devmos prestar atenção é clara demais: Devemos olhar mais fundo para a causa raiz do vício em opiáceos e fazer perguntas mais profundas como “O que faz com que as pessoas na nossa sociedade se voltem para os opiáceos para começar?” E, “O que é que a nossa sociedade não está a fazer para impedir o crescimento dos números de viciados em heroína?”

O Desejo pelos Opiáceos É um Desejo por Conexão

Primeiro, é importante reconhecer que a vasta maioria dos abusadores de opiáceos não os começam a tomar por dor física genuína. Em vez disso, na maioria dos casos, aqueles que abusam de opiáceos se volta para eles devido a um tipo diferente de dor – uma dor emocional.

Há receptores de opiáceos por todo o nosso corpo e eles estão desenhados para equilibrar emoções tais como o pânico e ansiedade, adicionalmente à dor física. Quando éramos bebés, o leite que recebemos das nossas mães era rico em opiáceos e quando alguém nos dá um abraço hoje, nosso caule cerebral gera opiáceos.

Muitos podem ficar surpresos por saber que, similarmente, o apoio social, a confiança recíproca, o relacionamento romântico, uma família amável ou até um clima seguro e positivo, todos impulsionam a produção de opiáceos bem dentro do nosso corpo. Portanto, a necessidade de opiáceos está profundamente atada à nossa programação inerente por conexão humana.

Com isto em mente, vamos olhar para o que está a acontecer hoje: Nossa sociedade na realidade faz as pessoas são estressadas, ansiosas e solitárias que a sua dose naturalmente equilibrada e saudável de opiáceos simplesmente não é suficiente. Para o exprimir numa equação social simples: Nós produzimos muito mais alienação, incerteza e stress que produzimos segurança, compaixão e camaradagem.

Portanto, as massas de pessoas que se voltam para os opiáceos artificiais podem ser vistas como um contrapeso natural para uma sociedade humana desequilibrada.

Uma Chamada de Atenção para a Cultura Ocidental

A questão interessante na crise de opiáceos é que é como se a natureza nos estivesse a dizer exactamente o que precisamos de mudar dentro da nossa sociedade.

Esta crise expõe a natureza profundamente interconectada da espécie social chamada humanidade. Nós estamos conectados uns aos outros até ao núcleo, como células de um único organismo e somos naturalmente atraídos uns para os outros por uma sensação de apoio e segurança. Tanto a nossa resiliência biológica como psicológica dependem de relações positivas e saudáveis dentro do nosso meio ambiente social. E tal como as células num corpo, quando perdemos contacto com o corpo como um todo, ficamos doentes e degeneramos até morrermos.

Contudo, esta crise das drogas também se junta a uma lista de outros sintomas dolorosos, todos convergindo para nos mostrar que não podemos escapar a uma transformação massiva da cultura ocidental. Nós temos de reconhecer nossa urgente necessidade de conexões humanas saudáveis e climas sociais positivos. E mais cedo ou mais tarde, teremos de curar activamente a nossa sociedade quebrada.

Para fazermos isso, simplesmente precisamos de sintonizar o mesmo mecanismo do qual abusamos no presente – nossa programação inerente para a conexão humana. Há um método de workshops de círculos de conexão que fornece interacção social segura e positiva. Estes devem ser introduzidos nos nossos locais de trabalho, escolas, lares de idosos e até jardins de infância. Eles devem estar nas nossas telas de televisão e por todo o mundo virtual, para que qualquer pessoa, muito antes de se voltar para o abuso de opiáceos, possa facilmente achar uma comunidade atenciosa que produza conexão humana calorosa.

Assim que começarmos a fazer isso, vamos descobrir a droga natural que estamos programados para experimentar simplesmente por estarmos conectados positivamente aos nossos semelhantes.

Publicado originalmente no KABNET

Marcados com: , , ,
Publicado em Artigos, Notícias