Dr. Michael Laitman Para mudar o Mundo – Mude o Homem

Mulheres Que Se Arrependem de Ter Filhos: A Causa Mais Profunda e Solução

O arrependimento de ter filhos. É um tema tabu e é difícil para a maioria das mulheres falarem abertamente disso. Todavia, em recentes anos, as discussões de Internet, bestsellers e estudos sociológicos colocaram-o no holofote do público.

Por que algumas mulheres se arrependem de ter filhos? Também, há alguma coisa que possa ser feita para redireccionar essa sensação de arrependimento?

A razão de haverem mulheres que se arrependem de ter filhos é devido a um processo transitorio que toma lugar na nossa era. Similarmente, a contra-medida a esta sensação de arrependimento é entender a natureza desta transição e aprender como nos ajustarmos idilicamente a ela.

Onde em tempos viviamos para preencher desejos básicos, instintivos, como os animais, de manter um lar estável e criar uma família, hoje um novo desejo que pertence especificamente aos humanos surge. Este novo desejo exige preenchimento: Em vez de preenchermos nossos desejos animalescos de comida, sexo, abrigo e família e ganhar dinheiro suficiente para sustentar essas necessidades, o novo desejo de hoje procura uma sensação de sentido e auto-concretização.

Se tecermos a natalidade e maternidade no tecido da concretização do sentido e auto-realização, sentimentos de arrependimento seriam substituídos por sentimentos de motivação e propósito. Isto assim é pois o preenchimento deste novo desejo trás a descoberta de uma realidade superior.

Aqui está o que isso significa e como é praticável…

Mulheres Que Se Arrependem de Ter Filhos

Embora seja um tabu, mulheres que se arrependem de ter filhos tem sido um fenómeno crescente que saiu do armário. Discussões online como as do Reddit “Alguma vez desejou nunca ter tido filhos? Se sim, por quê?” e do Quora “Como é se arrepender ter tido filhos?” têm centenas de comentários. O grupo de Facebook “I Regret Having Children” (Lamento ter tido filhos) tem mais de 7000 membros.

A socióloga Orna Donath analizou 23 mães israelitas que lamentaram terem filhos e a sua análise, Lamentar a Maternidade: Uma Análise Sócio-Política, rapidamente ganhou popularidade. Também, dois livros bestsellers apareceram sobre o tema, Sem Filhos: 40 Boas Razões Para Não Ser Mãe de Corinne Maier e Lamentar a Maternidade de Sarah Fischer. Fischer também relatou receber 80 emails por dia de mães que agradeciam o seu trabalho.

Temas recorrentes do arrependimento incluem sentimentos de restrição: menos tempo para si mesma, menos tempo para socializar, uma incapacidade de perseguir a carreiga e ambições de viajar e a comparação com colegas não-pais que parecem fazer muito mais com suas vidas.

Uma crise de identidade surge quando o nascimento da criança “dá à luz” à mãe. Ela sente a sua nova identidade como um fardo vitalicio. Além do mais, o lindo pequeno bebé torna-se o pequeno gestor no comando. O potencial individual da mulher parece ser ofuscado pelo seu papel enquanto mãe.

“Hoje, nosso desejo excedeu nossa capacidade de sermos preenchidos pelos seus meios tradicionais.”

Para Começar Por Que Este Arrependimento Aparece?

O arrependimento aparece para começar devido a um novo desejo que surge em mais e mais pessoas. É um desejo característico especificamente de nós humanos, que não existe ora nos animais ou nas nossas fases passadas de desenvolvimento animal.

No passado, nossos desejos eram mais animalescos, ou seja, eles eram mais próximos da nossa simples sobrevivência. Uma mulher tipicamente se sentia em controle organizando o seu lar. Ela tinha um marido que sairia para o trabalho e ganharia dinheiro para a família. Então ela sabia que conseguia gerir o seu lar e educar os seus filhos. Além do mais, a sociedade no geral apoiava esta estrutura tradicional da família.

Hoje, a estrutura tradicional da família amplamente se desmoronou. Nosso desejo excedeu nossa capacidade de sermos preenchidos pelos seus meios tradicionais. O desejo pelo sentido e propósito da vida é de longe maior em amplitude que os nossos passados desejos instintivos (comida, sexo, família, abrigo) e os desejos sociais (dinheiro, honra, controle, conhecimento).

Inicialmente, nosso novo desejo descobre a sua expressão ao nós querermos algo completamente novo e diferente, desconexo das nossas estruturas e limites passados. As ambições de carreira e viagens surgem devido à sociedade estar envolvida nesta busca, mas não sabendo o que ela quer além de explorar para além das suas limitações passadas. Contudo, as ambições de carreira e viagens são desvios que em breve também se esgotarão. Isso é porque o preenchimento deste novo desejo não se pode encontrar em qualqeur uma das maneiras através das quais hoje nos preenchemos: depois de qualquer tipo de preenchimento chega outra carência.

Em vez disso, este novo desejo nos conduz para a descoberta de algo inteiramente diferente: uma realidade superior, equilíbrio e harmonia com a força criativa que sustenta e desenvolve a vida. Por outras palavras, o novo desejo de hoje exige contacto com o sentido da vida, que é está em essência, acima e além de tudo no nosso mundo… incluindo nossos filhos.

“Se nos elevássemos ao nível exclusivo do humano – maior conexão humana, crescimento nas nossas atitudes de uns com os outros, apoio mútuo, amor e consideração – descobriríamos um preenchimento inteiramente novo.”

Como Substituir o Arrependimento Com um Novo Preenchimento

Fugir das estruturas tradicionais da família não nos tornou mais felizes. Pelo contrário, o declínio nas estruturas tradicionais de família mostrou ter efeitos psicológicos, fisiológicos, relacionais e económicos negativos nas crianças, pais e na sociedade.

As estruturas de família tradicionais são personificações do nível animal. Tal como os animais naturalmente vivem dentro de certos limites, também os humanos não devem procurar romper as suas estruturas tradicionais como meio de se tornarem mais felizes e bem sucedidos.

Em vez disso, nós enquanto humanos precisamos de subir ao nível exclusivo do humano. Isso é alcançado atraves de uma mudança nas nossas relações sociais: mais conexão humana, crescer nas nossas atitudes de uns para os outros, para que apoiemos mais, amemos mais e tenhamos mais consideração. Fazendo isso, descobriríamos um preenchimento inteiramente novo.

A mulher/mãe que atravessa simultaneamente os dois processos – o processo de mãe que cuida da sua família e o processo onde ela se eleva acima do nível animal para alcançar o sentido da vida – veria suas acções no nascimento da criança e maternidade como parte da sua capacidade de concretizar o seu potencial completo: se tornar como o Criador.

Publicado originalmente no KABNET

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O Segredo Para Um Ano Feliz

A história de Jonas nos conta que quando evitamos nossa tarefa, preferindo a separação à conexão e espalhando a discórdia pelo mundo, sempre vem uma tempestade.

Uma família se prepara para o Yom Kipur.

Uma família se prepara para o Yom Kipur. . (foto:AVI KATZ)

As Grandes Festas são um tempo de alegria, bem como um tempo de reflexão. Este ano, parece que há mais para reflectir que nos anos passados. O ressurgimento mundial do antissemitismo cresce cada vez mais como um presságio e o aumento do neo-nazismo nos EUA e na Alemanha são más notícias para os judeus onde quer que estejam. Então no espírito de reflexão das Grandes Festas, vamos examinar nossa situação e achar a oportunidade dentro do desafio.

O ano passado destapou e aprofundou o abismo que existe dentro das comunidades judias por todo o mundo e principalmente entre o Estado de Israel e a comunidade americana judaica. Frequentemente, a divergência se tornou tão profunda que até alguns lideres americanos judaicos pro-Israel reconsideram abertamente seu apoio ao estado judeu.

Mas desde que possamos falar dos nossos problemas, podemos também fazer as coisas darem certo e Yom Kipur é o melhor tempo para reflectir sobre nossas acções à luz dos desenvolvimentos mundiais adversos para com os judeus.

Evitarmos Nossa Missão

A parte mais importante do serviço do Yom Kipur vem depois da leitura da porção da Torá. É chamada Haftará e nela, lemos secções dos Profetas. No Yom Kipur, o texto da Haftará é o livro de Jonas. Em muitas comunidades, os ricos pagam avultadas somas de dinheiro pelo direito de lerem esta Haftará, pois é conhecida por ser um Segulá (poder) para ganhar (ainda mais) riquezas.

A história de Jonas é especial. Ela fala de um profeta que inicialmente tentou “esquivar-se” da sua missão, mas finalmente se arrependeu. Outro ponto notável sobre Jonas é que sua missão não envolvia o povo de Israel, mas em vez disso a cidade de gentios de Ninive. Hoje, à luz do crescente antissemitismo, é ainda mais pertinente reflectir sobre a mensagem por trás da história de Jonas.

Deus ordena ao profeta Jonas para alertar os residentes da grande cidade de Ninive que eles corromperam seus caminhos. Por outras palavras, Jonas deve alertá-los que se tornaram tão maus que sua sociedade é insustentável. A tarefa do profeta era restaurar as relações entre os residentes de Ninive, ou todos eles seriam destruídos.

Contudo, Jonas decide evitar a sua tarefa e tenta fugir de navio.

Enquanto judeus, nsosa nação foi estabelecida sobre o princípio, “Ama teu próximo como a ti mesmo” e nossa justificação para existirmos tem sido nossa tarefa de sermos “uma luz para as nações,” para espalhar essa união pelo mundo. Todavia, tal como Jonas, temos evitado nossa missão durante os passados 2000 anos. Não nos podemos dar ao luxo de continuar a evitá-la.

Durante séculos, nossos sábios e líderes têm salientado a indispensabilidade da nossa união para nossa segurança e até para a segurança do mundo. Eles também salientaram que quando caimos para o ódio infundado, calamidades e apuros rapidamente nos perseguem e o mundo sofre, também.

Mas com o tempo, perdemos a consciência, nos tornámos desconexos e alienados uns dos outros. Pior ainda, chegámos a ridicularizar tais termos como “uma luz para as nações” e “povo escolhido.” Não temos lembrança de para que fomos escolhidos. Mas ainda assim isso nos espera e quando fogimos disso, vem uma tempestade.

Estamos Adormecidos

Na história, quando Jonas escapa da sua missão de navio isso faz com que o mar se revolte. No ponto alto da tempestade, Jonas foi dormir enquanto os marinheiros continuaram no convés e lutaram para salvar o barco. Gradualmente, eles começaram a suspeitar que alguém entre eles causava a revolta do mar. Eles lançaram à sorte, que colocou a culpa em Jonas, o único judeu a bordo.

A aflição de hoje apresenta muitas semelhanças ao navio de Jonas. O mundo se tornou uma aldeia global e estamos todos no mesmo barco, passo a expressão. Os marinheiros, as nações do mundo, culpam o judeu “a bordo” (o povo judeu) pelos seus problemas. Tal como Jonas, nós estamos adormecidos. Começamos a despertar para nossa vocação. Se não despertarmos muito em breve, os marinheiros nos jogarão borda fora, tal como fizeram com Jonas.

Portadores de um Método

Na história, os marinheiros fazem uma tentativa desesperada de acalmar o mar e pela ordem de Jonas, eles o jogam borda fora. Assim que chega à água, a tempestade acalma, mas uma baleia engole Jonas. Durante três dias e três noites, Jonas reflecte no abdomen do peixe. Ele roga pela sua vida e resolve levar a cabo sua missão.

Tal como Jonas, cada um de nós carrega no interior algo que agita o mundo. Nós, o povo de Israel, somos os portadores de um método de conexão, um método para a união acima do ódio, tal como escreveu Rei Salomão, (Provérbios 10:12), “O ódio incita ao conflito e o amor cobre todos os crimes.” Este método de união é a raiz da qual nossa nação cresceu. Foi ele que nos atou em uma única nação e aquilo que hoje deve ser aceso de novo pois para onde quer que vamos, este modo de funcionamento destabiliza o mundo à nossa volta, que então nos culpa pelos seus males.

A união que entre nós que vai inspirar é a luz que devemos protejar para o resto das nações, tal comoa gora a separação entre nós projecta a separação do todo da humanidade. Quando nos unirmos, isso vai dotar a humanidade da energia necessária para alcançar união mundial, onde todas as pessoas vivem “como um homem com um coração.” Portanto, é nossa escolha assumirmos a responsabilidade, ou seremos jogados borda-fora, apenas para subsequentemente concordarmos em levar a cabo nossa tarefa.

Uma Luz para as Nações

O papel de Jonas era transformar a maldade e ódio em fraternidade entre as pessoas da cidade gentia. Este é também nosso papel. Nada mudou com a excepção da data e dos nomes. Todavia, em vez de sermos “uma luz para as nações,” damos o nosso melhor para sermos como o resto das nações.

Enquanto mais e mais pessoas e nações subconscientemente sentem que os judeus não são como o resto das nações, que eles são responsáveis pelos seus infortunios, eles começam a nos tratar segundo os seus sentimentos. As pessoas reagem instintivamente para aquilo que lhes acontece e subconscientemente viram sua raiva e frustração contra nós. O Dia da Expiação é nossa oportundiade de tomarmos a decisão de nos unirmos e sermos “uma luz para as nações.” Somente então o turbilhão global à nossa volta irá diminuir, a humanidade estará em paz e o Tabernáculo (Sucá) da paz se espalhará por todos nós.

Nessa Sucá, nos sentaremos a todos como um, sem luta ou conflito e tornaremos a união nosso valor principal. Agora, euqnato reconhecemos nosso papel, devemos começar a elevar o princípio “ama teu próximo como a ti mesmo,” acima de todos os outros valores ate que ele se torne um telhado que nos proteja de qualquer problema e aflição.

Se queremos acabar com nossos problemas, livrar o mundo do antissemitismo e levar uma vida segura e feliz, nós nos devemos unir e dar um exemplo de união às nações. Isto trará a paz e sossego ao mundo.

Palavras dos nossos Sábios sobre União, Amor e o Papel de Israel no Mundo

União e Amor

O sucesso da nossa nação depende somente do amor fraterno, de nos conectarmos como uma família.

Rabbi Shmuel David Luzzatto

“Ame a seu próximo como a si mesmo” é a grande regra da Torá, para nos incluirmos na união e paz, que são a essência da vitalidade, persistência e correcção do todo da criação, pelas pessoas de opiniões divergentes se fundirem juntas em amor, união e paz.

Rabbi Nathan Sternhertz, Likutey Halachot [Regras Sortidas], “Bênçãos para Ver e Bênçãos Pessoais,” Regra no. 4

Uma vez que fomos arruinados pelo ódio infundado e o mundo foi arruinado connosco, nós seremos reconstruidos pelo amor infundado e o mundo será reconstruido por nós.

O Raiah [Rav Avraham Itzhak HaCohen Kook], Orot Kodesh (Sagradas Luzes), Vol. 3

Qualquer tumulto no mundo vem somente por Israel. Agora somos evocados para levar a cabo uma grande tarefa voluntária e conscientemente: de nos reconstruirmos e ao inteiro mundo arruinado junto connosco.

O Raiah [Rav Avraham Itzhak HaCohen Kook], Igrot (Cartas), Carta no. 726

“Ama teu próximo como a ti mesmo.” Tudo o que você gostaria que os outros fizessem por si, faça isso pelos seus irmãos.

Maimónides, Mishnê Torá, Shoftim, “Regras do Luto,” Capítulo 14

Quando é o Criador afeiçoado à criação? Quando todos de Israel são um feixe juntos sem inveja, ódio ou competição entre eles e cada um pensa no bem-estar e favor do seu amigo. Nesse momento o Criador está deleitado com Sua criação.

O livro, Lembrança por Miriam, Capítulo 11

Quando todos os seres humanos concordarem abolir e erradicar sua vontade de receber para si mesmos e não tiverem outro desejo senão o desejo de outorgar sobre seus amigos, todas as preocupações e perigo no mundo deixarão de existir. E a todos nós será assegurada uma vida plena e inteira.

Rav Yehuda Ashlag (Baal HaSulam), “Introdução ao Livro do Zohar,” item 19

O Papel de Israel

O povo de Israel deve ser a primeira nação a assumir o altruísmo internacional e ser o modelo exemplar do bem e da beleza contidos nesta forma de governo.

Rav Yehuda Ashlag (Baal HaSulam), “Os Escritos da Última Geração”

O povo de Israel, que são mais capazes de se aproximarem do Criador que todas as outras nações, então outorgarão o tesouro sobre o resto das nações.

Rav Baruch Ashlag (o Rabash), Os Escritos do Rabash, Vol. 2, Carta no. 18

A nação israelita fora construida como uma espécie de portal pelo qual as centelhas de luz brilhariam sobre o todo ad raça humana pelo mundo inteiro.

Rav Yehuda Ashlag (Baal HaSulam), “A Arvut (Garantia Mútua)”

Está escrito que cada uma das nações segurará um homem judeu e o conduzirá para a Terra Santa. E não foi suficiente que fossem sozinhos. Você deve entender de onde as nações do mundo vêm com tal ideia e vontade. Saiba que isto é através da disseminação da verdadeira sabedoria, para que elas vejam evidentemente o verdadeiro Deus e a verdadeira lei.

E a disseminação da sabedoria nas massas é chamada “um Shofar (um chifre usado nas festividades).” Como o Shofar, cuja voz viaja uma grande distância, o eco da sabedoria se espalhará pelo mundo fora, para que até as nações escutem e reconheçam que há sabedoria Divina em Israel.

Rav Yehuda Ashlag (Baal HaSulam), “Shofar do Messias”

Cabe à nação israelita se qualificar a si mesma e a todas as pessoas do mundo através da Torá e Mitsvot (mandamentos), para se desenvolverem até que assumam sobre si mesmos essa obra sublime do amor pelos outros, que é a escada para o propósito da criação, estando em adesão com o Criador.

Rav Yehuda Ashlag (Baal HaSulam), “A Arvut (Garantia Mútua)”

A construção do mundo, que no presente está amassado pelas medonhas tempestades de uma espada ensanguentada, requer a construção da nação israelita. A construção da nação e a revelação do seu espírito são uma e a mesma coisa e são uma com a construção do mundo, que está amassado e espera uma completa força de união e sublimidade e tudo isso está na alma da Assembleia de Israel.

O Raiah [Rav Avraham Itzhak HaCohen Kook], Orot (Luzes), Capítulo 9, p 16

Publicado originalmente no The Jerusalem Post

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Uma Perspectiva Cabalística sobre a Bênção de Ronald Lauder para o Novo Ano Judaico

Presidente do Congresso Mundial Judaico, Ronald Lauder escreveu: “Eu devotei minha vida de adulto a lutar pela comunidade global judaica. Trabalhei para construir um mundo onde todos estejamos unidos, onde as crianças não tenham medo, onde nada impeça o povo judeu de alcançar os seus sonhos. Procurei um mundo onde sejamos aceites por e colaboremos com pessoas de todas as religiões, onde o antissemitismo e os horrores do passado sejam banidos para o caixote do lixo da história.”

“Este Ano Novo, um lembrete de que a força do povo judeu reside na nossa união,” foi escrito com legras enormes nas páginas dos principais jornais na véspera de Rosh Ha’Shaná. O autor, o presidente do Congresso Mundial Judaico, Ronald Lauder, escreveu: “Eu devotei minha vida de adulto a lutar pela comunidade global judaica. Trabalhei para construir um mundo onde todos estejamos unidos, onde as crianças não tenham medo, onde nada impeça o povo judeu de alcançar os seus sonhos. Procurei um mundo onde sejamos aceites por e colaboremos com pessoas de todas as religiões, onde o antissemitismo e os horrores do passado sejam banidos para o caixote do lixo da história.”

Lauder sublinhou os quatro princípios básicos que ele acreditava serem essenciais de lembrar enquanto entramos no Ano Novo:

(1) Nós somos um povo, os judeus sempre foram mais fortes quando estão unidos e quando cuidaram uns dos outros.
(2) Antissemitismo e ódio irracional contra Israel hoje disfarçado como anti-sionismo deve ser combatido agora.
(3) Não devemos temer praticar nossa fé mas termos segurança de a exprimir.
(4) Não devemos permanecer em silêncio, devemos expressar nossa posição quando pessoas de qualquer fé sejam atacadas.

A declaração e sentimento de Lauder são não só inspiradores, mas também um prenúncio de grandes esperanças para o futuro. Enquanto alguém que trabalha consistentemente para promover a união judaica, subscrevo totalmente as palavras do presidente com meu coração e alma.

Que judeu não quer que isto aconteça? Nós, judeus, deambulamos no exílio durante dois mil anos e sofremos perseguição, agressões e pogrons. Está claro para nós que sem união, será impossível eliminar o mal e viver calma e seguramente. Todavia, assim que queiramos implementar este desejo sentido para o Ano Novo, esbarramos nossa face com a realidade.

No presente, as nobres declarações de Sr. Lauder são senão uma voz isolada na selva. A razão é que nossa natureza inata egoísta nos impulsiona para maximizarmos nossa vida até quando nosso benefício vem às custas de outrém. Está escrito que “…toda a inclinação do coração humano é má desde a infância” (Génesis 8:21).

Portanto, nenhuma pessoa ou nação pode esperar que nossas vidas melhorem até que aprendamos a equilibrar nossa natureza egoísta. De facto, amanhã pode ser pior que ondem e o dia depois de amanhã ser ainda pior que amanhã se não evoluírmos do nosso presente estado de ser.

Nosso ego nos impulsionou para criarmos um meio ambiente global que polui nossa vida social tal como ele polui nosso meio ambiente natural, causando divergências e crises, em vez de nos ajudar a pavimentar o caminho para o verdadeiro progresso humano em todos os modos de vida.

A única maneira de contrabalançar a força negativa do nosso egoísmo é pela força positiva oposta, a força da união. Nós podemos despertá-la dentro de nós se trabalharmos activamente nisso. De facto, esta foi a bênção da mensagem de Sr. Lauder: nossa união nos salvará.

DESBLOQUEAR O PODER DA UNIÃO

A sabedoria da Cabala explica que somente nossa união nos permitirá produzir a força positiva que vai equilibrar a força negativa do nosso próprio egoísmo. Mais cedo ou mais tarde, as ameaças e desafios que encontramos numa base regular nos obrigarão a trabalhar sistematicamente em unirmos nossos corações como um povo acima das diferenças.

Como começamos? Do mesmo modo que Moisés fez depois do êxodo do Egipto. Moisés atendeu o conselho do seu sogro, Jétro e dividiu o povo em grupos de dez, também conhecidos como Minian. Acima deles em perfeita hierarquia, ele conectou centenas e melhares, como está escrito: “Moisés escolheu homens capazes de toda Israel e fez deles cabeças sobre o povo, cabeças de milhares, de centenas, de cinquentas e de dezenas” (Êxodo 18;25).

A força positiva que unificou todo o Minian, primeiro dentro de si mesmo, depois conectando-o a outros, criou um meio ambiente no qual todas as pessoas se sentiam próximas umas das outras e conectadas positivamente como nunca no passado. Seu esforço conjunto de se unirem acima das suas diferenças e a sensação de se elevarem acima da sua rejeição natural de uns e outros produziu uma força que era mais forte que a soma do egoísmo de cada indivíduo.

Isto assim é pois a força de um grupo unido de dez pessoas, o Minian, vem de um nível mais profundo e espiritual que está escondido dos nossos sentidos vulgares. Portanto, os israelitas gradualmente aprenderam como penetrar nesse nível da natureza e descobriram “a sabedoria da conexão,” ou por outras palavras, a sabedoria da Cabala.

SOMENTE NOSSO EGO IMPEDE NOSSO CAMINHO PARA A UNIÃO

Depois de nos tornarmos uma nação no pé do Monte Sinai, passamos por inumeráveis subidas e descidas enquanto deambulamos durante quarenta anos no deserto, entramos na terra de Israel e construimos o Primeiro Templo. Porém, quando não conseguimos superar a erupção do nosso ego e perdemos o estado da união, ódio infundado surgiu e o Templo foi destruido. A mesma coisa aconteceu com a destruição do Segundo Templo, os condenando a dois mil anos de exílio que continuou até este dia.

A reunião dos exílios na terra de Israel não curou a divergência interna entre nós. Daqui em diante, é apenas uma questão de tempo até que percebamos que a espinha dorsal do nosso povo é uma força mais profunda de união que nos mantém juntos, como um homem com um coração.

A sensação de união é mais doce que o mel. Ela espalha a paz, promove a igualdade, revela sabedoria, neutraliza o antissemitismo e mais importante, ilumina as trevas no nosso mundo, que é a principal tarefa enquanto povo judeu, sermos uma “luz para as nações.”

Vamos atualizar nossa união em breve e nos nossos dias. Shaná Tová e Gmar Chatimá Tová!

Publicado originalmente no The Jewish Voice

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Uma Análise à Realidade Sobre o Processo de Paz no Médio Oriente

A melhor opção de Trump pode ser se focar em manter um estado relativamente estável e pacífico de cessar fogo, ou melhor dizendo, manter as hostilidades a um mínimo suportável.

Tal como disse o Primeiro Ministro de Israel Benjamin Netanyahu, parece que a aliança de Israel com os Estados Unidos nunca foi tão forte como agora sob a administração Trump. Os calorosos sentimentos de Trump por Israel e as relações positivas com seu Primeiro Ministro, expuseram a mendacidade dos seus opositores e ficou feliz de ver que passados muitos anos, Israel tem novamente um amigo de verdade na Casa Branca.

Falando de melhorar relações, Trump falou a sua administração vai dar ao processo de paz do Médio Oriente um “desenvolvimento absoluto,” acrescentando, “Penso realmente que temos uma chance” e “penso que Israel gostaria de vê-lo e penso que os Palestinianos gostariam de vê-lo.”

Israel gostaria de ver a paz, mas os Palestinianos, claramente, não gostariam. Bem recentemente, o representante da Fatah Osama Al-Qawasmi respondeu na Awdah TV a uma pergunta sobre a possibilidade da Fatah reconhecer o direito à existência de Israel: “Certamente não,” disse ele. “Isto não é necessário e não reconheceremos Israel.” Al-Qawasmi também acrescentou uma mensagem aos seus parceiros nas conversas de reconciliação, da organização terrorista Hamas: “Meus amigos, Hamas, vocês não devem reconhecer Israel, não vos é exigido isso.”

E se isto não fosse desanimador o suficiente, Al-Qawasmi também compartilhou a visão da sua organização sobre o terrorismo, que ele descreve como “resistência popular”: “Dissemos que a resistência armada, resistência popular, é também legitima… escolhemos a resistência popular como meio que vemos ser o mais eficaz sob as presentes circunstâncias.” Para alcançar o quê? Certamente não a paz.

Uma vez que sem boa vontade e boa fé de todas as partes é impossível alcançar a paz, é só o destino de Israel que apesar de ter oferecido duas vezes, a completa retirada dos territórios conquistados na Guerra dos Seis Dias em troca da paz, os Palestinianos fossem demasiado gananciosos para o aceitar.

Todavia, apesar da sombria situação, não penso que Trump deva deixar que Israel e os Palestinianos resolvam as coisas sozinhos. Sob as presentes circunstâncias, se um conflito violento irromper em Israel, isso poderia atear fogo ao mundo inteiro. A melhor opção do Presidente Trump, é se concentrar em manter um estado relativamente estável e pacifico de cessar fogo, ou melhor dizendo, manter as hostilidades a um mínimo suportável.

Um cessar fogo oficial é impraticável. Qualquer tipo de acordo com um regime que não reconhece o nosso direito à existência é, por definição, impossível. Tentar a paz com tal governo só frustraria os negociadores e enviados envolvidos, jogaria as partes num jogo político de quem tem a culpa e atiçaria novas hostilidades na região.

Portanto, de todo o coração acredito que a administração Trump deveria manter um olho atento aos desenvolvimentos entre Israel e os Palestinianos e encorajar as partes a manterem a calma. Ao mesmo tempo, ela deve minimizar as esperanças para alcançar um tratado completo de paz simplesmente porque neste momento, ele é inalcançável.

Também, para solidificar tais esforços, seria boa ideia que a administração americana coordenasse seus esforços para sustentar um estado de não-violência em Israel com a Rússia e a UE. Isto impediria muito mais as partes que desejam inflamar a região de o fazerem, pois não teriam apoio internacional. Adicionalmente, coordenação bem sucedida entre os EUA, Rússia e a UE sobre o problema do Médio Oriente teria um impacto positivo nas suas relações e criaria um meio ambiente internacional mais favorável no geral.

Então, no fim do dia, acredito que um Médio Oriente sossegado é bom para a América, bom para Israel e bom para o mundo. De facto é até bom para o povo Palestiniano, embora seus líderes possam não ficar muito agradados com isso.

Estado de Israel Versus Judeus Americanos

E há outro ponto que eu gostaria de salientar. Deve haver completo desengajamento na relação da administração americana com Israel e sua relação com a judiaria americana. Com a excepção de alguns poucos, segmentos diminutos, a judiaria americana se separou a si mesma de Israel, não a apoia e frequentemente apoia organizações que são explicitamente antissemitas e anti-sionistas.

Além do mais, a maioria da judiaria americana desaprova a renovada harmonia entre os governos de Israel e da América. A maioria dos judeus americanos não apoia Trump nem Netanyahu e gostaria que ambos chefes de estado fossem destituídos na primeira oportunidade. Por esta razão, acredito que deve haver completa desconexão entre o governo americano da judiaria americana e seu relacionamento com o Estado Judeu. Sejamos honestos, Donald Trump é um amigo melhor para Israel que a maioria dos Judeus Americanos.

Publicado originalmente no United With Israel

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Rosh Ha’Shaná É Uma Oportunidade Para a Mudança

Rosh Ha’Shaná não é apenas o princípio do calendário hebraico, é também um símbolo da renovação. É quando começamos a escrutinar-nos e a determinar como queremos melhorar.

Um crente judeu sopra um Shofar, no Muro das Lamentações antes de Rosh Ha'Shaná

Um crente judeu sopra um Shofar, no Muro das Lamentações antes de Rosh Ha’Shaná. (foto: AMMAR AWAD/REUTERS)

Considerando os desastres pelos quais a América passou no mês passado, parece que Rosh Ha’Shaná não poderia vir em melhor altura. Na realidade, as palavras, Rosh Ha’Shaná, vêm das palavras hebraicas, Rosh ha’Shinui – o princípio da mudança. Podemos somente esperar que a mudança seja para o melhor.

Os feriados judaicos são conhecidos pelas suas delícias culinárias. Mas além da comida e reuniões de família, as festas judias têm profundos significados espirituais. Rosh ha’Shaná não é a penas o começo do calendário hebraico, é também um símbolo de renovação. É quando começamos a nos escrutinar e determinar como queremos melhorar.

Provar da cabeça de um peixe significa querer ser a cabeça e não a cauda. Isto implica que queremos determinar nosso caminho para nós mesmos e não seguir o rebanho cegamente. Comemos sementes de romã e cada semente representa um desejo que descobrimos dentro de nós e que queremos aprender a usar pelo bem dos outros em vez de forma egoísta. A maçã de comemos simboliza o pecado (do egocentrismo), que mitigamos (adoçamos) com mel, novamente simbolizando nosso desejo de aprender a usar até essa tentação primordial de forma altruísta.

O povo de Israel cunhou a frase “Ama teu próximo como a ti mesmo” e em vários graus a implementou até à ruína do Segundo Templo. Todas nossas festas simbolizam marcos no caminho da transformação da inclinação do mal, nomeadamente do egoísmo, para o altruísmo, onde amamos nossos próximos como a nós mesmos.

Nossos sábios nos dizem que a única razão pela qual o Segundo Templo foi arruinado foi o ódio infundado. Isto é, quando o egoísmo assume o controle, nós fracassamos e caimos. Fomos estabelecidos como uma nação somente quando juramos nos unir como “um homem com um coração.” Quando quebramos esse voto, fomos dispersados e exilados.

Não menos importante que nosso voto de sermos como um foi o mandamento que nos foi dado de sermos uma luz para as nações. Mas na ausência do laço entre nós, que luz emitimos? Quando estamos undos e o demonstramos, nos tornamos uma luz para as nações e concretizamos nossa vocação enquanto judeus.

Hoje a desconfiança e alienação prevalecem em todos os níveis da humanidade, desde o interpessoal, social, nacional até ao internacional. Claramente, estamos cada vez mais alienados uns dos outros, o oposto da união e amor fraterno que são tão vitais para a sobrevivência num mundo onde cada um depende de todos os outros.

Quanto mais perseguimos a presente tendência, maior será a pressão que será aplicada sobre os judeus. Bem no fundo, o mundo se lembra que em tempos os judeus sabiam o segredo para a conexão humana adequada. Quando a memória vem à superfície, ela é exprimida como acusações que somos belicistas, manipuladores e semelhantes declamações que se tornaram parte do palavreado anti-judeu.

Embora também nós, estejamos desconectados, somos nós que podemos e devemos reacender nossa união. Podemos ainda estar muito longe disso, mas pelo menos podemos reconhecer a indispensabilidade deste valor injustamente desvalorizado: união.

Portanto, este Rosh Ha’Shaná é uma oportunidade de fazermos dele realmente um Rosh Ha’Shinui, o princípio da mudança. Aqui e agora devemos começar a mudar como nos relacionamos uns com os outros. Enquanto nos reunimos com a família e amigos, devemos fazer questão de nos elevarmos acima das nossas diferenças e encontrarmos a meta comum da união. Quando fazemos isso, os males supracitados não mais serão, uma vez que todos eles derivam de uma e única origem: nossa separação.

Este ano, vamos espalhar algum mel sobre nossa alienação e adoçá-la com cuidado e preocupação de uns pelos outros. Depois das recentes tragédias que a América sofreu, ela certamente necessitaria de alguma preocupação e responsabilidade recíprocas. E realmente, a união é tudo o que precisamos. A união é tudo aquilo que o mundo precisa e é a chave para nossa felicidade duradoura.

Publicado originalmente no The Jerusalem Post

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Restaurar a ‘Sanidade’ da Natureza Começa Com Restaurar Nossas Conexões

Imagem: Restaurar a 'Sanidade' da Natureza Começa Com Restaurar Nossas Conexões

Membros da Guarda Nacional do Texas se preparam para distribuir água e refeições de emergência enquanto o Texas lentamente avança para a recuperação da devastação do Furacão Harvey em 6 de Setembro, 2017 em Orange no Texas. (Spencer Platt/Getty Images)

Enquanto escrevo isto, relatos da devastação do furacão Irma ainda vertem. Claramente, a natureza ficou louca. Os cientistas têm alertado há anos que o aquecimento global é sinónimo de tempestades mais fortes e clima invulgar cada vez mais frequente. Mas saber que isto vai acontecer e vê-lo acontecer são duas coisas diferentes.

Mas esta coluna não trata de desastres. Ela se trata de esperança e tomar acção.

Na minha coluna anterior, escrevi que nosso maior problema não são os desastres naturais, mas nossa alienação uns dos outros. Sugeri um modo prático de criar conversação prática e compartilhei uma ligação para um download gratuito do meu livro “Completando o Círculo,” que, entre outras coisas, oferece jogos de conexão e ideias para conversas que ajudem as pessoas a se conectar.

Alguns dias mais tarde, fiquei a saber que dois jovens, que acontece que também estudam comigo, iniciaram uma discussão dessas com sobreviventes do furacão Harvey e até filmaram a conversa. Se você quiser ter esperança no futuro da América, é um dever para si mesmo assistir a essa curta peça. Estes belos e inteligentes jovens que não se conheciam uns aos outros antes desse encontro e julgando pelas aparências, as chances são que seus caminhos nunca se teriam cruzado não fosse a devastação do Harvey. Todavia, esses Millennials provam pela sua própria conduta que a solidariedade por toda a América é possível.

Esta horrível época de furacões terminará em alguns meses e os incêndios no Oeste dos Estados Unidos estarão extintos. Se esquecermos este verão ameaçador e continuarmos como antes, teremos desperdiçado uma oportunidade para implementar uma verdadeira mudança.

Um dos participantes na discussão filmada falou, “A mentalidade que temos, todos aqui sentados nesta mesa, tenho esperanças que a transmitam além.” Outro acrescentou que quando “há apenas uma única meta, ajudar as pessoas, isso restaura minha fé na humanidade vendo todos a trabalharem juntos de mão-em-mão … criando uma conexão que acredito que não seria possível se não tivesse sido uma situação tão devastadora e é triste dizer isso. Espero que os media retratem isso e que mostrem que as pessoas conseguem se aproximar até sem um momento de necessidade e que não estamos separados pela fé, religião ou quaisquer outros factores.”

Naturalmente, tais iniciativas isoladas não conseguem mudar o destino do país. Mas esta é ainda assim a prova de um conceito, que é o por quê de eu o compartilhar aqui. As autoridades podem e devem utilizar a sensibilidade atualmente aumentada das pessoas para as direccionarem para verem o poder da conexão.

Passados menos de 45 minutos de discussão, os participantes, que como eu disse, não se conheciam uns aos outros antes desse encontro, se sentiram tão próximos que trocaram emails e seus números de telefone. Se é assim tão fácil, dado o modo certo de discussão, por que todo o americano não poderia beneficiar disso?

Certamente, a conexão humana tem muito maior impacto do que pensamos. No início dos anos 70, o reconhecido físico Dennis Gabor falou, “Até agora o homem tem estado contra a natureza; daqui em diante ele estará contra sua própria natureza.” Mas em vez de nos focarmos na natureza humana, nós procuramos modos de concertar a própria natureza e assim fazendo, falhamos toda a questão. Nossa própria má vontade causa todo o problema no mundo. O aquecimento global, crises financeiras que empobrecem milhões de pessoas, guerra, fome, depressão, abuso de drogas, desigualdade e racismo todos são desastres fabricados pelo homem. Se concertassemos nossa própria má vontade, que causa todas essas crises, não teríamos uma única preocupação no mundo.

E o modo de concertar a má vontade é estabelecendo conexões humanas positivas. É por isso que sou tão resoluto acerca de discussões como aquela que aqui menciono.

Chega um tempo em que você tem de olhar no espelho e dizer, “Chega de culpar os outros dos meus problemas; eu tenho de assumir a responsabilidade.” Enquanto sociedade, nós estamos nesse ponto. Esse é um esforço consciente que podemos sentir como algo desnatural inicialmente, mas como todos sabemos, a prática faz a perfeição. E neste caso, é necessária muito pouca prática para obter tremendo progresso, olhe só para esse vídeo.

Se toda a pessoa na sua comunidade participasse em apenas um ou dois desses encontros por semana, no espaço de um mês o bairro inteiro mudaria. Ir no mercado significaria ir se encontrar com amigos pois você conheceria outros compradores, ou você conheceria os seus amigos, que o apresentariam aos seus amigos e você iria para casa sorrindo. Em tal atmosfera seria natural cuidarem uns dos outros e a sociedade facilmente encontraria o seu equilíbrio.

Num espaço carinhoso assim, o resto dos nossos problemas se resolveriam sozinhos, o qual afectaria nosso inteiro meio circundante, desde a sociedade humana até toda a natureza. Sucede-se que, restaurar a sanidade da natureza começa com nossas conexões positivas.

Publicado originalmente no Newsmax

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Equilíbrio Com a Natureza Virá do Interior

O Furacão Irma ruge enquanto o eco de Harvey ainda reverbera. Ambos trazem uma mensagem da Mãe Natureza para todo e cada um de nós.

No que diz respeito à natureza, nós somos como uma criança numa sala de controle. Muitos botões, interruptores, maçanetas, mas não sabemos como todos estão conectados por dentro. Há tantas funções que podemos aprender somente pela tentativa e erro, pressionando algo e procurando um resultado directo.

Então colocamos toda nossa atenção nas acções mecânicas que nos mostram reacções naturais directas. Reduzir as emissões de gás, reciclar o plástico, lutar para salvar as florestas e etc.

Contudo, não tomamos em consideração todo um outro nível onde precisamos manter o equilíbrio com a natureza e esse é o funcionamento interno do ser humano: nossos pensamentos, aspirações, intenções e relacionamentos. Todos os citados são também parte da natureza. Novamente, como a criança na sala de controle, não fazemos ideia de como estes botões funcionam.

Embora habitualmente isso escape ao nosso pensamento moderno, os seres humanos e tudo aquilo que eles fazem, pensam e sentem, são inseparáveis do sistema natural. Ao contrário das culturas anteriores, nós perdemos nosso sentido instintivo de conexão com a natureza e crescemos veno o mundo natural que habitamos como algo separado de nós. Mas a realidade é que nenhum aspecto do nosso ser está desconexo do sistema natural e nós somos completamente sujeitos às suas leis.

Portanto, nossos pensamentos, emoções e desejos são todos produtos da evolução natural e têm uma função no sistema natural, apenas não sabemos qual é. Todavia, não saber como algo funciona não significa que ele não produza qualquer efeito. Em vez disso, significa que ainda não descobrimos como ele funciona.

Então antes de você classificar este artigo como rebuscado, deixe-me recordá-lo que até há cerca de 500 anos atrás, praticament todos acreditavam que a terra estava no centro do universo. E quando alguém sugeriu que a terra se movia à volta do sol, isso não foi muito fácil para as pessoas digerirem. Os escritos de Copérnico foram banidos em alguns circulos durante quase três séculos.

Em termos do nosso entendimento dos ecossistemas naturais, apenas há cerca de 20 anos atrás ninguém percebia que os lobos conseguem mudar os rios. Quando alguns lobos foram reintroduzidos no Parque de Yellowstone passados 70 anos de ausência, eles forçaram os veados a se mudarem para áreas nas quais são mais difíceis de capturar, que permitiu que áreas de capim excessivo regenerassem dramaticamente. As árvores ficaram mais altas, os pássaros começaram a habitá-las, mais castores surgiram e criaram nichos para outras espécies e muito rapidamente, um vasto ecossistema floresceu com muitas novas espécies. Mas o mais interessante, a regeneração das florestas estabilizou as margens dos rios, definindo trajectos fixos para o fluxo dos rios. E assim, alguns lobos mudaram a geografia física do Parque de Yellowstone.

https://www.youtube.com/watch?v=nW5ztScNCYk

A NATUREZA IMPULSIONA TODOS OS SERES PARA O EQUILÍBRIO. AGORA É A NOSSA VEZ.

O sistema natural faz evoluir todo o nível de ser para o estado de equilíbrio dinâmico, que então sobe para um nível mais complexo de ser. Levou biliões de anos para que a Terra formasse uma crosta estável à volta do seu manto derretido para estabelecer as condições que permitissem a vida biológica. Então, passaram mais alguns biliões de anos até que as condições ideais fossem criadas, tais como os níveis equilibrados de oxigénio e dióxido de carbono, para permitir que formas avançadas de vida animal surgissem.

Há cerca de 8 milhões de anos atrás, um macaco ficou mais esperto e eventualmente se tornou o governante do planeta. Bem, algo desse género. Ele não tem controle sobre os desastres naturais, continua a engajar-se na guerra contra si mesmo, gere miseramente os recursos da Terra e os distribui miseramente para o bem-estar das suas espécies. Mas na sua cabeça, pelo menos, este macaco é agora o governante do mundo.
Então, se a natureza cria níveis cada vez mais completos de equilíbrio dinâmico, então é só natural que em certo ponto a natureza comece a promover o equilíbrio no nível humano de consciência. E segundo a Cabala, é precisamente aí que nos encontramos.

Nós entramos numa nova era de evolução humana, enfrentando uma transformação que está muito além das nossas acções mecânicas. Resumindo, nós temos de nos mudar a nós mesmos. As características interiores, inclinações e intenções do humano, têm de chegar ao equilíbrio com aquelas do sistema natural.

LOBOS MUDAM RIOS. HUMANOS MUDAM FURACÕES.

É difícil para nós vermos a conexão entre nosso mundo interno e o mundo natural. Certamente não vemos como nossas intenções e desejos conseguem suscitar um furacão. Mas novamente, nós não víamos também como os lobos poderiam mudar os rios.

A natureza é um sistema holístico. Todo o elemento transporta uma influência no sistema inteiro e todos os elementos da natureza estão interconectados e são interdependentes. O desafio em relação à influência dos humanos no sistema é que nosso mundo interior só é visto por um observador – nós próprios. Então enquanto sociedade, nos concentramos nas acções mecânicas que todos conseguimos ver e julgamos do lado de fora.

Mas na natureza, as forças que têm o mais alto potencial são na realidade aquelas que são mais subtis e ocultas. Os físicos lhe dirão, por exemplo, que a mais forte força conhecida no universo de hoje é a forte força nuclear, que é eficaz em escalas de distância um milhão de vezes mais pequenas que um átomo.

Então hoje, temos de perfurar a camada subtil e profunda do nosso ser. Que força vamos descobrir lá? Uma “gravidade egoísta” que nos faz sentir separados dos outros continuamente e do resto da natureza. Onde constantemente estamos dispostos a colocar o interesse pessoal acima do bem-estar dos outros. Onde nos falta a sensação de conexão e consideração por todas as pessoas e todos os outros seres. É aqui que somos opostos à natureza. E é aqui que teremos de achar o equilíbrio.

Tal como a criança na sala de controle, nós não vemos como o mundo interior psicológico está conectado ao mundo biológico. Mas a hora chegou para nós crescermos e aprendermos o que estão a fazer esses botões.

O Cabalista Yehuda Ashlag explica que a “natureza, como um apto juiz, nos pune segundo nosso desenvolvimento. Pois podemos ver que à medida que a humanidade se desenvolve, as dores e tormentos que envolvem nosso sustento e existência também se multiplicam… a conclusão certa deve ser tirada, que a natureza no final nos vai derrotar e que todos seremos forçados a dar as mãos para seguirmos suas leis com toda a medida que é exigida de nós.” (“A Paz”).

Enquanto que os reinos inanimado, vegetal e animal mantêm um equilíbrio instintivo, o nosso será consciente. Ele começará quando começarmos a nutrir nossa atitude interior de uns para os outros e a formar uma rede de conexões humanas positivas que vão ondular para o resto da natureza. Esta será a base para a sociedade humana futura. Uma sociedade onde você, o seu próximo e a natureza são um. Uma sociedade que pressiona os botões certos na sala de controle para que as catástrofes naturais não tenham de ocorrer.

Nossos pensamentos, emoções e desejos todos são produtos da evolução natural e têm uma função no sistema natural, apenas não sabemos qual é. Porém, não saber como algo funciona não significa que não produza qualquer efeito. Em vez disso, significa que ainda não descobrimos como funciona.

Publicado originalmente no KABNET

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Manter o Espírito do Povo é Chave para a Reconstrução Pós-Harvey

O povo toma abrigo no Centro de Convenções George R. Brown após as águas das cheias do Furacão Harvey terem inundado a cidade em 29 de Agosto, 2017, em Houston, Texas. (Joe Raedle/Getty Images)

O povo toma abrigo no Centro de Convenções George R. Brown após as águas das cheias do Furacão Harvey terem inundado a cidade em 29 de Agosto, 2017, em Houston, Texas. (Joe Raedle/Getty Images)

Embora tenha passado o fim-de-semana passado na Alemanha na convenção com meus estudantes europeus, segui de perto a catástrofe que se revelava em Houston. Os relatos dos media e as histórias que ouvi dos meus estudantes de lá foram desoladoras. Este evento é indubitavelmente um trauma que vai permanecer com as pessoas durante os próximos anos.

Ao mesmo tempo, penso que enquanto sociedade, a pior coisa que os texanos possam fazer por si mesmos é assumir a atitude passiva da vítima. A reconstrução deve começar tão cedo quanto o possível e a primeira coisa a reforçar é o animo das pessoas.

O dinheiro pode ser reunido, as propriedades podem ser reconstruidas, mas ninguém consegue remendar um espírito quebrado senão as pessoas cujos espíritos foram quebrados. Vi os relatos de habitantes de Houston que se resgatavam uns aos outros de lares inundados e exactamente este o espírito certo. Todavia, uma coisa é sentir empatia pelo seu vizinho durante uma crise e uma coisa inteiramente diferente é senti-lo numa base diária, todavia é disto que as pessoas precisam na verdade.

A sociedade americana de hoje está tão fracturada que até as piores cheias da história dos EUA não apaziguaram a divisão de todo. Kenneth Storey, por exemplo, um professor substituto da Universidade de Tampa, foi despedido após tuitar “esperançosamente isto os vai ajudar [aos texanos] a entender que o Partido Republicano não se preocupa com eles” acrescentando que ele “só culpo aqueles que apoiam o Partido Republicano.” Mas não acredito que sequer um dos primeiros correspondentes, voluntários da Marinha Cajun e inumeráveis outros bons samaritanos que tiraram as pessoas de lares inundados e carros submersos questionaram às pessoas perdidas e desesperadas em quem elas haviam votado antes de as ajudar a chegarem à segurança.

E ainda assim, a menos que os residentes e autoridades em semelhança fizerem um esforço consciente para manterem esta solidariedade, ela vai desaparecer assim que a água seque. Lamentavelmente, esta não é união genuina, mas empatia instintiva que surge durante as crises. Tivesse ela sido verdadeira, ela estaria lá antes da tempestade, também.

Glenn Thrush do The New York Times salientou que o Harvey apresenta ao Presidente Trump “uma oportunidade para recapturar algum do poder unificador da sua nomeação.” Seria maravilhoso se Trump se concentrasse na união e solidariedade, mas não penso que os residentes de Houston devam esperar por alguém. Os abrigos são habitualmente lugares enervantes. Milhares de estranhos agrupados juntos durante semanas sem qualquer privacidade e menos que instalações mínimas para manter uma vida civil dificilmente é uma receita para a felicidade.

Contudo, se forem usadas correctamente, estas condições podem formar laços que não se formaria sob cinscunstâncias normais. Se eu lá estivesse, convidaria as pessoas a se sentarem juntas num circulo, pois um circulo faz cada um igualmente importante e tomando um café, sugeriria que todos compartilhassemos nossa visão mais optimista para uma vida após o Harvey. Posteriormente, questionaria, “O que seria necessário para concretizar essas visões?” Não tenho dúvidas que com alguma responsabilidade mútua e preocupação, as visões de maioria das pessoas sejam concretizáveis. Mas sem solidariedade, estas visões serão somente uma doce ilusão.

Nossas rotinas diárias e provações diárias nos fazem esquecer um facto muito importante: Todos somos dependentes uns dos outros. As outras pessoas fabricam a comida que comemos e as outras pessoas nos empregam ou nós as empregamos para que todos nos possamos apoiar a nós e a nossas famílias. Nossa auto-estima depende da valorização das outras pessoas por nós e nosso humor depende a grande medida do humor das pessoas que nos rodeiam. Aquilo que sabemos é aquilo que nos é dito ou mostrado e aquilo que pensamos está intimamente conectado a aquilo que os outros que estão à nossa volta pensam. Resumidamente, nós somos interdependentes, física, intelectual e emocionalmente. Todavia, quantos de nós sentem que nossas conexões com as pessoas que nos rodeiam são positivas e construtivas?

Apocalipses tais como Harvey são pontos de inversão. eles são oportunidades para repensar tudo e levantar a sociedade para um nível completamente novo de conexão. O estado do Texas pode e deve usar a desgraça da tempestade como uma bênção social que faça de Houston uma cidade exemplar na América.

Meus próprios estudantes e amigos planeiam ir aos abrigos assim que as condições os permitam e se envolverem com as pessoas para as encorajarem e ajudarem a se conectar umas com as outras. Se eu pudesse, eu mesmo iria até lá e faria o mesmo. Uma vez que não posso, ofereço um download gratuito do meu livro “Completando o Círculo,” contendo jogos de conexão, ideias para conversas que ajudem as pessoas a se conectar e muito mais. Se o Texas deixar esta oportunidade para a união passar, isso tornará ainda pior o próximo desastre.

Há alguns dias atrás, um dos meus estudantes, cuja família que está em Houston ainda se encontra desaparecida, me escreveu estas palavras positivas: “Nós somos texanos! O Texas consegue superar qualquer coisa; nós só temos de continuar a trabalhar duro juntos.” Sim, a união é a chave para todo nosso sucesso agora e sempre.

Publicado originalmente no Newsmax

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Não Haverão Vencedores na Segunda Guerra Civil

Uma apoiante de Trump se encontra no meio de uma multidão de manifestantes anti-Trump enquanto protestam no Fifth Avenue perto da Torre Trump antes da chegada do Presidente Donald Trump em 14 de Agosto, 2017, na cidade de Nova Iorque. (Drew Angerer/Getty Images)

No início da semana, o pivô das notícias da CNN Don Lemon afirmou que o presidente “está claramente a tentar incendiar uma guerra civil neste país.” Em resposta às palavras de Lemon, o historiador e antigo Orador Anfitrião de Newt Gingrich falou numa entrevista no “Tucker Carlson Tonight”: “Penso que devemos encarar a ameaça da guerra civil muito seriamente.”

Referindo-se à peça de Dennis Prager, “Segunda Guerra Civil Americana,” Gingrich acrescentou, “Aquilo que vêem com o Antifa, aquilo que vêem nos campus das faculdades, aquilo que vêem, a certa medida, na burocracia, é uma verdadeira divisão do país. …Gostava que todos cantássemos Kumbaya e nos reuníssemos mas não acho que isso venha acontecer. …Enquanto historiador, minha visão é muito directa: um lado ou o outro vence.”

A América é já tão abundante de extremistas de ambos os lados do espectro político que muitas pessoas vêem a guerra nãos ó como iminente, mas como virtualmente inevitável. Se for esse o caso, é melhor começarmos a nos preocupar a cavarmos bunkers e sepulturas.

E não só nos EUA. Uma guerra civil na América não terminará na América. Se o país mergulhar numa batalha, muitos vão competir pela pilhagem. A China, Rússia, Coreia do Norte, IRão e outros vão destruir o que quer que a guerra não destrua, o império americano passará à história e uma terceira guerra mundial, com multiplas potencias nucleares se seguirá. Não haverão vencedores pois, para citar Maquiavel, “As guerras começam quando você quiser, mas elas não terminham quando lhe agradar.”

Será que não há realmente alternativa?

Eu penso que há, ou não estaria aqui a escrevê-la. Na minha coluna anterior, salientei que o Presidente Trump precisa de assumir um tom mais apaziguador em prol de começar a construir a coesão nacional. É óptimo declarar, “Não importa a cor, credo, religião ou partido político, todos somos americanos primeiro,” mas fazer isso bem depois do atropelamento homicida de Charlottesville é a epítome do mau timing. Tais declarações devem fazer parte da rotina do presidente, não de raras ocasiões.

Trump sobressai no uso das redes sociais. Se ele usá-lo para transmtiir um fluxo constante de mensagens unificadoras, não obstante o cinismo da imprensa, ele ganhará os corações do povo americano independentemente da sua afiliação política.

Concordo inteiramente que a América requer projectos de infraestrutura massiva. Mas a verdadeira infraestrutura do país é seu povo, não suas estradas no asfalto ou linhas férreas. A administração precisa de implementar tão cedo quanto possível programas de solidariedade que criem uma identidade americana uniforme. As pessoas precisam de aprender que uma ideologia que debilite a liberdade de expressão, liberdade de prática religiosa e a liberdade de imprensa, não pode usar a Primeira Emenda para se legitimar.

Ainda mais importante, as pessoas precisam de aprender que o pluralismo de visões não é uma receita para a guerra; é precisamente aquilo que fez a grande a América em primeiro lugar. Quando pessoas de abordagens e visões diferentes almejam a mesma meta, elas estão muito mais propensas a alcançá-la. Se a meta é o bem-estar de todos os americanos, o país inteiro vai beneficiar disso e esta meta deve estar no topo da lista de prioridades de todo o americano.

Pode não parecer possível remendar os divididos Estados Unidos, mas 1) nunca ninguém tentou honestamente e 2) a outra oção é a guerra.

Com meus estudantes, desenvolvi técnicas simples e facilmente aplicáveis que criam uma sensação de união e conexão até entre as populações mais improváveis, tais como os judeus israelenses e os árabes palestinianos, ultra-ortodoxos e agnósticos devotos e entre os afluentes e os carenciados. Estas técnicas fazem maravilhas onde quer que as experimentássemos: na América do Norte, Europa Ocidental ou do Leste e em Israel.

O mundo de hoje nos empurra para a conexão. A interconexão da realidade requer que aprendamos como trabalhar num mundo onde cada um é dependente de todos os outros. Quando pensamos em termos de “um ou o outro lado vence,” não conseguimos ter sucesso pois perpetuamos uma mentalidade de separação. Isto vai inevitavelmente criar uniões de extremistas que se alimentarão do ódio do outro lado, que por sua vez conduzirá à guerra. O único modo de evitarmos esta rota é tornar a união popular.

Se isto parecer irrealista, pense no seu próprio corpo. Sem a união de órgãos radicalmente diferentes todos a trabalharem em unissono pela causa comum de o sustentar e o manter saudável, você não existiria. Portanto, a união não é irreailsta; ela é a única opção realista para a sociedade.

Quanto mais cedo fizermos da solidariedade americana o principal valor na América, melhor será para o país inteiro. Qualquer decisão que a administração Trump e o Congresso tomarem daqui para a frente deve primeiro e antes de mais promover a união e solidariedade pois essa é verdadeiramente a única opção realista.

Publicado originalmente no Newsmax

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Protestos de Charlottesville: Impacto Histórico Sobre os Judeus e o Neo-Nazismo

Protestos de Charlottesville: Impacto Histórico Sobre os Judeus e o Neo-Nazismo

Os protestos de Charlottesville imprimiram o neo-nazismo e seu criticismo pelos judeus no mapa da história moderna. A resposta judaica acarta grandes implicações.

É a semana dos protestos de Charlottesville. A ira neo-nazi se espalha instantaneamente na consciência global como expõe a Vice no coração dos protestos de Charlottesville para o mundo.

Uma cena de centenas de nacionalistas brancos que seguram uma tocha cantando “Judeus não nos substituirão!” “Sangue e solo!” “Ruas de quem? Nossas ruas!” marchando em uníssono, encontrando os protestantes da oposição esquerdista, seguidos de erupções de violência, espancamentos, bastonadas… as notícias de abertura da cobertura do programa da Vice “Carlottesville: Raça e Terrorismo” se desenrola como uma versão moderna daquilo que foi cozinhado na Alemanha dos anos 30.

É isso mesmo, a Alemanha Nazi dos anos 30. E nós sabemos para onde isso conduziu…

Charlottesville: Race and Terror – VICE News Tonight on HBO. YouTube.

Os Protestos de Charlottesville Marcam o Começo de Uma Insurgência Neo-Nazi Que Repetidamente Culpará Os Judeus

Por muito que os judeus não queiram ouvir falar disso, isto é apenas o princípio de uma insurgência que repetidamente apontará o dedo aos judeus.

“Os judeus têm sido ampla e excessivamente representados na esquerda da história e na esquerda de agora. Eles são excessivamente representados naquilo a que você pode chamar ‘o sistema,’ ou seja pessoas da Ivy League que determinam realmente a política.”

– Richard Spencer, presidente da organização de nacionalismo branco no Instituto de Política Nacional que esteve por trás dos protestos de Charlottesville, numa entrevista para o Canal 2 de Israel.

Alguns dias passaram e o criticismo dos nacionalistas brancos sobre a “representação excessiva” dos judeus na política americana se gravou a si mesmo na consciência da sociedade. A origem deste criticismo exige escrutínio…

É Realmente a Influência Judaica Desproporcional Sobre a América a Causa Basilar do Criticismo e Ansiedade Para Com os Judeus Na América?

Segundo a sabedoria da Cabala, não.

“É um facto que Israel é odiada por todas as nações, seja por razões religiosas, raciais, capitalistas, comunistas ou cosmopolitas, etc. Isto assim é pois o ódio precede todas as razões, mas cada um meramente resolve sua aversão segundo sua própria psicologia.”

– Yehuda Leib HaLevi Ashlag, “Os Escritos da Última Geração, Parte Primeira.”

A causa deste criticismo pelos judeus se aprofunda muito mais: até ao subconsciente da humanidade. Ele está enraizado na própria natureza e emerge enquanto parte de um processo evolucionário que todos nós, membros da humanidade, estamos a atravessar.

A humanidade está a desenvolver-se para um estado final de completa e harmoniosa união. O caminho para este estado final, contudo, pode assumir uma de duas formas:

1. Um processo negligente onde a união da humanidade assumirá formas egoístas como o nazismo e fascismo, onde avançaremos para o resultado harmonioso através de imenso sofrimento pelo caminho; ou
2. Um processo de aprendizagem pro-activa para entendermos nossa conexão com a natureza e uns com os outros e como nos unirmos acima das nossas diferenças para alcançar o equilíbrio com a natureza.

Desde metade dos anos 90, a humanidade entrou no período de transição mais significativo da sua história: o fim do seu desenvolvimento egoísta e individualista e o começo do seu desenvolvimento enquanto um todo interdependente e integral. Economias, tecnologias, comércio, transporte e comunicações globalmente interligadas se desenvolveram da nossa necessidade de sobrevivermos no nosso meio global cada vez mais interdependente, que nos ata como um novelo de lã.

Contudo, tais conexões externas e superficiais são insuficientes para nos fazerem sentir seguros. Pelo contrário, quanto mais estas conexões externas se desenvolvem sem uma atitude de mudança da nossa parte, mais ansiosos e ameaçados nos sentimos, pois nossos espaços privados, públicos e nacionais são cada vez mais perturbados e comprometidos.

Portanto, uma mudança de atitude é necessária para desenvolver-nos harmoniosamente para o estado final unido da humanidade. Nossas atitudes devem corresponder ao nível de interdependência para o qual estamos a ser naturalmente empurrados. Não trabalhando nesta mudança de atitude, continuamos a nos relacionar uns para os outros de maneira egoísta e individualista, enquanto a natureza continua a exigir o oposto: relações altruístas e integrais. Como resultado, sentimos um monte de problemas.

Ao povo judeu, há cerca de 4000 anos atrás durante o tempo de Abraão, foi dado o método para desbravar o processo da humanidade implementando esta mudança de atitude e estabelecer a união acima das nossas diferenças. Como está escrito no livro, Shem Mishmuel:

“A intenção da criação foi para que todos fossem como um feixe… mas por causa do pecado [egoísmo] a matéria foi corrompida. A correcção começou na geração da Babilónia, ou seja a correcção da reunião e assemblagem de pessoas que começaram com Abraão. …E a correcção final será quando todos se tornarem um feixe.”

Se os judeus tiverem sucesso em iniciar a correcção a tempo, então a união será revelada na sua forma positiva: como união acima das nossas diferenças.

Se, todavia, os judeus se atrasarem na sua correcção, então a união será revelada na sua forma negativa, como nazismo: a união de um povo que se opõe e odeia activamente os outros.

Qual é a Natureza da Insurgência Neo-Nazista?

Este processo de desenvolvimento é semelhante a aquele de um fruto em crescimento. O fruto continua simplesmente a crescer e crescer. No momento em que chega à sua maturidade, se ele não for apanhado e comido, então ele simplesmente continua a crescer e começa a ficar estragado. Quando maduro, o fruto é bom para nós. Mas quando ele apodrece, ele se torna venenoso e prejudicial.

Como está relacionada esta analogia à humanidade? Desde metade do século 20 que precisavamos de começar a usar o “fruto” correctamente – a mudarmos nossas relações do egoísmo e individualismo para altruístas e unidas, mas não o fizemos. Como resultado, hoje experimentamos todos os tipos de mutações.

O nazismo é uma dessas mutações. Ele une as pessoas, que é parcialmente correcto. Contudo, ele une as pessoas de maneira egoísta e com ódio, que é onde ele falha.

A chave para o bom futuro de todos, ou alternativamente, para o futuro desastroso de todos, está nas mãos dos judeus. Ora exercemos o método que nos foi dado e nos unimos em amor de uns pelos outros, acima das nossas diferenças, ou precisaremos de atravessar a forma oposta da união que começa a mostrar sua face de novo; a união nazi, que conecta os seus defensores com ódio apaixonado e comum.

Por Que Os Protestos de Charlottesville Têm Importância Histórica para os Judeus e para o Neo-Nazismo

Os protestos de Charlottesville são uma erupção muito significativa. Eles imprimiram o neo-nazismo e seu criticismo pelos judeus no mapa de história moderna. Daqui para a frente, teremos de lidar com esse dedo acusador que aponta directamente para nós.

Porém, nós temos o método pelo qual mudamos a atitude por trás dos dedos que apontam para nós: de culpa, criticismo e ódio para o respeito, valorização e honra.

Por muito rebuscado que isso soar, o resultado depende de nós percebermos que nosso papel enquanto povo judeu (a palavra hebraica para “Judeu” [Yehudi] vem da palavra “unido” [yihudi] [Yaarot Devash, Parte 2, Drush nº 2]). Nos devemos unir acima de toda a migalha de ódio que temos uns pelos outros em prol de “amarmos nosso amigo como a nós mesmos” e para sermos uma “luz para as nações.”

Se pudermos abrir nossos olhos um pouco para vermos a ampla quantia de responsabilidade que seguramos tanto pelo nossso destino como pelo da humanidade e tentarmos entender a natureza da atitude do mundo por nós, então começaríamos a dar passos na direcção certa. Até o fazermos, é esperado que o neo-nazismo aumente.

Para a Verdade: Solucionando o Enigma Judeu – Trailer do Documentário.

Publicado originalmente no Kabbalah.Info

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