Dr. Michael Laitman Para mudar o Mundo – Mude o Homem

Cenários de emergência

 

Nós não seremos capazes de resolver qualquer problema nacional sem unidade. Precisamos entender que o homem só tem livre escolha em trabalhar para a unidade, para melhorar a conexão entre todas as partes da realidade com sua boa participação. Se o homem, a única criatura com essa habilidade, tenta trazer todas as forças no sistema em equilíbrio, para trazer calma, ele tem o poder de se livrar de todos os problemas e crises.


A falta de equilíbrio entre a humanidade ea natureza chegou a um ponto em que ameaça a nossa própria sobrevivência. Esta é única maneira da natureza para despertar-nos para a compreensão de que é preciso mudar. Esta ameaça de segurança que é fundamental para a existência do homem é o resultado de apenas pensar em nós mesmos.

Evolução Consciente

Você Está Preso no Progresso Atual da Humanidade?

A história mostra-nos que as nossas vidas mudam de geração em geração. Anteriormente as pessoas viviam em pequenas aldeias e vilas. Elas viviam e trabalhavam no mesmo local e raramente viajavam. Hoje em dia as pessoas trabalham num local, vivem noutro e, viajam com frequência para trabalho ou férias. As pessoas também mudam para locais afastados com mais frequência e não estão confinados a passar as suas vidas num só local. Tudo se tornou dinâmico e sujeito a mudança.

Qualquer pessoa que tenha começado a sua vida na primeira metade do século passado e que agora viva no século 21 pode ver como o mundo mudou. Ao contrário de todas as outras partes da Natureza – animais e plantas – que dificilmente mudam durante séculos, cada geração humana mostra uma evolução significativa em cada domínio.

Isto levanta algumas questões: Porquê mudamos de geração em geração? Não é suficiente nascer e continuar a espécie como antes? Qual é o propósito dessas alterações, este desenvolvimento?

Aqui Está Porquê as Pessoas Mudam de Geração em Geração

Embora possamos não ver a necessidade para o desenvolvimento humano ou a sua direção, podemos observar como crescemos. Vemos que um recém-nascido tem de crescer de forma a levar uma vida boa e satisfatória como crescido – para satisfazer os seus desejos, mudar a sua vida, ter filhos e transmitir-lhes as posses que adquiriu ao longo da vida. Os filhos então continuam a vida dos pais. Num sentido, são extensões das vidas dos seus pais. Mas para atingir tudo isso, um bebé precisa de crescer e obter o conhecimento, força e perceções que lhe permitam entender a vida e atingir os seus objetivos.

Talvez nós, também, sejamos assim. Talvez possamos comparar essas dezenas de milhares de anos de evolução à vida de uma única pessoa, onde cada etapa de evolução é como outra etapa no crescimento da criança.

Sabemos como os nossos próprios filhos desenvolvem e como proporcionar-lhes aquilo de que necessitam por forma a desenvolver, tais como jogos e exercícios. Então introduzimo-los na sociedade que irá desenvolvê-los. Mas tal como para nós, nós próprios não sabemos de que formas estamos a desenvolver. É por esta razão que não reparamos na evolução dos nossos desejos, mas consideramos o seu desenvolvimento acidental e aleatório.

Aparente não sabemos nada acerca dos nossos filhos. De facto, como é que um bebé cresce? Evolui por sorte. As motivações dentro deles não são suficientes para os levar a essas coisas de que necessitam como humanos porque a natureza do nosso mundo é do nível animal. Por isso, proporcionamos-lhes conhecimento, sensações, exercício, música, educação e por aí fora. Posto de forma diferente, adicionamos neles o nível humano, o nível “falante”, permitindo-lhes crescer no mundo que criámos para eles.

Deixe de Confundir o Surgimento da Infelicidade em Um Minuto

Inversamente, enquanto a humanidade evolui de geração em geração, não há ninguém que assegure que evolui de forma correta. Consequentemente, cada geração nova e mais desenvolvida torna-se mais miserável, sentindo-se mais incompleta e vazia.

Sim, alcançámos o espaço exterior, enviámos naves para Marte, e aterrámos na lua, mas ninguém mais está animado com estes logros porque os tomamos como garantidos. Podemos fazer quase qualquer coisa na terra, mas então e em relação a nós? Não sabemos como conduzir-nos a nós próprios por forma a sermos felizes. Estamos numa crise profunda, famílias estão a despedaçar-se à medida que as taxas de divórcio aumentam, as crianças estão a sofrer, os pais estão a sofrer, e a sociedade está a sofrer com terrorismo e drogas. Onde está a nossa alegria, o nosso prazer?

A depressão é a doença mais comum no mundo. Assim se pensamos na humanidade como um bebé, dá a ideia de que não temos bons pais que tomem conta de nós e tomem conta de nós de forma adequada.

Possua um Conhecimento da Humanidade do Qual se Possa Orgulhar

Se examinarmos a Natureza, veremos que tem grande preocupação pelo desenvolvimento correto de cada elemento. Nós, como pais, temos grande amor pelos nossos filhos; queremos dar-lhe o melhor. Colocamos as nossas vidas nisso, desenvolvendo para eles todo o tipo de sistemas. Atualmente, o mundo inteiro trabalha apenas para promover as crianças, de forma que tenham uma vida melhor.

Mas não estamos a ser bem sucedidos, embora a Natureza nos proporcione todos os meios para tal. A Natureza deu-nos amor, sem o qual não poderíamos prestar atenção aos nossos filhos, mas amamo-los instintivamente, como os animais amam a sua descendência. Por outras palavras, a Natureza tende para o desenvolvimento de todo e cada um dos elementos e criaturas de uma forma especial. Mas enquanto os leva a crescer em segurança e bem, para o qual a Natureza introduz nos pais um amor instintivo pelas suas crias e compele-os a tomarem conta deles, nós humanos ainda falhamos em dar-lhes uma vida boa e segura.

Se examinarmos um fruto numa árvore, veremos que inicialmente pode parecer desagradável e nada saboroso. Mas à medida que cresce e amadurece, torna-se bonito, perfumado e delicioso.

Talvez sejamos como um fruto numa árvore – atravessando formas semelhantes de desenvolvimento que ainda têm de amadurecer. Talvez sejamos como uma maçã verde, dura e azeda, que ninguém sabe que irá tornar-se um lindo fruto a não ser que o saibamos por experiência.

O mesmo ocorre com os humanos. Leva pelo menos 20 anos até uma criança crescer e tornar-se adequada à vida como adulto, capaz de aprender, implementar conhecimento e “deixar a sua marca no mundo”.

Por isso, podemos concluir que o nosso desenvolvimento é gradual, como o de um fruto que não tem sabor na sua conceção, mas que finalmente cresce doce e saboroso. E quanto mais tempo e mais etapas necessite para desenvolver, mais complexo irá ser o seu desenvolvimento final e maiores os seus logros.

De geração em geração, evoluímos como uma única criatura ainda nas suas etapas iniciais do desenvolvimento. É por esta razão que parecemos tão “azedos” e mal sucedidos. Contudo, no fim do nosso desenvolvimento, temos a garantia de ser “doces” e saudável.

Aqui Está o Método da Natureza para Atingir uma Vida Maravilhosa

Dos quatro níveis da realidade – imóvel (inanimado), vegetal, animal, e humano – a espécie humana está no topo. O homem é o ápex da criação. É por esta razão que o seu desenvolvimento é o mais longo, e as etapas que atravessa – desde o início do seu desenvolvimento até ao fim – são tão extremas que a versão final parece-se a uma espécie completamente diferente da original.

Se víssemos a maçã nas suas etapas iniciais de desenvolvimento, pensaríamos que seria completamente inútil. Apenas no fim podemos ver a grande sabedoria da Natureza ao desenvolvê-la num fruto tão bonito e delicioso.

Seguindo a Lei do Desenvolvimento, nós também estamos sob o mesmo padrão de desenvolvimento, e o propósito do nosso desenvolvimento é indubitavelmente o de levar-nos a um estado bom, saudável, doce e perfeito.

Agora, o que será o estado perfeito? Se a Natureza nos desenvolve gradualmente de forma que em cada geração possamos adquirir mais sensações e mais perceções, adquirir mais e mais da natureza da Criação, elevar-nos acima dela, e sermos capazes de absorver e governá-la, então o nosso desenvolvimento final irá verdadeiramente atingir o grau mais alto da realidade.

Ao tornar consciente as nossas últimas etapas de desenvolvimento podemos vir a ser completamente conscientes não só da nossa própria natureza, mas conscientes de todo o sistema da criação, tornando-nos os seus parceiros.

Escrito por Michael Laitman

Michael Laitman é um pensador global dedicado à geração de uma mudança transformacional na sociedade através de uma nova educação global, que ele vê como a chave para resolver os temas mais pressionantes do nosso tempo. É o Fundador do ARI Institute, Professor de Ontologia e Teoria do Conhecimento, doutorado em Filosofia, mestre em Cibernética Médica. Pode encontra-lo pelo Google+, YouTube e Twitter.

 

 

A Causa Chocante da Maior Crise Atual

Atualmente a humanidade está num estado muito especial. Afundamo-nos numa crise global que afeta todas as partes da vida humana porque estamos teimosamente a tentar manter-nos como somos, agarrando-nos desesperadamente ao nosso comportamento atual, coroando o sistema socio-económico, mesmo percebendo que estamos mais e mais infelizes, enquanto que as condições existenciais à nossa volta se alteram rapidamente.

As pesquisas mostram que nos estamos a afastar da forma como as coisas ocorrem atualmente para um novo nível de existência. Estamos realmente a saltar para um novo grau e a nascer num novo mundo.

É um mundo de regras diferentes, que a Natureza já começou a apresentar-nos. Estas são as regras integrais, as leis de dependência mútua, o mundo “redondo”, um mundo de igualdade e unidade. Estas são as leis pelas quais vivemos como uma família saudável.

Mas será que só dá a impressão que estamos a dirigir-nos para tal mundo? Estamos apenas a sonhar com isso, ou este é um estado que realmente aguarda a humanidade – um que estamos destinados a atingir, seja voluntaria e conscientemente ou por forças que nos impulsionam? Se esta é a situação, merecerá certamente a pena estudar as leis do mundo integral porque então saberemos como transitar para esse estado agradável e confortavelmente.

Temos de estudar estas leis porque, no nosso estado de desenvolvimento anterior, evoluímos pelo empurrar da Natureza por detrás, através de novos desejos que a Natureza suscitou em nós. Hoje não é assim. Estamos num beco sem saída. Não temos novos desejos que pavimente o nosso caminho para nós, por isso temos de estudar o nosso próximo passo por nós próprios, aprender o seu propósito e determinar como podemos conseguí-lo.

Porquê o Conhecimento acerca da Maior Crise Atual Pode Salvá-lo Dela

Quando abrirmos o portão para a nova vida veremos o que está à nossa frente. Teremos também de aprender por que meios podemos chegar a esta nova vida. Ao contrário do desenvolvimento instintivo que temos tido em todas as gerações anteriores – trocando de estado para estado, de um nível social para outro, e depois para diferentes formas de sociedade – agora temos de desenvolver conscientemente. É por esta razão que devemos estudar as leis da Natureza.

É como se estivéssemos a incitar o nosso próprio nascimento. Desta vez, devemos elevar-nos e olha para nós próprios, para a nossa situação e para o que estamos a atravessar, desde cima. No passado, sempre fomos com a corrente, tomando as hipóteses que vinham na nossa direção, revoltando e revolucionando o nosso governo e a nossa sociedade. Hoje devemos elevar o nosso nível de consciência acima das nossas próprias vidas e ver a Terra e a sociedade humana de uma perspetiva global. Então, a partir dessa perspetiva, devemos continuar a evoluir.

É a primeira vez que a Natureza nos exigiu que cada um de nós conheça claramente quem somos, o tipo de mundo em que vivemos, e o estado em direção ao qual estamos a desenvolver. É a primeira vez que nos está a ser exigido que sejamos “humanos” no sentido de que conheçamos e compreendamos a essência da vida.

Por isso, precisamos perceber que os nossos estudos têm como intenção ajudar-nos a revolucionar as nossas vidas e a elevá-las a um novo nível, à integridade completa.

A Ligação Pouco Conhecida entre as Leis da Natureza e o Desenvolvimento Humano

Quando pesquisamos a natureza imóvel, vegetal e animal, assim como o homem – que vive dentro desta imagem – encontramos leis. Avançamos de acordo com estas leis e chamamos-lhes “Natureza”. Somos parte da Natureza; não estamos fora dela; somos o resultado da evolução da Natureza.

A psicologia humana, a ciência do comportamento humano, é também parte da lei da Natureza. É uma ciência que evoluiu recentemente, alguns 100 anos atrás, porque apenas nessa altura começámos a sentir que poderíamos evoluir de uma maneira única – conscientemente. Começámos a examinar onde desenvolvemos, quem eramos, como nos relacionávamos com os outros, e porquê.

Ate há cerca de um século atrás, escrevemos livros que descreviam apenas como nos comportávamos. Mas desde então, começámos a pesquisar porquê nos comportamos dessa forma. A psicologia é o estudo das leis que afetam a humanidade. Assim, é um campo de pesquisa muito importante porque ajuda-nos a perceber quem somos, quem são os outros, e como podemos construir uma vida feliz através das nossas ligações com os outros.

As crianças desenvolvem de ano a ano porque a sua natureza está a desenvolver dentro deles. A cada ano uma criança desenvolve em entendimento, perceção, comportamento, e física, psicológica e mentalmente. Esta é a “Lei do Desenvolvimento” da Natureza.

As pessoas desenvolvem tanto pessoal como socialmente. Todos estes desenvolvimentos surgem de dados embutidos em nós. As leis dirigem como construiremos a sociedade, assim como, como nos construiremos a nós próprios. Á medida que o tempo afeta esses dados, desenvolve-nos em conformidade.

Esta Simples Consciência da Natureza Pode Revolucionar a Vida

A Natureza é algo que evolui e lidera o imóvel, vegetal, animal e homem no seu desenvolvimento. Estamos todos a evoluir: primeiro evoluiu a Terra, depois vieram as plantas, depois os animais e, finalmente, os humanos. A evolução começou com o “Big Bang”, e continua por um processo de união. A união das partes desenvolve-as e torna-as mais unidade tanto em quantidade como qualidade.

A questão é, “Existe consistência, uma lei por detrás do seu desenvolvimento?” As leis existem; sabemo-lo do passado. Podemos não percebe-las, mas as leis ainda existem.

Olhamos para a Natureza e aprendemos como nos desenvolve como componentes de si própria. Quem e o Homem? Por todo o nosso conhecimento, não somos nós partes da Natureza? Existimos numa espécie de bolha que chamamos “universo”, e estudamos onde estamos e tentamos descobrir que leis governam esta bolha.

Não existe fim para a sabedoria da Natureza; apenas estamos a arranhar a superfície, e aquela superfície rasa é a nossa ciência. E contudo, não conseguimos encontrar o nosso caminho, e é por isso que devemos estudar mais as leis da Natureza. É realmente uma sorte que o nosso desconforto nos empurre para o estudo da Natureza para que possamos melhorar a nossa situação.

Precisamos de pensar na Natureza como uma bolha ou bola. Vivemos dentro desta bola, e dentro dela existem leis absolutas que nos governam. Quando estudamos a Natureza, tornamo-nos conscientes de algumas dessas regras. Esta exploração é denominada “ciência”. Contudo, ainda nos falta descobrir a grande maioria da realidade.

Assim, os desenvolvimentos tecnológicos deram-nos tempo livre para nos empenharmos em todo o tipo de trabalhos, que estão longe de serem necessidades. A questão é, “se progredimos tanto na vida, porquê acabámos com uma vida tão cruel e vazia ao ponto da depressão, insegurança e ansiedade?” “Que fizemos com o nosso tempo livre que a tecnologia e o desenvolvimento social nos deram?” “Porquê desperdiçámos o nosso tempo e energias a criar uma vida tão difícil e confusa?”

Talvez precisemos de chegar a uma forma de vida completamente diferente.

Os desejos que conduziram o desenvolvimento humano tornaram-se agora desejos globais, fechando-se sobre nós e fazendo-nos dependentes uns dos outros. Fizeram-nos uma família, mas é uma família num estado de crise severa devido à nossa alienação uns dos outros. A crise é claramente uma crise na “família humana”. Se criarmos uma nova ordem nesta família iremos resolver esta crise. Assim, não temos outra escolha a não ser descobrir como podemos chegar ao entendimento mútuo a um nível global.

Escrito por Michael Laitman

Michael Laitman é um pensador global dedicado à geração de uma mudança transformacional na sociedade através de uma nova educação global, que ele vê como a chave para resolver os temas mais pressionantes do nosso tempo. É o Fundador do ARI Institute, Professor de Ontologia e Teoria do Conhecimento, doutorado em Filosofia, mestre em Cibernética Médica. Pode encontra-lo pelo Google+, YouTube e Twitter.