Dr. Michael Laitman Para mudar o Mundo – Mude o Homem

Você Está a Usar a Inveja para Escapar À Crise?

Se Você Não Beneficia Os Outros Agora, Eles Não O Beneficiarão Mais Tarde

Hoje, a humanidade está numa encruzilhada. Mais e mais pessoas entendem, como resultado da aprofundada e aparentemente insolúvel crise global, que conduzidos pela nossa natureza inerente egocêntrica e egoísta, nossa “inclinação do mal,” estamos num caminho de inevitável auto-destruição.

Há uma máxima que diz “Quem é o sábio? Aquele que vê o futuro’’. É isto, o sábio vê na frente o resultado esperado, e assim evita o sofrimento. Uma pessoa sabia é aquela que vê os outros e sabe por que vale a pena ir à direção de beneficiar o próximo. Desenvolvemos a ciência parar curar as doenças graves. A questão agora é “Como veremos o processo para que possamos ver se a situação continua na sua atual direção, ou estaremos perdidos’’?

De fato, como podemos nos consertar? Qual remédio devemos tomar para adquirir uma vida pacífica?

A mesma ciência, o mesmo desenvolvimento, deveria agora nos trazer o entendimento, a sensação, os exemplos de tudo que acontece com a gente, na direção que estamos nos desenvolvendo. A ciência deveria trazer isto para nós de uma forma que possamos sentir, e nos ajudar estabelecer isso como uma visão pública. Isso deve ser criado de uma forma tão forte que nós não usaríamos a nossa inclinação ao mal contra os outros. Ao em vez disso, entenderíamos que qualquer benefício para os outros é para nosso benefício.

Quando eu sinto que outra pessoa quer as minhas coisas, eu verei como eu posso “comprar’’ para o outro, o que posso dar para que o outro tenha uma atitude favorável para comigo. Fazendo isto, eu transformo o outro em uma pessoa boa que não vai me machucar. Desta forma eu não deteriorarei a um estado onde somos indiferentes, odiosos, repelindo um ao outro. Não chegaremos ao ponto de evitarmos convivermos uns com os outros ou começar uma família, ou ter filhos. É nesta direção que estamos caminhando.

No passado vivíamos como famílias. Vivíamos em uma casa com irmãos e irmãs, parentes, e avós e tudo estava bem. Hoje não queremos ninguém a nossa volta. Pessoas mal se toleram ao ponto de tomar drogas para evitar a si mesmas. Estamos nos movendo para uma situação clara. Com toda a violência, estupro, ameaças diárias, chegará um tempo que não conseguiremos sair de casa e nos sentirmos seguros.

Quem Mais Quer Transformar Seus Maus Impulsos?

Cada um de nós deve determinar como usar cada força da Natureza. O desejo de ter mais que os outros não é negativo por si só. Isto é, negativo somente se quisermos oprimir os outros. Há dois estados possíveis: eu olho para outra pessoa e não fico com inveja, em vez disso, aprendo com a outra pessoa boas qualidades. Isto é uma inveja boa. Mas se eu olho para os outros e penso; “porque eu tenho que trabalhar tão arduamente para ter o que ele tem? Seria muito melhor se ele não tivesse nada. Se eu arruíno o que ele tem, eu não tenho com o que ter inveja e me sentiria bem melhor”.

Então a coisa toda é sobre de como usamos cada desejo ou inclinação. A inclinação em si mesma não é boa ou má, a mesma coisa com a inveja. Tem a inveja boa e a inveja má. Boas invejas me promovem porque eu quero crescer. A inveja ruim me direciona para destruir os outros. Ou a inveja boa me deixa com a vontade de deixar todo mundo rico sendo assim eu terei algo para me inspirar, ou a inveja ruim que me faz querer que todo mundo seja pobre como eu sou.

O teste é simples: Quero para o outro, benevolência ou quero prejudicá-lo? Existe também um estado intermediário. Se isto não é para outro ou contra o outro, mas somente a meu favor, pelo menos isto protege de querer se machucar de novo.

De qualquer forma, meu olhar para o outro e querendo a mesma coisa para mim não nos traz o equilíbrio com a humanidade ou Natureza. No fim, durante o processo evolucionário, a Natureza não exige que aprendamos uns com os outros e ficarmos constantemente imersos competindo.
Em vez disto, a Natureza requer que consigamos uma vida material balanceada e decente e além disto, que nos desenvolvamos com conexões mutuas. Desta forma, todos ficarão satisfeitos com a sua conexão com os outros. Nós devemos sentir a nós mesmos com amor, não como um sofisticado e caro brinquedo novo. Estamos em crise porque não estamos fazendo isto.

Mais tarde, sentiremos que não há para onde se desenvolver. Estamos cansados para os outros; isso não nos dá prazer algum. A economia e a tecnologia são incapazes de seguir em frente acompanhando o passo. A terra não tem recursos suficientes para manter essa infindável competição. Nós podemos, sendo assim, ver que o plano da Natureza não é para nós nos desenvolvermos para uma direção que parecia ser de “felicidade”. A situação no processo que estamos vivendo requer que reconheçamos que não existe outro lugar para ir.

Se uma pessoa vê um carro, na garagem do vizinho, isto simplesmente não é bom nem ruim, no entanto, isto pode ficar ruim se a pessoa estava contente dirigindo uma carruagem vê que o seu vizinho agora tem um carro novinho. O carroceiro começaria a se sentir privado e deficiente. Ele sabe que precisa trabalhar muito mais arduamente para conseguir aquele carro. Isso coloca em sua mente pensamentos de inveja e vingança. O problema não é as altas avaliações que fazemos em relação aos outros, em vez disto, é a Natureza que não permite que nós continuemos essa competição.

O Segredo da Competição Benéfica

A Natureza é toda a favor das competições e isto faz-nos felizes, competições pelas quais nós queremos ser tão dadores para a sociedade quanto os outros. Esta é uma competição construtiva, equilibrada com a Natureza, indo na direção da meta. Quando eu olho para alguém e aprendo com o outro, eu o faço invejosamente. A outra pessoa é grande e eu sou pequeno; a outra é bem sucedida e eu não sou.

Sobre o que eu estou com inveja? Se estiver com inveja das coisas que trazem equilíbrio, paz para mim e para o mundo, me promovendo e o mundo em direção da obtenção do equilíbrio, na direção de ser “maçã madura”,’ isto é uma inveja boa e uma competição boa. Temos que encorajar isso, dando medalhas e mostrando essas pessoas e para a mídia para que todos vejam o bom exemplo. Mas, se pela competição não estamos avançando em direção a coisas boas, mas afundando em problemas e dificuldades, nos afastando da meta, isto é uma inveja má e uma má competição.

Tudo é medido em relação à meta final porque nós não temos escolha, temos que alcançar o mesmo modo de equilíbrio que vemos na Natureza. Olhando o equilíbrio e a harmonia na Natureza, nós entendemos o que nós devemos parecer e a razão porque isto está acontecendo conosco.
Competição está enraizada em nós. O homem é um ser social, e, por conseguinte competitivo. Competição não é nem uma inclinação boa ou má; depende da pessoa que está usando isto. Foi dito, “inveja, luxuria e honra te guiam para fora do mundo’’. Se eu que avançar do meu atual estado e trouxer mais benefício para mim mesmo, para o meio ambiente, e para o mundo, eu preciso usar a inveja e a honra de forma que o meu intelecto me direcione a usa-los corretamente.

Podemos usar todas as nossas inclinações positivamente ou negativamente. Meu intelecto precisa me orientar na direção de usá-las positivamente. Por esta razão que as ganhamos. Um exemplo de boa competição é quando duas pessoas vão se exercitar juntas. Eles “empurram’’ um ao outro, e por que eles invejam as expressões umas das outras, treinam mais forte. Isto é considerado uma competição boa. É possível que uma delas vai gostar que a outra pessoa seja menos apropriada e ou ter menor constituição, mas no fim não se pode dizer que o processo por si mesmo é mal, apesar da competição envolvida nisto.

Quando se compara uma pessoa com a outra, isto é uma competição. No entanto, também tem competição pelo proposito de desenvolvimento. Pode ser apenas por impulso egóico, inveja, luxuria e honra instiga a pessoa a melhorar porque aumenta seu desejo de ser igual ao outro. Portanto, o objetivo é o desenvolvimento. Você pode estar em uma competição se sentindo mal quando olha para as pessoas e percebe que não conseguiu tanto quanto as outras conseguiram. Não quero ver esse tipo de exemplo porque isto não me favorece; isto me prejudicaria.

A competição boa é aquela que nos entrelaça, estamos amarrados e não podemos ser bem sucedidos separados uns dos outros. Digamos que duas pessoas comecem um negócio juntas. Uma trás o dinheiro e o outro conhecimento. Sem o investimento, o conhecedor não seria capaz de ser bem sucedido, então é bom que eles estejam juntos.

Aqui Está uma Forma de Competição que Está a Ajudar As Pessoas A Se Unirem

Existe somente uma forma de competição onde ambos dependem um do outro, mas não estão opostos um ao outro—uma competição para se tornar um. É uma competição na qual medimos o quanto amamos um ao outro, quando não tiver nada entre nós para compramos ou manufaturamos.

Ambos queremos o mesmo resultado, e sendo assim não estamos divididos. Nenhum de nós aspira ser superior ao outro. Existe somente um, e este um vem de nossa mistura em um e outro, com a nossa ligação com todas as nossas qualidades pela qual complementamos uns aos outros. Nenhum de nós pode estar sozinho ou adquirir uma sensação de complementar ao outro a não ser com o amor mútuo, ou pelo menos responsabilidade mútua como preparação para amor mútuo.

Qualquer outra solução que não nos leve a sermos um, fora da responsabilidade mútua, eventualmente nos guiará a exposição do ego entre nós, e a separação. A competição onde nos tornamos um é a única solução. De acordo com isso, quando nos engajamos em união para revelar o amor, mesmo assim estamos competindo em inveja, luxuria e honra, o que significa, ódio e amor, isto é o que complementa um ao outro. Amor é o resultado de ligação consigo mesmo. Para isto, todos precisam de correção e de conexão com os outros. Depois disso, o amor e a conexão aparecerão entre nós.

Temos muito trabalho para fazer com o intelecto. Estamos equilibrando nossas vidas corpórea em uma única linha, aonde cada um recebe o que o corpo precisa para seu sustento, e, além disso, no nível humano, estamos separando o mal dentro de nós. Acima deste grau, nos superiores graus em nós, desenvolvemos toda a nossa ciência, conhecimento, e intelecto para prover para as nossas necessidades físicas e para mudar a inclinação ao mal que constantemente aparece em nós em boa inclinação com a ajuda da ciência, até que atinjamos o amor.

Para resumir, não há nada para ser corrigido no mundo inanimado, vegetativo, ou animado.

O problema está na nossa relação com os outros. Lá é aonde eu corrompi a minha vida porque eu tenho uma Natureza má, ou o ego. Todos concordam com isso. Portanto, a correção da inclinação ao mal é o destino do homem. Temos muito trabalho para fazer na correção da inclinação ao mal, mesmo que isso nos pareça simples. A vida nos foi dada e nos desenvolvemos e temos que preencher as nossas necessidades físicas por apenas uma pequena parte do dia, Temos que dedicar a parte do leão do nosso tempo para correção da inclinação ao mal, para alcançar a inclinação boa. Fazendo isto, descobriremos a perfeição da Natureza.

Escrito por Michael Laitman
Michael Laitman é um pensador global dedicado a uma mudança transformadora na sociedade através de uma nova educação global, a qual ele vê ser a chave para solucionar os problemas mais prementes do nosso tempo. Ele é o Fundador do Instituto ARI, Professor de Ontologia e Teoria do Conhecimento, PhD em Filosofia, MS em Cibernética da Medicina. Pode encontrá-lo no Google+, YouTube Twitter

 

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